8 de julho 5h23min

O salão já estava vazio, mais ainda tinham uns doidos viciados em ecstasy e alguns alcoólicos que não saiam do bar de jeito nenhum.

A nossa situação estava deplorável.

Eu estava jogada no canto, deitada no colo de Syn. Enquanto ele estava de olhos fechados e terminando seu cigarro. Matt estava deitado em cima dos cacos de vidro da mesa central que Jimmy fez a divina proeza de quebrar. Jimmy estava com um sorriso bobo no rosto enquanto olhava Leana mostrar o que ela tinha aprendido nos seus tempos de teen topanga. Leana dançava sensualmente para Jimmy.

Zacky tinha arrumando uma loira pra ele e foi se aventurar. Megan estava na pista de dança, dançando loucamente com Johnny. Johnny tentava dançar, mais aquilo estava mais para pai de santo.

Uma música lenta começou.

- Essa música é a minha favorita – Syn disse balançando as pernas freneticamente pra mim levantar

- Nunca ouvi – eu disse ainda deitada – para de balançar a perna – eu disse resmungando

Syn me fitou e se levantou. O olhei e ele estava parado na minha frente.

- Dança comigo? – ele disse estendendo a mão

- Syn... – eu disse envergonhada – eu não sei dançar e morro de vergonha – eu sorri constrangida

Syn me puxou pelo braço não dando tempo de falar mais nada. Levou-me para o centro do salão e passou o braço pela minha cintura. Com a outra mão, segurou a minha delicadamente e me fitou.

Eu estava a uns cinco metros distante de Syn. Ele sorriu e colou meu corpo ao seu. Começou com passos de vagares e lentos. Encostei minha cabeça no peito do Syn e deixei ele me guiar.

Por um momento senti meu coração acelerar ao sentir a mão de Syn percorrer as minhas costas. A cada toque eu me arrepiava.

Levantei a cabeça e o olhei nos olhos profundamente. Nunca admiti mais aqueles olhos tinham o poder de hipnotizar. A cor agora em contraste a alguns raios solares que estavam começando a brotar através das nuvens. Syn me encarava também, mais agora de um modo diferente. Seus olhos brilhavam e nada era capaz de tirar sua atenção de mim.

Agora era algo diferente, parecia uma ligação diferente das outras. Era intenso.

Era algo nosso, era algo de Brian. Algo que nenhum menino tinha. Minha pele se arrepiava a cada instante, eu não conseguia mais controlar, aquilo não dependia só de mim. Syn tocou minha pele com suas mãos gélidas agora. Levou sua mão até meu rosto e acariciou de modo que nunca senti. O toque da sua mão fria fazia contraste com meu corpo quente, por causa do sangue que pulsava sem parar dentro do meu corpo.  

Desceu suas mãos pelo meus braços e me girou lentamente.

Sorri e ele retribuiu com um riso de canto.

http://www.youtube.com/watch?v=8ji5fqiu1Ks

The Pretty Reckless - Heart

Voltei aos meus pensamentos. Virei-me e sai do salão.

Tirei os saltos e o chapéu. Fitei o mar e respirei fundo deixando me levar pelo vento que estava forte.

Desci o hall do clube e meus pés se encontraram com a areia. Dei um sorriso bobo e comecei a correr até o mar.

O vento batia contra meu rosto, fazendo meu cabelo negro e longo ir para trás. O sol agora estava brotando e seus raios solares estavam alaranjados.

Corri mais forte ainda, tentando achar onde era o inicio daquele paraíso.  

Parei ao sentir a água gelada invadir meus pés. Fitei o mar que estava tão distante mais tão perto de mim. E comecei a entrar na água.

A água estava realmente gelada, fazendo meu corpo adormecer e neutralizar a ‘’dor’’. Mergulhei e agora meus cabelos estavam molhados.

Aquilo sim era liberdade. Comecei a ir mais longe, meus pés não alcançavam mais o chão.

