Numb Of Love escrita por Mih Ward


Capítulo 24
Capítulo 23




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/158432/chapter/24

Regra número um de quando você estiver fugindo de seu pai e seu tio mais jovens por ter beijado seu sogro jovem: NÃO esqueça seu livro de Transfiguração em seu dormitório.

Isso mesmo, eu esqueci o maldito livro de poções e agora vou ter que voltar para o Salão Comunal. Tudo bem, ainda era cedo, a maioria das pessoas acordariam essa hora e os garotos estão sempre atrasados... Talvez estejam dormindo ainda. Era isso que eu pensava enquanto caminhava de volta para meu quarto, como uma espécie de mantra.

Eu havia tomado o café correndo com medo de alguém me ver e pretendia passar o resto do tempo na biblioteca e só depois ir para a aula, aonde eles provavelmente não iriam me matar.

Ontem, depois que o Draco saiu, me deixando sozinha eu olhei em volta e vi que todos me olhavam perplexos e entre eles estavam Ron, Harry e Mione. Ron estava com a cara vermelha, Harry com a boca aberta e Mione com um sorriso cumplice nos lábios. Assim que os vi tratei de correr para meu dormitório e me trancar lá até o outro dia. Hermione veio falar comigo mais eu não estava querendo conversar, então ela desistiu.

Murmurei a senha para a mulher gorda enquanto cogitava a ideia de usar um feitiço de desilusão para me esconder melhor. Mas ai, achei que era muito, além de que eu não era muito boa nesse feitiço, da ultima vez deu completamente errado e eu não estava afim de arriscar.

Andei sorrateiramente pelo Salão e apenas alguns alunos do 2° ano já haviam acordado e faziam o dever de poções em cima da hora.

– Rose? - escutei uma voz conhecida me chamar, me fazendo pular de susto.

– Que susto Wilbert! - meio que gritei, com o coração a mil e Tensy se limitou a rir.

– Desculpe - ela falou como se sentisse muito por me assustar, mas seu riso dizia que ela não estava tão arrependida assim - Fugindo de quem?

– Do Ron e do Harry - eu murmurei baixinho enquanto ainda tentava controlar meu coração.

– Por quê? - ela perguntou confusa - Ah, pelo beijo com o Draco? - pareceu se lembrar - Falando em beijo... Uau! Vocês estão juntos? Porque tipo, é Draco Malfoy! Um Sonserino com uma Grifinória? Um Malfoy com uma Grifinória? Isso é novidade... Mas me conta mais! Vocês são namorados? Ah Rose, nós nunca mais conversamos, você me trocou e ag...

– TENSY! - a interrompi - Respira...

– Tudo bem, eu ‘to respirando... - ela falou corando - É que eu to com saudade de você...

– Desculpe Tensy, ultimamente eu andava tão confusa que acabamos nos afastando... Mas você também não se afasta do Dino nunca! - eu me desculpei.

– Ah, o Dino - os olhos dela brilharam - Ele é tão lindo e tão fofo... Eu amo ele Rose! - ela falou convicta.

Eu sorri, queria tanto ter certeza de meus sentimentos como ela... Suspirei.

– Por que o suspiro? Isso significa o que? Você ama o Malfoy? Ou outra pessoa? Mas, peraí... - ela parou um pouco, como se tentasse lembrar de algo - Rose! Você não falou que tinha um namorado nos Estados Unidos?

– Calma Tensy! Eu... - tentei pensar em algo rápido, sem sucesso obviamente.

– Ah Rose! Eu acho que te entendo, você está dividida né? Pode desabafar amiga, eu vou te ajudar com isso... - ela me olhava com pena.

Eu sorri para ela, um sorriso um pouco triste e vi três garotos, descendo as escadas do dormitório masculino, conversando.

– Ah meu Merlin! - eu exclamei - Eles estão acordando, daqui a pouco os meninos chegam e eu não quero falar com eles ainda.

– Calma Rose... Vai logo! - ela falava mexendo as mãos, nervosa também...

– Oi meu amor - Dino tinha acabado de descer as escadas e veio cumprimentar a namorada - Rose - ele sorriu pra mim dando um selinho na minha amiga.

– Olá - cumprimentei - Bom eu vou indo.

– Ah Rose - Dino me chamou enquanto eu ia pra escada, eu me virei relutante - Ron e Harry queriam falar com você, eles estavam com raiva por causa de ontem...

