Mestiça - a Uniao dos Mundos escrita por AzeVix


Capítulo 55
Capítulo 55: Bella Corvin x Os Lavinne part 2


Notas iniciais do capítulo

Hey galela! To postanto hj pq onti foi um dia importante... Eu ia postar antes de meia noite mas empoguei em um desenho e não rolou.



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Ele fechou a cara para mim quase rosnando e pelo canto do olho vi o movimento da sua mão milésimos antes dele acertá-la em meu rosto, minha cabeça virou de lado por causa do impacto, mas não senti nenhuma dor, apenas mais raiva do ser a minha frente.

Eu já o conhecia bem o suficiente para saber que ele faria algo do tipo depois que lhe respondi, então fiz meu escudo cobrir cada centímetro da minha pele antes da patética tentativa dele de me bater. Quando ele tentou me agredir fui tomada por uma raiva maior ainda. Ele não tinha nenhum direito sobre mim, não era meu pai e nem nada parecido, não tinha o direito de me tocar.

A raiva tomou conta do meu corpo, parecia que eu tinha perdido o controle, mas não senti medo, não fiquei assustada, ao contrario... Senti ma força e uma coragem que eu nunca tinha sentido antes. Voltei a olhá-lo ainda sorrindo

– Isso não me afeta mais. – respondi dando um passo em sua direção, ele deu um passo pra trás me olhando assustado. – Por mais que eu queira te matar aqui e agora, não vou fazer isso. Não valeria a pena, você merece passar toda a sua vida patética obedecendo alguém tão insignificante quanto você. – eu disse calma dando mais um passo à frente, ele estacou. – Mas por outro lado...

Eu estava cansada de só apanhar e nunca poder revidar, enquanto eu falava eu transmiti toda a força do meu escudo para a minha mão antes de lhe dar um belo soco na cara. Vi feliz ele cambalear pra trás ate a poltrona e seu rosto cheio de sangue.

Seus olhos esbugalhados para mim quase me fizeram rir, escorei na parede enquanto o olhava.

– O que você quer? – ele forçou a voz me fazendo rir minimamente.

– Eu não quero absolutamente nada que venha de vocês. – respondi seca. Levantei meu braço e sorri quando vi o pavor tomar conta do seu rosto, eu estava com tanta energia, com tanta raiva que chegava a transbordar, havia pequenas linhas finas e azuis circulando meu braço se movimentando sem parar, como se fossem pequenos raios dançando sobre a minha pele.

– O que você é? – ele perguntou com a voz totalmente tomada pelo pavor, deixei escapar um pequeno riso.

– Eu? Eu não sou ninguém. Lembra? Não é isso o que você vem falando há anos para as pessoas? Não é o que você diz a todos dessa cidade? – falei deixando minha voz ser tomada por toda a raiva que estava dentro de mim. Meu corpo se agitou, levanto as cargas elétricas pro todo o meu corpo.

– Fique longe da gente! – disse ele com a voz falhando e com um pouco de dificuldade ele se postou de pé novamente ficando entre mim e a sua pequena família.

– Acredite, isso é o que eu mais quero e saiba que vou partir assim que puder. Mas se você abrir a boca para alguém vou ter que me livrar de vocês... – falei, e de propósito desviei meus olhos para a Jane estirada na cama, ele acompanhou meus olhos que engoliu em seco. – Faremos um acordo?

Cruzei os braços e o encarei esperando impacientemente sua resposta, depois de um longo minuto ele me olhou nos olhos e deu um leve aceno com a cabeça.

– Fiquem longe de mim, que eu ficarei longe de vocês. – falei com nojo, o ouvi se engasgar com a própria saliva antes que eu lhe desse as costas e andasse ate a porta. Pro azar dele escutei seu suspiro de alivio quando abri a porta, me virei em sua direção novamente fazendo-o prender a respiração. – Lembre-se, bico fechado. Senão cada um de vocês pagará as conseqüências. – sussurrei.

Ele assentiu prontamente, sorri antes de sair do quarto. Assim que fechei a porta atrás de mim pude finalmente respirar fundo.

