Asleep escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 17
Frequência sobrenatural


Notas iniciais do capítulo

Oiii *--* ah meu Merlin, minha mão tah doendo MUITO mas acho q valeo a pena! Eu gostei desse capitulo e espero do fundo do meu coração, que vocês tbm! Embora seja maior e tals, eh triste DD: deuses... espero q goste.
Queria dedicar esse capitulo á minha diva Camila Potter *-* pela recomendação divonica! Obrigada flor, o capitulo eh seu viu? kkkk
Milena: Eu tive que vir comentar nesse capitulo, ficou perfeito não ficou? Bom, eu adorei, nossa diva cada vez mais nos surpreende *-*
Beijoos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/159343/chapter/17

– Está com medo? - perguntou Amanda, chegando quase aos sussurros pelos corredores semi-desertos. O sinal que avisara o começo da aula de Poções tocara há algum tempo, mas não tinha coragem o suficiente para adentrar naquela sala e dar de cara com Tom Riddle.

Apertei meu braço olhando para o chão, suspirei assentindo com a cabeça.

– Ignore-o - ela cortou o silêncio me fazendo fitá-la - Ignore-o. Estarei esperando você na porta da sala...

Meus olhos marejaram. Não sabia se era por medo, ou por que, naquele momento Amanda estava se mostrando verdadeiramente uma amiga. Seu tamanho era o mesmo de seu coração, uma grande amiga.

Eu a abracei com força e rapidamente apertei a alça da minha bolsa. Prendi a respiração e comecei a andar em direção à porta fechada da sala, parei e olhei para trás. Ela me incentivou a entrar e voltei meus olhos á porta.

Bati duas vezes, trêmula e logo a porta se abriu sozinha, relevando o Prof. Slughorn mais ao longe, em frente a sala.

– Entre Srta. Diggory - ele sorriu e dei o primeiro passo sentindo a porta se fechar logo atrás de mim. Respirei fundo novamente e dei passos incertos em direção a carteira de sempre. Ao lado dele.

Me sentei com relutância, trêmula e ele parecera perceber aquilo pois me lançou um sorriso cínico.

O Prof. Slughorn reiniciou sua matéria e abri meu livro, maquinalmente. Ele fez o mesmo e mesmo que seus olhos estivessem presos no livro a sua frente, sabia que observava cada movimento meu.

Ele não dissera nada durante a aula, o que era estranho. Não respondera nenhuma das perguntas, estava quieto demais para a minha total desconfiança. Contudo, ainda conseguia sentir seus olhos queimarem sobre mim, por vezes.

O sinal tão esperado finalmente tocou, no entanto, esperei alguns poucos minutos. Talvez Amanda ainda nem houvesse saído de sua aula, teria de esperar. E para o meu medo, ele se levantara e me fitava, imóvel.

Lentamente, levantei os olhos aos seus e um arrepio atingiu meu corpo. Mas fora uma sensação estranhamente boa.

– O que está esperando, Riddle? - indaguei, um tanto rude. Ele riu cinicamente.

– Com medo, Diggory? - deu ênfase no meu verdadeiro sobrenome, me fazendo estremecer.

– Não era você que deveria estar com medo? - arqueei a sobrancelha em sua direção - Saber que está prestes a ser morto por uma garota deve ser algo assustador.

Ele revirou os olhos.

– Se me dissesse ao menos o motivo que a leva a querer me matar - suspirou ele teatralmente - Eu realmente ficaria assustado...

– Você é tão cínico... - semi-cerrei os olhos em sua direção me levantando, ficando de frente para ele - O que o leva a ser desse jeito?

Não houve resposta, o silêncio incômodo pairou entre nós e desisti, me virando para a porta, contudo, senti sua mão gélida agarrar meu pulso fortemente.

– Me solte... - murmurei entre dentes.

– Preciso conversar com você, Michelly - murmurou ele acariciando meu nome tão docemente, contudo, eu sabia que as intenções por trás de toda aquela doçura, eram fatais. Minha desconfiança sobre ele cresceu, no entanto, não pude deixar de sentir algo reconfortante de dentro de mim crescer ao ouvi-lo pronunciar meu nome daquela forma.

Por Merlin, o que diabos estava havendo comigo, afinal? Ele se aproximou mais de mim e senti sua respiração fria bater contra o meu pescoço, me causando outra onde de arrepios.

Ele iria dizer algo, contudo, algo o interrompeu abrindo a porta da sala. Levantei os olhos e suspirei de alívio ao ver Amanda parada no batente da porta.

O aperto de Tom se foi e dei o primeiro passo em direção á Amanda, incerto. Havia algo de dentro de mim que relutava contra aquilo, e eu, secretamente, cogitava a idéia de haver um imã entre Tom e eu, mas era impossível.

