Trust Me. escrita por PeterGeneHernandez
Capítulo 5. Profecia.
Pov. Marília.
– Ah Annie, por favor! – eu dizia com os dedos de minha mão entrelaçado e fazendo minha melhor cara de cachorro pidão. – Vai ser uma ligação rápida, eu fiz isso a minha vida toda e nunca nenhum monstro me atacou, me deixe ligar pra ela, por favor? – completei fazendo biquinho.
– Não. Alguma coisa aconteceu para que um monstro te atacasse e você viesse para cá e isso pode acontecer novamente se você ligar para sua mãe. - Annie negava todos meus pedidos para ligar a minha mãe. A única coisa que eu queria era que ela me trouxesse minhas coisas para que eu usar o verão todo, já que ficaria aqui no acampamento para treinar.
– Então como eu posso falar com ela? Se eu não der sinal de vida até a noite, ela vai vir atrás de mim, e a ultima coisa que eu quero é a minha mãe estressada. – disse tentando ser convincente.
– Você não está nem ai pro estresse da sua mãe. – Annie disse me desmascarando.
– Mas eu tenho que ficar com um pé atrás. Quando ela se estressa, ameaça as pessoas com facas ou então qualquer coisa que sirva para machucar que esteja por perto. – Falei para a filha de Atena que se manteve impassível, ô mulher difícil. – Vai tem que ter um jeito ‘seguro’ então. – completei fazendo aspas em seguro.
– Venha comigo. – ela disse saindo da arena onde estávamos treinando e me guiando até o meu chalé.
Eram mais ou menos umas três horas da tarde e nós já havíamos andado por todo o acampamento. Annabeth me contou toda a história da profecia de Percy e tudo que eu deviria saber sobre os Deuses, as coisas básicas para os monstros não me notarem e me apresentado alguns semideuses.
Nós entramos no chalé de Poseidon e fomos para o banheiro. Annabeth parou enfrente a uma pequena fonte que continha moedas, até então desconhecidas por mim, no fundo. A loira colocou a mão na água, tirou de lá uma das moedas e se virou para mim.
– Você vai mandar um M.I.
– E como eu faço isso? – disse franzindo o cenho para a moeda.
– Assim. Você pega um dracna. – ela falou erguendo a moeda para mim. – É uma moeda usada na Grécia Antiga. Joga na água e faz uma reza para a Deusa Íris pedindo para que ela lhe mostre a sua mãe, você só precisa dizer o nome dela. - ela me interrompeu antes que eu perguntasse. - Isso funciona com qualquer um. Mas você tem um tempo para falar com ela, no máximo uns cinco minutos.
– E se eu precisar de menos tempo – falei olhando melhor a moeda na mão da garota.
– Você passa a mão na névoa que ira aparecer que a conexão some.
– Parece fácil.
– E é. Observe.
Annabeth jogou o dracna na água disse:
– Oh Deusa Íris me mostre Cléo Carter. – dita as palavras minha mãe surgiu em seu escritório mexendo em seu notebook.
– Eu vou deixar você duas sozinhas. – Annie sussurrou e saiu. – Te encontro na arena.
– Mãe. – eu chamei e ela levantou os olhos do que estava fazendo e me encarou.
– Marília! – ela disse arregalando os olhos. – Você... Você já sabe de tudo? Onde você está? – ela disse nervosa.
– Sim, eu acho. Estou no meu chalé no acampamento
– Como chegou até ai? – ela falou se levantando e se aproximando da névoa.
– Um monstro me perseguiu. – respondi e ela estreitou os olhos para o nada e murmurou um “Eu te mato, seu cachorro”.
– Do que você sabe exatamente? – falou colocando as mãos na mesa atrás de si.
– Do que aconteceu entre você e Poseidon, e que ele pediu para o Malcon cuidar da gente, da sua rixa entre você e Deméter.
– É você sabe de tudo mesmo. – ela disse abaixando olhar. – Eu vou até ai para nós conversarmos melhor. Você precisa de alguma coisa?
– De tudo, o monstro me atacou quando eu voltava da escola.
– Eu vou ligar pra Milenie arrumar suas coisas e apareço ai em meia hora. – ela falou pegando o telefone e discando o numero de casa.
– Tá não demora. – respondi passando a mão sobre a névoa e vendo minha mãe me mandando tchau com a mão.
Sai do chalé de braços cruzados, como esperaria meia hora, fui andando devagar entre os outros chalés, ignorando os “Eai gata?” ou “Ei morena, olha pra sorte” e as outras indiretas que os campistas me mandavam.
Abaixei minha cabeça e fiquei olhando meus pés enquanto andava. “Espero que as coisas tenham valido à pena, pai” pensei segurando o pingente de meu colar. Estava tão distraída que só me toquei de que não estava sozinha quando senti um corpo quente se chocar contra o meu.
