O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 39
Roy e Riza sozinhos no Chalé


Notas iniciais do capítulo

Episódio +18. Atenção: Reeditei inteiro o capítulo "Grande Noite - Parte 2", quem tiver interesse em reler a primeira vez de Edward e Winry com um texto melhor escrito, pode ir lá conferir. Digam-me depois o que acharam!



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Heinkel e Edward esperaram a hora certa para atacar. Sabiam que teriam pouco tempo. Assim que Envy saiu do cubículo, ainda rindo de Lust, eles começaram a traçar o plano. 

Envy caminhou por algum tempo até chegar a parte central do esconderijo, embaixo da Central. Tudo era distante, afinal eles estavam organizando um grande círculo de transmutação e o uso de alquimia naquelas proporções necessitavam de um grande fluxo de energia e estrutura. Estrutura essa que só tinha no Comando Central. 

Envy - Gluttony, está sozinho? - Estacou os pés no chão ao encontrar aquele homem gigante sozinho, comendo sem parar, parecia triste. 

Gluttony - Lust sumiu. 

Envy deu uma gargalhada cínica e maliciosa. 

Envy - É claro que ela sumiu, estava dando para aquele alquimista do aço. - Voltou a andar até a mesa de madeira, próximo ao Gluttony. 

Gluttony só o olhou, sem entender. 

Envy - Fico me perguntando… - Colocou a mão na cintura. - o que aquelas mulheres veem nesse verme? 

Sloth chegou, sorrateira, atrás do garoto. 

Sloth - Talvez seu bom coração. - Com um sorriso terno nos olhos. 

Envy - Com tudo aquilo que ele tem no meio das pernas tenho certeza que não é bom coração, Sloth. - Deu de ombros. 

Sloth aproximou as sobrancelhas, levemente irritada com o linguajar inapropriado do garoto.

Sloth - Você pode não usar essas palavras perto da gente, por favor, Envy? 

Envy - Dane-se. - Saiu rapidamente, sem esperar resposta. 

Sloth arfou, fitando Gluttony comer desesperadamente sobre a mesa. 

Sloth - Aonde será que Lust se enfiou?

—---

Ed- Entendeu o meu plano, está dentro? 

Heinkel - Eu temo por você, do aço. Tem certeza que consegue encarar isso? 

Ed - Eu não tenho certeza até tentar. - Um pequeno suor escorreu por seu rosto. Sua feição também era preocupada. 

Heinkel - Tem mais motivos contra eles do que o fato de abrirem o portal? - O loiro não respondeu, arrumando suas roupas.

Heinkel - Sei que está nervoso porque eles querem pegar seu filho, Edward, mas… - Pausou a fala, tentando pensar como proferir aquelas palavras sem despertar a ira no homem. - vejo ódio em seus olhos. Um ódio perigoso, garoto. 

Ed arfou, com um leve sorriso cínico. 

Ed - Não se preocupe, não pretendo me igualar a eles. - Um silêncio pairou no ar. - Meu modo de fazer as coisas é um pouco diferente.

Heinkel - Vou confiar em você. - Silenciou e voltou a falar. - Mas preciso entender o que aconteceu com a homunculus? 

Ed - Só vou lhe explicar uma vez, não quero mais tocar nesse assunto. - Soltou as palavras com certo nojo. Claramente o assunto não lhe era agradável. 

O alquimista se afastou de perto da porta, em que estava agachado e se sentou no banco. 

Ed - Tentei fazer um acordo com ela, já tinha ouvido da boca de Mustang que a mulher era a mais amistosa dos homunculus. Na verdade, ela tinha a intenção de voltar a ser humana para morrer. - Respirou calmamente, esticando a perna. - Mas ela levou o meu acordo para um lado, digamos, libidinoso. - Pigarreou. 

Heinkel - Então vocês… - Fez um olhar de surpresa para o loiro. 

Ed - Não deixei chegar a esse ponto, matei ela antes.

Heinkel - Como? 

Ed - Arrancando a pedra de seu corpo quando ela estava vulnerável. 

Heinkel - Vulnerável você quer dizer… - Ele queria concluir com “de quatro por você”, literalmente, mas foi interrompido pelo alquimista. 

Ed - Isso já não importa mais. Consegui eliminar um homunculus. - Fechou o cenho, compenetrado. - Agora me restam seis. 

Heinkel - Uma difícil façanha. - Olhou para o pingo que insistia em cair do teto. Seu olhar era desesperançoso. 

Ed - Difícil, mas não impossível. Confie em mim, Heinkel. Sair daqui nós vamos, sem dúvidas. 

