Dark Sky escrita por Nath Mascarenhas, prettysemileek


Capítulo 33
Capítulo 33 - Como tudo começou... Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa a demora, mas eu tô me mudando e estava com um pouco de falta de criatividade. Espero que curtam...



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-Brian é o quê?!- Perguntei incrédula, quase tendo um ataque do coração.

-Ih... Tá surda, lerda? – Izabel me perguntou impaciente. – Brian é LO-BI-SO-MEM! Entendeu agora?

Emoções fortes passaram por mim naquele momento. Primeira raiva, segunda, tristeza, terceira, raiva de novo e por último a traição, eu sei que não é bem uma emoção, mas achei bom comentar.

Se ninguém confia em mim para contar uma droga de segredo, como eu posso confiar em alguém pra qualquer coisa?!

Todos me olhavam como se eu fosse uma bomba prestes a explodir a qualquer instante.  Até Luka, que se acha o bambambã se mantinha afastado um pouco de mim.  

-Argh! – Cerrei a mão em punhos dando meia-volta.

-Você vai pra onde? – Raoni me perguntou segurando meu pulso com força.

-Raoni... Você gosta de ter um braço? – Perguntei num sibilo baixo e ele assentiu – Então, me largue! – E puxei meu braço com violência.

-Deixa... Se ela quer tanto virar ração de lobo, o problema é dela. – Izabel falou com desprezo.

-Não! – Perséfone gritou catégorica, vindo na minha direção. –Naara, espere!

Eu juntei toda minha, pouquissima, paciência e girei nos calcanhares esperando ela falar, mas Perséfone parecia com medo de mim.

-Fala! –Mandei autóritária.

Ela até estremeceu comigo.

Ah, que se dane! Voltei a andar pelo caminho que nós acabamos de percorrer correndo, ela veio atrás.

-Olha, quando Brian está transformamado ele vira uma coisa assustadora. –  Seu olhar era desesperadamente sincero. – Eu que sou namorada dele tenho medo.

-Então eu e ele fazemos um bom par. –Rebati, sem parar para escutá-la. –Todos estão me tratando feito uma doida.

-Bom, você tá indo para uma missão suícida. – Perséfone comentou.

Ela percebeu que comigo não colava esse papo de “perigoso de mais pra você”, pois, como todos ali sabiam eu  já era bastastante perigosa quando queria.

-Luka, por favor! – Apelou.

Em instantes ele estava a minha frente, me fazendo deter-me para não trombar feio com ele. Seu olhar era decidido, porém suplicante. Ele segurou meu rosto com delicadeza e sussurrou:

-Querida, sabemos o quanto você está furiosa, eu também estaria, acredite. Mas não adiantará você sair andando pela floresta em busca de um monstro que pode te comer viva. – Explicou.

-Nem precisa mais. –Izabel comentou. – Olha ele ali.

Todos nós olhamos para a direção que ela apontava trêmula. Um grande lobo nos encarava de uma forma peculiar, como se esperasse que nós parassemos de descutir para aparecer.

Um uivo saiu da sua sua bocarra fazendo a terra a nossa volta tremer.

Izabel foi a única saiu correndo feito uma debilóide, aliás isso não era nenhuma novidade pra ninguém ali... Corria com as mãos ao alto gritando socorro até que Raoni a segurou, tapando sua boca.

-Ficou maluca, estúpida? – Perguntou severo. – Você quer chamar a atenção da cidade intera pra cá, hein?

Ela choramingou se segurando nele feito criança pequena. Percebi que Raoni estava prestes a mandá-la pra porra, mas se segurava pra não gritar.

É isso que dá abrir uma creche, idiota! Pensei comigo mesma.

Como se ouvisse meus pensamentos, Raoni virou o rosto me encarando com um sorriso sem graça no rosto. Talvez, não precisasse ler o que eu estava pensando, pois todos os outros os encaram igualmente a mim, Luka estava prendendo o riso.

O lobo chega bufou.

Não querendo ver aquela cena ridicula e também querendo saber de toda verdade de uma vez, dei um passo a frente em direção ao lobo.

