Mestiça - a Uniao dos Mundos escrita por AzeVix


Capítulo 18
Capítulo 18: Aprofundando o relacionamento


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas
Não demorei muito com esse cap naum neh? Se demorei vai adiantar eu pedir desculpas? Bom... espero que sim.
Um dos motivos por eu ter demorado é que eu fiquei muito triste pois recebi apenas um review no cap anterior, então se voces nao estiverem gostando, por favor, me falem.
Talvez eu possa mudar alguma coisa.
ate la embaixo, espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/158409/chapter/18

Pov Bella

Como sempre fui acordada com os socos na porta, mas desta vez nem liguei. Nem mesmo a Jane pode tirar a minha felicidade hoje. Ainda não consigo acreditar que eu e o Edward estamos começando a nos entender. Pronto! Foi só de pensar nele que eu já fiquei ansiosa para ve-lo.

Arrumei rapidamente o meu material, coloquei o primeiro jeans que apareceu na minha frente e a primeira blusa que vi, era uma vermelha escura com vários riscos brancos espalhados por ela toda. Fui para o banheiro escovar os dentes e pentear o cabelo.

Desci para o primeiro andar e ignorei todos, assim como eles também me ignoraram. Fui direto para a cozinha, deixei minha mochila em uma das cadeiras e abri a geladeira, peguei a caixa de leite já a virando em um copo, a guardei logo em seguida e antes de fechar a porta peguei uma maçã e comecei a come-la. Escutei Alec sair pela porta da frente e tomei o leite em poucos goles, o lavei na pia antes de sair.

A ida ate a escola foi silenciosa, tirando um Félix que não calou a boca nem um segundo. Não demorou muito para eu ficar livre dos dois, assim que o carro parou, eu praticamente pulei pra fora do carro. Dei uma rápida olhada no estacionamento, mas não vi o volvo em lugar nenhum. Tentei não deixar isso me abater, pois aqui é apenas uma parte do estacionamento, ainda tem as áreas laterais e a área atrás da escola, mas o Edward sempre costuma estacionar aqui na frente.

Corri em direção a minha próxima aula, mas no meio do caminho me lembrei tristemente de que o Edward não tem essa aula comigo. Diminui o passo drasticamente.

O relógio em cima do quadro negro parecia fazer hora com a minha cara durante todo o primeiro horário, eu podia ter certeza que a cada vez que eu olhava pra ele, mais devagar ele ficava. Tive vontade de jogar qualquer coisa nele, caderno, mochila, livro, borracha e lápis não porque são muito leves, pensei ate em jogar o professor que não parava de falar.

Quando o sinal finalmente bateu corri para o corredor na esperança de encontra-lo, mas não o vi enquanto fui para o meu próximo horário. Fiz questão de sentar no lugar mais distante da sala e fiquei feliz de ser bem ao lado das janelas. Não prestei a menor atenção na aula, fiquei apenas olhando pela janela e deixando minha mente viajar.

Logo e mais rápido do que eu pensei que seria escutei o sinal bater, disparei mais rápido ainda do que antes para o corredor. Nem me preocupei em procura-lo no caminho, pois eu tinha completa certeza de que ele tem a mesma aula que eu agora. Entrei na sala de biologia e suspirei aliviada quando o vi sentado na cadeira ao fundo. Tive que me segurar para não correr em sua direção, mas caminhei sem tirar os olhos do seu rosto. Ele também não desviou o olhar, ate mesmo quando eu sentei ao seu lado.

– Olá. – cumprimentou ele sorrindo.

– Oi, achei que você não tivesse vindo. Não vi seu carro lá fora. – eu falei a ultima parte baixo o suficiente para que apenas nós dois ouvíssemos. Ele sorriu se aproximando mais de mim.

– Eu vim a pé. – disse ele rindo.

– E os seus irmãos? – perguntei também me aproximando.

– Eles saíram ontem para caçar, voltam só hoje a noite. – ele respondeu. Percebi que os seus olhos estavam mais escuros comparados a ontem.

– Você também precisa caçar. – falei e coloquei uma mão em seu rosto.

Eu simplesmente avia esquecido da sala completamente repleta de alunos. Só me lembrei deles quando escutei um assovio, foi aqui que percebi que eu e o Edward estávamos juntos de uma forma não muito apropriada para uma sala de aula.

Ruborizei e antes de eu me afastar dele ele me puxou para mais perto colando nossos lábios. A sala explodiu em aplausos e assovios, como se eu me importasse com isso. Agora, pra mim, só existia o Edward, nossos lábios se moveram sincronizados.

Depois de um tempo nos separamos ofegantes.

