The Last Time escrita por sankdeepinside


Capítulo 23
And look at how you lose your composure


Notas iniciais do capítulo

Olá´´aáá´´aá *escudo do capitão america na frente do corpo* Como vão voces??
Ai gente mil perdões pela demora pra vir postar o capitulo, mas foram uma serie de coisas q acabaram conspirando pra q eu atrasasse, não foi só desleixo meu, juro!
Ahm eu realmente espero que ninguém me odeie depois desse capitulo Ç_Ç
*AI VEI EU GANHEI UMA RECOMENDAÇÃO, AI ME ABRACEMMMMMM. Muito obrigada pra SunStorm(que aliás ela tem uma história de Linkin Park q eu acho que vcs deviam ir lá no perfil dela e ler) que escreveu coisas tã AWWW ali pra minha história, muito obrigada Wania, esse capitulo de hoje é um presente pra você (apesar de eu achar e ele tem problemas demais)
O capitulo ficou grande de um jeito q ha muito tempo n ficava xD Me desculpem por isso, mas encarem como uma comoensação pela minha demora
Ah ia me esquecendo de um detalhe, eu disse que a fanfic ia acabar nesse capitulo né?? então por favor ***************LEIAM AS NOTAS FINAIS***************
Boa leitura
Beeijos
Até lá embaixo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/157966/chapter/23

Aquele era seu limite, caiu de joelhos no solo úmido daquela floresta escura, olhou para o céu e lamentou por não ter nenhum estudo sobre trilhas ou coisas do tipo. Ouvira o som semelhante ao de uma buzina de algum caminhão alguns minutos atrás, desde então procurou seguir a direção daquele som, mas sem muito resultado além de alguns arranhões e o extremo cansaço.

Procurou se sentar um pouco e recuperar o fôlego, apoiou as costas no tronco de uma árvore qualquer e fechou os olhos. Tentou não pensar em Kevin e no estado em que ela o deixara, mas era impossível, sozinho ali ele poderia morrer depois de perder tanto sangue, agora ela estava a uma distância muito grande de onde ele estava, se ela tentasse voltar provavelmente se perderia antes mesmo de reencontrá-lo. Agora era tarde demais.

A jovem loira então apenas abraçou as pernas e desatou um choro inconsolável, repetia inúmeras vezes na própria mente que ela era uma assassina, assim que retornasse as pessoas já saberiam do que ela havia feito, Mike nunca mais a aceitaria, Chester a odiaria, era seu fim.

- Eu vou morrer! – Ela falou baixo para si mesma, em meio a um riso doloroso.

Anita se encolheu um pouco mais e fechou os olhos, acabou deixando que o cansaço a dominasse e logo caiu em um sono leve, sem saber ao certo quanto tempo permaneceu naquele estado.

- Anita! – A voz parecia um eco dentro de sua própria cabeça, a voz mais familiar do que a de qualquer outro, tão distante. Abriu os olhos e aquela altura já era muito nítida – ANITA!

Não era um eco, a voz realmente estava ali e era perfeitamente audível.

- CHESTER!!

Levou pouco mais de alguns segundos para que a imagem dele aparecesse em seu campo de visão, ele veio correndo e se jogou no chão para sustentá-la em um abraço desesperado. O que deveria fazê-la sorrir apenas a levou a um choro, que agora também saía por sua garganta em um misto de terror e alívio.

- Shhh, estou aqui, achei você – Por mais que ele quisesse acalmá-la sua própria voz saía trêmula. Depois de um abraço demorado ele se separou dela e a examinou – Está machucada? Alguma coisa dói?

- Não estou machucada, estou bem eu só...

Os lábios dele instintivamente colaram aos dela, ele sentia uma extrema necessidade de senti-la, mesmo que nunca mais ele o pudesse fazer. Assim que ele se afastou abraçou sua cintura e afundou a cabeça em seu colo.

- Te encontrei, te encontrei, tudo vai ficar bem agora – Ele repetia baixo quase que pra si mesmo – Anda, vamos sair logo daqui. Consegue andar?