Não era bem aquilo que eu esperava, achei que fosse enfrentar Jane logo de cara, mas pelo menos consegui tirar Alec do meu caminho e por sorte, ele tiraria os outros dois. Suspirei, nunca pensei que conseguiria enfrentar o Alec desse modo, como eu tinha feito aquilo? Como eu faço isso de novo?

Minha vontade maior era sair logo daquele maldito hospital, queria me livrar da Jane para sempre, mas quando a ouvi resmungando dentro do quarto senti novamente a coragem me preencher, me escorei na parede e fiquei ouvindo o que acontecia lá dentro.

– Então, ela apareceu? – perguntou Jane, em sua voz pude ouvir perfeitamente seu tom de raiva. Ela com raiva? Que novidade!

– Ela? Ela quem? – resmungou Alec gaguejando, trinquei os dentes. Droga! Agora ele dá com a língua nos dentes!

– A Corvin, seu idiota! – gritou ela e escutei um barulho como se fosse uma pancada, segurei o riso quando ouvi o Alec gemer de dor. – O que aconteceu com seu nariz?!

– Eu... Cai da escada. E não, ela não apareceu. Satisfeita? – resmungou ele, ouvi um novo barulho, parecia que a poltrona havia sido arrastada. – Por que você se importa com ela?

– Não me importo. Nunca me importei. Se ela morrer hoje vai ser a melhor coisa de já me aconteceu em anos. – disse ela com um tom de felicidade, rosnei involuntariamente.

– Então por quê? – perguntou Alec curioso, me movi ficando mais perto da porta.

– Sei que é por causa dela que estou aqui. – resmungou ela, ouvi Alec engolir em seco nervoso. – Mas não me lembro de nada que aconteceu. – explicou ela, depois deu uma risadinha. – Se ela aparecer aqui vou arrancar a verdade dela.

Ri comigo mesma desse absurdo futuro. Era mais fácil eu arrancar a cabeça e as tripas dela do que ela arrancar uma única palavra de mim.

– Você tem que parar com isso, ela ainda vai se virar contra você. – disse ele. Ouvi com prazer o medo em sua voz, ele tinha medo que isso acontecesse e eu estava ansiosa para que esse dia chegasse.

– Isso não vai acontecer, ela sabe do que sou capaz, ela tem medo de mim. – disse ela se divertindo. Dessa vez rosnei algo por vontade própria, eu a odiava com todas as minhas forças.

– Você não sabe como isso pode mudar... – escutei Alec sussurrar, sua voz baixa demais para ouvidos humanos.

Eu precisava enfrentá-la, sabia que se eu fosse embora agora eu não voltaria para vê-la. Eu tinha que enfrentá-la agora, enquanto ainda tinha essa estranha coragem. Eu podia fazer isso, eu tinha que fazer isso. Determinada eu bati na porta.

– Entra! – gritou Jane. Tentei travar minhas feições de determinação e coragem antes de abrir a porta e entrar.

Alec me olhou apavorado quando fechei a porta atrás de mim, me movi de modo que ficasse o mais distante deles, cruzei os braços contendo um sorriso sob olhos lacrimejantes do Alec por causa do seu nariz quebrado e esperei os julgamentos.

– Por que não veio me ver antes? – a voz nojenta da Jane me chamou a atenção, desviei meus olhos para ela e arfei.

Toda a coragem que eu sentia, toda a força de vontade se esvaíram de mim assim que olhei em seus olhos. Como se sua maldade me deixasse fraca, como se ela absorvesse toda a minha força. Por mais que eu me esforçasse eu não conseguia não sentir medo dela, minha mente dizia diversas vezes que eu não precisava ter medo, eu era uma pantera e uma feiticeira, nenhum ser humano seria páreo para mim. Mas meu corpo se recusava a admitir tal coisa, cada vez que aqueles olhos negros se focavam em mim meu corpo inteiro doía, cada lugar do meu corpo queimava em brasa onde ela já tinha me batido.

– E-eu estava ocupada. – gaguejei.

– Ocupada com o que? – insistiu ela, eu já não conseguia mais olhá-la fixamente, olhei para o chão aos meus pés.

– Estava com alguém. – resmunguei baixo. Por que eu estava falando aquilo?

– Você não tem permissão para sair com ninguém! – gritou ela para mim, suas palavras me atingiram como facas afiadas e eu cambaleei para trás. – Eu te proíbo! Que idiota ia querer ficar com você? Com quem você estava?

