Numb Of Love escrita por Mih Ward


Capítulo 12
Capítulo 11




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/158432/chapter/12

POV Rose.

Sai da biblioteca, depois de desistir de tentar ler e caminhei sem rumo por Hogwarts, perdida em pensamentos e suposições. Quando dei conta estava nas escadas da torre de astronomia, o lugar onde Draco pediu para eu me encontrar com ele. Resolvi entrar, talvez as estrelas me ajudassem a descobrir o que eu estava sentindo nesse momento. Quando estava no final das escadas escutei uma voz conhecida murmurando alguma coisa. Me aproximei mais procurando escutar melhor.

– Pensa Draco, o que você vai falar pra ela? - perguntou pra si mesmo - Desculpe pelo beijo Rose? - bufou - Isso é ridiculo.

Olhei por uma fresta e o vi andando de um lado para o outro enquanto olhava para as estrelas como se esperasse uma resposta delas. A luz da lua o deixava com um ar enigmatico, seus cabelos extremamentes claros refletiam a luz os deixando com uma especie de luz propria e seus olhos, aqueles olhos que me hipinotizavam, não estavam com seu habitual tom cinza, e sim com um brilho diferente, os deixando um pouco puxados para o azul.

– Eu não queria ter te beijado? - se perguntou - Mas eu estaria mentindo se falasse isso não estaria? Eu gostei do beijo... Foi diferente...Será que ela gostou? Que merda! O que eu to falando?

Congelei, não sabia o que fazer, ele tinha gostado? Achado diferente? Diferente como? Eu estava atordoada, não sabia o que fazer ou como agir, achei melhor sair de lá, antes que ele descobrisse que eu tinha escutado. Mas como sou muito sortuda, acabei tropeçando nos degrais e caindo, fazendo um enorme barulho.

POV Draco

Petrificus Totalus– murmurei assustado apontando para a origem do barulho.

Assim que olhei para as escadas vejo uma Rose imóvel me olhando com cara assustada.

– Rose? O que você está fazendo aqui? - perguntei temeroso.

Ela simplesmente me olhava sem falar nada.

– Você e-escutou? - gaguejei.

Ela continuou me olhando totalmente imovél e com os olhos temerosos.

– Ah, claro - murmurei me lembrando do feitiço - Reflectus Petrify– falei o contra-feitiço.

POV Rose.

Assim que Draco me livrou do feitiço me levantei.

– Escutei - murmurei.

– T-tudo? - gaguejou de novo.

– Sim.

Ele me encarou com sua expressão fria de sempre, mas seus olhos me olhavam apreensivos.

– Eu também gostei do beijo - susurrei olhando para meus pés que naquele momento pareciam a coisa mais interessante do mundo.

– Você o que? - perguntou sem entender.

– Eu também gostei do beijo - falei um pouco mais alto ainda sem o olhar.

Ele ficou quieto mas eu ainda não tinha coragem de olhá-lo.

– Rose - murmurou segurando meu queixo me obrigando a o olhar.

Os seus olhos estavam com um brilho estranho, diferente daquele de antes, pareciam alegres.

Ele chegou mais perto de mim, seu rosto a centímetros do meu, eu podia sentir sua respiração fria e acelerada combinando perfeitamente com a minha quente. Meu coração estava disparado devido a nossa proximinadade.

E então, quanto faltava apenas um centímetro para que seus lábios tocassem os meus, ele parou de forma abrupta. Seus olhos gélidos se fecharam e ele suspirou com pesar.

– Não posso... – sussurrou – Não... Posso...

– Por que não? – sussurrei.

– Por que... – ele abriu os olhos – Não fui criado para isso... Não é certo... Não...

Parecia doer nele àquele simples ato e mal sabia que doía mais em mim também.

Virou-se em direção a sacada, a porta estava aberta permitindo que o vento fresco adentrasse no local e emaranhasse meus cabelos.

– Draco... – dei um passo em sua direção e pude observar sua posição se tornar mais rígida. Toquei delicadamente sua mão fria e a enlacei na minha.

Ele virou o rosto para o outro lado tentando evitar meus olhos.

– Olhe para mim... – pedi com súplica. Precisava fitar seus olhos, precisava admirar a cor tão bela e tão indescritível de seus olhos... Precisava.. – Olhe para mim...

Hesitante, ele levantou o rosto e lentamente virou-o para mim. Finalmente os olhos cinza azulados se chocaram contra os meus, castanhos.

Dei um passo em sua direção ignorando o vento que embaraçava ainda mais meus cabelos. Dei outro, seguido de outro...

E mais outro...

Faltava apenas um ultimo passo para que eu então, pudesse sentir seus lábios nos meus. Sem hesitar, eu o fiz.

Seus lábios roçaram nos meus ainda hesitantes e quando fitei seus olhos, ele logo os fechou. Seu perfume caro me envolveu... Me entorpeceu e foi como um impulso. Enlacei meus braços em torno do seu pescoço aprofundando mais o beijo, no entanto, ele permaneceu por um bom tempo, ainda hesitante. Mesmo assim, seus lábios se mexiam contra os meus lentamente e de forma provocante.

Minha respiração se acelerou, porém, ele logo parou e me empurrei suavemente para longe dele. Novamente, seus olhos gélidos se chocaram com os meus e ele prendeu a respiração, recuando um passo.

– Não posso... – voltou a sussurrar olhando para o chão – Não posso...

E logo após isso, virou-se para a porta e andou para fora a passos largos e apressando não me dando tempo de impedi-lo. Continuei ali, estática... Parada no frio que a cada instante esfriava meu corpo me causando calafrios... Fiquei ali... Como uma perfeita idiota que eu era, sem dúvidas.

As lágrimas rolavam dos meus olhos sem perceber, logo, meu rosto já ardia pelas lágrimas salgadas. Minha visão se tornou turva e fechei os olhos, permitindo que mais lágrimas caíssem.

Primeiro Scorpius...

E agora, Draco...

Como é intrigante o amor, misterioso, e quando nos envolvemos, o tipo mais atroz de blasfêmia.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!