- Mais ou menos, minhas pernas ainda estão muito fracas – Anita disse enquanto tentava se recuperar da surpresa de ter sido encontrada

Chester se levantou e passou o braço de Anita em torno de si para que servisse de apoio.

- Como me achou aqui?

- Drew veio até mim e disse que talvez conhecesse um possível lugar que Kevin a levaria e nós viemos, chegamos na casa e...

- Oh meu deus! – Ela escondeu a cabeça no peito dele envergonhada

- Calma está tudo bem

- Está tudo bem? Eu matei um homem Chester! Como isso pode ser bom?

- Você apenas se defendeu, ele era perigoso, se não fizesse nada ele te mataria, além do mais ele não está morto, pelo menos não ainda.

- O que?

- Ele estava muito mal, mas quando chegamos ele ainda estava vivo. Drew ficou com ele.

- Oh meu deus – Anita levou as mãos à boca.

- Não fique se preocupando Anita, nem nós ainda não estamos a salvo.

Anita não falou mais nada. Chester, no entanto, se sentia muito desconfortável com algumas coisas.

- O que pretende fazer quando voltar pra Los Angeles?

- Ahm, bom eu não sei, acho que vou voltar pro hospital

- Não estou falando disso – Chester interrompeu a caminhada e girou o corpo de Anita para que ficasse de frente para o seu – Vai mesmo ficar com o Mike?

- Por que está me perguntando isso?

- Por que... – ele mordeu o lábio inferior – Eu não quero que fique com ele

- Nós já conversamos sobre isso Chester, achei que tivesse entendido que eu e Mike...

- Eu sei, mas... eu não estou pronto pra te perder

- Eu também não estava quando você fugiu com a Samantha – A loira franziu o cenho mostrando que aquela não era uma conversa que ele deveria iniciar pois não daria em lugar algum.

Mas Chester insistiu

- Vai me culpar por isso pra sempre não é?

- Vou, assim como eu vou ser sempre a culpada por ter destruído sua família

- Você não destruiu minha família

- É claro que eu destruí Chaz!! Se sua família ainda estivesse bem todas aquelas crianças ainda teriam um pai presente.

- Eu nunca abandonei meus filhos! – Ele suspirou – Eu sei que nossas vidas já sofreram feridas muito profundas, mas... mas quando você sofreu aquele acidente passou tanta coisa pela minha mente, eu realmente achei que o Mike era o homem certo pra você, mas ele me disse coisas tão ruins que eu já não sei mais de nada

- Que coisas? – Chester fez careta

- Muitas coisas. Ele não é o cara certo pra você Ann

- Eu o amo, se você proibir não vai significar nada por que eu não vou deixar  de amá-lo. Eu devia ter dito isso pra você naquele dia que você se desentendeu com a Talinda, nós não fomos feitos pra ficar juntos!

Chester franziu o cenho, ouvir aquilo o desagradava, talvez por que ele estivesse com raiva de Mike e imaginá-lo com Anita o irritava. Anita não falou mais nada, estava certa de que Mike era com quem ela queria ficar, Chester não estragaria a única coisa que ela tinha certeza em sua vida.

Chester passeou os dedos pela cintura da prima que continuava a olhá-lo com reprovação

- Eu sinto sua falta

- Eu não pertenço mais a você, não acredito que está fazendo isso logo agora – O toque dele naquele instante se tornou mais agressivo, puxando-a com força para si e fazendo com que seus quadris fracos chocassem com os dele – Pare! – Ela o repreendeu

Os dois antebraços dele formavam uma grade em torno do corpo da garota, prendendo-a junto ao corpo dele, havia fúria nos olhos dela, malícia nos olhos dele.

