1997 escrita por N_blackie


Capítulo 44
Romulus




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Romulus dormia quando Nymphadora abriu a porta violentamente, gritando para ele acordar. Assustado, cambaleou até o corredor, onde a madrasta e o pai puxavam as varinhas. Ainda com sono, Rom demorou um pouco para perceber o que estava acontecendo, e levou um susto quando uma série de estalos indicou que uns seis aurores estavam aparatando do lado de fora, e entrando com violência. Voltou ao quarto correndo, procurando a própria varinha com ansiedade entre as suas coisas, e a encontrou com alguns livros num canto.

Dois aurores explodiram a janela da cozinha tentando pegar Nymphadora, enquanto outros três corriam atrás de seu pai, que se defendia com vários feitiços seguidos. Romulus tentou estuporar um deles, mas Remus gritou para que protegesse Ted o mais rápido possível. Em meio à confusão, o auror restante percebeu sua presença.

“Drew, os garotos também são lobisomens? “

“Não sei! Pega os dois também! “ Um dos homens uniformizados que duelavam Nymphadora gritou, e a madrasta de Romulus soltou um urro enquanto impedia os homens de seguir em frente. O homem que perguntara, no entanto, estava fora de seu alcance, e ergueu a varinha contra Romulus. Os dois trocaram feitiços, e o auror avançou em sua direção com algo nas mãos. Rom caiu, se contorcendo, e sentiu o homem imobilizá-lo para colocar uma espécie de focinheira nele. O metal arranhava sua pele, apertando o maxilar com força. Depois de apertar o fecho na parte de trás de sua cabeça, os braços do auror relaxaram um pouco, e Romulus aproveitou para dar uma cabeçada nele, se desvencilhando.

Andando rapidamente para trás, o garoto mandou dois feitiços na direção do homem, que desviou e continuou correndo atrás dele. Sem pensar, pegou uma frigideira que estava sobre o balcão, e ergueu-a contra ele. “Vai me acertar com isso, moleque? “

Romulus avançou no homem com a frigideira, perdendo a cabeça dele, mas acertando em cheio seus ombros. Ele gritou de dor e caiu de joelhos, segurando a parte contundida, e Romulus aproveitou para estuporá-lo. O raio vermelho atingiu – o na testa, e ele caiu para trás. Largando a panela no chão, Romulus se pôs a correr, fechando a porta do corredor atrás de si enquanto acelerava para o quarto de Teddy.

O irmão menor agarrava as barras do berço assustado, seus olhinhos cheios de lágrimas de medo. Rom fechou a porta do quarto e trancou com a varinha, colocando os móveis que conseguia mover na frente da passagem. Alguém explodiu alguma coisa na cozinha, e Romulus correu para Teddy.

“Romy! “ o garoto gemeu amedrontado, e Romulus o agarrou do berço, apertando o irmão contra si. Passou as mãos trêmulas pelas costas do menininho, tranquilizando-o, e se escondeu atrás do berço. Uma luz acendeu debaixo do vão da porta do quarto, e Romulus silenciou Ted com a varinha, ao menos grato uma vez pela focinheira abafar seus soluços assustados.

“Cadê aquele filhote de lobisomem? “Alguém gritou. Teddy tentou erguer a cabeça, mas Romulus o apertou com firmeza.

“Por favor, Ted, não chore. “ Implorou, usando a cortina para esconder-se ainda mais. Passos se aproximaram deles, e as pernas de Rom perderam toda a força. Iriam ser pegos. Não podia deixar Teddy sair dali. Pensou em se jogar pela janela, em correr dali.

“Vamos embora, pegamos ele! “ Outra voz gritou, e os passos congelaram na entrada do quarto. “Anda! “

A sombra bateu os pés impacientemente, mas a voz insistiu para irem. Para alívio de Romulus, então, eles viraram-se e começaram a sair, desaparecendo em estalos conforme se afastavam do quarto. De repente, depois de toda confusão, o silêncio, e Romulus só conseguiu apertar os olhos, sem conseguir falar.

FIM DA PRIMEIRA PARTE


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