A Queda de Um Semideus escrita por Thah


Capítulo 12
Entramos no vulcão Yellowstone


Notas iniciais do capítulo

Oi galera ^^
Gente este capitulo promete!!!
Tenho certeza que quando chegar o final dele vocês ficarão perplexos! e de certa forma bravos também, eu acho...
Queria pedir um grande favor a vocês, quando terminar este capítulo gostaria de saber se vocês suspeitavam desse final de capítulo ( sei que pode parecer muito muito estranho isso, mas espero que entendam)
E agora uma triste notícia, meus amigos, a fic está chegando ao fim =/, só terá ,mais alguns capítulos, quando acabar eu vou ficar triste e feliz ao mesmo tempo, triste porque terá acabado, contudo muito FELIZ por todos vocês terem acompanhando >.
Kissus *-----*



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O deus do sol nos levou até um acampamento no meio de uma floresta. As tendas formavam um círculo, no centro restos de uma fogueira. Apolo nos guiou a uma tenda vermelha, pode-se se dizer que era a maior e também a melhor trabalhada. Pingentes em formato de lua espalhados por todo lugar, obviamente pelo fato de Artemis ser a deusa da lua e da caça. Entramos.

A deusa estava assentada em uma grande almofada veludo, bordada em fios de ouro.Com o mesmo rostinho de uma garota de doze anos. Ao seu lado um porta retrato com a foto de Zoe doce-amarga e o incrível, estava sorrindo!

  - Também sinto falta dela – disse Artemis me tirando dos devaneios. – era uma ótima guerreira.

Assenti.

  - Fico feliz que tenha aceitado meu convite, e imagino que já saiba o motivo.

  - Thalia – adivinhei

  - Sim. Há uns dias minha general saiu em uma missão. E desta nunca mais voltou. Creio que tenha sido seqüestrada.

  - E por que acha isso? – esta certo que eu já sabia que Thalia era mantida em cativeiro. Mas queria ver até onde as suspeitas de Artemis podiam ir.

  - Conheço ela. Thalia é muito astuta, valente.Não se deixaria ser derrotada por algo tão fácil.

  - Você tem razão. Ela foi seqüestrada e sei onde esta.

A deusa arregalou os olhos. Levantou rapidamente e me sacudiu.

  - Diga-me eu lhe imploro!

  - O.k...pare de me... sacudir... e eu conto. – pedi tonto.

  - Desculpe – disse ela voltando-se a posição inicial – a preocupação subiu a cabeça.

  - Entendo... Thalia esta sendo mantida em cativeiro no vulcão Yellowstone. Tive sonhos do lugar, vou até lá e a salvarei.

  - Percy... – disse ela apertando as minhas mãos. O olhar de preocupação mudara para suplica, pedido – estou de mãos atadas. Não posso abandonar as outras caçadoras com o objetivo de resgatar minha general. Embora eu queira muito é contra as regras, consegue entender?

Assenti.

  - Fique despreocupada.Trarei Thalia de volta. – prometi.

Artemis sorriu. Puxou a gaveta da cômoda e retirou uma foto. Era Thalia segurando  Aegis, ela o polia.

  - Percy, quando uma caçadora ingressa no grupo,ela diz algo que a motivou para isso.Sabe o que Thalia disse?

  - Não senhora.

  - Disse que se tornaria melhor guerreira...amiga...ficaria melhor que você, e um dia os dois lutariam para provar quem seria o melhor.

  - Típico dela, sempre querendo arranjar encrencas.

  Ártemis desviou o olhar e parou em Miley.

  - Quem é essa mocinha linda? – perguntou Artemis.

  - Miley River, senhora. Filha de Poseidon.

  - Minha nossa, deve ser muito poderosa. Daria uma ótima caçadora.

  - Sério? – seus olhos brilharam com o elogio – obrigada.

  - E você Annabeth como esta? – disse Artemis.

  - Bem, obrigada.

  - Minha querida, ainda não entendo por que não quis se unir a nós.

Annabeth corou.

  - Tive meus motivos.

A deusa me fitou e soltou um sorriso.

  - Imagino... deve ser muito jovem,quer dizer – pigarreou – deve ser  motivos fortes.

Senti meu rosto queimar. Mesmo com seu rosto de menina, pude perceber uma certa malicia nas palavras da deusa.

  - Então – desconversei – é melhor seguirmos viagem.

Nos despedimos de todos.

 Subimos em nossos pégasos e voltamos ao céu. Depois de algumas horas, Miley apontou para baixo e gritou.

  - Ali! O vulcão Yellowstone.