- Não pode me parar

Os lábios dele fizeram uma pressão contra os dela, que mantinha os dentes cerrados para não ceder ao beijo, mas ele a conhecia bem demais pra se magoar com aquilo. Se aproveitou da condição de mais forte e jogou Anita com força contra o tronco de uma árvore, sem dar um segundo sequer de distanciamento, mantendo a garota grudada ao seu corpo. Ela começou a socar seu ombro com força para afastá-lo, mas apesar de estar doendo, ele não se moveu nem um centímetro.

Com uma das mãos ele elevou o maxilar de Anita e mordeu com força em seu pescoço, levou os dois braços de até acima de sua cabeça e os prendeu com uma das mãos, com a outra mão rapidamente subiu sua blusa, deixando o colo da garota livre. Os olhos de Chester faiscavam admirando o colo tão alvo da jovem loira. Beijou os lábios da garota com força novamente e apertou com força um dos seios, ainda por cima do sutiã. Anita soltou um gemido involuntário, por mais que aquilo lhe soasse repugnante, era impossível conter os reflexos do próprio corpo. Era aquele o sinal que Chester precisava.

Rapidamente arrancou seu sutiã, levando a boca quase que simultaneamente ao mamilos dela, sugou com força fazendo-a arfar e dar uma leve contorcida sob o corpo de Chester. Ele puxou o fecho do short dela com tanta força que o botão voou longe.

- Pelo amor de deus, não Chaz – ela falou com os olhos fechados, sua resistência não duraria mais do aquilo – Eu não quero toda aquela mágoa outra vez

Ele nem sequer ouviu seu apelo, empurrou a peça jeans para baixo e eles desceram sozinhos até as canelas de Anita. Ele a mantinha presa apenas pela pressão que seu próprio corpo fazia contra o dela, se ela forçasse um pouco talvez se desvencilhasse, mas não o fez, ela também queria.

O moreno deslizou a ponta dos dedos pela silhueta da loira fazendo com que os pelos do corpo dela se eriçassem, com um pouco de ansiedade ele arrancou a calcinha dela e levou os dedos à sua região intima que já estava mais do que úmida. A beijou na boca novamente enquanto massageava seu clitóris, fazendo a rebolar vagarosamente sobre sua mão. Ele já sentia a própria ereção querendo romper o zíper do jeans, foi então que as mãos dela foram de encontro àquele zíper, ela cedera ao desejo de sua própria carne. Ele abriu um riso malicioso e se sentiu livre para se distanciar um pouco e tirar a própria camisa, ela olhou para o corpo dele quase com devoção, as tatuagens adquiriram um brilho diferente, tudo no corpo dele parecia excitá-la.

Com as calças abaixadas Anita contemplou o volume que havia se formado na cueca de Chester, mordeu o lábio inferior como se aquilo fosse a porta para o inferno, tanto pecado, mas tanta tentação. Deslizou a mão pelo tórax tão bem conservado dele e suavemente levou a mão ao membro rijo de Chester, o apertou delicadamente e sentiu ele pulsar quente em sua mão, começou a move-la em suaves movimentos de ida e volta e logo pode ver Chester trincar os dentes na tentativa de conter um gemido. Anita desceu toda a boxer de Chester e deixou o pênis dele totalmente livre, sem esperar mais, ele ergueu uma das pernas dela, a segurando junto a sua cintura e a penetrou aos poucos, sentindo ela se contrair por inteiro a medida que ele entrava cada vez mais profundo dentro do seu corpo. Assim que ele a penetrou por completo beijou seu pescoço novamente e sussurrou:

- Não é a ele que você pertence, você é minha desde que nasceu.

Em seguida deu inicio às estocadas, começou lentamente e em seguida aumentou a velocidade, a um ponto que Anita já não conseguia nem sequer gritar, ergueu a outra perna e jogou a cabeça para trás enquanto ele agora estocava com força, saindo e entrando por completo. Ela chegou ao ápice e sentiu toda a sua força se esvair, ele atingiu o orgasmo logo em seguida e vagarosamente escorregou até o chão com ela nos braços.

Ambos ofegavam exaustos, Chester a aninhou em seu colo e afastou os fios loiros que grudavam na testa da garota.