Boiei na água algumas vezes e em outras respirava fundo enquanto fitava o céu. Nada estragaria esse momento.

Comecei a sentir minhas pernas adormecerem.

- Que merda é essa? – resmunguei pra mim mesma

Nadar estava ficando difícil, estava ficando desesperada.

A dormência só aumentava.

- SYYYYYYN – gritei mais foi inútil a água estava invadindo minha boca – SOCORRO – gritei por vez mais desesperada – ALGUEM ME AJUDA – eu gritei balançando meus braços na tentativa de alguém me ver

Antes de afundar eu vi um vulto longe e um grito, mais não identifiquei quem era.

Comecei a afundar, minha respiração ficou fraca. Fechei os olhos.

Estava adentro dos meus pensamentos, loucos e psicodélicos. Havia algo que estava inacabado. Eu vi meu corpo na água e braços me puxando para a margem. Não estava entendendo tudo aquilo. Tudo ficou escuro de repente.

Uma sensação de paz estava percorrendo meu espírito. Algo inexplicável, tudo ficou escuro de repente e o lugar perfeito tinha ficado extremamente atormentador. Como um dilúvio, uma tempestade veio e logo aquele lugar estava inundado, comecei a me afogar novamente. Tudo se apagou novamente mais a sensação de estar se afogando ainda estava ali. Como um gesto automático, tossi involuntariamente e me vi deitada na areia com Syn passando a mão pelo meu rosto.

- Lauritta – ele disse me fitando – Você está bem? – ele perguntou assustado

Não respondi, minha cabeça doía. Levantei-me com a ajuda de Syn e entendi tudo o que aconteceu ali.

- Obrigada – foi tudo o que consegui pronunciar e fui surpreendida por um abraço de Syn

Não sei quanto tempo ficamos lá, mais foi o suficiente pra eu pegar no sono junto com Syn.

O resto do dia foi normal assim como os cinco meses que se passaram. Disse pra Syn não contar pra ninguém da minha quase morte e ele compreendeu. Tudo ocorria bem. Megan estava namorando com Johnny e eles estavam muito fofos juntos. Zacky continuou com a loira que ele encontrou na festa de Syn, seu nome era Gena se não me engano. Jimmy e Leana eram uns casos perdidos enquanto não estavam se matando estavam se pegando em qualquer esquina. Matt continuava pegador como sempre, ele tinha qualquer garota na mão, sabemos bem por que.

Não aconteceu muita coisa interessante nesse tempo, mesmo por que eu tinha dado uma distanciada dos meninos, eu estava indo mal na escola e tinha que recuperar minhas notas.

Syn estava em crise constante com a Amy, sim eles voltaram. Não sei por que mais ela não parece gostar dele. O maltrata e eu tenho que ficar ouvindo as reclamações dele, enquanto ele está bêbado ou drogado sei lá.

Aquilo me enchia o saco, quando ele não estava falando de como sua namorada era irritante estava falando de como ela era boa na cama e isso me tirava do sério. Não tenho nada contra Amy ao contrario acho ela um amor de pessoa, mas falando sério ela não é para ele.

Syn tem 20 anos e ela tem 27. Ela é muito madura para ele, e ele não enxerga isso, e quem têm que ficar ouvindo ele sou eu, tirando as vezes que eles brigam sério e Syn me faz de correio, levando e trazendo respostas e perguntas dos apaixonados.

- Sabe Lauren – Syn disse se jogando na minha cama – ela é muito gostosa – ele disse sorrindo – Ela começou a me – Syn dizia mais foi interrompido

- CALA A SUA BOCA – eu disse me virando pra ele – EU TO POUCO ME FUDENDO – eu disse o fitando – EU NÃO QUERO SABER, DESCONFIA SYNYSTER GATES. POR QUE VOCÊ ACHA QUE ISSO É INTERESSANTE? EU TO POUCO ME IMPORTANTO PRO QUE VOCÊ FAZ OU DEIXA DE FAZER – eu disse batendo a porta do banheiro com força

Sentei na banheira que estava vazia e abracei os joelhos. Aquilo me afetava todas as vezes que ele falava dela. Lágrimas já eram visíveis ao meu rosto. A cada vez que eu tentava limpar, o triplo de lágrimas caia.