  - Blackjack, vamos aterrissar. – informei.

“ Você é que manda chefe! “

E como uma bala mergulhamos para baixo.

Pousamos bem na frente do vulcão.

  - Tem certeza que é aqui? – perguntou Nico.

Miley assentiu.

  - Vejam – apontou para as rochas – as rochas são amareladas, por causa da grande quantidade de enxofre. Por isso Yellowstone.

  - Percy, bem que você podia ser inteligente como sua irmã. – Grover tirou um sarro. Me limitei a fazer uma careta e revirar os olhos.

  - Como vamos entrar? – perguntou Greg.

  - Por cima é impossível, seremos pulverizados – disse Annabeth – procurem por uma alavanca em qualquer lugar.

  Vasculhei tudo ao meu redor. Procurei embaixo de pedras, entre os galhos das arvores, até mesmo nas flores eu procurei e nada achei, a não ser uma abelha furiosa querendo me picar por ter interrompido sua polinização. Passamos vários minutos procurando por algo que parecesse uma alavanca. Subitamente Greg gritou alertando que havia encontrado algo.

  - Aqui! Esta rocha – apontou – é a única que não é amarela então se a pressionarmos... - as rochas se moveram formando uma entrada – achamos a entrada – concluiu.

A entrada dava para um túnel escuro, quente e com cheiro de enxofre. Greg encontrou uma tocha, com um isqueiro acendeu-a. Com a pouca claridade que a chama emitia pude ver alguns amigos asquerosos, aranhas, ratos, larvas. Não esperava encontrar qualquer animal dentro de um vulcão, ainda mais um ativo.

Caminhamos por aproximadamente cinqüenta metros.

  - Odeio lugares apertados – Miley falou com a voz um pouco sufocada.

  - Concordo – disse Grover mastigando uma de suas latas – talvez devemos AI!

  - O que foi? – perguntei.

  - Esbarrei em algo. – esfregava o cotovelo dolorido.

Greg apontou a tocha onde Grover se encontrava. Barras de metal enferrujadas, várias delas. Afastei-me e notei que estava olhando uma grande jaula. Com uma porta presa por um cadeado sujo e velho.Um som estranho, como um gemido de uma mulher.

  - Quem esta ai? – disse a dona do gemido.

  - Somos semi-deuses.

  - O que querem?! Não vão me matar! – a senhora gritava em pânico.

  - Acalme-se! – ordenou Grover – não vamos lhe fazer mal.

  - Como posso ter certeza? O outro também me disse isso.

Por estar escuro não conseguia ver o rosto da mulher.

  - Moça, se aproxime, prometo que não lhe farei mal algum – disse eu.

Silêncio.

  Aos poucos ela foi dando passos em nossa direção. Segurou com umas das mãos uma barra de metal.Unhas encardidas, sujas de terra, algumas delas quebradas na carne.A luz alcançara sua face branca, cabelos negros cacheados até a altura dos seios, olhos azuis cristalinos, que no momento espojavam medo, no canto da boca um pequeno corte. Mulher feita, de aparentemente quarenta anos, sem toda aquela sujeira deveria ficar linda.

  - Quem é você? – a senhora me perguntou.

  - Percy, Percy Jackson.

  - Então é você – ela fitou Annabeth – e você deve ser a Annabeth certo?

  - Sim mas, como a senhora sabe? – Annabeth coçava a cabeça.

  - Minha filha falou muito sobre vocês. – ela conseguiu soltar um sorriso fraco.

  - Sua filha? – perguntei desconfiado

  - É. Desculpe não me apresentei – ela estendeu a mão encardida – sou Sra.Grace mãe de Thalia.

Fiquei abismado. Thalia nunca falava sobre a mãe. Por que agora ela simplesmente estava em minha frente suja e presa em uma jaula? e de algum modo a Sra.Grace sabia da nossa existência. Subtendi que depois da guerra as duas voltaram a ter contato, o que é muito bom! A presença de uma mãe na vida de um filho é primordial. Sabe, tem aqueles momentos que só uma mãe pode ajudar, dar o seu colinho, fazer a sua comida preferida, dar bronca por algo errado que você fez.De qualquer forma, coisas de mãe que acabam mudando nosso caráter.

  - Como você veio parar aqui? – perguntou Grover.

  - Foi ele. O mascarado. Mandou um minotauro me seqüestrar. Quando cheguei no vulcão, encontrei Thalia acorrentada. Supliquei a ele que não a machuca- se, ele riu diabolicamente.Ele é um monstro! – ela utilizou os braços para mostrar o lugar imundo - depois mandou me prender aqui.