– Ela estava comigo! – disse uma voz atrás de mim. Me virei sem acreditar na voz que ouvi e o encarei aliviada, ele deu alguns passos à frente e fechou a porta atrás de si, eu instintivamente me posicionei atrás do Edward.

– Quem é você? – gritou Jane, sua voz novamente tomada pela raiva. Seu tom de voz fez Alec se afastar dela, e Félix acordou totalmente assustado enquanto eu me encolhia mais atrás do Edward.

– Sou Edward Cullen, namorado da Bella. – disse ele sem se deixar abalar pelo tom de voz dela, sua presença ali me trouxe mais segurança e pude realmente sentir isso quando ele pôs uma mão para trás, segurei firmemente em seu braço. Não tenha medo, não deixarei que ela te machuque de novo. a voz mental do Edward me trouxe mais segurança e eu sabia que ele iria cumprir sua palavra, custe o que custar.

– Você o que!? – gritou ela totalmente irada, nesse instante meu vampiro segurou minha mão e apertou levemente, senti como se a sua força e a sua coragem estivessem sendo transmitidas para mim pelo nosso simples toque. Me endireitei e com o rosto novamente livre do medo me postei do lado dele.

– Ele é o meu namorado. – resmunguei com raiva e me esforçando para não rosnar em sua direção.

– Não é não! Eu te proíbo de ter um namorado! – esbravejou ela.

Essa foi a gota d’água. Dei um passo à frente com aquela raiva novamente pulsando em minhas veias, pelo jeito minha coragem só pegava no tranco. Pelo canto do olho vi Edward sorrir pouco antes de soltar minha mão.

– Você jamais vai decidir quem eu devo ou não namorar! Tenho 17 anos, você não manda mais em mim! Você nunca foi e nunca será minha mãe! – gritei me forçando a não rosnar em sua direção e pular em seu pescoço. Meu tom de voz não teve o efeito que eu esperava, ela não se intimidou e sorriu.

– Você não sabe o quanto eu sou grata por isso. – disse ela. – Agora eu sei porque a sua mãe te abandonou. Mas é claro! Para que ela ia querer você? Uma criança briguenta que acha que pode tomar conta do próprio nariz? Eu devia ter te deixado na sarjeta onde a encontrei, enrolada em papelão e deixada para morrer. – completou.

Aquilo me desarmou. Eu não fui abandonada! Selene não faria isso comigo, ela não me deixaria para morrer!

– Você esta mentindo! Ela morreu tentando me proteger! – falei a ultima parte sem querer, meus olhos começaram a lagrimejar.

– Te proteger de que? Ela nunca te quis, você foi o maior erro da vida dela! – continuou, cravando cada vez mais fundo os espinhos em meu corpo, suas palavras eram como facas que iam cortando minha pele e despedaçando meus pensamentos.

– Você não a conhecia! – gritei de volta, mas era tarde...

– Eu nem precisei conhecê-la para saber que ela nunca te quis! – insistiu Jane.

Suas palavras se fixaram em minha mente. Eu havia sido abandonada, fui deixada para morrer, minha própria mãe não me quis. Meus joelhos falharam abaixo de mim quando senti lagrimas escorrerem pelo meu rosto. Mas antes que eu caísse Edward me segurou pelos braços.

– Pare com isso! Eu sei que tudo isso foi mentira! – gritou Edward acima de mim. Não acredite nela Bella! Ela mentiu! a voz do Edward soava em meus ouvidos e minha mente, mas eu não conseguia de fato ouvi-lo. Eu só ouvia as palavras de Jane que ecoavam cada vez mais altas em minha cabeça me fazendo sentir a mesma raiva de antes, quando eu a ataquei. Fechei os com força, eu não podia assumir aquela forma novamente, não aqui.

Jane era uma vagabunda! Faria tudo o que fosse preciso para me destruir, para me machucar! Diria ate mesmo o que não sabia sobre mim! Mas isso acaba hoje.

– Pode me soltar Edward. – grunhi tomada pelo ódio, ele notou isso e me soltou, me endireitei estreitando os olhos.

Meus músculos tremeram novamente preenchidos com a nova força e meus olhos queimaram tentando se transformar.

