Sam Puckett POV

Nhéé, nhéé e mais um nhéé: esse era o som que ele fez ao sair de mim. Jordan Karl Puckett Benson, ou simplesmente Jordan Benson, meu filho. O garoto é loiro, igual á mim... Loiro malvado; e tem olhos escuros, iguais aos do Freddie, mas são azuis iguais aos meus. Lá fora eu podia ver Carly e Freddie... Também Spencer deitado nos bancos tirando uma soneca. Na mesma hora, vi a mãe de Freddie entrando loucamente, enquanto Carly telefonava para minha mãe e irmã. Melanie não vai vir, ela está longe pra caramba. Estavam todos ali. Enquanto Freddie estava ali, em pé, impaciente, os olhos dele horrivelmente brilhavam: tinham que estar mesmo, pois ele foi o principal culpado por tudo isso. Ok, admito que, no começo, eu que o beijei, mas era só um namoro. Era, agora é uma responsabilidade, obrigação (ecaa), pois, por incrível que pareça, temos um herdeiro. 

      Lembro do começo de tudo isso... Quando contei á Carly ela ficou bravíssima. Nunca a vi tão brava comigo e com Freddie, juntos, mas depois, ela disse que ia nos apoiar. Foi ela que comprou a maioria das coisas do Jordan, vários brinquedos...

      Não sei o que aconteceu, mas no hospital, adormeci... Quando acordei, estava no quarto. Carly estava sentada ao lado da cama... Do meu lado... Freddie segura e ninava Jordan; A sra. Benson andava para lá e para cá sem parar e Spencer brincava com os balões azuis que diziam “É um garoto!” e “Bem-vindo bebê!”. Quando abri os olhos, Freddie logo me deu um buquê de flores. Não é porque agora temos um garoto que vamos ficar juntos... Não tão juntos, ele ainda me enoja um pouco, mas só sei que eu, uma garota de 18 (quase 19) anos não vai cuidar de um bebê sozinha. Tudo o que eu queria naquele momento era um balde de frango frito.

   Inventei a desculpa de que ia amamentar meu filho, e ordenei para que todos saíssem do quarto. Todos, menos Carly. Logo que o último saiu, eu disse á ela:

 - O que acha disso agora, Carly?

  E ela respondeu:

 - Eu nunca imaginava Sam, nunca...

  No mesmo minuto, Jordan começou a choramingar, e Carly acrescentou:

 - Tão novo, e é a cópia da mãe. Não vai amamentá-lo?

 - Vou – Eu disse – Mas primeiro chame o Freddie.

  E Carly logo o chamou. Enquanto o bebê se alimentava, eu disse ao Freddie:

 - Quero sua mãe biruta longe do meu filho!

  Ele riu, e acrescentou:

 - Nosso filho!

   Olhei para Carly e perguntei:

 - Você vai ajudar a loira aqui, não vai?

 - Talvez... É claro, né, afinal, eu sou a madrinha! – Disse ela em tom óbvio.

  Quando Carly terminou a frase, minha mãe entrou no quarto, como uma louca:

 - Samantha, sua destrambelhada! Olha o que você tem agora, e eu sou avó!

 - Calma aí coroa – Eu a acalmei – Vai assustar a criança aqui

 - Deixe-me vê-lo. Oh! A criança é igual á você! – Ela disse em tom desesperado – Isso será óbvio quando você sair nas ruas!

 - Isso não importa! – Eu adverti – Eu o assumi, e vou cuidar dele até que não precisa mais de mim!

  Carly acalmava minha mãe com tapinhas nas costas. Se fosse eu, dava um tapão.

   Já estava na hora de ir. Freddie pegou as bolsas, Carly o Jordan e Spencer os presentes e balões. Eu andava numa boa, mas as vezes precisei de ajuda.

   Logo chegamos ao Bushwell Plaza, e Gibby nos esperava no apartamento de Carly, onde ficarei por uns dias, até assumir o total controle sem o Freddie.

  Gibby havia armado uma “festa”, digamos. Carly largou o bebê no sofá, que estava na cadeirinha especial, Freddie havia subido para guardar as bolsas.

  Gibby logo pegou Jordan no colo e brincou:

 - Ei Jordan! Sou eu, tio Gibby, que te acompanhou por nove meses na barriga daquela loira malvada...

  E eu logo disse:

 - Gibby! Olha lá, eim... – Eu disse, o advertindo.

   Resumindo: estava tudo uma bagunça, Jordan havia bagunçado tudo.