– Ai meu Merlin - eu exclamei e escutei um "valeu Dino" vindo da Tensy e ele sorriu como desculpas - Eu não posso encontrar eles... Eles já acordaram?

– Quando eu desci o Harry estava tentando acordar o Ron - ele murmurou distraído enquanto tentava roubar um beijo da namorada.

– Ai Merlin, me ajude - eu murmurei enquanto andava apressada pro dormitório.

Subi rapidamente e peguei o maldito livro. Parei no topo das escadas e notei que Tensy e Dino já haviam ido e os garotos do 2° ano ainda estavam lá, junto com Simas. Umas garotas do 6° ano conversavam perto do retrato da mulher gorda mais nem sinal do meu pai e meu tio. Suspirei feliz enquanto descia rapidamente as escadas.

– Rose - ouvi me chamarem e congelei em meu pensamento só havia uma simples palavra: Fudeu. (n/a: desculpem o palavrão, mas eu tive que colocá-lo. Sorry para quem não gosta. He.)

Me virei lentamente, torcendo para ter me enganado e não ser Harry e Ron mas como minha sorte era imensa, eram eles.

– É... Oi - eu falei desconcertada, calculando mentalmente quantos segundos demoraria para chegar ao quadro da mulher gorda e se eles iriam conseguir me alcançar.

– Será que podemos conversar? - Ron falou.

– E não adianta tentar fugir - Harry completou como se lesse meus pensamentos.

Bufei irritada e me joguei no sofá que estava ao meu lado.

– Sobre o que? - eu me fiz de desentendida.

– Você sabe sobre o que Rose - Harry falou um pouco irritado.

– Sobre ontem, com o Malfoy - disse Ron, com a voz contida.

– O que tem? - eu sentia minha irritação vindo e sabia que mais um pouco eu explodiria.

– O que que tem? - Ron perguntou incrédulo.

– É o Malfoy, Rose! - exclamou Harry.

– Qual o problema com ele? - eu falei, me levantando rapidamente.

– Ele é mal! Você mais do que ninguém deve saber disso! - Harry falou e eu me lembrei da vez que eu deixei escapar que Draco viraria um Comensal para eles. Maldita boca.

– Mas... - eu tentava revidar, inutilmente.

– Rose, nós só estamos preocupados... Ele é um Malfoy, um Sonserino. Vai te fazer sofrer e quem vai está aqui para te consolar vai ser a gente - Ron murmurou, chegando mais perto. Isso mesmo, ele que disse isso tudo, pasmem.

– Ele não vai me machucar - eu murmurei um pouco surpresa pelas palavras do meu pai do passado - Eu queria que vocês dessem uma chance para ele... - eu murmurei, encarando os dois com o que eu sabia ser minha cara de cachorro sem dono - Sabe, eu gosto dele... Vocês podiam se dá uma chance... Por mim - eu falei e vi que os dois vacilaram.

– Rose... - Harry começou.

– Nós nunca nos daríamos bem, você sabe - Ron disse, mas parecia derrotado.

– Por que não? Por favor... Eu só peço isso pra vocês - eu falei - Só tentem... Se não der certo eu prometo que desisto - eu sorri, sentia que parecia aquelas crianças mimadas pedindo uma Barbie nova.

– Rose... - Ron tentou falar alguma coisa.

– Só tentar, eu juro - eu disse e vi que eles estavam quase se rendendo. Santos olhos de criança pidona! - Olha, vamos fazer um trato? Se vocês derem uma chance pra ele eu conto uma coisa pra vocês.

– Que coisa? - eu vi os olhos de Ron brilharem e comemorei internamente.

– Harry, - me virei pra ele - Se você fizer isso eu te conto como abrir o ovo. E Ron, - voltei pra ele, tentando me lembrar de algo para poder falar - Eu te conto uma coisa, que vai acontecer com você no futuro...

– Eu topo - Harry falou, eu sabia que ele não tinha nem ideia de como abrir o ovo. Ron o olhou incrédulo.

– É o Malfoy, Harry - repetiu a frase que ele havia falado para mim.

– Eu preciso abrir aquele ovo - ele justificou.

– Eu sei que irei me arrepender disso - Ron suspirou - Mas eu aceito.

Eu sorri abertamente e pulei nos dois, dando um abraço em cada um e vários beijos na bochecha deles.