—--

[A caminho da Central]

Os primeiros feixes de luz adentraram o carro, fazendo Winry acordar, em um susto. 

Seus olhos percorreram o ambiente em busca do bebê, que dormia aconchegado em seu colo. Ele realmente era muito quietinho. Deu-lhe um breve beijo. 

Winry - Meu deus, tudo aconteceu tão rápido, que mal pude pensar direito sobre nada… - Falou para si mesma, pensando sobre seu filho, sobre seu corpo, sobre ser mãe.

Breda - Tudo bem por aí? - Olhou de soslaio a garota, ainda com as mãos no volante. 

Winry - Tudo. Dormi muito tempo? Onde estamos? 

Breda - Duas horas se passou. Não se preocupe, senhorita Winry. Está tudo sob controle. Estamos chegando no endereço que Havoc nos enviou. 

A garota olhou pelo lado de fora da janela, buscando descobrir onde estava. Era a Cidade Central, onde tudo deveria acontecer se eles não agissem com rapidez. Pensou se tomou a decisão correta em confiar nos cães do exército. A cidade, assim como Rush Valley, estava parcialmente destruída, a não ser na região que habitava o exército. Região para onde eles se direcionavam. 

“Será que não foi um plano ousado demais? Ficar debaixo do nariz dos homunculus?”, pensou a garota, tensa em pisar no território inimigo. 

Breda - Não fique muito exposta, estão cheios de guardas na Central. 

Winry assentiu, sabendo que viveria a se esconder se quisesse sobreviver, ela e seu filho. Talvez fugir de Amestris seria a única saída.

Alguns minutos depois, viu-se em uma rua estreita e de difícil acesso. Sentiu que conhecia aquele lugar de algum outro momento.

Breda - Aqui é difícil de encontrar, fique tranquila. Esse caminho são poucos que conhecem. 

Logo o carro estacionou, fazendo Pinako e Marcoh acordarem. Breda saiu do veículo, batendo na porta de entrada da casa de uma forma um tanto peculiar. Seria um código entre eles, talvez? Após mais algumas batidas, Sheska abriu a porta, em um sorriso tenro e preocupado. 

“Sheska!”, uma súbita sensação de território conhecido fez a protética relaxar. Sabia que nela poderia confiar. Viu-a conversando com Breda de forma controlada e silenciosa. Sentiu um aperto no peito por envolver mais pessoas em seu plano. Estaria sendo egoísta? Talvez Sheska sairia viva disso tudo se não resolvesse cooperar com eles. 

A loira fez menção para sair do carro, mas seu corpo se enrijeceu quando lembrou que Sheska mal sabia que ela havia ficado grávida, quanto mais aparecer com um bebê, recém nascido, correndo perigo e filho de Edward. Um leve rubor atingiu sua face, ela teria muito a explicar. Lembrou da carta que havia lhe enviado, mas que nada revelava de importante, apenas um pedido que fosse até Rush Valley. Este outro pensamento a levou até Paninya. Havia pedido à moça para levar a carta para Sheska na Central. 

“Meu deus, será que ela conseguiu escapar a tempo? Ou ela caiu no meio dessa guerra por minha culpa?”, passou umas das mãos na têmpora, em um remorso arrebatador. 

“Tudo bem, Winry. Não tem mais nada que você possa fazer a não ser se proteger com seu filho. Remorso eu sinto depois.”, falou para si mesma, tentando se convencer do que fazer.

Respirou fundo, não tinha tempo para se sentir acanhada com o julgamentos dos outros. A partir do momento em que aceitou participar do plano ardiloso de Dante, sabia que tudo estaria perdido, inclusive sua moral.

“Se cheguei até aqui, o que mais me resta?”, pensou a garota, determinada. 

Sheska arregalou os olhos e parou de falar, colando uma das mãos nos lábios assim que viu a protética sair do carro. Então esse era o favor que Havoc lhe pediu? Winry com um bebê? E o bebê era de quem? Muitos pensamentos atingiram a militar, mas se controlou para não assustar ninguém com seu semblante inquisitivo. 

Sheska - Winry, quanto tempo e quantas coisas temos para colocar em dia! - Abraçou-lhe, cuidadosamente, afagando o bebê em suas mãos. 

Winry - Não sabe o quanto senti sua falta. - Falou com a voz embargada. 

A militar aproximou-se, vendo o lindo bebê de olhos esverdeados fitá-la, assustado.

Sheska - Qual o nome desse bebê lindo? 

Winry - Maes Rockbell. - Sheska lhe olhou tocada, em um misto de tristeza e alegria. Ela era secretária de Maes Hughes quando ele foi assassinado. Sabia que aquela era uma homenagem justa. 

