Mestiça - a Uniao dos Mundos escrita por AzeVix


Capítulo 41
Capítulo 41: Lembrança


Notas iniciais do capítulo

Calma pessoas! Não se assutem! Sou eu mesma! kkkkkk
Bem, recebi 5 reviews ate agora (naum recebi de duas pessoas que eu mais queria, mas ok ¬¬), e agradeço muito pelos reviews viu gente, brigada mesmo.
Entaum resolvi postar mais um cap pra vcs, aki voces veram o que aconteceu quando o Jake era pekeno e como ele foi transformado.
Espero q gostem.



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Pov Bella

Foi exatamente neste instante que uma coisa muito estranha aconteceu, eu me senti sendo puxada. Não fisicamente, mas mentalmente, para um lugar escuro. Não consegui lutar contra o que quer que fosse e acabei sendo levada para algum lugar distante, era um lugar escuro e eu pude sentir que não tinha fim, eu sabia que se corresse não chegaria a lugar nenhum, eu estava no meio do nada.

De repente vi uma luz aparecer do meu lado, levantei os braços para proteger meus olhos por impulso e vi que era humana novamente. Ignorei esse fato e olhei devagar para a luz tentando encontrar respostas, uma figura se materializou onde a luz tinha parecido e logo pude ver a silhueta do Edward.

“Edward é você?” minha voz estava estranha, longe e parecia que dava um eco estranho, a silhueta se moveu em minha direção.

“Bella?” a voz estava tão estranha quanto a minha, mas pude reconhecer que era o Edward, corri em sua direção aliviada por vê-lo, ele sorriu quando me viu. Ele me abraçou olhando rapidamente para os lados. “Onde estamos?” perguntou ele.

“Eu não sei.” respondi também olhando em volta. Não tinha nada, absolutamente nada. De uma hora pra outra vi uma luz forte se acender acima de nós, nos afastamos assustados deixando a claridade entre nós dois. Tão rápido como antes, mais uma figura se materializou entre nós, não foi difícil reconhecer Jacob.

“Jacob?” o chamei baixo, pois ele estava meio curvado para a frente e olhava diretamente para o chão com a testa vincada.

Quando ouviu seu nome ele levantou a cabeça e olhou pra mim confuso antes de olhar em volta mais confuso ainda.

“O que estamos fazendo aqui?” perguntou ele se endireitando rapidamente. Eu não sabia responde-lo então permaneci calada enquanto via a luz que o fez aparecer sumir.

“Você sabe onde estamos?” perguntou Edward para o Jacob.

“Mais ou menos.”

“O que você sabe desse lugar?” perguntei rapidamente, pois o lugar já estava me dando medo.

“Não sei nada na verdade, mas isso sempre acontece quando eu...”

Sua voz sumiu exatamente quando uma coisa grande se materializava a nossa frente, primeiro apareceu uma casa, depois uma paisagem surgiu a nossa volta, grama e arvores no quintal da casa, a floresta em volta, o céu alaranjado. Tudo como se nós realmente estivéssemos em um lugar assim. Eu senti que era real, senti um vento fraco bater em meu rosto, senti os últimos raios do sol tocar minha pele. Respirei fundo sentindo o cheiro de grama aparada e tentei dar um passo a frente, mas meus pés pareciam terem se fundido no chão, pois eu não conseguia sair do lugar, meus pés pareciam pesados como chumbo, eu nem conseguia levanta-los do solo.

Olhei assustada para o Edward e vi que ele também estava tentando se livrar do que o prendera no chão.

“O que esta acontecendo?” perguntei praticamente para o nada. Olhei para o Jake para ver se ele poderia responder minha pergunta, mas seus olhos estavam mais do que fixados a sua frente. Segui seus olhos e as cenas começaram a acontecer a nossa volta, vi um homem sair da floresta a distancia e atrás do mesmo um garoto. A paisagem mudou e de repente nós três estávamos dentro da casa. Não era uma casa exatamente, era uma garagem. Em todas as paredes tinha vários tipos de ferramentas penduradas e também espalhadas pelo chão.

Tinha uma caminhonete vermelha e velha parada lá dentro, ocupando uma boa parte da lugar seu capo estava aberto bem embaixo de uma lâmpada fraca dependurada por um fio fino do teto. A cena mudou novamente e de repente estávamos do lado do carro tento a visibilidade de todo o lugar.

