Só mais um dia normal no acampamento, Filhos de Ares arrumando briga, Filhos de Afrodite enfeitando o chalé, Filhos de Atena lendo… Tudo muito normal. 

O céu já estava escurecendo e não ventava muito, nada de interessante e fora do comum. 

Estava na hora da fogueira, peguei o meu prato e fiz a minha oferenda. 

- Poseidon. - então disse baixo - Pai, por favor, eu nunca te pedi nada… ok, só algumas vezes… mas eu queria muito uma missão, me dá uma ajudinha?

Peguei o que sobrou do prato e fui sentar com Percy. Nunca entendi bem porquê não podíamos sentar nas mesas de outros chalés mas, mesmo assim, Annabeth quase sempre sentava com a gente. Afinal, ela e meu "irmão" estavam namorando. 

Enfim, nada estava diferente, até Quíron começar a falar.

- Queridos Campistas, hoje, como em todos os outros dias… - então ele parou.

Alguma coisa começou a fazer um barulho estranho., era Rachel.

Ela estava a ponto de desmaiar, mas dois filhos de Hermes chegaram para ajudá-la. Pegaram um banquinho e sentaram o nosso Oráculo desacordado nele. 

O corpo dela enrijeceu, os olhos ganharam uma cor que eu, até agora não consegui descrever. Então uma voz, uma voz que certamente não era humana, começou a dizer.

A Filha das Águas descerá até a morte

E as duas Benevolentes matará se tiver sorte

O ladrão -viajante terá que encontrar

E se demorar muito poderá não mais voltar

Fiquei gelada.

Eu era a filha das Águas, só podia ser.  E se eu fosse… Descerá até a morte? Poderá não mais voltar?  Que história é essa?

Quíron parecia tranquilo.

- Bom, acho que está claro. - ele me encarou - Manuela, você tem uma missão.

- Mas… Quíron… 

Eu estava sem palavras. 

Todos aplaudiram e começaram a fazer bagunça.

- Parem! Parem! Ela tem muita coisa pra pensar. - disse Percy me afagando com um dos braços - Vamos Manu, amanhã você pensa nisso…

Eu assenti e nós fomos para o chalé.