-Também te amo pequena! – respondeu. Depois a deixou comigo e dirigiu-se a porta, virando rapidamente para olhar mais uma vez para nós antes de sumir escuridão afora...  

(n/a: Gente me inspirei na minha série favorita para esse cap, Pretty Little Liars. Não só nesse como nos futuros cap! Quem acompanha a série, vai entender quando ler!)

Depois que Justin foi embora, dei um banho rápido em Clara e tratei logo de colocá-la para dormir de novo. Afinal, ela tinha aula amanhã.

Depois, fui para o meu quarto e tomei um banho também. Pus meu pijama e me deitei. Mas quando olhei a caixinha em cima de um armário meu, levantei logo e fui até ela. Abri e peguei o bilhete que estava lá dentro. O bilhete que alguém passou por debaixo da porta. Fico olhando o papel em minhas mãos pensando no que fazer..Obvio que eu faria de tudo para proteger Justin e Clara. Mas só de pensar que tem alguém, meio que indiretamente, ameaçando os dois, me faz sentir um aperto no coração. Não acredito que possa haver pessoas assim nesse mundo.

Guardei o papel em local seguro, no fundo do meu closet, e voltei para a cama. Deitei e tentei tirar isso da minha cabeça, pelo menos por enquanto.

Depois de rolar de um lado para o outro, finalmente consegui dormir um pouco

...

Na manhã seguinte estava com terríveis olheiras..Mas nada que uma maquiagem não resolva.

Então depois de me arrumar, fui até o quarto de Clara e a arrumei também. Depois descemos e sentamos para tomar café

-Filha, foi impressão minha ou eu ouvi uns barulhos vindo do quintal ontem a noite? – meu pai perguntou

-N-não p-pai...acho que foi c-coisa da sua c-cabeça

-Pois é eu também escutei uns barulhos. Sabe, risos e até barulho de gente na piscina – minha mãe comentou. Só tenho uma palavra para dizer: FODEO!

-É...tenho que ir agora. Clara e eu não podemos chegar atrasadas – peguei o pãozinho que Clara estava comendo e corri com ela pra fora de casa. Entramos no carro, a coloquei na cadeirinha e dei seu pãozinho. Depois segui rumo a escolinha.

Chegando lá, desci do carro e a levei até a porta. Dei um beijo em sua bochecha e entrei de novo no carro indo para a faculdade.

Assim que cheguei, avistei Justin parado em frente ao seu carro. Engoli a seco pensando no que iria dizer se ele viesse falar comigo. Pelo bem dele e da minha filha, não poderia sequer falar mais com ele

-Sarah! – droga, é ele

-Ah..agora não Justin, tenho que ir para a aula. Tchau - e então sai correndo indo até a sala

Depois de uma torturante aula, com Justin em mandando bilhetes dizendo que queria falar comigo, sai da Faculdade e estava atravessando o campus quando sinto uma mão em meu ombro

-Quero falar com você

-É..mas agora não dá Justin

-Não! Olha só, por que você tá tão estranha? Parece que não quer mais falar comigo. Alguma coisa aconteceu? Eu fiz algo de errado?

-Não. Não é nada disso. Eu só quero ir para casa – tentei virar para ir embora mas ele se pos na minha frente

-Ei! É sério. Alguma coisa aconteceu. Foram seus pais né? Eles descobriram que eu fui ontem lá.. droga – socou o ar

-Não foi isso. E como eu já disse, só quero ir pra casa

-Mas pera ai, antes eu tenho que te contar uma coisa. Quer dizer, preciso que você me encontre naquele lugar, precisamos conversar sobre AQUILO. Pode ser as 19:00? – Não respondi nem que “sim” nem que “não”, apenas sai correndo até meu carro ouvindo Justin berrar meu nome 

Quando cheguei em casa, fui direto para o meu quarto. Não queria falar com ninguém. E com ninguém, estou falando dos empregados. Já que não tinha mais ninguém em casa além deles.

Passei o resto do dia chorando e pensando. Não poderia ir encontrar Justin. Mas ele tinha que me dizer algo. Será que era importante?

Parei de pensar nisso quando vi que já eram 18:00. Todos já tinham chego em casa. Minha mãe veio até meu quarto para perguntar se estava tudo bem. Eu apenas disse que sim.

Quando deu 18:30, não aguentei. Levantei e corri para fora de casa. Precisava encontrar Justin...Precisava dele mais que tudo agora.

Fui até o tal lugar e já eram 19:02. Vi ele encostado e uma árvore. Fui até ele

-Olha, seja o que for que você tenha para me dizer, tem que ser rápido – ele me olhou confuso mas logo em seguida disse

-Preciso te dizer uma coisa. Ontem a noite, quando eu voltei pra casa, encontrei isso nas coisas da Melody – tirou um papel do bolso e me entregou. Meu coração batia forte a cada segundo. Então peguei logo o papel e abri. Vi que era o meu endereço de casa. Por um lado meu coração se acalmou um pouco, mas por outro....

-O que isso significa? – perguntei nervosa

-Não sei...mas ela sabe onde fica a sua casa. E acho que a pessoa que ela estava conversando no telefone naquela noite também sabe – SIM! Só pode ser a tal pessoa que deixou o bilhete debaixo da minha porta

-J-justin...p-preciso ir agora

-Sarah...você te nervosa. O que houve? – veio até mim e me abraçou. Por um instante, cedi a seu abraço, mas logo em seguida me soltei dele

-Nada, só preciso ir

-O que tá acontecendo? É sério Sarah! Você está me deixando nervoso...

-Não é nada – gritei nervosa – Só tenho que ir pra casa – então corri até meu carro

Assim que me sentei, comecei a dirigir de volta para casa. No momento em que estacionei o carro, recebo uma mensagem. Pego o celular e vejo:

“Não está seguindo minhas regras, certo? Então que os jogos comecem”

Lágrimas começaram a rolar rapidamente dos meus olhos no momento em que li. Então corro para dentro de casa, com medo de que algo tenha acontecido a Clara.

Entro, e vejo que está tudo escuro, a não ser por uma luz do quarto de Clara....meu coração bateu tão forte que pensei que ele estava saindo de mim. Corro até o quarto dela e vejo que ela está dormindo calmamente. Mas ao seu lado, há um bilhete. Então o pego e leio:

“Veja como é tão simples chegar perto da sua filha. Saiba que se não seguir as minhas regras, isso acontecera com ela”

Ao lado do bilhete, se encontra uma boneca...........Sem cabeça!

Começo a chorar desesperadamente e vou até Clara. Pego-a no colo e a abraço fortemente. Adormecendo assim ao seu lado