Parei um pouco longe dela e virei para trás, observando Tom se aproximar de nós e passar pela porta, não sem antes de lançar a Amanda um olhar do qual aumentara a sensação ruim. Era um sinal? Os seus olhos gélidos se focaram nela com tanta fúria que tive certeza de que algo de ruim acontecera.

– Não gostaria de estar na sua pele, Parkinson - murmurou ele, ácido abrindo um sorriso cínico.

– E por que não, Riddle? - cuspiu ela de volta, mais ácida ainda.

– Você logo descobrira - murmurou ele, contudo, não olhava para ela. E sim para mim, como se houvesse dirigido aquela estranha frase para mim.

Logo após isso, ele saiu da sala sinuosamente, deixando um silêncio assustador naquela sala.

– Foi uma ameaça? - ofeguei, olhando para Amanda. Ela não respondeu, apenas me puxou para fora da sala e voltamos para o Salão Comunal.


***

– Onde ela está? - perguntei agitada, sem conseguir permanecer deitada na cama. Sue costurava a cabeça de seu ursinho de pelúcia com algum feitiço desconhecido.

Já passara do toque de recolher e Amanda não voltara até aquele momento. Sentia uma agonia jamais sentida, uma onde tão forte de angústia que me fazia crer que algo de ruim estava acontecendo naquele momento.

– Com o grupo de estudo da Sonserina - murmurou Sue - Ela tem sempre isso toda sexta. É normal.

A agonia não diminuiu com suas palavras, me levantei da cama caminhando até a porta com o intuito de procurá-la pelo castelo.

– Depois do toque de recolher, o Salão Comunal da Sonserina fica travado - Sue lembrou sem tirar os olhos do seu ursinho - Ninguém pode sair, apenas entrar.

Suspirei agoniada, voltando a me sentar na cama bagunçando meus cabelos em sinal de nervosismo.

– Não precisa ficar tão preocupada assim, Michelly - riu Sue ao ver meu estado - Amanda sempre costuma se atrasar.

Neguei com a cabeça, contudo, eu nada disse. Ela talvez não entenderia os meus pensamentos, ou a onda de adrenalina e medo que corria pelas minhas veias. Era complicado, eu tinha suspeitas, mas se pensar sobre elas era algo sufocante, não queria saber o que era dizer aquilo.

As horas foram se passando lenta e tortuosamente, me destruía por dentro, saber que estava acontecendo algo mas ao mesmo tempo não poder agir. O sono venceu a batalha que há tempos eu travara. O cansaço me atingiu certeiramente e não pude resistir.

***

Corria às pressas pelos corredores já vazios. As aulas haviam dado início há 30 minutos atrás e eu acordara atrasada e preocupada ao mesmo tempo quando vi que a cama de Amanda estava do mesmo jeito de da noite passada.

Suspirei parando perto da janela, tentando recuperar o fôlego enquanto amarrava a gravata em torno do meu pescoço. Um cheiro tão reconhecível a mim quanto inebriante chegou ao meu conhecimento avisando a proximidade de Tom.

Me virei assustada para trás, deparando-me com ele. Não pude deixar de observar as profundas olheiras sob seus olhos castanhos esverdeados e outra onde de preocupação me dominou. Ele provavelmente não dormira bem na noite passada. Qual era o problema disso?

Estremeci com pensamentos assombrosos e arfei, recuando um passo.

– Acho que vai ter uma surpresa hoje, Diggory - murmurou ele de forma um tanto cínica.

– Do que está falando? - perguntei e ele fixou os olhos em outro lugar.

Ele não respondeu, mas o silêncio não durou por tanto tempo.

– Srta. Legrand! - me dei conta de que a Srta Legrand era eu depois de breves minutos, e me virei para trás. Deparei-me com a jovem Minerva McGonagall. O olhar severo que sempre estampava sua face, fora substituído pela expressão de pêsames, e novamente a onde aumentou de dentro de mim quase chegando ao limite.

–O diretor Dippet está chamando-a até a sala dele - murmurou.

– Aconteceu algo? - perguntei e ouvi a baixa risada cínica de Tom, logo atrás de mim.

Ela não respondeu, apenas abaixou os olhos para o chão.

– O Sr. Riddle irá acompanhá-la - murmurou antes de me virar as costas e andar para a direção oposta.

Senti um vento bater contra os meus cabelos e logo, Tom já andava a minha frente. Ele parou fitando-me por sobre o ombro.

– Vamos Srta. Legrand - debochou - Siga-me, o diretor quer vê-la.

Engoli a seco, sentindo meu coração quase escapar do meu peito e com relutância, segui seus passos. O caminho fora longo e tortuoso, o silêncio era desesperador e algo gritante de dentro de mim tornou evidente que algo de ruim estava acontecendo.

