POV Nico

 Eu estava gostando da idéia de tudo que seria realizado em duplas seria eu e Taylor. Mas ficar na mesma barraca é exagero! Não pensem em besteiras sobre essa barraca. Tenho 14 anos! Mas seria uma boa poder observar Taylor dormindo ou ficarmos conversando.

 Eu, Connor e Percy montamos as três barracas enquanto as meninas montavam a fogueira, mesmo a Jess fazendo quase todo o trabalho, qual é, a mãe dela é Héstia!

 Sentamos em volta da fogueira. Annabeth estava encostada em Percy. Jess ficava controlando o fogo, o fazendo ficar uma hora forte e hora fraco, e impedir ele de apagar, Connor estava ao lado dela sorrindo sozinho. Taylor estava sentada no outro lado de Jess e eu fiquei sozinho do outro lado da fogueira.

 Estava um silencio constrangedor, ninguém sabia o que falar. Finalmente Annabeth cortou esse silencio.

-Acho que deveríamos partir logo de manha, a pé, até acharmos um meio de chegarmos até a Carolina do Sul. Temos que descansar bastante vamos andar muito amanha! E eu estava pensando sobre a profecia...

-Chega! – Taylor gritou. Eu não estava entendendo nada... Todos olharam para Taylor assustados, querendo saber o que aconteceu.

-O que? – Annabeth perguntou.

-Vocês não entendem? – ela disse brava – A profecia já diz tudo! Tudo! Alguém vai se perder! Uma luta vai acontecer!

-Taylor – Percy disse – às vezes as profecias enganam...

-Enganam? Onde pode estar o engano na frase “Mas para salvar o amor, ela se sacrificara?” Onde Percy? Me diz!

Eu já tinha entendido. Taylor estava com medo do final da profecia, que se direcionava a ela.

Taylor começou a chorar. Todos ficaram quietos.

-Vocês sabem o que vai acontecer. Eu não sei se vamos conseguir achar as deusas, mas eu vou morrer no final, vocês sabem!

-Taylor... – Jess disse, mas logo parou.

Taylor chorava cada vez mais.

-Eu não quero continuar essa missão sabendo que eu vou morrer. Mas eu vou continuar para salvar essas deusas, mesmo me sacrificando, eu não sei quem é esse amor. Quero que vocês me acompanhem essa missão, passar esses últimos momentos ao meu lado. Não adianta tentar impedir essa profecia...

Ela saiu correndo para a barraca dela chorando.

O silencio voltou na fogueira.

-Ela não pode ficar assim – Annabeth disse – eu vou falar com ela.

-Não! – Jess disse – Eu sou a melhor amiga dela, eu vou.

-Não – eu disse – eu vou.

Me levantei e fui em direção a barraca.

-Posso entrar? – eu disse.

-Claro.

Eu entrei na barraca, ela era bem grandinha... Tinha dois sacos de dormir, e Taylor estava sentada em um. Ela estava com a cabeça apoiada dos joelhos e seus olhos estavam inchados, mas ela já havia parado de chorar.

 Sentei-me ao seu lado e coloquei o cabelo dela atrás de sua orelha para poder vê-la melhor.

-Não é assim que eu gosto de te ver... – eu disse. – Eu gosto da minha amiga Taylor que esta sempre sorrindo, a Taylor que me ajuda, a Taylor que não pensa no futuro, a minha Taylor...

Ela sorriu triste.

-É assim que tenque ser – eu disse.

Ela me olhou, seria de novo.

-Você acha que eu vou morrer?

-Não devemos acreditar muito nas profecias, talvez isso indique outra coisa...

-Responde!

-Não. Porque eu confio em você. Eu acredito em você. Sei que você vai lutar até o final, e que nada disso vai acontecer.

-Mas o que a profecia quer dizer então?

-Eu não sei.

-E quem é esse amor?

-Eu não sei. Pode ser sua mãe, a Jess ou até alguém especial.

-Especial a ponto de eu me sacrificar?

-Sim. Você é incrível Taylor, eu sei que consegue.

Ela encostou a cabeça em meu ombro.

-É isso que eu gosto em você – ela disse – você sempre vai estar ao meu lado, me apoiando, nunca vai me abandonar.

-Nunca.

Ela me olhou e eu a olhei, nossos olhares se encontraram. Eu lembrei do que tinha acontecido no trem. O que ela sentia por mim? Eu poderia ser esse amor da profecia? Eu comecei a chegar mais perto dela, eu sei que eu não podia, tinha que evitar que isso acontecesse até a missão acabar, mas eu não conseguia...

Nossos rostos estavam em uma pequena distancia. Mas ai ela percebeu o que estava fazendo e desviou, voltando a deitar a cabeça no meu ombro, como se nada tivesse acontecido.

Era a terceira vez que isso acontecia, até quando?

-É melhor você ir dormir – eu disse.

-Boa noite.

-Boa noite – eu disse.

 Ela deitou no saco de dormir dela e fechou os olhos, logo ela já estava dormindo. Eu deitei em meu saco de dormir e fiquei observando ela dormir. A imagem era linda, ficaria assim até cansar, e foi o que aconteceu. Eu estava tão cansado que acabei dormindo.

 Em meu sonho eu estava no mundo inferior. Eu reconheceria aquele lugar de longe. Meu pai estava sentado em seu trono e me olhava.

-Oi pai – eu disse.

-Olá filho. Precisava conversar com você.

-E precisava ser em um sonho?

-Sim.

-O que você quer?

-Quero que você fique longe da filha de Nyx.

-O que?

-Filho, pela a mãe dela ser Nyx você são muito parecidos, mas não é por isso que você tenque se aproximar muito dela.

-Qual é o problema?

-Vocês quase se beijaram três vezes. Demeter esta ficando maluca!

-Eu não me controlo! Como assim maluca?

-Ela adora a Taylor, e começa a falar em fazer um quarto para a menina aqui no mundo inferior.

-Não é uma má idéia...

-O que eu quero dizer é que não quero vocês namorando.

-Não vai acontecer, pai. Acredite.

-Como você tem tanta certeza?

-Como você disse foi um “Quase” beijo, nesse último ela separou.

-Acredite, ela não quis separar só esta com medo de você ser o amor dela.

-Eu sou?

-Eu não sei, não prevejo o futuro, mas prevejo mortes, então se você quer o bem dela, não mostre seus sentimentos, eu estou avisando.

-Eu não entendo.

-Logo você entendera. Adeus filho.

 Eu acordei. Já estava de dia e Taylor não estava em seu saco de dormir. Fiquei pensando sobre o sonho. E se eu fosse o amor de Taylor da profecia?