A Queda de Um Semideus escrita por Thah


Capítulo 15
A queda de um semi-deus


Notas iniciais do capítulo

Demorei desta vez =/
Num passei bem estes dias, MAS ja estou bem melhor e com o PENULTIMO capitulo.
É sim galera, repito penúltimo.
Ai gente, no ultimo capitulo vou receber os ultimos reviews de vocês :´(
Que falta eles vão me fazer..ai ai
E para o pessoal que recomendou, muitissímo obrigada ^^
Chega de embromar!
Boa leitura!



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Mais uma vez nos encontrávamos no céu, Zeus estava sendo bem tolerante. Quem sabe pelo fato de tratar da sua filha. Greg tomava a frente com seu pégaso, desta vez Grover ia na garupa. Aos poucos fomos descendo das nuvens.

  - Chegamos – declarou ele.

Pousamos no celeiro. Apertei a tampa da caneta, minha fiel amiga tomou forma: Contracorrente. Não esquecendo é claro do relógio que Tyson me dera que quando ativado adquiria a configuração de um escudo.

Andamos por uma trilha de barro até nos depararmos com uma construção: uma casa.

  Ela era simples, feita de madeira. Na verdade lembrava mais um chalé, com janelas pequeninas, uma única porta dando acesso a sala de estar. Do lado direito uma estante velha e empoeirada, repleta de porta retratos. Assoprei. Fotos e mais fotos de Greg e Lúcio Vicent ainda crianças. Os gêmeos brincando pela grama, subindo em seus pôneis. Lúcio ainda era inocente naquela época. Um quadro me chamou a atenção, os dois no colo de uma mulher jovem, cabelo cor de areia, assim como dos filhos, cortado em Chanel. Olhos castanhos escuros.

  - Ela é linda não? – Greg me tirou dos meus devaneios.

  - É sim. Ela é a sua...

  - Mãe? – notei que ele disfarçadamente enxugou uma lagrima na maçã do rosto - é sim.

  - Parecem muito felizes – analisei.

  - E éramos. Lúcio era muito apegado a ela, acha que sua morte é culpa de Zeus.

  - Qual é o seu nome?

  - Violet, Violet Vicent.

Um estrondo veio do quintal, corremos ligeiramente pra fora do domicilio. Eu apenas seguia meu amigo, não sei por que penso que ele já imagina onde o irmão poderia estar. Perto da piscina lá estava ele, com o cabelo todo bagunçado, Thalia toda encolhida do outro lado.

  - Então você me achou, irmão. – ele estava enlouquecido, jogava aleatoriamente pequenos raios nas arvores ao seu redor. Destruindo tudo que lhe aparecesse.

  - Lúcio pare com isso! Solte nossa irmã – demandou Greg.

Ele andou um pouco cambaleante. O suor escorria em seu rosto.

  - Irmã? – gargalhou zombando da atitude do irmão – desde quando esta coisa é nossa irmã?!

  - Ela é filha do nosso pai, não tem culpa de nada. – ele se aproximava dos dois.

  - Greg – murmurou Annabeth – cuidado ele é insano!

Ele se virou e sorriu para nós.

  - Confie em mim – voltou-se ao irmão – solte-a.

  - Não! – rugiu ele – Zeus tem que se arrepender por ter nos trocado por ela, uma garota frágil e insolente.

  - Meu irmão... por favor – implorou dando mais passos a frente.

  - Você... me chamou de irmão? – não parecia ser a mesma pessoa do vulcão Yellowstone. Este era medroso, frágil. Voltar ali, onde crescera com tanto amor de sua mãe deve ter feito uma reviravolta em sua mente.

  - Você é o meu irmão, vamos Lúcio, solte a Thalia – marchava até o louco – pense na mamãe.

  - Não toque no nome dela! Zeus é o culpado pela sua morte! – berrava transtornado.

  - Ele não é! você sabe disso. Mamãe nos amava mais que tudo – seu rosto se entristeceu – a doença foi um desatino.

  - Zeus podia tê-la curado. Ele podia! – Lucio começou a chorar histericamente.

  - Não ele não podia. Sabemos que a doença da mamãe não tinha cura. Ela era jovem quando...quando tudo aconteceu.

  - Mamãe foi a única pessoa que já se importou comigo – Lúcio abaixou a cabeça – sinto muita falta dela.

  - Ei, também me preocupo com você, somos uma família. – Ele abraçou o irmão.

