Annabeth se lenvantou e nós seguimos para a cozinha. Enquanto ela passava, senti seu perfume, era maravilhoso. Estava louco para sentir aquele cheiro mais de perto, não aguentei. Peguei a cintura dela e puxei pra mim, segurei com força. 

Então ela sussurrou no meu ouvido.

- Eu sabia que você não ia aguentar muito tempo.

- Que perfume é esse?  - retribui revirando os olhos de prazer que aquele cheiro e Annabeth me proporcionavam.

- Peguei emprestado de uma filha de Afrodite. 

- É d-e-l-i-c-i-o-s-o. - fiz questão de separar cada palavra.

Puxei ela mais pra perto - Se é que era possível - Então eu não aguentei, quer dizer, nós não aguentamos. 

O beijo dela derretia todos os meus pensamentos. Era como se eu tivesse comido todo o estoque de açúcar da loja em que a minha mãe trabalhava. Ela sabia exatamente como me deixar louco. Beijava cada canto da minha boca como se estivesse explorando alguma caverna. Mordia o meu lábio tão intensamente que eu até senti um gostinho de sangue, mas eu não me importava, aquilo me deixava mais louco. Eu queria ficar ali pra sempre, mas nós sabíamos que era arriscado. 

Terminamos o beijo, eu estava sujo de batom em todo o rosto, e ela olhava pra mim como se quisesse mais.  Sorriu com o canto do lábio. Aquele era o sorriso mais lindo do mundo.  Eu estava ficando louco. 

Ela limpou o canto da boca e foi em direção ao banheiro da sala, provavelmente pra ajeitar o cabelo que já estava totalmente desgrenhado por conta do beijo. Eu corri pro banheiro do meu quarto, lavei o rosto e fui almoçar.

Eu, Annie e minha mãe estávamos na mesa conversando enquanto comíamos lasanha azul.  A telefone tocou e minha mãe correu pra atender, provavelmente era Paul, o novo namorado dela. Ele até era legal.  

Enquanto isso eu e Annie ficamos em silêncio, atém que eu senti alguma coisa na minha perna. 

- Opa! - eu disse e fui olhar de baixo da mesa.

Era o pé de Annabeth, ele passeava pela minha perna, me acariciando. Meus Deuses, ela estava querendo me deixar maluco.

Ela olhou pra mim sorrindo, como se nada estivesse acontecendo e mordeu o lábio. 

Minha mãe voltou, disse que Paul tinha ligado e estava precisando de ajuda. Ele tinha sofrido um acidente de carro enquanto trabalhava no outro lado da cidade. Ela disse que ia se arrumar e ir. 

Já estava tudo pronto. Incrível como ela arruma as coisas rápido, coisa de mãe. 

Então ela nos encarou e disse. 

- Tenham juízo. Não posso levar vocês, vou voltar assim que ele melhorar. 

- Ok, mãe.

- Tudo bem, Sr. Jackson.

- E, Percy... você vai dormir na sala. - ela completou nervosa.

Eu sorri. 

- Pode deixar, mãe. Está tudo sobre controle.

Levamos ela até o táxi, e quando ele já estava quase virando a esquina, Annabeth sussurou no meu ouvido.

- Nós vemos lá em cima, bonitão. 

Ela não deu tempo pra eu responder, saiu rápido e foi direto lá pra cima. De alguma maneira eu sabia que tinha que esperar, então fiquei olhando a rua por uns minutos e subi.