- Eu te amo Ann, não vou suportar te perder pra ele.

A expressão de Anita era completamente vazia, tentava procurar dentro de si mesma algum lapso de sentimento no que havia acabado de acontecer, mas não havia nada. Sexo, apenas um sexo vazio que dali pra frente a perturbaria por um longo tempo.

- Eu não te amo mais.

- Pare de resistir Ann nós dois sentimos o que aconteceu aqui...

- Nada aconteceu aqui Chester

- Eu senti seus olhos me devorando, não adianta negar

- É apenas carne, não significa nada

Ela se levantou e caminhou melancolicamente até suas roupas, se vestiu e olhou para Chester, havia medo nos olhos dele, medo e dor.

- Vista-se também, quero encontrar a pista antes do anoitecer

- Eu não vou permitir que me deixe

- Eu já deixei – ela respirou pesadamente – Se você parar de resistir nós dois ainda podemos ser felizes Chester

Ele já se vestia novamente

- Eu só vou ser feliz se eu estiver com você

Anita sorriu com um leve tom de deboche

- Chester nós somo o puro caos, em nenhuma das chances que tivemos houve uma real perspectiva de felicidade. Juntos nós entramos em auto-destruição. Eu demorei muito pra perceber isso, passei mais de dez anos sem nem me dar conta, mas agora tudo é tão claro – Ela cruzou os braços de modo que abraçasse o próprio corpo – Isso não vai acontecer outra vez, eu prometo, não só pra você como pra mim mesma. Eu não sou uma boneca que você pode brincar Chester, pelo menos não sou mais. Pode fazer o que quiser comigo, mas meu coração sempre vai implorar pelo Mike.

Ele terminou de se vestir e não pronunciou mais nenhuma palavra, fez menção de entrelaçar o braço dela em seu ombro novamente para ajudá-la a caminhar, mas ela permanecia de braços cruzados, sem nem sequer deixar que ele a tocasse.

Quase uma hora de caminhada e enfim avistaram a estrada, ambos respiraram aliviados. Anita se sentou no acostamento ainda calada e aguardou Chester fazer uma ligação para a polícia, o celular agora já tinha algum sinal.

- Estão vindo – ele sentou ao lado dela, mas ela ainda permanecia inerte – Vamos lá, ao menos abra um sorriso, estamos a salvo!

- Seu celular tem sinal?

- Tem, por que?

- Será que pode me emprestar?

**

O moreno olhava para o nada enquanto o médico o examinava antes de confirmar se ele receberia alta naquele dia.

- Acho que já pode ir Sr. Shinoda, talvez tivesse saído antes se não fosse por aquele pequeno incidente no estacionamento

Mike esboçou um sorriso amarelo e com auxilio da enfermeira vestiu a camiseta.

- Tem alguém esperando para levá-lo em casa? – a enfermeira perguntou

- Na verdade não, eu achei que talvez pudesse dirigir

- Claro que não! O movimento do volante pode abrir os pontos! Aconselho ligar para algum de seus amigos, quer que eu chame o Sr. Bennington?

- NÃO! – Ele falou ríspido, logo em seguida percebeu o espanto dos médicos – O Sr. Bennington ta muito ocupado agora, pode deixar que eu mesmo ligo pra alguém.

O médico assentiu e logo em seguida saiu do quarto acompanhado da enfermeira. Mike suspirou e cuidadosamente se levantou da cama, puxou o celular e ligou para Rob. Pegou a sacola de papelão que continha seus pertences e vagarosamente saiu caminhando do quarto, entrou no elevador e aguardou Rob na entrada do hospital. Levaram cerca de 15 minutos para que ele chegasse.

- Hey man! Até que enfim vai voltar pra casa!

- É, pelo menos lá eu posso comer algo com um pouco de gordura trans

Os dois riram de leve, Rob olhou de relance para o amigo e notou que ele agia quase que mecanicamente

- Algum problema Spike?