-Brian, venha aqui. – Eu pedi, estendendo a mão em chamamento.

Ele me obedeceu, vindo bem vagarosamente, como se avaliasse se a situação era segura e estivesse na defensiva conosco. Ele deveria estar com mais medo de nós do que a gente dele.

Quando ele chegou perto de mim e lambeu minha mão pousando nas patas dianteiras como se esperasse uma ordem minha, pude ouvir Perséfone soltar o ar exasperada.

Nós dois olhamos confusos para ela que tinha uma feição nada agradável e ainda por cima se mantinha com os braços cruzados no peito e batia o pé no chão freneticamente.

-Comigo você morde, com ela você beija? – Ela perguntou irritadiça.

-Sério que vocês vão bater uma DR agora? –Perguntei revirando os olhos.

-Cala a boca Naara, o assunto é entre eu e ele. – Ela falou rispida.

-Não,  esse assunto é entre todos nós. –Rebati com o mesmo tom de voz dela. –Temos que nos concentrar no assunto importante e deixar de lado essas picuinhas idiotas! Queremos saber como essa droga de poderes sobrenaturais veio até a gente e como tudo isso começou, não é?

Todos se entreolharam, hesitantes.

-Ah, o que vocês estão me escondendo desta vez? Vamos, começam a falar, quem vai ser o primeiro a abrir a boca? – Eu já estava impaciente.

O que faltava eu saber?!

Que na verdade todos nós somos uns alienigenas vindo do espaço, num planeta onde tudo isso faz sentido? Provavelmente.

A última pessoa que eu pensei que começaria ou até que estaria entre nós, falou.

-É uma longa história. – Uma voz enrrouquecida e cansada falou atrás de nós.

-Vovó! – Cuprimentei-a supreendida. – O que está fazendo aqui?

-Olá Naara. –Ela sorriu de volta. –Izabel.

Ela assentiu de má vontade, o que é que passava pela cabeça dessa garota, sério mesmo?

-Vovó a senhora sabe de alguma coisa sobre nós? – Perguntei incrédula.

-Você realmente acha que eu não reparei em como está diferente, todos vocês, Naara?  - Ela bufou.

Senti-me corada por menosprezar a inteligência da vovó, ela deve saber muito mais do que eu ou qualquer outro sobre isso tudo, ela sempre foi uma grande sábia principalmente quando o assunto são as lendas locais. Por que eu não pedi a a ajuda antes?! Pouparia-me muito menos problemas e confusões, com certeza.

 Ela foi andando até uma pedra, aquela mesma pedra que a um mês antrás eu encontrei Perséfone. Sentou-se e pigarreou inclinando o chão com a cabeça.

Um a um fomos nos sentando a sua volta. Eu e Luka mais a frente, ele me puxou para os seus braços e eu encostei minha cabeça em seu ombro, eu tava cansada!

Enquanto Izabel sentava no colo de Raoni um pouco mais atrás dizendo que não ia sujar sua roupa de terra. Perséfone sentou mais distante, como se não estivesse certa se poderia estar entre nós.

-Perséfone, minha filha, sente mais a frente. Quero ver seu rosto. – Vovó disse no seu melhor tom carinhoso, a fazendo obedecer de bom grado.

Percebi que Brian, em forma de lobo, não tinha se juntado à nós. Percebi ele ao longe, apenas nos vislumbrando.

-Naara, importa-se? –Ela me perguntou fazendo um gesto para ele.

-Brian, venha, é uma ordem. –Por que será que ele só fazia as coisas quando eu mandava? Meu antigo cachorro sequer me atendia quando eu chamava.

Ele veio até mim e pousou sua longa cabeça no meu colo, dando um imenso bocejo tirando gargalhadas de todos, menos de Perséfone que engoliu a seco toda essa cena.

Não é que ela realmente gosta dele?

-Bom, por onde eu começo? – A anciã perguntou pra si mesma.

-Que tal pelo começo? –Perguntei sugestionando, um pouco impaciente.

-Sim, claro. – Ela sorriu pra mim – O começo.


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Notas finais do capítulo

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