O mesmo homem de antes que aparentava ter uns trinta e poucos anos entrou pelo portão da garagem acompanhado pelo mesmo garotinho moreno que parecia ter sete anos.

– Pronto para me ajudar com o carro? – perguntou o homem sorrindo para o menino.

– Claro papai! – gritou o menino feliz jogando os braços pra cima. O homem riu e pegou o garoto no colo colocando-o sentado em seu ombro. Ele andou ate a frente do carro e pôs o menino sentado em cima do para lama. Nenhum deles notou a nossa presença, parecia que nós nem estávamos ali.

– Eu vou te pedindo as ferramentas e você vai me passando táh?

– Táh bom. – o menino batia palmas.

– Então pega pra mim a chave de vela. – pediu o homem, o garotinho sorriu e desceu do carro indo ate uma mesa para pegar a ferramenta.

De repente a cena mudou novamente e tudo ficou mais escuro e sombrio, senti um calafrio subir pela minha coluna. No mesmo instante em que um barulho estranho ecoou pela garagem.

O menino gritou correndo para perto do pai.

– Está tudo bem, fique calmo. – pediu o homem afagando os cabelos do menino enquanto olhava em volta um pouco assustado.

Um barulho diferente soou do lado de fora e uma tempestade começou a cair do nada. Vi um vulto passando perto dos dois enquanto um trovão soava do lado de fora. O homem também viu o vulto e arfou acompanhando-o com os olhos.

– Não, de novo não! – lamentou o homem.

– Papai, o que...? – o garotinho tentou perguntar alguma coisa, mas seu pai pressionou sua boca fortemente para que ele ficasse quieto.

– Me escute. Vai ficar tudo bem táh, só faça o que eu disser. – sussurrou o homem para o menino e tentou sorrir para acalma-lo.

O menino balançou a cabeça rapidamente em um sinal positivo. O vulto apareceu novamente desta vez passando mais perto de nós e me fazendo arfar.

– Esconda-se debaixo da mesa e não saia ate eu disser que pode. – falou o homem soltando o menino que correu para o lugar indicado se escondendo rapidamente debaixo da mesa cheia de ferramentas. Foi a conta do menino se esconder que um trovão ecoou na floresta, com o relâmpago pude ver a silhueta de quatro pessoas fortemente armadas que apareceram no portão da garagem.

O homem serrou os olhos para eles e se postou em frente ao esconderijo do menino como forma de protegê-lo.

– O que vocês querem? Não tem nada para vocês aqui! – gritou o homem para eles.

Escutei risadas vindo deles enquanto um dos vultos dava um passo a frente.

– Você sabe o que queremos. – disse o vulto sorrindo, mais um trovão caiu e o relâmpago clareou sua face, era um jovem de pele clara que possuía cabelos curtos e escuros.

– Não vão leva-lo! Eu não vou deixar! Vão embora daqui! – gritou o pai do garoto pegando alguma coisa em cima da mesa atrás de si. Pude ver que era um pé de cabra.

Eu senti que deveria ajudar, mas eu não conseguia me mover mais, eu me senti congelada, parada no tempo enquanto era forçada a ver as cenas. Eu senti que algo muito ruim iria acontecer e que eu não queria ver, mas eu nem ao menos conseguia fechar meus olhos.

– Você não tem que deixar nada. – disse o cara de cabelo curto para o pai do garotinho. Ele levantou a arma na direção do homem, a fraca luz da lâmpada clareou o cano da arma, logo notei que se tratava de uma espingarda. De uma hora pra outra um novo vulto se mexeu tomando uma forma solida que parou entre a arma e o pai do garoto.

– Não faça isso! – gritou o vulto, pela voz reconheci que era uma mulher. Um novo relâmpago clareou o ambiente e vi que ela também estava armada, mas segurava a arma de qualquer jeito ao lado do corpo, como se estivesse com nojo daquilo.

– Eu faço o que eu quiser! – disse o cara de cabelo curto, escutei dois rosnados distintos vindo da direção deles. – Saia da frente!

– Não saio! – ela gritou de volta. – Você não vai ferir nenhum dos dois! – ela completou no mesmo tom e jogou a arma de lado enquanto avançava com uma velocidade sobrenatural pra cima dele. Com o impacto ele voou longe, mas os outros dois que estavam ali cercaram a mulher apontando as armas em sua direção, ela não perdeu tempo e deu um soco na cara de um antes de se lançar no outro.