Pinako - Maes Rockbell Elric. - Saiu a senhora do veículo, com dificuldade. 

Sheska segurou o sorriso, em choque. “Elric?!”. Voltou seu olhar aterrorizado para Winry. 

Sheska - Winry… - Estava confusa e atordoada. Aquele bebê era do Alquimista do Aço? 

Winry - Por favor, vovó, não quero que essa notícia se espalhe aos quatro cantos. - Voltou seu olhar à Sheska que parecia completamente confusa. - Eu te explico depois. 

Breda - Certo, não temos tempo para conversa fiada. Entrem agora. Eu e Marcoh vamos buscar mantimentos para vocês e o bebê. - Abriu a porta do carro. - Não saiam daqui nem por um decreto, entenderam? Não saiam da casa jamais. Estou sendo claro? 

As duas assentiram, temerosas. 

Sheska depositou uma xícara de chá para a loira, enquanto sua avó tomava um banho. Sentou-se silenciosamente no sofá a frente da protética. 

Sheska - Paninya me entregou sua carta. 

Winry - Um pouco tarde demais o meu pedido, não é? 

Sheska - Iria me contar tudo.. isso? - Apontou para o bebê que dormia aconchegado em uma cama improvisada por travesseiros, no chão. 

Winry - Sim, de certa forma. - Colocou a xícara no pires e se sentou na ponta do sofá. - Sheska, preciso que isso fique em segredo. Sei que há algumas pessoas que já estão sabendo, mas, por favor, não conte a ninguém de quem esse bebê é filho. 

Sheska - Por que ele? Achei que vocês eram amigos de infância.

Winry - Éramos, mas as coisas saíram do controle.

Sheska - Você se apaixonou? 

Winry - Não! - Falou, exasperada. 

Sheska - Então foi só um caso de uma noite? 

Winry - Mais ou menos isso. 

Sheska - Ele sabe desse bebê? 

Winry - Sabe.

Sheska - E cadê ele? 

Winry - Provavelmente resolvendo os próprios problemas.

Sheska - Por que eu estou tendo que esconder vocês? 

Winry - Porque… 

Sheska - Por acaso isso tem alguma coisa a ver com essa criança? - A loira ficou sem coragem de encará-la. - Leio livros para ser inteligente, é difícil me enrolar. 

Winry - Não tenho direito de fazer isso com você, Sheska. Eu estou fugindo dos homunculus. 

A boca da morena se entreabriu. 

Sheska - Os mesmos que mataram Hughes? 

Winry - Sim. 

Sheska - Você se meteu aonde não devia, como ele? 

Winry - Não me faça tantos questionamentos, eu… - Colocou as mãos entre os cabelos, confusa. 

Sheska - Desculpe estar sendo tão inquisitiva, mas a minha amiga some por meses, volta com um filho do melhor amigo, jurada de morte e precisando se esconder. Eu não sei o que fazer a não ser lhe bombardear de questionamentos. 

Winry - Eu vou te contar. - Olhou-a, seriamente. - Você merece saber e, se depois de tudo, não quiser continuar com isso, nós vamos embora daqui. Eu não quero mais ninguém ameaçado de morte nas minha costas. 

Sheska - Estou ouvindo. 

Winry - Lust me ameaçou há meses atrás, me obrigou a engravidar de Edward. Ela queria a criança em troca de não dizimar Resembool e matar a minha avó e minha família. Eu fiquei sem escolha, não podia contar a ninguém. 

Sheska- Santo deus… - Colocou as mãos nos lábios. - o filho de vocês está jurado para os homunculus? Winry! - Levantou-se, em um súbito desespero. - Cadê o Edward? O que ele está fazendo quanto a isso? Por que está sozinha? 

Winry - Ele não sabe de nada disso. 

Sheska - Winry! - Gritou, chocada, mas a loira fez um gesto de silêncio com as mãos pelo bebê e sua avó Pinako. - Winry! Como… 

Winry - Minha avó também não sabe disso. Os homunculus estão atrás do meu filho, por isso, Sheska, eu estar aqui é uma ameaça para você. Quero deixar claro, eu não sabia que a pessoa de confiança que Havoc falou era você. 

Sheska pigarreou, tentando disfarçar a vergonha. 

Sheska - Digamos que ele sabe que pode confiar em mim. 

Winry - Está ciente de tudo isso agora. Eu vou entender se me pedir para ir embora. Já sei o que passou se envolvendo com esses monstros. 