Mike suspirou e deixou os ombros caírem

- Anita ainda está desaparecida e... – ele suspirou – eu tive uma briga feia com o Chaz

- Com o Chaz?? – Rob falou surpreso – Por que??

- Acho que nós acumulamos muitos assuntos inacabados e tudo explodiu de uma vez como um vulcão em chamas

- Nossa Mike, eu acho que nunca vi vocês brigando desse jeito

- Nunca viu por que nós nunca brigamos desse jeito, e o pior é que eu me sinto enfurecido demais para pensar em me reconciliar

- Uau, isso é estranho, nunca vi vocês dois realmente com raiva um do outro

- Eu sei, é horrível, eu me sinto péssimo, mas ao mesmo tempo sinto que quero arrancar o pescoço dele – Mike suspirou, talvez não fosse muito bom falar sobre aquilo, estava trazendo a raiva à tona outra vez – E você Rob, o que tem feito? – Mike desconversou

- Eu sei lá Mike, dei um tempo na bateria pra por a cabeça em ordem, Kady terminou comigo e eu... – Rob fez uma pausa pra estacionar o carro, ou talvez por que estivesse com vergonha de admitir – eu não queria que isso tivesse acontecido

- Eu sinto muito por isso – Mike tentou fingir que estava ao menos um pouco preocupado, mas seus problemas já o tiravam do sério demais.

- Está entregue, quer que eu suba com você?

- Não precisa Rob – Mike levou a mão ao trinco da porta, mas antes de sair olhou para Rob, ele parecia um pouco mais magro e um tanto abatido – Rob você está bem?

- Não tanto quanto eu gostaria de estar

- Vá falar com ela, acho que é o melhor que pode fazer

- Obrigada, estou torcendo pra que Anita reapareça sã e salva

- Eu também.

Mike bateu a porta do carro de Rob e depois subiu para o próprio apartamento. Nada podia se comparar à sensação de chegar em casa depois de tanto tempo fora, com um pouco de dificuldade tirou os tênis, já que se inclinar era uma atividade um pouco dolorosa e caiu de braços abertos na cama, fechou e aspirou o aroma da casa, havia muito dele próprio ali e aquilo o confortava. Naquele instante o telefone tocou, o puxou do bolso e franziu o cenho, era o número de Chester, pensou em recusá-lo, mas não o fez.

- Hey – ele disse um pouco seco

- Mike?? – A voz que saiu era uma voz que Mike conhecia bem, ao ouvi-la sentiu um calor imenso tomar seu corpo e um riso bobo de alívio enraizou em seu rosto.

- Ann?! Ah graças a deus! Chester te encontrou então? Como está? Está ferida?

A voz dela saia um pouco arrastada, ele não sabia exatamente por que

- Chester acabou de ligar pra policia, quando eu voltar respondo todas essas perguntas – ela deu um suspiro longo – Eu só queria ouvir sua voz e... dizer que eu te amo Mike

- Eu também te amo minha flor

- Estou voltando pra você

- E é só disso que eu preciso

**

Ele parou o carro mais uma vez, tirou o cinto de segurança e de debruçou sobre o volante respirou algumas vezes e pensou no que diria, ele não fazia a menor noção do que dizer a ela, só sabia que não queria perdê-la. Robert ergueu a cabeça e olhou o próprio reflexo no retrovisor, o cabelo castanho estava um pouco desgrenhado e tentou assentá-lo passando a mão por ele e o levando para trás, estava grande, roçando levemente nos ombros, talvez já fosse hora de cortar o cabelo.

Desceu do carro e subiu até o andar da morena, apertou uma única vez na campainha, poucos instantes depois a porta se abriu.

- Rob! – Ela realmente estava surpresa em vê-lo ali – O que veio fazer aqui

- Vim conversar com você

O barulho de algo sendo derrubado vindo de lá de dentro surpreendeu Rob

- Tem alguém ali dentro?