– Acho que isso agora é uma prova de que somos namorados. – falou Edward.

– Por mim tudo bem. – falei colando novamente nossos lábios, dessa vez ate o professor vibrou. Depois disso Edward não tirou nem um segundo o sorriso dos seus lábios e nem eu, passamos o horário inteiro meio abraçados.

Agora eu tenho certeza de que esses horários tem alguma coisa contra mim! Por que o terceiro horário passou tão rápido?

Caminhamos de mãos dadas ate o refeitório. Recebemos sorrisos de alguns e vários olhares feios de meninos e meninas durante o nosso caminho, os ignorei assim como o Edward fez e seguimos para a fila.

Comprei um pouco de comida pra mim e nos sentamos em uma mesa mais afastada durante o intervalo.

– Queria saber o que eles estão pensando. – falei baixo apenas para o Edward enquanto olhava por cima do ombro. Vi um grupo de meninos conversando com umas meninas que olhavam em nossa direção rindo falsamente ou fazendo caras de nojo.

– Vai por mim, você não quer saber. – disse ele, quando o olhei o vi fazendo uma careta estranha.

– Me conta. – pedi. Ele pensou por um tempo e suspirou.

– Os meninos estão pensando em maneiras de me tirar da jogada e as meninas estão pensando em como colocar você longe de mim. – disse ele revirando os olhos.

– Esqueça eles, nada do que façam vai nos separar não é? – falei sorrindo.

– Isso mesmo. – concordou ele e empurrou a bandeja em minha direção. – Acho melhor você comer alguma coisa.

Bufei, mas comecei a comer um sanduiche que nós aviamos comprado. Ficamos em silencio por um tempo ate que escutei algo quebrar, pareceu ser um vidro. Me virei para chegar e dei de cara com um menino com a mão coberta de sangue, em segundos o cheiro de sangue fresco invadiu meus pulmões.

Escutei Edward trincar os dentes, olhei pra ele assustada, com certeza ele também sentiu o cheiro. Sua boca estava em uma linha reta, os seus olhos estavam pretos como a noite mais escura e o seu rosto estava agoniado, pude notar que ele avia prendido a respiração. Me levantei rapidamente e fui para o seu lado, puxei seu braço com força, ele custou para se levantar, pareci que estava completamente rígido. O fiz me seguir ate a saída da cantina, ninguém nos notou passar pela multidão, a maioria estava aglomerada perto do menino desastrado.

Saímos da escola e eu o levei um pouco pra dentro da floresta, fechei os olhos por uns segundos e depois os abri olhando para o Edward.

– Corra para o sul, você encontrará um banco de alces no caminho. – falei rapidamente o empurrando mais pra dentro da floresta, ele hesitou. – Vá, você precisa caçar, te esperarei aqui. – falei e ele disparou para o sul.

Sabia que seria perigoso o Edward ficar tanto tempo sem se alimentar, ainda bem que o tirei de lá a tempo, nem quero imaginar o que aconteceria se ele tivesse perdido o controle.

Edward não demorou muito a voltar, suas roupas estavam intactas e a única coisa que o denunciou foi uma pequena gota de sengue escorrendo no canto de sua boca e reparei enquanto ele veio em minha direção que os seus olhos estavam incrivelmente mais claros, mas ainda não estavam claros o bastante.

– Obrigado por me tirar de lá. – ele agradeceu, sorri e com as pontas dos dedos limpei sua boca.

– Não por isso. Você não devia ter ficado tanto tempo sem caçar, é imprudente. – reclamei com um pouco de raiva, mas ele riu, bufei. – Se sente melhor? – perguntei.

– Sim. – ele respondeu.

– Bom... é melhor nós voltarmos, daqui a pouco o sinal bate.

– Posso te perguntar uma coisa? – ele perguntou hesitante, assenti. – Por que eu nunca te vejo em nenhuma aula depois do intervalo?

– Ah! Bem... é que... – falei gaguejando, olhei em volta para me certificar de que não tinha ninguém por perto. Como não tinha eu o puxei ate um banco e nos sentamos. Suspirei antes de começar. – Todos os seres místicos tem uma mesma regra que é seguida a qualquer custo.

– Manter o segredo da existência da espécie. – ele completou.

– Isso. Tenho que me esconder de todos, mas eu conheci outro feiticeiro e ele meio que virou meu treinador. Ele me convidou para ser uma aluna da escola que ele criou, a FeitiçoTec. Para que a Jane e o Alec não desconfiem de nada, eu vou para a escola dele nos horários depois do recreio e volto quando termino minhas aulas.