– Se afaste. – falei para meu namorado, seus olhos estavam confusos e meio assustados, mas ele obedeceu e se afastou.

Me virei e estiquei meu braço em direção a porta, uma luz prata brilhante brilhou na palma da minha mão antes de uma corrente grossa ser lançada contra a porta. Travas, grades e cadeados apareceram enquanto a corrente fazia zigue-zague na porta trancando-a completamente.

Quando me virei Feliz estava mais histérico do que eu jamais pensei que alguém ficaria, ele me olhava apavorado de pé em frente a cadeira dobrável, estiquei meu braço em sua direção. Uma força incrível fluiu pelo meu braço e explodiu em minha mão lançando o corpo dele contra a cadeira ate bater na parede, fiz cordas o penderem no lugar, o ceguei completamente e tirei sua voz usando meus dons

Em seguida me virei para Alec, que estava tão apavorado quanto o filho, sorri abertamente, o dia que ele tanto temia e eu tanto ansiava havia chegado finalmente. Quando vezes eu tinha passado por essa situação... Tremer de medo e de pavor enquanto ele me batia, me castigava e me ameaça, mas agora era a minha vez.

Estiquei meus dois braços em sua direção, a explosão da minha mão foi muito mais forte, o bastante para que eu conseguisse fazer seu corpo destruir a poltrona do quarto. Seu corpo caiu sobre os destroços enquanto ele gritava, rapidamente retirei sua voz e o imobilizei com cordas mais fortes e resistentes.

Finalmente podia encarar Jane sem ninguém me incomodar, avancei sorrindo para ela enquanto ela se arrastava de medo, deixei-me apreciar aquilo por um momento. Eu era a caçadora novamente e ela um simples inseto encurralado sem poder voar ou fugir.

– Agora podemos conversar direito. – sorri me sentando na maca perto do seu pé machucado.

– Fique longe de mim! – gritou para mim tentando libertar sua perna suspensa. – Enfermeira!

Estalei a língua me divertindo com a situação e levantei meu braço olhando-o interessada.

– A mesma ladainha... Sabe, eu me lembro de quando as coisas eram diferentes. Eu era a ameaçada, se lembra? Ah, a propósito... Não adianta nada gritar, eu selei esse quarto completamente, ninguém poderá ouvir seus malditos gritos histéricos – sorri sobre seu olhar apavorado.

E sorri mais ainda quando fiz uma coisa que eu adorei fazer, transformei meu braço novamente, mas dessa vez deixei o formato humano, minha mão e braço ficaram apenas mais musculosos, com pelos e garras, seus olhos se arregalaram mais ainda.

– Vamos esclarecer uma coisa esta bem? – falei suavemente enquanto apoiava minhas garras em sua perna enfaixada. – Minha mãe foi a pessoa mais incrível do mundo, lutou contra pessoas más por amor e por mim, ela me amava e eu a amo completamente. E se você falar mal dela na minha frente novamente eu farei pior...

Em seguida apertei com força quebrando o gesso de sua perna e furando sua carne, seu grito foi musica para mim. Me levantei um pouco para me inclinar lentamente em sua direção.

– Apesar de tudo Jane, eu agradeço por cada estúpido e maldito dia que passei com vocês... – fiz uma pausa para olhar nos rostos apavorados de sua família. – Isso me deixou mais forte pelo que pode ver. – sorri e apertei mais a sua perna, sentindo com um prazer doentio quando minhas garras rasgaram seus músculos facilmente e chegaram ate seu osso.

Seu rosto ficou pálido e seus gritos mais estridentes enquanto ela se contorcia em dor. Só então me dei por satisfeita e a soltei dando passos para trás, ate que todos os três estavam de volta em meu campo de visão.

– Não me importo se vocês têm a minha maldita guarda. Para aquela maldita casa eu nunca mais volto! – grunhi alto. Alec assentiu inúmeras vezes enquanto Jane segurava sua perna ensangüentada.

Foi só então que me dei conta dos olhos de Edward queimando em minhas costas, me virei para ele esperando encontrar seu olhar de medo pelo o que eu tinha feito, mas quando me postei ao seu lado ele segurou fortemente minha mão enquanto olhava fixamente para frente. Acompanhei seus olhos, Felix continuava amarrado tentando gritar e se debater, Alec ainda estava deitado me olhando com terror e mexendo os lábios tentando gritar, minha cena favorita foi a da Jane.