- Desculpa Cláudia! – A voz também veio lá de dentro

- Tem – ela veio para fora do apartamento e fechou a porta atrás de si – Pode falar

- Tem um cara com você? – Rob esquecera por um instante o motivo de estar ali

- Talvez

Os olhos dele se abriram perplexos

- Eu pensei que gostasse de mim

- Eu não gosto de você Robert, eu te amo. É diferente.

- Então por que...

- É um amigo que veio me fazer companhia – ela olhou bem nos olhos dele – Esquece isso e diz o que tem pra me dizer

- Eu quero reatar

- Tem certeza?

- Eu andei pensando e... eu estou totalmente perdido sem você. Eu sei que você espera minha atenção, e eu concordo que isso é realmente algo que eu deva consertar, mas eu não quero ter que fazer isso sozinho, aliás eu já tentei fazer isso sozinho e não funciona.

- Isso é de verdade? – Um sorriso bobo se abriu no rosto dela

- Kady me desculpe, acho que quebrei sua lava louças – Uma cabeleira castanha abriu a porta e surgiu no corredor, rosto sorridente, olhos iluminados, corpo magro e leve, alguém mais do que familiar para Rob

- Brad? O que está fazendo aqui?

Ele e Kady se entreolharam por um breve instante

- Vim ver como ela estava depois do seqüestro da Ann

- Ah claro, alguém tinha que cumprir essa tarefa – Rob desviou o rosto impaciente, não queria demonstrar sua decepção ao saber que outro estava cuidando de Kady, enquanto essa devia ser a sua tarefa, e ele falhara.

- Rob não tem nada demais entre nós dois, ele só veio dar um apoio

- Eu sou casado Rob! Eu amo a minha mulher, só vim ser solidário – Brad falou

Mas Rob apenas deu as costas, mas antes de sair ainda falou

- Chester também amava Talinda antes de abandoná-la por outra – ele suspirou – Falo com vocês depois

O mais alto saiu caminhando rápido e ao entrar no carro jogou a cabeça para trás, o suor fez com que o cabelo comprido grudasse em seu pescoço.

- Eu não quero o pesadelo do Chester pra mim – ele sussurrou para si mesmo – Mas acho que gosto dela

Logo em seguida deu a partida no carro e saiu dali o mais rápido que pode

**

Já era tarde quando enfim chegaram, a noticia já havia se espalhado e uma comitiva de jornalistas já estava posicionada na estrada do hospital. O policial jogou a jaqueta sobre os ombros de Anita para protegê-la do frio, passou um dos braços em torno de seu corpo e a levou às pressas para dentro do hospital. Chester veio logo atrás ao lado de outro policial, que tentou afastá-lo da multidão de repórteres da melhor maneira que pode, mas não algo muito fácil.

Assim que Anita entrou no saguão do hospital Kady já correu e a abraçou com força

- Oh meu deus Ann! Eu fiquei tão preocupada! Está machucada

Ela apertou a amiga no abraço

- Eu estou bem – se separou dela e a olhou, Kady estava muito abatida, mais do que o normal – O que aconteceu com você?

- Falo depois – ela respondeu em voz baixa

Anita levantou o rosto e viu um asiático caminhando o mais rápido que podia até ela, ela também caminhou em direção a ele e os dois se uniram em um abraço desesperado. Ela tocou o rosto dele com as duas mãos o puxou para si, beijando seus lábios com avidez, ele a abraçou ainda mais, deixando seus corpos tão próximos que chegava a machucar os pontos no peito. As mãos dele se emaranharam nos fios longos do cabelo dela, se separaram do beijo, mas permaneceram com as testas coladas, apenas inalando um a respiração do outro.

- Está a salvo meu amor, daqui pra frente tudo vai ficar bem

Anita abriu os olhos e passou os dedos de leve pela maçã do rosto dele, acariciando a barba grossa e contornando com os dedos os lábios dele.

- Você está de pé!

- E você também – ele a abraçou novamente e falou com o rosto junto à sua pele – Sobrevivemos

- É, dá pra acreditar?