  - Afaste-se – ordenei – vou tirá-la daí.

  Sua primeira reação fora de duvida mas, quando viu que estava falando sério obedeceu ao meu comando.

Com um só golpe de Contracorrente arrebentei o cadeado.

  - Sabe onde a Thalia esta? – perguntou Annabeth.

Ela assentiu.

  - Seguindo este túnel vocês encontraram uma escada de ferro, subindo-a virem para a direita. É melhor irmos logo.

Quando ia tomando a frente eu a segurei pelo pulso, em seguida ela voltou-se a mim confusa.

  - Lamento Sra.Grace – disse eu – mas é melhor você ir pra casa.

  - Não – fez um gesto de negação - vou salvar minha filha.

  - Percy esta certo – disse Annabeth – Thalia preferiria que estivesse em segurança. Siga este túnel, caminhará aproximadamente cinqüenta metros e achará a saída.

  - Pense em Thalia... – finalizou Nico.

Podia entender a situação dela. Simplesmente surgimos ali, a soltamos e agora pedíamos que fosse embora e deixasse sua filha nas mãos de um maníaco. Contudo, tenho certeza que seria a melhor opção, se ela continuasse conosco acabaria sendo nosso ponto vulnerável. Após alguns minutos pensando, a moça se pronunciou:

  - Eu vou, mas por favor,  salvem minha filha.

Assenti.  Assim a mulher sumiu de vista.

Depois de subirmos a escada e virarmos a direita, nos deparamos com uma porta de madeira ( o que era bem estranho pelo fato de estarmos em um vulcão ).Ordenei que todos se armassem e que Annabeth coloca-se o boné dos Yankees que até o momento ainda não fora utilizado.

Empurrei a maçaneta, a porta rangiu, o lugar dos meus sonhos: o cativeiro.A lava caindo sobre as paredes, reconheci a escada do mascarado e ao longe vi minha amiga.

  - THALIA! – gritamos juntos Annabeth e eu.

Corremos em sua direção. Com Contracorrente golpeava as correntes mas não parecia surtir efeito.

  - Vão embora – disse ela com a voz fraca, saiu quase como um sussurro – eu...vou ficar bem...

  - Só vou com você junto – disse eu ainda com Contracorrente em mãos.

  - Bravo! Bravo! – bradou o mascarado do alto da escada – típico de um herói.

  - Solte-a, ou vai ser arrepender – ameacei.

  - Uh é mesmo? Pelo jeito petulante de falar, você deve ser... Percy Jackson.

  - O próprio. – disse em uma voz desafiadora.

  - Demorou pra chegar – aos poucos ia descendo os degraus e sua mascara ficara mais visível. Esta totalmente negra, com furos apenas nos olhos, vinha até a altura do nariz, deixando este e a boca espostos.

  - Percy do que ele esta falando? – Grover me cutucou.

 Fiz um sinal para que ele esperasse.

  - Qual é a surpresa você já sabia da minha vinda, sabe do meu...defeito.

  - Está mal informado Percy – ele deu um sorriso de deboche – soube de cada passo seu.

  Agora estava confuso. Se não foi pelo meu “defeito” como ele sabia da minha vinda? Ao menos que um de seus monstros estivessem nos espionando.

  - Como? – perguntei a ele.

  - Não pergunte a mim e sim a ele – apontou para Greg, que estava com as pernas bambas e suando excessivamente.

  - Por que a ele? Greg é meu amigo e você um monstro! – o sangue subiu em minha cabeça.

  - Amigo? É mesmo? – continuou caminhando – nunca se perguntou como arranjou missão?

  - Vim salvar Thalia! Não há mais nada além disto! – bufava de raiva.

  - Não acha estranho vir logo vocês? – apontou para meus amigos – e não outros campistas?

  - Do que está falando? O que Greg tem haver com isso?

  - Percy...Percy... – ele foi tirando a mascara lentamente, descobrindo a testa,em seguida os olhos – Greg e eu somos mais parecidos do que você pensa – e tacou o objeto no chão.

Fiquei em orbita... minha boca com certeza deveria estar aberta do choque que levei.O mascarado era igual ao Greg, parecia uma versão mais diabólica, mesmo assim, rostos idênticos.

  - Você... ele... como... – as palavras me faltaram. Não conseguia nem mesmo terminar uma frase.

  - Isso mesmo, Greg e eu somos irmãos.


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Notas finais do capítulo

E no próximo capítulo...
" Após a grande revelação, o clima entre todos fica cada vez mais tenso, contudo a verdade é dita.Depois de uma longa *conversa* um grande tragédia muda a vida desses semideuses..."