Sentada sobre uma enorme poça do próprio sangue, desviando os olhos da sua perna desfigurada e para mim, sem saber ao certo o que fazer. Não pude conter e nem quis o sorriso que se abriu em meu rosto.

Suspirei fechando os olhos e me concentrando nas palavras certas, quando abri os olhos a cena à minha frente havia mudado.

Felix estava esparramado na cadeira dormindo profundamente, apesar do rosto pálido e assustado. Alec também estava dormindo escorado na poltrona intacta no canto do quarto, com o rosto branco e tremendo levemente. Jane estava encolhida o máximo possível sobre a cama, dormindo, tremendo violentamente e resmungando coisas desconexas.

O que... Aconteceu aqui? Aquilo foi real? a voz confusa do Edward preencheu minha cabeça. Sorri torto e levantei meu braço.

Bem... Em parte sim. respondi, minha mão ainda estava transformada, coberta de sangue e com vestígios de gesso. Eu precisava me livrar deles Edward, eu preciso ser... Livre. tentei me explicar. Edward assentiu com a cabeça uma vez, ainda olhando para frente.

Eles sabem o que aconteceu?

Para eles aquilo não vai passar de um sonho ruim. garanti. Ao julgar pelo seu olhar, senti que ele estava surpreso com a minha atitude e talvez ate decepcionado, abaixei a cabeça e tentei soltar sua mão, mas ele segurou mais forte. Confusa olhei para ele, fui recebida com um sorriso, ele segurou minha outra mão e a beijou levemente.

Você é incrível, apesar de ter realmente me assustado dessa vez. disse franzindo o nariz, sorri sem graça.

Nós temos que ir, eles vão acordar logo. resmunguei, ele sorriu concordando e logo deixamos o quarto. Eu estava feliz, não precisava vê-los novamente, eu viveria em outro lugar, a partir de agora eu era realmente livre.

Ao passarmos pelo rapaz que me auxiliou quando cheguei lhe dei a desculpa de que Jane estava dormindo e eu não queria incomodá-la, satisfeita peguei novamente na mão do Edward e praticamente corri ate a saída.

O ar que me envolveu quando saímos me restaurou completamente, me senti incrível, aquilo era a liberdade, eu não tinha mais preocupações, não tinha mais temores, e eu queria aproveitar... Edward captou meus pensamentos rapidamente e assentiu, sorri alegremente e avancei indo ate uma rua estreita. Por azar ou sorte aquela rua era sem saída, depois de olhar em volta sem ver ninguém a não ser Edward eu sorri e comecei a escalar a parede.

Eu subi com tanta facilidade que por um instante me surpreendi, mas comecei a rir logo em seguida. Em cima dos telhados me senti como uma gata urbana, apesar de ainda estar na minha forma humana eu saltei, rodopiei e passei pelas mínimas gretas entre as casas. Quando estava sobre a ultima casa a beira das arvores deixei que o calor se espalhasse pelo meu corpo me transformando.

Assim que estava sob as arvores comecei a grunhir de felicidade, eu saltei pelas arvores correndo sem parar, vez ou outra eu ouvia Edward atrás de mim, corri pela terra, pela grama, por cima dos galhos e ate escalando alguns pequenos abismos, a felicidade me dominava completamente e eu não estava nem ligando para onde eu ia parar, eu apenas corri.

De vez enquando Edward entrava em meu campo de visão e começávamos um pega a pega pelas arvores. Não sei por quando tempo corremos, talvez minutos ou ate mesmo por horas a fio, mas só paramos quando já tinha anoitecido e meus músculos doíam horrivelmente. Desabei cansada no chão perto de um penhasco com a lua brilhando forte no céu.

– Onde estava pensando em ir? – Edward perguntou se divertindo.

– Não faço... A mínima ideia. – minha respiração ainda era falha e pesada, me estiquei no chão sentindo a terra meio úmida sob meu corpo. Sorri, a Alice ia me matar. – Onde estamos?