- O que aconteceu filha? – minha mãe bateu na porta – o Brian saiu daqui sem falar nada

- VAI EMBORA – eu gritei

Me deitei na banheira e dormi por ali mesmo.

Acordei na madrugada e me levantei meio zonza.

Abri a porta do banheiro e o quarto estava escuro. Tropecei em uma roupa que estava jogada e bati na quina da cama.

- Merda – dei um gritinho abafado pela minha mão livre

- Você está bem? – Syn apareceu atrás de mim

- PORRA – gritei e ele tapou minha boca – O que você ta fazendo aqui? Como entrou? – eu fitei a janela aberta e mandei um olhar mortal pra ele

- Eu vim pedir explicações pra você – ele disse me soltando e se deitando na minha cama

- Vai embora – eu disse catando as coisas do chão

- Me explica – ele disse jogando as coisas no chão e segurando minhas mãos –Por que isso? – ele me fitou sincero nos olhos

- Eu queria falar – eu disse fechando os olhos para não fitar seus olhos – eu tenho medo

- Medo do que? – ele disse

- De te perder – eu disse por fim

- Você nunca me perderia

- Eu te amo

- Eu também besta

- É isso – eu respondi com o coração na mão

- Isso o que? – ele respondeu confuso

- A sua explicação – eu disse agora abrindo os olhos

Syn me fitava indiferente, passou as mãos pelos cabelos, pelo rosto e olhou em volta.

- Não está confundindo as coisas? – ele me disse educado

O fitei irritada e me afastei.

- Era esse tipo de resposta que eu queria – eu disse irônica – Parabéns por ser tão idiota – eu disse encostando minha cabeça na parede e dando socos na parede várias vezes

- Isso parece doer – Syn disse se aproximando de mim

- Cala boca – eu disse segurando minhas lágrimas

Ele socou a cabeça na parede.

- Porque fez isso? – eu perguntei incrédula

- Por que eu quis – ele respondeu passando as mãos pelo ferimento que se formou

- Foi muito Sid e Nancy isso – eu respondi me afastando dele e rindo do sangue que estava se espalhando pelo rosto – vai embora – eu disse me jogando na cama e massageando minhas mãos

Syn começou a chegar mais perto de mim e se deitou do meu lado. Passou as mãos pelo meu rosto e segurou meu cabelo. Aproximou-se mais ainda e colou nossos corpos.

- Syn – eu disse com a respiração ofegante

- Shh be quiet, you might piss somebody off – ele disse e me fitou

Syn passou as mãos pelo meu pescoço e chegou ao encontro dos meus cabelos os puxando para trás delicadamente. Beijou meu pescoço, minha bochecha e meu queixo. Parou.

Fitou-me e me hipnotizou como da outra vez.

Beijou-me de modo lento mais ainda intenso, como todos os seus beijos. Syn bagunçava meus cabelos e ameaçava descer suas mãos para minha blusa.

- Syn

- Shh be quiet, you might piss somebody off – ele respondeu novamente

Desceu suas mãos para minha coxa e ficou por cima de mim, de modo que não jogasse seu peso sobre mim. Apertou minha coxa uma ou duas vezes e encaixou a sua perna entre as minhas. Soltei um gemido baixo. Ele sorriu vitorioso e beijou meu pescoço. Lembrei de Amy e em como ela ficaria.

- Syn sai – eu disse empurrando ele – A Amy

Ele percebeu que não conseguiria nada e saiu.

Syn se afundou nos meus cabelos e me agarrou por trás.

- Desprega – eu falei e ele riu me apertando mais

Dormimos.