Um barulho de tiro fez todos paralisarem, o de cabelo curto havia atirado pra cima, mas rapidamente mirou na direção da mulher.

– Eu mandei você sair da frente! – gritou ele, mas ela rosnou em sua direção. Desta vez ela não teve tempo de atacar, pois um dos outros a segurou por trás a imobilizando com uma faca pressionada no pescoço.

Eu não sabia explicar o porque, mas eu podia sentir o que ela sentia, senti algo prender meus pulsos pra trás mesmo tento a certeza de que meus braços estavam tensos, mas esticados ao lado do meu corpo, e o mais estranho, eu senti a lamina fica da faca pressionar a minha própria garganta. Depois de alguns segundos ela parou de se debater.

– Chega de enrolação! – falou o homem de cabelo curto impaciente, ele se virou e apontou a arma na direção do pai do garoto. – Saia!

– Não! – gritou ele segurando mais fortemente o pé de cabra.

– A escolha foi sua. – disse ele sorrindo antes de atirar no homem. O grito de negação do garoto foi abafado pelo trovão que caiu mais perto. Vi o homem cair no chão com a frente da camisa coberta de sangue.

O cara de cabelo curto abaixou a arma lentamente sorrindo, a mulher se debateu freneticamente tentando de libertar, e eu também, lutei contra as forças invisíveis que me prendiam ali, mas foi em vão. Nada do que eu fazia adiantava. Em menos de um segundo o cara de cabelo curto se agachou na frente do garotinho colocando sua arma em uma armação a suas costas.

– Ai está você! Sabia que te procuramos a um tempão? – disse ele sarcástico.

– Fiquem longe de mim! – gritou o menininho em meio ao choro histérico de dor ao ver o pai imóvel no chão. Senti lágrimas silenciosas e dolorosas escorrerem pelo meu rosto, tudo o que eu mais queria era estar entre o cara e o garotinho, para poder protegê-lo, era o que eu mais queria, o que eu mais precisava fazer, mas não podia, mais lagrimas ensoparam meu rosto enquanto meu coração parecia se contorcer em meu peito.

– Não, você vem com a gente. – disse ele com um sorriso nojento e esticou a mão em direção ao garoto em um convite. O menino se arrastou querendo ficar o mais longe possível da criatura estranha de pele clara e olhos com de rubi.

– Eu não vou. – disse o menino com dificuldade.

– Olha, não deixe as coisas piores. Você vai vim por bem ou vai vir por mal. – disse o cara estranho.

– Ele não quer ir, fique longe dele! – gritou a mulher se debatendo nos braços do cara que a prendia.

– Cala a sua boca! – gritou o cara de cabelo curto com raiva. Ele tirou a sua atenção do garoto e mirou uma arma na direção dela e atirou. Com uma velocidade incrível ela se soltou dos braços do cara e se colocou atrás do mesmo assim que a bala entrou bem no peito do infeliz.

– Corra! – gritou ela para o menino.

Ele logo obedeceu, saiu de baixo da mesa e se pôs a correr em direção ao portão enquanto a mulher pulava em direção ao homem que havia atirado. Mas os dois haviam se esquecido de um terceiro rapaz que estava presente assistindo tudo, ele não perdeu tempo e se postou na frente do menino impedindo sua passagem. Ele pegou o braço do garoto com violência fazendo-o gritar, a mulher que ainda lutava com o ser de olhos vermelhos se assustou com o grito do garoto e se distraiu dando a chance para o outro homem cravar uma faca em suas costas.

Ela fechou os olhos com força tentando suportar a dor quando seus joelhos falharam levando-a para o chão. A risada do cara abafou um novo grito do menino ao ver a mulher sangrando ajoelhada ao chão, o homem que estava ainda segurando o menino o segurou pelos braços postando-o de costas para si e com os braços pra trás enquanto o nojento de cabelo curto se aproximava tirando uma espécie de seringa do bolso do seu casaco. O novo grito do menino foi abafado pelo trovão e por uma negação da mulher que estava no chão, escutei um novo som no ambiente e custei pra perceber que eu também gritava e chorava ao ver a cena.

De repente tudo ficou embaçado e começou a escurecer ate que eu não podia ver mais nada, eu cai de joelhos no chão quando finalmente assimilei que o tal garotinho da cena era o Jacob quando criança.

