Acordei sentindo uma sensação de paz e felicidade, parecia que estava dentro de uma bolha onde apenas eu e Edward existíamos. Se me falassem há cinco meses que eu estaria assim, provavelmente eu terá rido da cara dessa pessoa. A imagem do casamento fracassado pelo qual eu esperava, havia desaparecido da minha mente.

                A luz do sol que adentrava pela janela, deixando o quarto completamente iluminado, me fazia fechar os olhos com muita força. Procurei Edward pela cama não o encontrando. Me espreguicei, vesti a camisa da roupa de dormir dele e fui procurá-lo pela casa. O encontrei na cozinha, de frente para o fogão cantarolando uma musica que para mim era desconhecida. Não havia cena mais sexy que aquela, as costas malhadas viradas para mim, enquanto ele fazia alguma coisa muito boa pelo que meu olfato dizia. Não conseguia para de admirá-lo, enquanto minha mente gritava que ele era meu.

- Gostando da visão meu amor? – perguntou enquanto se virava com alguns waffes.

- Adorando. – falei sorrindo, enquanto ele vinha em minha direção, depois de depositar os waffes em cima da bancada. – A única coisa que eu não gostei foi você ter me abandonado sozinha na cama. – falei enquanto ele me abraçava.

- Desculpa meu amor, mas você estava dormindo tão linda que não tive coragem de acordá-la. - Esta perdoado. – falei enlaçando o seu pescoço e o trazendo para mais perto.

- Fácil assim?

- Sua pena, é um beijo. – falei enquanto ele ria, e me puxava para mais perto. No momento em que nossas bocas se encostaram o cheiro de mel veio me fazendo sentir uma náusea insuportável, o empurrei e corri para a pia, sabendo que dessa vez não daria para chegar até o banheiro. Enquanto vomitava violentamente, Edward segurava meus cabelos.

- Isso já esta fora de controle. Pode dizer o que quiser, mas nós vamos a um medico. – falou serio, e eu não podia dizer mais nada. Na verdade até eu já estava um pouco preocupada com tudo isso. Lavei a minha boca, tentando tirar aquele gosto horrível. – Esta melhor?

- Só preciso me sentar um pouco. – falei enquanto me apoiava nele, para não cair.

- O que ta havendo com você meu amor? – falou se ajoelhando na minha frente.

- Eu não sei. – falei passando a mão em todo o seu rosto.

- Nós vamos ao medico agora. Se arrume, enquanto eu falo com o piloto para trazer o helicóptero.  E nem adianta tentar fazer com que eu mude de ideia. – falou e eu apenas concordei.

                Ele me ajudou a subir até o quarto, e me deixou no banheiro com ordens expressas, se eu sentisse qualquer coisa gritasse por ele. Tomei um banho, com varias coisas passando por minha cabeça.

 Porque eu tinha que ficar doente logo agora? O medo de ser alguma coisa grave passava por todo o meu corpo. Me vesti mecanicamente, e encontrei Edward já devidamente vestido. Andamos e silencio até o helicóptero, que eu não sabia como tinha chegado tão rápido. O caminho todo da ilha a cidade... Foi feito em silencio. Olhava pela janela do carro a cidade, apertando uma mão na outra.

- Amor eu to aqui e vai ficar tudo bem. – falou Edward, tomando minhas mãos entre as deles. Eu tinha verdadeiro pânico de hospitais, aquele cheiro me deixava enjoada, meu corpo tremia só de pensar numa agulha. – Fica calma. – respire fundo e assenti.

                Enquanto caminhávamos pelo corredor do hospital, todos nos olhavam, isso era comum. Afinal de contas não é todos os dias que o casal real aparece num hospital.

- Majestade. Fiquei honrado ao receber a sua ligação. Entrem por favor. – falou um homem alto, de cabelos negros. Entramos em seu consultório e nos sentamos. – Em que posso ser útil?

- Minha esposa senhor Jenks, vem se sentindo mal há alguns dias. – falou Edward.

- O que esta sentindo?

- Enjôos, tonturas, sono excessivo.  – ele me olhou sorrindo.

- Sua menstruação esta em dias?