Ele apenas assentiu perdido em pensamentos, segurei sua mão e o guiei de volta para o refeitório. Quando estramos a multidão já havia sumido, o chão havia sido limpo e algumas cabeças viraram em nossa direção. As ignorei e puxei o Edward ate o meu armário.

– Você esta indo agora? – perguntou ele escorado do lado do meu armário enquanto eu pegava minha mochila.

– Sim. – falei triste e me virei pra ele. – Quando vamos nos ver de novo? – perguntei esperançosa.

– Podemos nos ver quando você voltar não? Antes de você ir embora com a Jane?

– Isso não é uma boa ideia, Jane me odeia e se ela souber que estamos juntos... Argh! Não quero nem pensar.

– Tudo bem, então nos vemos na sua casa na hora do almoço. – disse ele e antes de eu protestar, ele colou nossos lábios. Me esqueci de respirar, esqueci ate o que eu queria dizer a ele e na hora eu nem liguei pra isso. Ele se afastou sorrindo enquanto eu lutava para fazer eu mesma voltar a respirar. Sai da escola rindo comigo mesma e segui direto pra FeitiçoTec.

Durante os treinos Jenk percebeu que eu estava diferente, mais feliz e me encheu o saco durante todas as aulas pra saber o motivo. Eu disse apenas que ele descobriria em breve, o que não é mentira, em um futuro próximo eu apresentarei o Edward pessoalmente ao Jenk.

Quando voltei para a escola para a corona de Jane não encontrei Edward em lugar nenhum, nem sei porque o procurei. Mesmo se eu o visse não poderia cumprimenta-lo, não com Jane por perto.

O caminho pra casa foi silencioso, ate o Félix estava quieto. Quando cheguei em casa fui direto para o meu quarto corri para a janela na esperança de encontra-lo. Lá fora além da arvore e a grama não tinha nada e nem um sinal do Edward em lugar nenhum.

– Edward? – chamei baixinho e me senti idiota fazendo isso.

– Estou aqui. – respondeu ele, mas a sua voz não veio lá de fora como eu esperava, ela veio de trás de mim. Me virei com o susto e o vi deitado em minha cama. Ele havia trocado de roupa, usava agora um jeans mais velho e uma camiseta de botão azul não muito escura.

– Como foi que você...? – falei gaguejando, não tem como ele ter entrado agora, eu o teria visto ou sentido, sei lá.

– Você entrou com tanta pressa que nem me viu. – ele disse rindo.

– Há quanto tempo esta aqui? – perguntei me aproximando.

– Algum tempo. – disse ele se sentando para me dar espaço. – Preciso de algumas respostas...

– Sim, não, talvez, não sei. “Para chegar do outro lado.” É o movimento do...

– Não foi isso que eu quis dizer. – disse ele emburrado, sorri.

– Eu sei, mas é engraçado quando você fica assim. – eu disse sapeca, ele balançou a cabeça rindo. – Contarei tudo o que você quiser, mas prefiro que não seja aqui.

– Conheço um ótimo lugar. – disse ele. – Mas primeiro, você precisa comer alguma coisa. – completou rindo quando ouviu minha barriga roncar.

Ele se levantou e foi em direção a porta.

– Não Edward! Eles vão ver você. – disse preocupada quando ele colocou a mão na maçaneta.

– Não se preocupe. Esqueceu que eu sou um vampiro? – ele disse rindo ainda mais e então se foi.

Levantei-me da cama e fui para o meu armário, pequei uma calça jeans velha e uma camiseta azul e fui para o banheiro para tomar um banho rápido, quando acabei de me trocar escovei os dentes e dei um jeito no meu cabelo. Quando sai ele já estava me esperando sentado em minha cama e com o meu café da manhã na sua mão. Sentei-me ao seu lado e comecei a comer as panquecas e tomei o suco que ele havia trago.

– Vamos? – perguntei quando havia acabado.

– Vamos. – ele respondeu e se levantou me puxando junto e fomos em direção a porta.

– Quer que eu te carregue para passarmos por eles?

– A ideia é muito atraente, mas acho melhor nós não nos arriscarmos. Venha, tenho uma ideia. – disse com a voz travessa e parei em frente a minha janela que fica a cinco metros do chão. – Vamos pular, assim não tem risco deles nos pegar.

– Você já fez isso antes? – perguntou olhando para o chão preocupado.

– Não, mas sempre tem uma primeira vez. – respondi e pulei antes que ele tivesse a chance de me impedir.

Senti a adrenalina correndo em meu sangue enquanto estava no ar e antes de chegar ao chão me transformei e aterrissei com um beque bem baixo.