Sheska - Nem termine de falar. Como você acha que vou viver se deixar nas mãos dos homunculus outro Maes? Se tenho a chance de reparar o meu erro, esse momento é agora. Você está no lugar certo. Estou aqui para ajudar! 

Winry - Sheska… - As lágrimas lhe romperam os olhos, rapidamente. 

Winry chorou como nunca antes no colo da amiga. Eram lágrimas que estavam guardadas por muito tempo. Lágrimas por Edward, por Maes, por Pinako, por ela mesma. 

—- 

[A caminho da Central] 

O carro estava parado sobre a estrada, enquanto quase todos os militares saíram para trocarem de roupas, alguns deveriam usar ternos, outros mais despojadas para não chamarem atenção na Central. Darius havia voltado a sua forma original humana e vestia uma calça marrom com uma camisa social azul. Além de Darius e Havoc, outro grupo de soldados haviam se juntado a eles.

Darius - Todos devem se trocar. Têm vários chalés de madeira logo ali, vocês podem se trocar lá dentro. É meio longe, mas é seguro. - Apontou algumas casas distantes de onde estavam parados.

Riza ficou estática, enquanto todos se encaminhavam para se trocar. Olhou de soslaio a casa, preocupada com a segurança de todos, enquanto o sol começasse a raiar no horizonte. A estrada estava deserta e os chalés eram muito afastados uns dos outros.

Roy - Tenente, não acha melhor trocar essas roupas e usar um disfarce? - Riza olhou para si mesma, constatando que seria melhor seguir o conselho.

Riza -  O senhor está certo, mas não tenho roupas femininas para usar. 

Havoc - Eu tenho. - Disse, de dentro do carro. - Tenho da minha ex-namorada. - Abriu um sorriso alegre. 

Riza assentiu, esperando Havoc buscar roupas de uma das pequenas casas de madeira no meio da estrada. 

Riza - De onde ele conseguiu tudo isso? 

Roy - Havoc tem seus contatos. Assim que saímos de Rush Valley, ele pediu para outros colegas trazerem disfarces para gente. Também deixaram outro carro, está vendo? - Apontando o veículo muito semelhante ao modelo pertencendo à loira.

Havoc voltou correndo, entregando as roupas para a mulher. 

Havoc - Vou adorar ver você com essas roupas. - Roy lhe lançou um ar interrogativo, Havoc parecia muito interessado para seu gosto. 

Riza olhou as roupas e se indignou. 

Riza-  Segundo Tenente Havoc! - Olhou-o, enfurecida. - Como acha que vou usar essas roupas chamativas? 

Havoc - Calma, calma. - Fez movimentos com as mãos. - São pretas, não são chamativas. É só um vestido. 

A loira cerrou os dentes, indignada, mas não havia outra alternativa. Aquele vestido era comprido até um pouco abaixo do joelho, era justo e elegante, porém tinha um decote generoso, deixando-o provocativo demais. 

Colocou a roupa, já dentro de um dos quartos do chalé de madeira, olhou-se no espelho e sentiu-se pelada. “Essa roupa deixa meus peitos a mostra demais”. Soltou os cabelo para tentar disfarçar.

Riza abriu a porta de um dos quartos da velha casa de madeira e viu, de relance, Roy Mustang fechando o zíper da calça, no outro cômodo, ainda sem camisa. 

Aquela visão lhe causou calores em lugares que não deveriam. Seu corpo era esbelto e forte. Seu abdômen definido e marcado por algumas cicatrizes da guerra. O cabelo despenteado lhe dava um ar sensual como o diabo. 

A loira suspirou, mais nervosa do que deveria. 

“Por pouco não o vejo totalmente nu”, pensava, até sair de seus devaneios quando Roy apareceu em sua frente. 

Roy - Está… - Riza viu que o homem discretamente fitou seu busto. - de perder o fôlego, Primeira Tenente.

Riza - Se perder o fôlego pode morrer, Coronel. - Fechou-se em uma carranca, tentando desvencilhar-se da presença do homem. 

Assim que deu dois passos para fora do quarto, Mustang puxou seu braço, em um movimento preciso, recostando a mulher na parede e fechando a porta atrás de si. Ambos ficaram dentro do quarto escuro, com apenas uma penumbra dos tímidos primeiros raios de sol. 

O olhar do moreno era lascivo, um verdadeiro pecado. Riza conhecia esse semblante penetrante e ardiloso. Ele estava com pensamentos pecaminosos na cabeça. Sua respiração estava densa, parecia titubear com algo que lhe atormentava.