A pessoa em que esbarrei segurou no meu antebraço para que nós mantivéssemos o equilíbrio. Levantei meus olhos para encarar o individuo, mas me distrai com um par de olhos castanhos que me fitavam.
Tentei reagir e pedir desculpas, mas não consegui. Ficamos parados nos encarando. Por algum motivo aqueles olhos, a pele morena, os lábios carnudos, o cabelo cacheado arrumado em um leve topeta, a barba mal feita e o pircing no nariz me distraíram... Acho que distrair seria o termo errado, atraíram se encaixaria melhor.
– Me desculpe. – consegui, por fim, falar em um tom baixo.
Pov. Jacob.
Sai do meu chalé andando sem direção, até que senti alguém esbarrando contra mim. Acordei rapidamente e me deparei com uma cabeleira negra com um arco de lacinho que brilhavam com a luz do sol. Segurei nos braços de quem é que fosse para que nós não caíssemos.
A garota levantou os olhos para mim, e entrei em transe. Aqueles olhos verdes delineados de preto me hipnotizaram, sua pele era bronzeada e seus lábios rosados pediam para serem beijados. De alguma maneira ela mexeu comigo. Seus cabelos eram lisos e começavam a cachear na altura do queixo e desciam até os ombros. Santo seja o pai ou mãe daquela garota.
– Me desculpe. – ela disse com uma voz doce, e só ai consegui sair do transe.
Pov. Marília.
Foi ai que me toquei que nossos rostos estavam a centímetros de distancia e minhas mãos estavam sobre seu peitoral musculoso. Ele aparentava ter uns 19 anos. Percebi que ele tinha se tocado na situação quando abaixou o olhar e balançou a cabeça.
– Não foi nada, eu também não estava prestando atenção para onde ia. – ele me respondeu com um leve sorriso de lado. – Prazer, meu nome é Jacob Black*.
– Prazer o meu é Marília Carter. – disse rindo. – Acho que é melhor nós nos soltarmos. – completei e ele observou a situação em que estávamos.
– Ah, eu nem reparei. – Jacob disse me soltando.
Olhei a minha volta e percebi que estávamos atrás do chalé de Hefestos.
– Você é filha de quem? – Jacob falou franzindo o cenho.
– Poseidon. – ele ai protestar, mas o interrompi. – É uma longa história e eu não entendi metade.
– Tudo bem, então... – Jake foi interrompido mais uma vez por um grito que veio de um dos chalés.
Nós dois nos entre olhamos e corremos para frente do chalé e vimos uma garota ruiva encolhida em frente ao chalé de Apolo, ela estava agachada no chão e cobria os olhos com as mãos.
– Kate o que aconteceu? – Jake chegou perto da garota tentando acalmá-la.
– Tem um dinossauro na porta do chalé. – ela disse levantado os olhos por cima dos joelhos.
Andei até a porta e olhei a parede e os cantos da soleira com atenção procurando o tal dinossauro. A única coisa mais parecida com um foi uma pequena lagartixa próxima a maçaneta. Segurei o riso e bati as unhas na porta, fazendo com que o animalzinho saísse correndo.
– Pronto, ele foi embora. – disse me virando para eles.
– O que você fez com ele? – Kate perguntou quase pulando no colo de Jake.
– Bati na porta e ele correu. – falei estranhando a inocência excessiva dela. Ela aparentava ter a minha idade, mas era muito ingênua.
– De que tamanho era esse dinossauro? – Jake falou sarcástico.
– Era enorme e assustador. – Kate falou o encarando.
Franzi o cenho e me virei para a porta novamente estranhando mais ainda.
– Era uma lagartixa. – disse incrédula.
Jacob não se segurou, se sentou no chão e começou a rir.
– Não ria, ele podia ter nos matado. – Kate tentou se defender.
Annabeth e Rachel chegaram correndo, com certeza, preocupadas com o grito.
– O que aconteceu? – Annabeth falou afobada.
– A Kate se assustou com um dinossauro. – disse apontando para a garota de cabelos vermelhos, isso fez com que Jake risse mais ainda.
Rachel estava parada ao lado de Annabeth com seu olhar parado em nós três. Seus olhos começaram a ficar dourados e uma névoa verde começou a sair de sua boca.
– Três irão, a busca do Deus desaparecido
Pelos mares viajarão, até a ilha da injustiçada
E lá permanecerão, até as que as coisas se acertarão.
O->
*Não é o Jacob da saga crepúsculo, na minha mente doentia, esse personagem é o Caio Castro. *Suspira*.
O que acharam do Pov. Jacob. Esse foi curtinho, mas os próximos serão maiores. Ignorem minha tentativa fail de profecia.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!