- Na verdade, agora que o senhor falou notei que ela esta atrasada há uns quinze dias. – nesse instante parece que uma luz se acendeu em minha cabeça. Como não tinha pensado nisso antes? Em nenhuma das vezes que eu e Edward tínhamos feito amor, tínhamos nos protegido. Nunca tinha tomado nenhum tipo de pílula.

- Bom acho que tenho suspeitas. Vamos fazer um exame mais detalhado só então eu posso dizer com propriedade o que a vossa alteza tem. – falou sorrindo. Minha cabeça parecia que estava perto de explodir. Edward continuava serio do meu lado, isso me deixava completamente receosa, como será que ele reagiria se minhas suspeitas estiveram certas? Fui levada para uma outra sala, onde fiz um exame de sangue, o resultado saia em trinta minutos.

- Meu amor não se preocupa vai dar tudo certo. – falou Edward em meu ouvido, vendo o meu estado de nervos. Apenas concordei com a cabeça, não tinha condições de falar nada. A enfermeira veio nos avisar que o medico já estava com o resultado. Respirei fundo umas duas vezes e segui para o consultório sentindo a mão fria de Edward juntamente com a minha que suava.

- Sentem-se, por favor. – nos sentamos, quase que automaticamente. Meu coração batia fortemente, enquanto minha cabeça surgia com a imagem de um menininho, com as feições de Edward correndo pelo palácio na Inglaterra. Foi inevitável não sorri com a cena. - Bom a vossa alteza não esta doente. Nada de anormal nas suas taxas, e nem esta com anemia.

- Então o que ela tem? – perguntou Edward angustiado. Sorri novamente ao constatar o quanto ele me amava. Eu devia estar parecendo uma louca sorrindo sem nenhum motivo aparente.

- No estado em que ela se encontra é muito normal sentir enjôos, tonturas, cansaço excessivo tudo isso é muito normal. – então era verdade, eu estava realmente grávida, minhas mãos foram de encontro a minha barriga plana ainda, mais que já abrigava a pessoa mais importante da minha vida.

- Que estado? Desde quando enjôos constantes são normais. – falou Edward irritado.

- Desde que uma mulher estar grávida. – falou o medico divertido, enquanto eu ainda estava em meu momento de admiração, levantei meu olhar apenas para encarar Edward que parecia paralisado. – Parabéns ao casal. Devo dizer que agora tudo isso vai fazer parte da rotina de vocês durante nove meses. – Edward continuava paralisado no seu lugar. – Vou deixar os dois sozinhos para aproveitarem o momento. – como Edward não se mexia eu resolvi fazer algo.

- Amor, você esta bem? – perguntei enquanto levava uma das minhas mãos, já que a outra não saia da minha barriga, ao seu cabelo. Nesse momento ele olhou para mim, e vi que lagrimas escorriam por sua face. Ele se ajoelhou na minha frente e se inclinou beijando onde minha mão se encontrava. Não consegue me segurar e logo lagrimas também se faziam presente em meu rosto. Acaricie seus cabelos enquanto ele repousava a cabeça em meu colo, a deixando pertinho de onde estaria o nosso filho.

- Quando eu penso que você já me deu tudo o que um homem pode querer você vem e me surpreende de novo. Será que eu mereço toda essa felicidade? Fico imaginando o que eu fiz de tão bom para Deus, para cada dia ele me dar um presente novo. – falou enquanto beijava minha barriga.

- Você merece amor. Merece muito mais do que isso pode ter certeza.

- Eu te amo mais do que tudo. - falou ficando de frente para mim, de modo que nossos olhos se prenderam um no outro. Uma prisão inescapável, onde éramos reféns um do amor do outro.

- Eu também te amo. Como nunca pensei amar ninguém. – quebrando o restante do espaço entre nós, ele cobriu os meus lábios com os deles me fazendo suspirar. Não era um beijo urgente como vários trocados por nós, esse era carinhoso, tinha amor, devoção, admiração. Tudo isso em um beijo, se eu não fosse apaixonada por ele, depois desse beijo eu com certeza estaria. Nos separamos sorrindo.  