De repente me vi em uma floresta, a mesma que eu estava antes. Eu havia voltado, seja lá de onde eu estava. Levei alguns segundos para voltar a sentir meu corpo, eu estava tão abalada com a cena que eu não havia percebido que estava deitada no chão e ainda em minha forma felina, levantei a cabeça olhando para os lados. Edward estava de pé olhando fixamente para frente, enquanto Jacob estava deitado no chão com a cabeça entre as patas da frente e com os olhos fechados fortemente. Vi seu pelo brilhar levemente e constatei que ele chorava, assim como eu, senti meu focinho molhado e escutei um som estranho que mais tarde descobri que era eu mesma chorando.

Edward foi o primeiro de nós a se mexer, ele se recompôs endireitando o corpo e piscando algumas vezes olhando entre o Jacob e eu, de repente ele sorriu pra mim antes de andar lentamente ate o Jacob. Ele é louco? Como ele pode estar sorrindo? Não é possível! Ele não pode ter visto o mesmo que eu!

Ele se agachou do lado do Jacob e pousou uma mão em seu flanco, o mesmo o olhou completamente confuso enquanto levantava a cabeça em sua direção.

– Jacob, o Billy não morreu. – Edward falou devagar, como se estivesse falando com uma criança, eu e Jacob custamos para assimilar isso. – Ele esta vivo. – continuou ele.

Como você sabe disso? perguntou Jake tirando as palavras da minha boca. Ate a voz em sua mente estava fraca e triste. Mas eu conhecia o Edward, mesmo isso parecendo meio impossível, eu sabia que era verdade, se ele disso que o Billy esta vivo então eu acreditava.

Com isso a dor em meu peito amenizou um pouco, o suficiente para que eu pudesse me levantar um pouco, mas permaneci sentada em minhas patas traseiras.

– Eu o conheci. – disse Edward sorrindo um pouco mais. – Ele montou uma pequena loja de pesca na garagem da casa, passei lá uma vez. – completou ele, pude ver mais lagrimas escorrerem lentamente no pelo avermelhado do Jake antes de ele fechar a cara para o Edward e olhar pra mim.

Bella, ele esta mentindo não esta? perguntou o Jake pra mim, Edward se levantou e olhou pra mim enquanto eu o olhava também.

Eu não precisava entrar em sua mente para saber que ele falava a verdade, eu podia sentir isso. Como que por garantia Edward me mostrou uma prova. Vi a mesma casa em sua mente e, através dos seus olhos, o vi entrar na garagem e conversar com um homem que aparentava uns quarenta anos e estava em uma cadeira de rodas, ele tinha o cabelo meio escuro, mas não dava pra ver direito por causa do chapéu que ele usava e apesar de ter sido muito educado quando foi atender o Edward ele estava triste.

Sorri em direção ao Edward antes de me dirigir ao Jake.

É verdade Jacob, ele me mostrou. Seu pai esta vivo e sente muito a sua falta. pensei sorrindo.

Quase que instantaneamente ele se recuperou, se levantou rapidamente e chacoalhou o pelo e esfregou o focinho na pata para tirar as lagrimas. Edward lhe deu as costas e veio em minha direção com uma expressão preocupada.

Bella, tudo bem? perguntou ele se aproximando, balancei a cabeça positivamente.

Sim, estou bem não se preocupe. respondi me levantando e também chacoalhei o meu pelo que estava sujo de terra e com algumas folhas secas.

Tem certeza? insistiu ele, revirei os olhos sorrindo.

Tenho. Eu só não esperava uma historia dessas vindo dele. respondi.

É, nem eu. disse ele e sorriu ficando bem na minha frente e se agachou, apenas poucos centímetros separava nossos rostos. Eu corei, mentalmente néh, pois tirando a primeira vez que eu me transformei perto dele isso era o mais perto que ele chegara de mim quando eu estava transformada.

Acho que ele percebeu isso, pois sorriu e levantou as mãos ate meu rosto transformado, ele balançou a cabeça minimamente e bem devagar começou a passar os dedos em meu focinho limpando as minhas lagrimas. Quando ele terminou eu virei a cabeça constrangida e o ouvi rir.


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Notas finais do capítulo

Bem, pra deixar claro...
a) o tiro não matou o Billy, só o deixou paraplegico (é assim que escreve? S:)
b) essa seringa q foi ingetada no Jake é o que o transformou em transfigurador.
Ate a proxima entaum
Kiss and Bye