Awilda And The Pirates escrita por Gabs_Lareine


Capítulo 1
I. Raptada




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- AWILDA, ACORDE!!! – O grito de minha empregada viera aos meus ouvidos alto e claro. Acordei com o coração a mil pelo susto. A mesma estava com os olhos transbordando de lágrimas andando de um lado para o outro na frente de minha cama, no instante em que me viu levantar a cabeça fora rapidamente até meu closet pegou um casaco grosso e viera andando apressadamente.

Estava confusa do porque sua agitação, sentei-me na cama pondo os pés no calçado confortável e quando fui indagar o que acontecia um estrondo forte e próximo fizera-me calar, o vidro da janela fechada se partiu em vários pedaços. A bala de canhão atravesou o quarto passando pela porta e fazendo um estrondo danado. O vento da janela veio forte, a empregada me abraçou, meus cabelos negros e cacheados voaram. Fiquei aterrorizada.

- Senhora... – Disse ela finalmente entre soluços. – A cidade está sendo saqueada por piratas, são muitos e tem vários vindo nessa direção... – Falava enquanto colocava o casaco em mim. – Seu pai teme por sua vida e pediu para que a mandasse fugir para qualquer outro lugar mais seguro. Rápido.

- E onde está meu pai?

- Com o Comodoro. Oh, que Deus nos ajude. – Pedia ela juntando as mãos e olhando para cima.

A porta de baixo foi aberta com brutalidade. Gritos de empregadas e de homens se juntavam na confusão que se formava e que podia ser ouvida do corredor.

- Marie, corra para o quartel. – Mandei empurrando-a pelo corredor. Ela se virou

- Mas e a senhorita?

- Não se preocupe comigo. VÁ RAPIDO! – Gritei apontando para a saída a oposto de onde a casa estava sendo invadida.

Olhei para o corredor, notei os destroços em que o tiro de canhão fizera. Caminhei pelo mesmo, entrei na sala da biblioteca, passei os olhos pela sala e avistei acima da mesa de meu pai duas espadas penduradas. Corri até elas, peguei a primeira mais próxima do chão a que podia alcançar.

Voltei para o corredor e me deparei com um homem alto e forte. Era careca mas tinha muita barba que fazia a existência da sua boca duvidosa, não até abrir a mesma e gritar. Seu corpo estava semi nu, apenas vestido com calça e botas, sobre o peito amostra haviam correntes em sua volta e o mesmo coberto por cicatrizes. Viera correndo em minha direção. Sua estatura comparada a minha era desvantajosamente desigual, era impossível contra aquele mostro. Precisava fugir.

Lembrei-me que a grade em frente ao meu quarto havia sido destruida com o abalo do tiro do canhão, dei as costas à coisa que vinha atrás de mim e corri. Ouvi ele rosnar e seus passos ficarei mais fortes. Cheguei com vantagem de distância, olhei onde pretendia pular. A sorte estava comigo! O sofá estava bem em baixo, pulei sem hesitar. Meu casaco fora segurado pela touca. Para não ficar presa deixei os braços retos acima da cabeça e deslizei pelo mesmo. Cai sentada no sofá.  Olhei para cima com um sorriso de vitoria. Ele me encarava com ódio segurando o casaco.

Fiquei em pé apenas com o fino vestido branco de dormir. Começei a caminhar na direção da porta de entrada, em que a mesma estava totalmente destruida. Um zunir veio forte da parte direita da sala. Uma bala de canhão atingiu a janela e atravessara a sala próximo onde estava, abaixei-me protegendo o rosto. Assim que ela passou deixando o rastro de destruição evidente. Levantei e continuei a caminhar, dessa vez mais depressa. No breu da escuridão daquela madrugada, uma silhueta caminhava na direção oposta, vindo ao meu encontro. Caminhava em passos curtos e demorados, parecia não estar com medo ou pressa.

Assim em que o corpo se aproximou o bastante da entrada. As poucas velas que ainda estavam acessas puderam fazer com que eu o enxergasse direito. Era um rapazinho de aparência frágil e pele extremamente branca. O mesmo trajava roupas formais, todo seu corpo era coberto deixando a mostra parte do pescoço e seu rosto com aqueles cabelos tão brancos quanto a pele, aqueles olhos tão grandes que chegavam a dar arrepios de tão negros que estavam. Achei que fosse um rapaz perdido e confuso com o que estava acontecendo na cidade, mas mudei minha opinião no instante em que notei a espada enorme que ele arrastava. A cada passo que dava fazia com que a ponta da espada entrasse em atrito com o chão fazendo sair faíscas.

