Dark Sky escrita por Nath Mascarenhas, prettysemileek


Capítulo 11
Capítulo 11- A nova avatar


Notas iniciais do capítulo

Estou adorando escrever essa fic, não ser por ela ser muito gostosa de escrever, mas também por que todos estão gostando.



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-Aff, tô exausta! – Falei caindo na cama de Raoni. – Hoje foi o dia mais cansativo da minha vida! Ainda bem que ele entendeu tudo e não surtou novamente.

-É, Perséfone o fez adorar a idéia de ser amigo de uma “bruxa”.  – Ele falou fazendo não sei o quê no seu closet.

-Ela pode ser muito assustadoramente simpática quando quer. –Falei, rindo.

-Você também. – Constatou. – Eu ia jogar aquele garoto pela janela quando ele disse que você tinha que morrer, mas você teve calma. Estou orgulhoso de você.

-Obrigada, papai. –Falei, ele pareceu tão adulto e tão parecido com o meu...

Lágrimas brotaram do meu rosto e eu estava caindo em pratos, segundos depois. Raoni veio me perguntando alguma coisa que eu sequer ouvi:

-Naara, o que foi? Foi só um elogio! –Falou de joelhos no chão perto de mim.

-Não foi isso, eu só lembrei meu pai e me deu um aperto gigante no meu coração.  –Disse tocando no meu peito.

Levantei, limpando as lágrimas com as costas da mão. Arrumei minha roupa á frente do espelho. Percebi os olhos dele me seguindo.

-Então o que você estava me perguntando mesmo? –Perguntei sentando no seu colo e o abraçando.

-Com que blusa eu fico melhor, preta ou branca? –Ele me perguntou alisando o meu cabelo.

-Tanto faz. Você fica gato de qualquer jeito. –Falei, beijando o seu pescoço. –Você tá muito preocupado, vai ser só um jantar que eu vou morrer de vergonha.

-Então ser minha namorada vai ser uma vergonha pra você? –Sua sobrancelha estava erguida.

-   Não é isso e você sabe muito bem. Eu só acho que devemos começar a namorar e acabou, não precisa fazer essa idiotice de pedido.

-Você acha meu pedido idiota? – Falou se levantando, me fazendo quase me esborrachar no chão.

-Honestamente, sim. –Eu não podia mentir, né?

-Pois você vai ter que acostumar com essa vergonha. –Ele falou vestindo a camisa social branca.

-Putz, só falta você botar gravata e estará pronto. –Falei destraída.

-Você acha que eu devo botar uma gravata?

-É lógico, se quiser sair com uma patricinha metida a besta do que comigo, sim. – Falei debochando. –Por favor, seja você mesmo.

E lhe joguei uma camisa verde musgo que ele costuma usar. Ele pegou e a descartou.

-Não acho apropriado.

-Jesus, dai-me paciência, dai-me tudo menos, força. Se não eu o esgano! –murmurei.  -Vai como quiser, Raoni. Mas se você quer se vestir como um almofadinha eu tenho que me vestir melhor do que essa blusa velha e calça antiquada.

-Não, você está linda assim. Se melhorar estraga.  –Abraçou-me.

-Então se vista do jeito que eu te conheço, não comecei a namorar um despojado pra dez minutos depois aceitar namorar um mauricinho.

-Tá. Venceu.

Chegamos em casa, fiquei mais constrangida que eu pensei que ficaria minha vida toda. Isto supera minha queda épica na quadra enquanto tentava chutar uma bola de futebol, e acabei chutando minha perna. É, isso era mil vezes pior.

Vovó havia posto a mesa de jantar do lado de fora e muitas pessoas estavam na mesa. Alguns tios que moravam numas cidades vizinhas, zilhões de primos e primas e muita gente que eu sequer conhecia.

-A gravata seria uma ótima idéia agora, né? – Ele cochichou no meu ouvido.

      -Só se for pra me enforcar – Murmurei de volta.

Ele riu.

-Olá querida! – Uma tia gorda veio me abraçar. –Que cabelo mais lindo! Depois me diga que xampu você usa.

Eu assentia, sem graça, para todos parentes que me abraçavam e davam apertos de mão para Raoni sem nem prestar muita atenção ao que eles diziam. Isso parecia estranhamente bizarro e eu queria que acabasse logo. Mas parecia que o circo de horrores estava longe de terminar...

Vovó se levantou e propôs um brinde.

-Aos apaixonados, Raoni e Naara. –Todos aplaudiram.

Jesus parecia que era meu noivado! Se quando Raoni me pede em namoro é assim imagine se um dia nos casarmos? Vovó chama o presidente!

Raoni se levantou como se aquilo já não fosse muito humilhante.

 -Quero entregar um presente para Naara, como forma do meu amor e para simbolizar o nosso compromisso um com o outro.

Eu engoli a seco. Por que ele não comentou que me daria um presente na frente da minha família toda?

