Feliz Aniversário escrita por Lyssia


Capítulo 1
Feliz Aniversário




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            “Feliz aniversário, Brasil!” quantas pessoas já haviam dito isso a ela? Não podia contar. Todas as que passavam por ela naquela festa lotada.

Só havia feito questão de parar um pouco pra conversar com China, África do Sul, Uruguai e Paraguai. O restante do tempo, caminhava pela festa, dançava um pouco e passava os olhos castanhos pelo salão, procurando alguém. Se até mesmo Portugal estava ali, porque ele não estava? Argentina teria que se explicar muito bem por não ter ido em sua festa!

A morena estava vestida de forma diferente do habitual. Trocara os jeans e a camiseta da seleção por um vestido tomara-que-caia amarelo, dois palmos acima do joelho. Não estava de saltos-altos. Claro que não, podia atrapalhar sua dança. Mas usava rasteirinhas bonitas, de tom dourado. Havia feito uma trança nos longos cabelos chocolate, com a ajuda da glamorosa Uruguai. Até de maquiagem estava!

E logo quando se produzia assim e ficava glamorosa, como disse Uruguai, aquele... metido a melhor do mundo, não ia lá! Parecia conspiração!

Se ele pensava que no ano seguinte ela ia passar quase o dia inteiro na rua pra escolher um presente e se dar uma trabalho de viajar até Buenos Aires para ir falar com ele, pois estava muito enganado!

N-não que tivesse demorado isso tudo pra escolar o presente... ah, que seja...

A festa já estava no fim. A maioria das pessoas já iam embora. EUA quase carregava Inglaterra, que havia tomado mais caipirinha do que devia. Muito mais caipirinha do que devia! França havia conseguido convencer um país que carregava um urso e era bem fofinho, mas Brasil não reconhecia, a passar a noite no mesmo quarto que ele.

China e Rússia saiam juntos, embora não estivessem tão juntinhos. Só alguém que os conhecesse sabia que eram um casal. Chile e Peru estavam discutindo, mas isso não camuflava o real sentimento dos dois. Paraguai estava junto com Venezuela, que no momento estava dizendo algo provavelmente violento, a julgar pela feição do paraguaio.

Todos... tinham um par... e ela até tinha, mas....

“COMO AQUELE MALDITO OUSA NÃO APARECER NA MINHA FESTA?!” gritou, chamando a atenção de todos.

A morena bufou e sentou-se, quase se jogando, em uma cadeira. Depois daquela explosão os convidados se apressaram a ir embora, deixando a morena sozinha naquele lugar bagunçado onde havia acontecido a festa. Saiu, emburrada do salão, decidida a voltar pra casa e dormir o que restava da noite.

Pegou um taxi, já que não era aconselhável dirigir depois de beber daquele jeito, e ficou todo o trajeto lutando contra o sono, que apareceu rapidamente, de uma hora para a outra. Estava tão cansada... havia dançado tanto... mesmo que tivesse se irritado pela falta do argentino, foi divertido. E cansativo. Mas o cansaço era só uma consequência da diversão.

Saiu do taxi e correu para entrar logo em casa.

Qual não foi sua surpresa ou encontrar, dormindo com as costas encostadas em sua porta de entrada. Um loiro de cabelo perfeitamente arrumado e olhos bem azuis, que, quando abertos, tinham o poder de enfeitiçar a brasileira. Cutucou a cabeça de Argentina com o pé, sem acreditar e, principalmente, sem entender, o que estava fazendo ali.

“Arge...” chamou baixo, abaixando para olhar melhor o rosto do argentino. “ARGE!!!” gritou, vendo o loiro se sobressaltar e abrir os olhos, jogando a cabeça pra trás e a batendo contra a parede.

“Auch... isso é jeito de acordar alguém?!” reclamou, irritado, encarando a morena com uma carranca.

“Por que está dormindo na minha porta?! E porque não foi na minha festa?!” gritou, sacudindo Argentina pelos ombros.

“Ah... a sua festa... sabia que você ia se irritar com isso...” e soltou uma risadinha. Espera... isso quer dizer que...

