Viagem Ao Adormecer escrita por Deni Rocha, AnnyAlmeida


Capítulo 2
Capítulo 2 - Entendendo Um Pouco


Notas iniciais do capítulo

Sem criatividade no nome do cap.. uahush #ALOKA, tudo bem...
hUm...como vcs estão? Espero que todo mundo esteja feliiz IIEIIEIEIE

Sem enrolações...



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Acordei com o celular tocando alto demais. Me dei conta de que ele estava na minha mão, então o peguei e o coloquei no chão mesmo. Minha mãe ainda estava dormindo. Acho que o banquete da manhã foi só para ontem mesmo. Me preparei para a escola e peguei o ônibus.

A manhã foi legal, cheia de micos como todas as outras. A galera na escola só comentava a festa surpresa de ontem. Mel, Mille e eu fomos para o treino de futsal do time à tarde, que acontece toda terça e quinta. Havia um garoto assistindo ao nosso treino, mas eu só o notei quando a Mel veio me dizer que ele queria me conhecer.

Ele era lindo, olhos azuis, pele clara um tom mais escuro que a minha, tinha o sorriso lindo, mais nada além disso. Não tinha me despertado interesse.

—Ah vai Lua! Não custa nada você só falar com ele. Além do mais ele é lindo e você nunca namora ninguém... – Disse Mel. Não era verdade, eu só não saía ficando com um e com outro.

—Ela tem razão, Lua, não custa nada. – Mille completou.

—Eu sei, mas eu não me interessei por ele... E vocês vivem querendo dar uma de cupido pra mim sempre. Obrigada meninas, mas quando um garoto me chamar atenção eu não vou precisar de cupido.

—Mas você nunca saí com ninguém. Vive estudando e se ocupando com a música e esportes. Se solta mais amiga!- Mel falou isso levantando as mãos e dançando. Eu e Mille demos uma risada.

—Se eu me soltar mais meus membros vão se desprender, e esse é meu jeito de me divertir, você sabe... Mas eu vou falar com ele, podemos ser amigos... E não se preocupe, quando aparecer um menino que eu goste eu deixo você brincar de casamenteira.

Ela ainda falou um pouco, mas no final concordou por que Mille disse que ela já tava exagerando. Todas têm namorado, exceto eu e Mel, mas a Mel não tem porque ela prefere ficar com os meninos uma vez e largá-los. Eu disse que ela era má. Eu não tinha por que nenhum garoto daqui me desperta interesse. Eu devo ser perfeccionista ou devo estar esperando O garoto. Mas isso não me atrapalha em nada.

—VOCÊS três ai! Voltem pra o treino, nada de conversa!- Gritou o treinador para a gente, mas ele não estava bravo, só dando ordens como sempre.

—Treinador, o senhor ta precisando de uma namorada, esta muito estressado. - Mel falou fingindo uma cara séria.

—Claro Mel, você quer namorar comigo?- Respondeu o Treinador dando risada. Todo mundo riu também e continuamos o treinamento. Quando acabou, fui falar com o menino. Ele se chamava Matheus e foi super simpático. Então depois nós fomos embora, eu e as meninas.

À noite eu verifiquei minhas contas na internet, o twitter, e o Orkut. Mel me lembrou que na semana que vem eu teria que ir à casa dela, porque a Karen, irmã da Mel, estaria lá e ela queria me ver. A Karen também é maluquinha feita a irmã, tem o cabelo curtinho e olhos de japonesa. O sorriso dela é contagiante, toca baixo e ela é a minha baixinha preferida.

Depois de sair do computador, fui para o quarto escrever músicas. Eu adoro fazer isso, é como se eu estivesse tirando meus sentimentos de dentro de mim e guardando-os em palavras. Me ajuda a manter o equilíbrio sobre mim.

Escrevi uma música sobre procurar uma coisa que você precisa muito, mas não sabe onde possa estar. Deve ter sido por causa de hoje à tarde no treino. Tirei um peso de mim quando terminei a canção, foi como se eu estivesse jogando as palavras no papel e elas se alinhassem sozinhas. Amanhã eu farei a cifra e mostrarei para as meninas. O sono bateu e eu fui dormir, escutando músicas no celular.