Afinal de contas Lúcio tinha um pequena parte humana. Algo bem difícil de acreditar. Mesmo assim, a falta da mãe o transformou na pessoa rancorosa que ele é agora.

  - Desculpe mas... – o olhar dele voltou a ser diabólico – não posso deixar que uma lembrança atrapalhe meus planos – e jogou Greg longe.

  - GREG! – gritou Annabeth.

Lúcio ergueu as mãos ao céus e começou a falar algumas palavras em grego um...feitiço talvez, pude entender boa parte dela, algo parecido com isso:

Dos poderes da terra, do céu e do mar

Herança que meus ancestrais hão de me passar

Arrancando almas de quem ainda respira

Sintam, semideuses toda a minha ira!

 Um raio brotou em sua mão. Não tão poderoso quanto o de Zeus, porém pulverizaria facilmente qualquer um de nós. Dedução óbvia. Embora o escudo de Tyson fosse resistente, todo aquele poder o estraçalharia em mil pedaços.

  - Zeus roubou minha mãe – seus olhos pegavam fogo de ódio – e vocês roubaram meu irmão!

 Nico abraçou Miley para protegê-la, eu fiz o mesmo com Annabeth. Morreríamos juntos desta vez, lado a lado. Quando Lúcio lançou a arma, fechei meus olhos firmemente e desejei que fosse tão rápido nossa morte para que não houvesse tanta dor.

 Nem pude aproveitar a minha nova vida. É isso ai pai, coisas assim não são para serem mudadas. Pelo menos vou com a mente tranqüila por ter a mulher que amo ao meu lado.

Um clarão.

Abri um dos meus olhos, esperando encontrar a praia. Esquadrinhei o local procurando, areia, água, gaivotas voando... nada. O lugar era o mesmo.Olhei a frente e me espantei.

  - Greg?! – falei assustado.

  - Oi... – devia estar uns 2 metros de nós. Meu estomago se revirou com a cena. O raio atravessara o peito dele

Lúcio cobria a boca com as mãos, estava tão pasmo quanto nós.

  - LOUCO! O QUE VOCÊ FEZ?! POR QUE NÃO DEIXOU ELES MORREREM? – seu rosto ficou vermelho como uma pimenta.

  - Por...que... – ele deu virou-se para nós sorriu e depois voltou ao irmão – eu...sempre...protejo meus amigos – cuspiu sangue e desabou no chão.Corri até seu corpo e segurei sua cabeça.Lúcio estava agachado balançando a cabeça alucinadamente e falando “ele não devia ter feito isso, ele não devia ter feito isso” e naquela hora meu amigo era mais importante que um doido varrido.

  - Greg se acalma! – eu estava mais nervoso que ele.

  - Percy...eu...to morrendo...

  - Pegue néctar pra ele – ordenei e assim que Annabeth foi pegar ele a segurou pelo pulso.

  - Não...por favor... – disse numa voz falha.

  - Percy use os colares – disse Miley.

Me lembrei no que Poseidon me dissera e comecei a chorar. Eu já disse que não queria passar por isso novamente, POR QUE AINDA ACONTECE?

  - O que foi? – perguntou Nico.

  - Os colares – enxuguei as lagrimas - só podem ser usados uma única vez...

  - Ah não... – Annabeth se debulhou em lágrimas.

  - Ei... – Greg sorriu – estou feliz... ter conhecido vocês, foi a melhor coisa que me aconteceu...

  - Ah Greg, sei que gosta de mim e... – disse Annabeth

  - Psiu!  - interrompeu colocando o dedo em seu lábio – ta tudo bem,seu coração já tem dono...

  - Não temos muito tempo – alertou Nico.

  - Você vai alcançar o Elísio – disse eu.

Greg sorriu docemente. Nem parecia que estava morrendo, e sim apenas indo tirar uma soneca, soneca esta da qual nunca mais acordaria.

  - Não...será necessário... – ele fitou o céu estrelado – Zeus falou em minha mente

  - E o que ele disse? – perguntei.

  - Pela a minha coragem...vai me transformar...em uma estrela...

  - Você merece – falou Grover.

Ele esticou a mão e eu a apertei, seus olhos azuis tinham um brilho, que só por eles tinha certeza que ele estava em paz.

  - Adeus... – e assim fechou os olhos lentamente.

Uma áurea branca contornou seu corpo ensangüentado. O corpo todo dissolvera se concentrando em uma bola de luz que se lançou ao céu. Depois de se remexer muito no tapete estrelado adquiriu sua forma definitiva: uma estrela.