– Você é doida? – disse ele aterrissando do meu lado. Em seu rosto vi sua preocupação, medo e um pouquinho de raiva por eu ter lhe dado um susto. Será que ele vai entender que eu estou rindo dele? pensei comigo mesma. Bem... vamos ver se ele entende.

Revirei meus olhos pra ele, balancei a cauda e abri a boca com minha língua caindo de lado.

– Haha, muito engraçado. – ele disse sério, mas pouco depois começou a rir.

É pelo jeito ele entendeu. Balancei a cabeça apontando para a floresta e agachei me preparando para correr.

– Tudo bem. Vamos! – disse ele e começou a correr.

Lancei-me pra frente começando minha corrida e acelerei ate ficar do seu lado. Parei quando chegamos a um rio. Ele parou também. Eu andei de um lado para o outro medindo a distância de uma margem a outra, uns cinco metros, talvez mais. Mesmo assim eu tenho certeza de que consigo pular. Parei e olhei para ele.

– Você consegue pular? – ele perguntou.

Acenei com a cabeça e dei vários passos pra trás. Concentrei-me e então comecei a correr, minhas patas bateram fortemente contra o chão aumentando minha velocidade cada vez mais. Alcancei à margem e dei o impulso que precisava, aterrissei facilmente na outra margem e o esperei para nós continuarmos. Ele pulou e deu uma cambalhota no ar antes de pousar graciosamente ao meu lado. Seu exibido, pensei e gruni pra ele. Edward começou a rir.

Ele sabe o que eu tento dizer a ele? Ele entende o que eu faço?

Ele voltou a correr e eu o acompanhei sem dificuldade. Pouco tempo depois avistei a velha cabana de madeira onde nos dois estávamos ontem. Eu entrei primeiro e quando estava lá dentro me virei pra ele. Quando ele entrou, eu me levantei sobre as minhas patas traseiras já me transformando de volta.

– Eu devia ter adivinhado que você me traria aqui novamente. – disse me sentando no chão.

– Aqui é isolado, só achei mais apropriado. – disse ele dando de ombros e se sentando ao meu lado.

– Então o que você quer saber sobre mim? – perguntei me virando pra ele.

– Me conte sobre os seus pais. – ele pediu.

– Não sei quase nada, eles morreram pouco depois que eu nasci. Acredito que o meu pai era um transfigurador, ele se chamava Michael e minha mãe era uma feiticeira, ela se chamava Selene. Existem vampiros que temem a mistura das espécies. Eles descobriram sobre mim e meus pais foram caçados e morreram tentando me proteger. Depois que meus pais se foram fui mandada pra casa de meus tutores. – eu lhe disse e enxuguei meu rosto, lembrar de meus pais sempre me fazia chorar.

– Você já sabia que era uma feiticeira? – ele perguntou passando seu braço pelos meus ombros.

– Não. Eu descobri há algum tempo. Jenk, meu professor e treinador, foi quem me contou. Ele conheceu minha mãe.

– E quais são seus dons? – perguntou curioso, eu ri.

– Sou uma mestiça, meio feiticeira e meio transfiguradora e a única pelo que eu sei. – disse ele assentiu rindo.

– Posso mover as coisas à longa distância... – disse levitando uma pá enferrujada que estava escorada em um canto da cabana na nossa frente. – E posso explodi-las. – falei fazendo a pá em pedaços. – Posso cegar ou deixar qualquer pessoa muda por quanto tempo eu quiser e tenho o dom de cura. Descobri a pouco tempo que tenho tipo um escudo que me protege de tudo, mas eu ainda não sei usá-lo direito. E sempre que eu uso qualquer poder ou me transformo meus olhos ficam azuis.

– E esse dom de cura? Como é que funciona exatamente?

– Quando eu estou machucada eu tipo desmaio, primeiro ele tira meus movimentos e a minha fala, meu coração e minha respiração ficam mais fracos, só quando eu me curo totalmente é que os meus sentidos voltam. O tempo que eu fico desacordada varia de acordo com meus ferimentos.

Ele assentiu perdido em pensamentos.

......continua......


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi gente.
Sei que ficou bastante confuso a passagem de tempo ate aki, mas daqui pra frente 99% dos caps serão no presente. EXETO os povs do Edward e de outros personagens que aparecerão mais pra frente, pois eles são uma pequena volta no tempo.
Espero que eu não tenho deixado as coisas muito confusas.
Mas, e então gostaram?
Deixem reviews please.
kiss ate a proxima
Obs: Proximo cap vai ter muita ação.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mestiça - a Uniao dos Mundos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.