Paramos em frente á gárgula que guardava a sala do diretor, aberta. Ele me encarou, dessa vez sem o sorriso cínico, apenas a expressão de frieza.

– Primeiro as damas - murmurou gélido e passei por ele, subindo os degraus aos tropeços devido a minha ansiedade que se fundia perigosamente com o medo e a agonia.

Bati freneticamente na porta e parei, ao perceber que já fizera aquilo mais de três vezes. A porta se abriu sozinha, revelando a mesa do diretor Dippet e uma garota sentada no sofá, tinha o rosto enterrado nas mãos e os cabelos de uma cor estranha. Castanho avermelhado, sem brilho e vida.

– Com licença... - murmurei trêmula dando um passo a frente. O diretor me fitou com o mesmo olhar que McGonagall me lançara e outro calafrio correu pelo meu corpo.

– Ahh! Sente-se, sente-se Srta. Legrand - tentou ele soar o mais agradável possível.

Olhei para o sofá do qual a garota até então desconhecida se encontrava e me sentei ali, sentindo que nada fazia sentido.

Tom permanecera em pé, encostado perto da porta. Girava sua varinha nos dedos pálidos e tinha seus olhos presos em mim, o sorriso não estampava mais seu rosto. Continuava com a frieza e a inexpressividade.

– O que está acontecendo, diretor?- quebrei o silêncio e senti a garota ao meu lado estremecer. Até então não se virara para nós, chorava silenciosamente.

– É um assunto delicado, Srta. Legrand - murmurou o diretor incomodado.

– Algo ruim? - perguntei e ele assentiu. Meu coração disparou e a onda de agonia aumentou com força total, chegando ao seu limite - O que houve?!

– Sua amiga... - meu coração se acelerou, dando paradas rápidas - Ela... Ela...

A menina ao meu lado se moveu, soluçando e levantou seu rosto. Eu a fitei surpresa ao ver que era Suzannah Rowle.

– Ela morreu! - exclamou Sue deixando que mais lágrimas caíssem de seu belo rosto, seus cabelos perdiam a cor berrante conforme soluçava. Ela me abraçou com força e demorou algum tempo para minha mente se dar conta daquela informação.


***

Andei pelos corredores, sem rumo. Meus olhos ardiam por causa das lágrimas que eu não conseguia reprimir.

Tinha a varinha em mãos, eu a apertava fortemente. Havia uma batalha mortal de dentro de mim, e nela estavam presentes o ódio, o desespero, a tristeza, a agonia, a angústia e coisas que se fundiam em uma freqüência sobrenatural tornando tudo insuportável a mim.

Eu tinha apenas um pensamento em minha mente e desajava com todas as forças, conseguir cumpri-lo. A dor de perder novamente uma pessoa era mil vezes mais dilacerante do que a primeira, o que me fazia querer voltar de novo para o meu tempo.

A chuva caia fracamente do lado de fora, mas se intensificava conforme o tempo que se passava. Mais ao longe, eu o vi perto da janela encarando o tempo tempestuoso lá fora.

Meu coração se acelerou ao mesmo tempo em que se apertava de forma sufocante. Andei sinuosamente para perto dele sentindo que ficava cada vez mais difícil de se respirar.

– Era essa a surpresa? - perguntei ferozmente quebrando o silêncio. Ele não se assustou com a minha presença, virou-se para mim inexpressivo e um sorriso cínico se abriu.

– Agora não há ninguém para me impedir de chegar ás respostas, Legrand - murmurou.

E tão rápido como eu saquei a minha varinha, os pensamentos raivosos dirigidos a ele correram pela minha mente.

– Foi sua culpa! - gritei sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto, me aproximei dele apontando a varinha diretamente para o seu peito - VOCÊ A MATOU! COMO PÔDE?

– Bingo - sorriu ele, cinicamente sem abandonar sua pose lívida. Não parecia intimidado por saber que logo eu o mataria. Eu tinha mais um motivo para fazer isso...

– Chegou a hora então, Riddle... - suspirei apertando mais a varinha.

– Estou esperando, Diggory - ele me desafiou - Vamos... Ou não sabe qual é a Maldição Imperdoável?

Apertei minha varinha, tinha as simples palavra na ponta da língua, contudo, minha voz se enroscara. O que estava havendo? Eu tinha apenas de matá-lo. Qual era o meu problema afinal? Eu era tão tola e boazinha a ponto de não conseguir matar o assassino de meu irmão? Tudo o que eu passara até aquele momento não valera de nada?

Eu tinha de fazer aquilo...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AHHH! *--* Meu Merlin, me digam por favor oq acharam! Eh MUITO importante pra mim! Estou tentando aumentar os capitulos e seus reviews só me ajudam! *-* obrigada desde já!
Bjoos ♥