  - Adeus... amigo – disse por fim.

  - Malditos! – rosnou Lúcio.

Tinha me esquecido completamente de sua existência. Troquei olhares com Annabeth,e juntos atacamos o vilão.Enquanto ela lutava com sua espada contra ele, eu em um só golpe quebrei as correntes de Thalia. Escutei uma voz “Você me deve essa filho”

  - Obrigada – disse ela.

  - Não me agradeça ainda.

Corri de volta ao louco.

  - Nunca irão me vencer! – bradou ele.

  - Nico agora! – gritei.

O filho de Hades abriu uma enorme cratera no chão, um abismo para ser mais exato. Que levaria qualquer coisa direto ao Tártaro, essas era uma das habilidades dele. Quando fui avançar em Lúcio, Thalia me segurou pelo braço.

  - Deixe isso comigo – me olhou com confiança – é coisa de família

 Thalia e Lucio lutavam até a morte. Olhei para Miley e apontei para a piscina. Lúcio desarmou a filha de Zeus, ela ainda esta fraca.

  - Agora! – gritei.

Nós dois criamos uma onda que atingiu Lúcio em cheio fazendo com que ficasse mais próximo do abismo. Quando paramos Thalia se pôs de pé com dificuldade, ergueu sua lança e avançou.

  - Isso é pelo meu pai – golpeou fazendo que desse passos pra trás – isso é pelos meus amigos – sua espada entrou em choque com a dele, recuando ainda mais – isso é por mim – ela o desarmou sem dó. Lúcio se encontrava a um passo do abismo – e isso é pelo meu irmão! – e com um toque o empurrou.

  - AAAHHH

Nico fechou o buraco e caiu no chão de tanta força que soltara. Thalia ficou ali com o cabelo sobre o rosto, ela o balançou.

  - Ninguém meche com a minha família.

Olhei para todos meus amigos, estavam exaustos. Principalmente Thalia. Annabeth foi ajudar Nico a se restabelecer. Grover tentava deixar a floresta em harmonia. Miley ajudava Annabeth com seus suprimentos.

Respirei fundo e me assentei em uma pedra gigante e cinza perto dos anões de jardim.

  - Obrigada – disse Thalia sentando-se ao meu lado.

  - Não há de quê.

Ela coçou a cabeça, parecia sem graça por estar falando comigo. Isso sim uma novidade para mim, Thalia Grace sem graça, não acontece toda hora.

  - Não achei que fosse tão longe assim pelos seus amigos – murmurou.

  - É como o Lúcio disse – inspirei – é o meio defeito mortal.

  - Considero isso uma qualidade – ela deu os ombros.

  - Sério?

  - Aham. Percy, se tem uma coisa que aprendi nessa vida é que, nossa família não precisa ser de sangue.E sim com pessoas que te amem.

  - Uau. Virou filósofa – provoquei.

  - Não sabia? quando não sou caçadora viro filósofa – brincou – mas é verdade, mesmo que não fossemos parentes, te consideraria da minha família.

  - Eu também – olhei para o céu – sei que onde eu estiver, ele estará me olhando.

  Thalia se levantou, bateu nas roupas, como se isso fosse ajudar a limpa-las. Arrumou o cinto de armas, que no momento estava vazio.

  - Bem tenho que ir. Vou ver minha mãe e depois volto ao acampamento das caçadoras, Ártemis deve estar louca atrás de mim.

  - Ah antes de ir – puxei seu pulso e corri até o chalé, peguei a foto em que Greg esta sorrindo pra câmera – leve isto.

Seus olhos se encheram de lágrima, reconhecera seu irmão.

  - Valeu – me abraçou – fico feliz em saber que meu irmão conseguiu te conhecer, e sei que você lhe ensinou outros valores.

  - Sinto muito que ele não pode conhecer a maravilhosa irmã que tem.

Ela pegou a foto, guardou e seguiu para o lado de fora da casa. Conversou um pouco com a Annabeth, em seguida se despediu de todos sumindo na floresta densa.

O dia já vinha a raiar. Depois que arrumamos tudo no local subimos em nossos pegasos e Miley me perguntou.

  - Para onde agora?

  - Acampamento meio-sangue, vamos pra casa! – gritei bem alto.

E adejamos para o nosso lar.


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Notas finais do capítulo

E ai gente preparados para o ultimo capitulo?
Pois é eu não! to muito anciosa.