Ele me viu. Parou de andar, inclinou a cabeça para a direita e sorriu meigamente. Aquele sorriso me assustou. Empunhei a espada em frente ao corpo em modo de defesa, ele colocou sua espada sobre os ombros e continuou a caminhar.

Estava agora no centro da sala, só algumas passos distante. Aquele sorriso se alargou mostrando os dentes. A expressão no seu rosto fora de animação, logo depois o sorriso se desfez e ao mesmo tempo sua espada caiu a frente de seu corpo.

Ele veio em minha direção, empunhou a espada acima da cabeça em um golpe certeiro. Dei passos para trás e me esquivei do ataque. Fazendo nossas espadas se chocarem levemente. Ao encará-lo sua expressão não era amigável, parecia não ter gostado.

Viera novamente pra cima, mas seus ataques foram agora na direção de meu abdômen, uma, duas, três... Foi desferido varias vezes o mesmo golpe em um velocidade extraordinária em que eu me espantei. Se não fosse as aulas de espadachim que tinha com o melhor do exército não conseguiria me defender. Esquivei de algumas, defendi de outras com a espada.

Eu já estava cansada e ofegante mas ele não dava nenhum rastro de cansaço ou ofego. Ele parou, me observou demoradamente e da mão direita livre desceu uma corrente com a ponta afiada, ele sorriu, girou a mesma acima da cabeça e a jogou novamente tentando me acertar.

Joguei o peso de meu corpo para trás, fiz uma estrela de costas conseguindo desviar da corrente que se prendeu na parede logo atrás. Quando me ergui ele puxara a mesma de volta para sua mão e vinha na minha direção. Golpes rápidos e fortes que me fazia caminhar para trás viam cada vez mais com ira. Estava próxima a parede quando um golpe de cima viera, fugi para o lado e vi a espada partir a mobília em duas.

Ele me encarava nos olhos mesmo sem a espada terminar seu curso. Ergueu aquela espada gigante novamente partindo a mobília e viera para cima, mais uma vez. Espantei-me, caminhei apressadamente para trás. Tropecei em algo caindo no chão e soltando minha espada. Vi o perigo, peguei a primeira coisa que alcançei no chão como auxilio, quando ergui acima de minha cabeça para me defender notei que era uma madeira. A espada partiu a madeira, eu a soltei e com ajuda dos braços gatinhei de costas para trás abrindo as pernas e vendo a espada no meio da assoalho e no meio de minhas pernas que já estavam tremulas.

E mais uma vez ele me encarou nos olhos. Dessa vez sorriu largamente e levantou a espada. Engoli em seco. O rapaz erguera a espada acima da cabeça e quando iria dar o golpe de misericórdia e acabar com o seu oponente como um flash uma corrente atravessou o meio de nos dois e impediu que a espada continuasse seu curso.

- Espere, Monkey.

Uma voz feminina viera do corredor de cima. Olhei para cima procurando a dona da voz. Quando a achei ela me encarava com um olhar interessado. O rapaz, Monkey como foi chamado obedeceu descontente jogando a espada por detrás dos ombros. Quando escutei o som da espada se chocando com a corente, a olhei seguindo-a para ver aonde ia. O dono da mesma estava embaixo, era um homem alto todo de preto, seus cabelos de um loiro vivo estavam armados. A corrente como mágica se desprendeu da parede onde fazia o fio perfeito e voltara para o 'taco' metálico que ele segurava e depois caminhava em minha direção. Ela desceu as escadas graciosamente, caminhava como um dama, com uma mão no corrimão e a outra sobre a cintura. Trajava um vestido preto acima dos joelhos, com detalhes em roxo, usava botas que cobriam toda sua perna. O cabelo bem armado dividia espaço com perolas e laços. Brincos e colares de pratas deixava sua feição mais delicada. Era linda e parecia ser tão pura.

- Vamos levá-la.

Disse por fim no final da escada. Olhei rapidamente para o garoto que me encarava descontente. Escutei o som de vidro se partindo, olhei na direção do homem loiro que já estava bem próximo e sem cerimônia levou aquela arma a minha face. Tão forte que meus sentidos apagaram por completo.


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Notas finais do capítulo

Ah, eu sei que tá uma bosta, é minha primeira história que posto ok? u.u Pra quem já assistiu Piratas do Caribe, essa primeira parte pode ter sido semelhante as primeiras partes do filme. Mas bem, eu usei o filme como referência, já assisti tantas vezes 'Piratas do Caribe e o mistério do peróla negra' que enquanto pensava as imagens vinham na minha cabeça automaticamente. Mas o curso da mesma vai ir em um sentido muito diferente do filme... ;*



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