2ª noite

Quando abri os olhos me vi num lugar completamente diferente da minha cama. De novo! Então não era mesmo um sonho, por que eu podia me lembrar de exatamente tudo da noite passada, em Paris. Que viagem! Olhei o relógio do celular, graças a Deus eu tinha dormido com ele na mão outra vez. Eram exatamente 1h30min, outra vez. Olhei ao redor e analisei o lugar.

Eu não estava em outro país, muito menos em outro estado. Eu conhecia bem esse lugar, porque meu pai me trazia aqui sempre para fazer um piquenique. Fazia um ano que eu não vinha aqui, mas o parque que fica a alguns quilômetros da minha casa não está nem um pouco diferente, com exceção de que não há uma alma viva aqui além de mim essa hora.

Os balanços e gangorras ainda estavam ali, o pequeno morro que fica ao lado dos balanços estava com a grama bem verde, os bancos no centro do parque velhos e cheio de nomes riscados, e as árvores altas e gloriosas ainda estavam ali como eu me lembrava.

Fui até uma árvore que fica ao lado dos bancos e a analisei, e ainda estava ali. “Francisco, o melhor pai do mundo. Feito por Luali”. A frase que eu tinha feito cinco anos antes estava igual. A saudade veio e com ela também as lembranças e as lágrimas. Eu sou muito parecida com meu pai, em vários aspectos. Ambos somos muito brancos, temos o mesmo tom de olhos castanha-avelã, e somos muito calmos. Ao lembrar isso as lágrimas caíram ainda mais.

Deixei a árvore e fui sentar no morro ao lado dos balanços. Eu sabia que onde quer que meu pai esteja ele está bem. Parei de chorar e comecei a rever os fatos. Se eu fiz isso pela segunda vez e na mesma hora, provavelmente poderia acontecer de novo amanhã e assim por diante. Quando eu abri os olhos ontem, eram exatamente 1h30min da madrugada, e hoje também. Então eu viajaria toda noite a essa hora.

Também percebi que desde que acordei eu não me lembrei de nada do que tinha acontecido à noite comigo, eu só lembrei quando viajei outra vez. Que maneiro! Pelo menos eu não ficaria me preocupando em contar para as outras pessoas, porque nem eu mesmo sei que posso fazer isso, só sei que posso fazer isso quando acontece!

Então não teria que me preocupar em contar para ninguém. Dei uma risada quando me dei conta disso. Eu não estava pensando coisa com coisa...

Me levantei do pequeno morro e fui para um balanço.

Quando comecei a me balançar, dois garotos vinham andando em minha direção. Eu me congelei, acho que fiquei transparente de tanto medo. Eles pareciam mal encarados. Nesse momento me lembrei que na noite anterior eu tinha ido falar com uma mulher em Paris (fui de pijama de borboleta...), mas ela não conseguiu me ver. Talvez eles não conseguissem também. Não mexi um dedo enquanto eles passavam, um deles olhou pra mim, mas foi como se estivesse vendo um balanço vazio. Relaxei.

Eles passaram falando sobre pegar um pacote em algum lugar, e estavam com roupas bem largadas. Deviam ser viciados. Quando eles estavam um pouco longe, resolvi me levantar e atirar uma pedra ao lado deles. Foi uma ótima idéia! Quando a pedra parou ao lado de um deles, eles olharam para trás super assustados por alguns segundos e então começaram a correr gritando. Eu ri tanto que minha barriga começou a doer, então voltei para o balanço e comecei a me balançar de novo.

Como eu sabia que voltaria para casa daqui uma hora, não me importei nem um pouco em ficar lá. Na verdade eu estava muito feliz. E não me importaria nem um pouco se isso acontecer toda noite.


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Notas finais do capítulo

Bom... Proximo capitulo,as coisas começam a melhorar! TODO MUNDO DANÇA...
Alguem leu? Reviews?



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