POV Nico

 Eu estava feliz pela Taylor estar bem. Principalmente pelo ataque discreto de ciúmes que ela teve da Thalia. A intenção não era causar ciúmes, por que Thalia é uma caçadora e minha prima, mas se a Taylor sentiu ciúmes quer dizer que ela pode sentir alguma coisa por mim.

 Fomos até a mesa e pegamos comida. Eu peguei quase tudo que tinha na mesa, e Taylor pegou apenas uma maça. Sentamos em no chão, em uma roda, onde todos estavam sentados e começamos a comer.

 Estava muito calor, Taylor estava usando minha blusa, o que eu achei estranho. Eu não disse nada, mas deu para perceber que ela não queria que ninguém visse os machucados dela.

-Como você se sente? – Jess perguntou.

-Bem melhor – Taylor disse. – Aquela deusa vai querer vingança do que houve.

-Ela já não deu a vingança? – Percy disse. – Ela te torturou.

-Mas ela ainda não sabe o que aconteceu como o arco foi parar comigo, e nós fugimos, ela vai vir atrás de mim.

-Eu não vou deixar – eu disse – aquela deusa não vai tocar em você de novo.

Taylor deu um sorriso no canto da boca.

-Mas o que eu quero entender – Annabeth disse – é como o arco veio parar com a gente.

-Eu não sei – disse Taylor – tem certeza que foi Apolo?

-Provavelmente, mas por que ele quis te dar um arco da deusa? De alguma forma ele queria que a Taylor fosse torturada – Annie disse.

-Talvez não tenha sido Apolo, talvez essa pessoa queira que nós achemos que seja Apolo. – eu disse.

-Temos que continuar a missão. – Annie disse.

-Como vamos? – perguntei.

-Eu já dei um jeito nisso – Percy disse – Alguns pegasus vão vir nos buscar.

Percebi que as caçadoras já estavam desmontando as barracas.

-Vamos nos preparar – Annie disse.

Todos levantaram e foram arrumar suas coisas. Por termos chegado depois, eu e Taylor ficamos sentados, terminando de comer.

-Taylor – eu disse – por que você gritou meu nome.

A expressão dela ficou seria, como se ela estivesse se lembrando do que aconteceu.

-Foi o primeiro nome que me veio na cabeça.

-Se você gritou meu nome, você queria ajuda. Então, por que você não me deixou trocar de lugar com você?

-Seria covardia. Deixar um amigo sofrendo, só para não sentir mais dor.

-Você não estava mais agüentando. Eu sentia isso.

-Eu não queria que você sofresse, fosse torturado.

-Taylor – eu coloquei minha mão em seu queixo a obrigando a olhar para mim. – Ver você sofrendo foi a pior tortura que eu já senti. Eu preferia ficar no seu lugar a ver você daquele jeito.

Ela me olhava bem no fundo dos olhos. Ficamos em silencio, só nos olhando. Ela parecia raciocinar o que eu tinha acabado de dizer.

-Taylor? – uma voz disse.

Ela parou de olhar para mim e olhou para cima. Era Thalia.

-Posso conversar com você? – ela disse.

-Claro!

Taylor se levantou e eu fui arrumar minhas coisas.

POV Taylor

 Thalia me levou para uma barraca. Lá dentro não tinha nada.

-Taylor, você já ouviu falar das caçadoras?

-Não. – eu disse.

-É um grupo de meninas que se juntam e ficam caçando monstros ao lado de Ártemis, que não esta no momento com nós, pois ela é uma das deusas que sumiu, mas isso não impede que continuemos a caçar. As caçadoras têm que jurar virgindade e em troca viram imortais.

-Legal...

-Você é uma excelente lutadora, daria uma ótima caçadora. O que você acha?

-O que?

-Quer se juntar a caçada?

-Eu preciso continuar a missão...

-Eu sei disso. Precisa encontrar Demeter e Ártemis, eu dou toda a força para que a encontre. Mas, precisamos de você na caçada. Quando achar Ártemis, eu espero que as ache, nos encontraremos e assim você poderá me responder.

-Então eu posso pensar até encontrar as deusas?

-Sim, ao terminar a missão você terá que ter sua resposta.

-Eu posso contar para alguém?

-Para quem quiser, mas não ouça o que os outros dizem e sim o seu coração.

-Obrigada.

Ela sorriu.

Saímos da barraca e eu encontrei Nico no esperando.

-O que ela perguntou para você? – ele disse – Você aceitou? Não faça isso comigo Tay, você é muito importante para mim. – ele parecia desesperado.

-Calma! – eu disse – Eu não aceitei nada! Do que você esta falando?

Ele pareceu confuso.

-Sobre o que vocês conversaram?

-Nada de mais, depois de conto.

-Tudo bem, vamos?

-Sim!

Nico preocupado comigo era a coisa mais fofa do mundo, e ele ainda admitiu que eu sou muito importante! Que fofo!