Ele abriu uma caixinha que havia um par de alianças bem diferentes, mas que parecia realmente conosco. Sorri super emocionada. Por que eu tinha que ser uma manteiga derretida?

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-Ê! –Gritaram meus primos. – Beija, beija!

Nós demos um selinho.

 -Ah, se isso é pra simbolizar o amor de vocês, não sei como esse amor vai durar menos de um segundo. Beija com vontade querido! – Tia Gurth falou arrancando aprovações por toda a mesa.

  -Vai, beija ela! – John gritou levantando uma taça.

Raoni, como sempre exibido, fez aquela típica cena de romance e me jogou quase no chão e me beijou.

-É isso que eu chamo de beijo! – Tio Albert falou.

Fiquei completamente sem fôlego. Assim que ele me soltou fiquei completamente desnorteada.

-Preciso ir ao banheiro. – Falei indo pro lado ao contrário.

-Naara, é pra lá. – Raoni segurou meus ombros me direcionando para o caminho certo.

Cambaleando, não sei como eu consegui fazer minhas pernas andarem sem fraquejarem até dentro de casa.

Entrei no banheiro que estava cheio de primas que eu acho que se chamavam: Mayara, Tainá e Izabel. Ela sequer repararam na minha presença.

-Que lindoooooo! –A menina que eu tenho quase certeza que se chamava Mayara guinchou.   

 -Que sortuda. Quem me dera ter um namorado lindo e romântico assim. –Tainá completou.

A outra que eu espero realmente ser Izabel apenas sorria amarelo, ela estava no canto, amuada. Pigarreei.

-Oi Naara. –Mayara disse olhando exclusivamente para os meus cabelos.

Qual é a de todo mundo com essa coisa de cabelo? Fala sério!

-Oi. –Disse olhando para Izabel que parecia com algum problema.

Eu a observei e meu coração apertava cada vez que eu via seu olhar tristonho. Eu sentia nas minhas entranhas que eu devia ajudá-la.

-Vó o que tem essa garota? – Perguntei apontando com a cabeça para Izabel.

-Ah, essa menina tem problemas, sabe? – E tocou o indicador na cabeça.

Não me segurei e quando a vi sozinha, perguntei:

-Qual é o problema?

-Nada. – Seu rosto branco que nem porcelana ficou todo vermelho.

 -Venha aqui. –Falei subindo as escadas.

Ela me seguiu e se abraçava como se estivesse com medo de mim. Sentou-se na minha cama enquanto eu estava na janela contemplando a lua.

-O que foi? Eu não fiz nada. – Ela falou em tom de desespero.

-Eu sei como está se sentindo sabia?

-Duvido. Você é maravilhosa tem um namorado mega gato que é capaz de pagar mó mico por você...

-Você também achou? –Perguntei franzindo o nariz, ela riu.

-Achei. – Ela já sorria, que bom...

 -Eu sinto que está com medo e solitária, acredite em mim, eu sem bem o que é isso.

-Se fosse só isso. –Murmurou. –Minha vida tá o maior caos.

Há! Isso só pode ser brincadeira. Ela estava falando com o caos em pessoa.

-Você não me vence, pode acreditar. –murmurei.

-Você tem pais psicóticos que acham que você é louca e querem te internar por que você consegue fazer as coisas se mexerem apenas com o olhar?!

-Não. Meus pais estão mortos, há duas semanas. –Falei fria, ainda olhando para o luar, eu não tinha percebido naquele momento, mas foi a primeira vez que eu os declarei mortos, verbalmente.  

-Ah, desculpe-me. Eu esqueci completamente disso! Meus pêsames.

Assenti vagarosamente.

-Mas me diga, como assim mover as coisas com o olhar?

-Eu sei que é bizarro, e, por favor, não saia correndo, mas é verdade eu tenho poderes sobrenaturais...

-Sério?! Mostre-me. –Ela realmente pensou que eu ia sair correndo.

-Tá. – Ela separou as mãos e fechou os olhos, uma grande ventania fez minhas coisas voarem.

-Que máximo! – Falei a abraçando.

  -Você não tá assustada?

Eu ri, sarcástica.

Eu estalei os dedos e uma gigante labareda iluminou meu quarto.

-Jesus! Você é igual a mim! –Chega pulava de felicidade. – Minhas irmãs vão surtar, elas acham que eu sou bruxa ou algo assim.

-É, e sabe aquele gato do meu namorado? –Falei usando as palavras e o tom de suas irmãs.

Ela assentiu.

-Ele também tem poderes. –Contei.

-Omeudeus! – Ela falou junto mesmo. –Não sabia que tinha tanta gente como eu.

- Todos têm seu elemento. Ele é a terra, eu sou o fogo, uma menina que você vai conhecer e vai pedir para nunca mais vê-la novamente é a água e você...

-O ar. –Ela completou.

 Os quatro avatares estavam juntos. E agora?


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Notas finais do capítulo

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