“VOCÊ FALTA A MINHA FESTA DE PROPOSITO?!”

“Ai! Brasil, não precisa me bater por isso!”

“Não precisa?! Como não precisa?! Você é idiota ou o que?!?!?!?”

“Por que eu te avisei que não ia estar aqui na sua festa!!!” a Brasileira parou de chutar (sim, chutar, com todas as forças que tinha, aliais) seu companheiro-rival e voltou a se abaixar.

“Disse? Quando?” o argentino bufou e fez uma expressão cansada.

“Ontem. Eu disse que estava com um problema e que não ia poder vir ao seu aniversário...”

A morena colocou a mão no queixo, pensativa. Ah... sim, isso havia acontecido.

Flashback

“Ah, não vai dar, é?” perguntou a garota, sem prestar muita atenção, concentrada no filme de terror que assistia.

“É, desculpa... eu queria mesmo estar ai”

“Uhum...” mordeu o lábio inferior, ansiosa. “Vai... vai idiota, na outra porta!” resmungou, nervosa.

“Disse algo?”

“Hum? AH, não, deve ter sido impressão sua!”

“Ok... então eu vou desligar. Adios.”

Tu, Tu, Tu...

“ESSA PORTA NÃO!” gritou, saltando do sofá.

“AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!” gritou a mulher do filme, enquanto era atacada pelo mostro.

“Sua estúpida! Se tivesse me ouvido...!” parou de falar e encarou o telefone por uns segundos. Arqueou a sobrancelha. “Quem me ligou mesmo...?”

Flashback off

“....... é... você falou...” resmungou, suspirando derrotada. Não acreditava que havia deixado aquilo passar. Argentina riu.

“Eu abandonei o que tinha que fazer pra vir aqui, mas tinha esquecido onde era a festa. Então, como não podia pegar uma avião de volta pra Argentina só pra buscar um papel, resolvi te esperar aqui.” Explicou o loiro, dando de ombros. “Ai! Brasil! Para com isso!”

Brasil deu um último chute antes de abrir a porta e puxar Argentina, o arrastando pelo chão. Até que fechou a porta, largando o loiro, que se levantou apressadamente e apontou o dedo para ela, irritado.

“O que pensa que está fazendo?!” a morena, aos poucos, foi empurrando o loiro, deixando-o um pouco confuso. Até que ele caiu no sofá, desajeitadamente.

“É bom você ter um presente...” murmurou o morena, em um tom que beirava o ameaçador.

“B-bem...” o loiro virou o rosto, um pouco corado.

“Então... você terá que me recompensar de outra forma...” sussurrou sensualmente, rente ao ouvido o argentino.

No dia seguinte...

            “Não acredito que era nisso que você estava falando...” resmungou Arge, enquanto comia feijoada, especialmente preparada por Brasil e vestia...

            “Huhu... você esperava o que? E ainda terá que dar uma volta comigo vestido assim!”... vestia o uniforme completo e oficial da seleção brasileira.

            “Hump! Não importa! Eu sou lindo, fico perfeito mesmo com esse uniforme ridículo dessa seleção idiota~~!” cantarolou, tentando descontar sua irritação em Brasil, porém...

            “Que bom que acha isso! Porque eu marquei uma reunião de última hora entre tooooda a América do Sul~~~~!’” e a recompensa da Brasileira não era ver Argentina pagar mico. Era ver aquela expressão extremamente incrédula e cômica no rosto dele.

            “QUE?!” berrou, inconformado.

            “Hahahahahhaha, é pra você aprender a não faltar minhas festas!”

            “Sua Brasileira maluca!”

            “HAHAHAHHHAHAHAHHAHAHAHA!”

            Uma coisa é certa... Brasil não teria feito isso se soubesse que ia ter que faltar a festa de Argentina do ano seguinte...


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Notas finais do capítulo

Espero que a Nina e qualquer outra pessoa que tenha lido tenha gostado... embora eu ache que não ficou legal XDDD
Bem, obrigada por ler.
Ja ne ^^~~



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