                O medico volto pouco tempo depois, nos dando recomendações nas quais Edward prestava muita atenção. Passou um remédio para os enjôos e mais nada. Agora como ele mesmo falou era curtir a gravidez. Voltamos para ilha com sorrisos bobos nos rostos. Dava graças aos céus que tanto eu como Edward tínhamos feito aulas de espanhol, do contrario teria sido só um pouco complicado, mas nada que meu maridinho não resolvesse.

                Chegamos a nossa casa, e Edward fez questão de me levar no colo até o nosso quarto. Segundo ele as escadas iam me cansar, sem a menor necessidade. Não estava a fim de discutir com ele, então me deixei ser carregada feliz da vida. Fui colocada na cama, e logo depois ele se deitou do meu lado. Suas mãos foram para a minha barriga fazendo círculos.

- Oi meu filho. O papai ta muito feliz em saber que você esta chegando.  – falou e eu apenas sorria, não tinha cena mais linda que aquela. – Você vai ser muito amado, meu príncipe ou princesa.  

- Qual dos dois você quer? Um príncipe ou uma princesa? – perguntei fazendo cafuné no seu cabelo.

- Não importa, com tanto que venha com saúde. Vai encher nossa vida de alegria de um jeito ou de outro. – ele se ajeitou me fitando. – Era isso que você queria Bella? Quer dizer você nunca concordou com esse casamento, e de repente você fica grávida, me pergunto se você esta feliz, se é isso mesmo que você quer?

- Edward você me fez querer tudo que essa vida tinha para me dar. Você me fez querer ser rainha, me fez querer ser esposa e senhora de uma casa, me fez querer ser mãe e principalmente você me fez querer amar e ser amada. Tudo que você me deu, são as coisas mais preciosas que eu tenho, e agora você me deu o maior tesouro do mundo. Ter um filho seu vai ser a melhor coisa que ira acontecer comigo. Eu não preciso de mais nada, porque eu realmente posso dizer  que tenho tudo. – falei vendo um sorriso maravilhoso aparecer no seu rosto.

- Eu te amo minha rainha. – falou antes de me beijar.

                Ficamos namorando o restante da manhã, só saímos de lá quando nossas barrigas deram sinais de vida. Edward me fez o enorme favor de tirar tudo que continha mel, depois disso conseguir comer tranquilamente.

- Amor eu acho que nós devíamos voltar. Eu quero ta perto da nossa família, do nosso povo. Quero me sentir em casa, rodeada das pessoas que nos amam. – falei enquanto via um sorriso lindo se colocar em sua face, na verdade desde que acordamos uma das coisas que Edward mais fez foi sorri.

- Eu concordo. Podemos voltar quando você quiser para cá. – falou pegando minha mão e beijando.

- Quando vamos?

- Amanha mesmo, vou telefonar para o piloto do jatinho, ficar nos aguardando. Saímos pela manha, assim da para você descansar a noite toda.

- Se tem uma coisa que eu não quero fazer essa noite Senhor Cullen é descansar. – falei sorrindo maliciosa.

- E o que sugere Senhora Cullen?

- Você vai ter que descobrir. Uma pista, esta no nosso quarto. – falei me levantando indo em direção as escadas. Escutei ele gargalhando e vindo correndo em minha direção. Me pegou no colo com a maior facilidade.

- Tudo que eu quero esta em minhas mãos. – falou para logo depois me beijar.

Pov de Edward.

                Sentir aquela respiração regular em meu pescoço fazia com que uma corrente elétrica passasse por todo o meu corpo. Nada faltava a minha vida, agora definitivamente eu era o homem mais feliz do mundo. Um filho! Algo inesperado mais que me deixou completamente eufórico. Nunca conseguiria agradecer a Bella por toda a felicidade que ela me proporcionava. Tudo para mim era motivo para sorri, eu só tinha motivos para comemorações afinal de contas com que freqüência uma pessoa consegue tudo que um dia nunca imaginou pedi.

                Me deixei ser guiado pelo som da sua respiração, que seguia num ritmo juntamente como o seu coração. A sinfonia mais perfeita do mundo. Fazia com que meu corpo e minha alma relaxassem deixando a inconsciência me tomar. A ultima coisa que eu me lembro foi do sorriso tomando conta do meu rosto, a felicidade era emanada pelos meus poros.