- Não – os dois riram baixo – Você tem que entrar, os médicos vão cuidar de você

Ele puxou o rosto dele para outro beijo, agora um pouco menos urgente, e em seguida foi levada para fazer exames.

Chester estava no balcão da recepção apenas observando a cena a distancia, na verdade os olhava com tanta raiva que achava que a qualquer instante perfuraria os dois apenas com o olhar. Anita foi levada para ser examinada e Mike veio até ele, o ar imponente ainda não havia abandonado seu olhar.

- Obrigada – Mike estendeu a mão, a expressão não se dissolvera nem um milímetro

- Não me agradeça – Chester olhava para um papel sobre o balcão, evitando encarar Mike

- Você a salvou, merece o mérito.

Um riso amargo se abriu no rosto de Chester

- Por que isso vindo da sua boca me parece tão falso?

- Não é falso, eu realmente estou agradecido por ter se arriscado para encontrá-la

- Não vai me pedir desculpas?

- Pedir desculpas?

- É, normalmente pede desculpas depois de gritar daquele jeito com o melhor amigo

- Eu até pediria desculpas se eu não estivesse com a razão ali.

- Razão? Então você realmente acha que eu tenho um coração de pedra, provavelmente também acha que eu quero que você se foda! O que aconteceu com você pra do nada me odiar tanto?

Mike arfou impaciente

- Eu não te odeio, eu só, não quero você rondando a Anita, ela ainda é sua prima, mas isso não significa que pode agir como se ela também fosse sua mulher.

Chester olhou para Mike com um riso debochado no rosto

- Mas ela é minha mulher, você pode até dizer que não, mas é só eu sussurrar no ouvido dela e cai de quatro e vem engatinhando pra mim, por que você não conhece nem a metade do que tem dentro dele, EU conheço.

Mike deu um empurrão em Chester

- Cala a boca! – Apontou o dedo para ele – Não fale dela assim!

Chester gargalhou, uma gargalhada dolorosa e debochada

- Você não a conhece – ele continuou rindo – Você sabe que não conhece

A fúria acumulada da discussão anterior e aquelas palavras amargas de Chester foram mais do que o suficiente para tirar Michael do sério, impulsivamente ele acertou o maxilar de Chester com o punho fechado, fazendo com que algumas gotas de sangue voassem de sua boca. Chester cambaleou um pouco para o lado, mas rapidamente se reequilibrou e com muita força acertou o estomago de Mike.

O asiático caiu de joelhos no chão, o abdome ainda estava muito sensível para levar uma pancada daquelas, Chester nem titubeou em acertar o machucado do amigo, o rosto de Mike se contorcia de dor e uma leve mancha de sangue surgiu na camisa quadriculada.

Ao ver o amigo sentindo tanta dor um lapso de lucidez veio a mente de Chester

- Meu deus Mike me desculpe eu não.. droga!! – ele se aproximou de Mike para levantá-lo

- Não to que em mim

- Mas Mike...

- Não! Eu não sei mais quem você é – Mike se levantou com dificuldade e deu as costas para ir atrás de algum profissional para ver o que acontecera na sua ferida, mas antes de ir ainda falou baixo – Só sei que você não é meu amigo, o Chester que eu conhecia não parecia nem um pouco com você. Você é totalmente estranho pra mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai gente saiu o clipe de Burn It Down *u* e pra melhorar ainda saiu Lies Greed Misery *uuu* essa música ficou a cara da minha Wretches and Kings *uuuuu*
Mas n era sobre isso q eu pedi pra vcs virem ler aqui....
Eu só queria avisar que ... ESSE NÃO É O ULTIMO CAPITULO
Não me matem por isso por favor kkkk eu comecei a escrever ele como se fosse o ultimo, mas eu acabei tendo 598732957230 novas ideias e simplesmente fiquei com pena de acabar a história sem explorar mais algumas coisas. Então é isso
*******A FANFIC NÃO ACABOU*********
Vejo vocês no próximo capitulo???