– Obrigada, obrigada, obrigada - eu murmurava entre os beijos.

– Tá, chega Rose - Harry riu sem graça e Ron estava corando.

Eu ri, envergonhada pelo meu surto, e sai do Salão.

Parte 1? Completa.

Sorri enquanto caminhava, já nem ligava mais para os olhares que me davam.

Passei por um corredor e uma lembrança me atingiu fortemente.

“- Rose - escutei me chamarem e me virei para trás me deparando com meu lindo namorado.

– Scorp - eu disse sorrindo.

– Não te vi o dia inteiro - ele murmurou, abrindo aquele lindo sorriso, que mesmo sendo frio, me esquentava por dentro.

– Eu estava com o Albus - eu falei, enquanto me aproximava mais.

O sorriso dele se fechou, ele dizia que eu passava muito tempo com o Albus.

– Você sabe que nós só somos amigos. Eu o considero como um irmão! - eu exclamei, não conseguia entender aquela birra com meu primo.

– Eu sei - ele suspirou - Eu só tenho inveja - eu olhei pra ele sem entender - ele pode falar com você sempre que quiser, não precisa se esconder...

– Você sabe o porquê disso, né? Nossas famílias não aceitariam - eu falei triste e ele me envolveu em seus braços.

– É eu sei - ele suspirou de novo - Mas não posso deixar de sentir inveja - ele riu friamente.

– Alguém pode chegar - eu murmurei quando ele aproximou nossos lábios.

– Eu não me importo - ele falou, chegando mais perto.

– Scorp... - ele não me deixou terminar e me beijou.

Eu amava os seus beijos, eram fortes, intensos e ao mesmo tempo cuidadosos, uma mistura de sentimentos contraditórios. Eu sentia o seu amor, seu carinho e também sentia seu desejo, a paixão... Ele era rude e cuidadoso, frio e quente... “

Sai da lembrança, suspirando. Eu sentia muitas saudades dele, não era a mesma coisa nos sonhos, quando eu acordava terminava, a sensação de seus braços acabavam e eu não aguentava mais isso... Eu não conseguia viver sem seus braços e seus beijos, sem aqueles lindos olhos... Me lembrei do último sonho que eu tive com ele, na noite anterior.

“Estávamos novamente naquela clareira e eu sabia que ele não tinha vindo para falar sobre como eu voltaria, sempre que estávamos na clareira era apenas nós dois, esquecíamos que estávamos longe, esquecíamos de todos os problemas e todos os obstáculos. Eu amava quando vinhamos aqui.

Encontrei-o deitado na grama, olhando para as estrelas no céu, não parecia ter notado minha presença.

– Vai ficar ai, parada? - eu estava errada, ele sabia que eu estava ali. Mas não me importava agora, eu estava com ele.

Andei rapidamente até ele, deitando em seu lado, a cabeça apoiada em seu peito.

– Não consigo mais viver longe de você - ele murmurou, acariciando meus cabelos.

Eu suspirei, fechando os olhos.

– Eu te amo - murmurei de repente, abrindo os olhos e me virando para olhá-lo.

Um sorriso se abriu pelos seus lábios e seus olhos frios brilharam.

– Eu também te amo - ele respondeu, se sentando e me puxando para sentar com ele.

– Eu... - eu iria falar qualquer coisa, mas ele me interrompeu, colocando os dedos em meus lábios.

– Não estraga esse momento - ele murmurou, se aproximando mais - Você não sabe a falta que eu sinto de seus lábios nos meus.

Eu sorri, me aproximando também. Ele fez o contorno dos meus lábios com os dedos e depois seguiu para meu queixo, me puxando para, mas perto e selando nossos lábios. Eu movi minhas mãos para seu pescoço, o puxando mais, ansiando mais o seu toque. Ele colocou a outra mão em minhas costas, me dando mais apoio e me impedindo de sair, como se eu fosse fazer isso.

– Agora sim - ele falou depois que nos separamos - Mas ainda não matei minha saudade. "

E assim se passou por um bom tempo, a gente se beijando e trocando carinhos como não fazíamos há muito tempo e de repente eu acordei, ainda sentindo seus lábios nos meus.

– Ai meu Merlin, sou uma vadia - murmurei para mim mesma.

Eu me sentia suja por está com os dois, mas não conseguia escolher, sabia que era errado ficar com os dois, mas não conseguia escolher apenas um. Eu estava enlouquecendo.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!