– Bem longe de casa garanto, quase na fronteira do país. – ele sorria divertido enquanto olhava meus olhos incrédulos.

– Corremos tanto assim? – perguntei surpresa, ele deu de ombros.

– Você se empolgou, não quis interromper. – sorriu, revirei os olhos.

– Ia me impedir depois que cruzássemos o próximo país inteiro? – perguntei rindo.

– Talvez. – respondeu brincalhão se aproximando de mim.

Me endireitei quando ele se sentou do meu lado e passou o braço sobre meus ombros, deitei a cabeça em seu peito e sorri olhando seu rosto.

– Obrigada. – sussurrei.

– Pelo o que? – perguntou confuso sorrindo de volta.

– Por tudo. Sempre que preciso de alguém ou de um apoio você esta lá por mim.

– Isso é o mínimo que posso fazer. – sorriu beijando meus cabelos antes de me puxar mais para seu colo e nos deitar na terra.

Envolvi sua cintura com o braço enquanto nossas mãos se entrelaçavam. Não tinha percebido a luz da lua sobre nós, sua luz forte clareava tudo a nossa volta dando cores novas para cada detalhe, ate mesmo em nossa pele. Olhei fascinada para o rosto do meu amor, o luz da lua fazia a sua pele ficar com um brilho lindo meio prateado, olhei para nossas mãos entrelaçadas e sorri mais. A luz da lua também brilhava em minha pele fazendo com que combinássemos, ri comigo mesma.

– O que foi? – perguntou Edward olhando curioso nossas mãos.

– Estamos combinando agora, ao menos assim não vou parecer exatamente um pimentão se eu corar. – ele sorriu da minha patética piada e levantou minha mão beijando-a, ate seus olhos haviam adquirido um brilho diferente aquela noite. – Eu te amo. – sussurrei apoiando meu corpo com o cotovelo para vê-lo de cima.

Ele sorriu mais e dessa vez me puxou para cima de si alcançando meus lábios rapidamente em uma urgência que me fez arfar.

– Eu te amo. – disse ele em meus lábios antes de nos virar ficando por cima de mim sem parar de me beijar. Quando ele fez menção de se afastar eu entrelacei minhas pernas em sua cintura para que não se afastasse.

– Eu odeio quando você faz isso. – resmunguei com raiva.

– Quando faço o que?

– Fica me tentando desse jeito, mas nunca deixa a gente... Se levar pelo desejo. – falei, e ao contrario de tudo que eu esperava dele, ele riu. Soltei minhas pernas olhando-o tristemente. – Você... Não quer? Tudo bem.

– Não Bella, eu quero, mas...

– Mas...? – perguntei forçando a tristeza para longe.

– Eu acho que ainda é cedo pra isso, não quero apressar as coisas com você. – disse ele me deixando confusa.

– Não estamos apressando nada. Você me ama, eu te amo... O que esta esperando? – perguntei.

– Me desculpe, eu não sou dessa época, as coisas funcionavam de um modo diferente. – tentou explicar.

– Então, no seu tempo, podia ficar provocando as mulheres, mas não podia amá-las? – perguntei, a raiva dando lugar para a diversão.

– Ok... Nem pra mim isso fez sentido. Tem razão. – sorriu ele me olhando com um desejo oculto antes de voltar a me beijar.

Meu coração cavalgou em meu peito quando ele se afastou para tirar a sua blusa, corei fortemente. Quando ele nos virou novamente fazendo com que eu ficasse por cima deixei meu cabelo tampando meu rosto para esconder meu rosto corado.

– Não precisa ser agora se não quiser. Podemos arrumar um lugar melhor... – a voz preocupada do Edward me fez perder a vergonha. Eu queria aquilo, queria senti-lo, queria amá-lo.

– Não, eu quero. Sempre quis fazer sobre as estrelas e a lua, é romântico. – sorri hesitando um pouco antes de tirar minha blusa, ele sorriu me encorajando e eu me inclinei para beijá-lo e então deixamos nossos corpos e desejos tomarem o controle naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Não entrei em detalhes pq sei q tem criança lendo isso (é tu mesmo u_u).
Enfim... De acordo com meus cálculos esse é o penultimo capitulo da temporada. (Êeeeeee o)
Espero q tenham gostado da briga e do final, bejus