Roy - Não posso mais me segurar. - Encostou-se sobre o ombro de Riza. O outro braço apoiava a parede, próximo ao rosto da loira.

Riza - Chega, disso, Coronel. Não temos tempo para lamuriar. 

Tentava se controlar, embora aquele corpo flamejante e sem camisa em sua frente tornava a tarefa impossível.

Roy - Você acha que vai sair viva dessa? - Levantou o olhar para a militar, que tinha ainda uma feição sombria. 

Riza - Nós tivemos essa mesma conversa em Ishval. - Baixou o cenho. 

Roy - Agora é diferente, você sabe. - Colocou uma das mãos sobre as têmporas. - Não quero morrer sem antes fazer o que eu sempre sonhei. 

Riza - Não é hora, nem lugar para discutir algo assim. 

Roy - Não brinque comigo! -  Bateu a palma na mão na parede. - Eu sinto o cheiro da morte, Primeira Tenente. Você não está com a mesma sensação? 

A loira respirou fundo, sabia que o homem não estava blefando, mas o que ele queria, afinal? Fazer sexo no meio do nada, enquanto todos esperavam?

Riza - Vou atirar em você. - Fincou os olhos nele. 

Roy - Por quê? - Um sorriso debochado surgiu em seu rosto. - Sabe que estou certo e está com medo. Medo do que está sentindo por mim. Acha que não percebo? Eu sei que aguço o seu corpo. - Passou a mão contornando o braço descoberto até chegar no ombro da loira. 

A militar fechou os olhos, extasiada. Nenhum homem que a tocou fêz-la sentir tanto tesão em toda sua vida. Se ela pudesse, arrancaria suas roupas ali mesmo e consumaria o ato que desejava há muitos anos. No entanto, a vida real era bem diferente da fantasia. 

Riza - Porque você está desviando do seu caminho ao topo. Nosso acordo foi bem claro. 

Roy - Gosto do seu cabelo assim. - Deslizou a mão e pegou em seus cabelos, fazendo-a arrepiar dos pés a cabeça. Aqueles movimentos descuidados não eram comuns. 

Riza - Desde quando lhe dei essa liberdade? - Espalmou a mão do homem, afastando-o.

Roy - Desde ontem quando eu lhe tirei o fôlego com os meus lábios, Primeira Tenente. - Pegou em sua nuca, falando-lhe ao pé do ouvido.

O homem mexia com suas entranhas. Aquelas palavras sussurrantes eram de delirar Fechou os olhos, deixando-se levar por apenas um momento. Não sabia se teria a chance de ter aquelas sensações extasiantes em seu ventre outra vez.

“Só quero sentir essa sensação por uns segundos”, fechou os olhos, desistindo de sua proteção por apenas um momento. 

O moreno nem ao menos deixou-a respirar, tomando seus lábios de forma brusca e apressada. Afundou os lábios ávidos na boca macia de Riza, puxando-a para si com sua mão na cintura da loira. 

Vê-la com aquele vestido, dando visão aos seios naturais perfeitos lhe fez perder o sentido. Só queria beijá-la, tomar seu corpo e derramar seu amor dentro dela. 

Roy - Riza.. - Arfou, entre um beijo e outro. - Não posso mais me controlar. 

Subiu a mão entre seu decote, afastando o tecido que cobria seu corpo de forma rápida. Pegou um dos seios, apertando-os de maneira firme, mas delicada. Eram perfeitos e redondos, pareciam feitos para estarem em suas mãos. Enquanto mantinha aqueles carinhos que arrancavam suspiros abafados com os beijos quentes que trocavam, a outra mão deslizou por sua coxa, adentrando seu vestido. 

A militar mal conseguiu reagir aquele bombardeio de desejo e tensão sexual em cima dela, ficando inebriada naquele pecado que cometiam dentro daquela casa.  

“Só mais um pouco, só por um momento”, pensava Riza, desesperada com aqueles estímulos minando seu corpo traidor. 

A mão ligeira logo chegou no tecido úmido da calcinha. A mulher apertou-se sobre a nuca de Mustang, em um instinto selvagem para que não parasse. Vendo que não houve resistência, afastou o tecido, passando os dedos experientes por entre o sexo da mulher. Depositou um os dedos no clitóris, fazendo-a tremer e gemer em seus braços. 

A militar já estava mais do que excitada quando ele colocou a mão por entre seu vestido. Seu ponto mais sensível já estava duro e pronto para um orgasmo forte. O homem era experiente e sabia o que fazer com as mãos. 

Com o polegar continuou estimulando o clitóris, enquanto com seu outro dedo, adentrou a mulher, com movimentos precisos e ritmados. Continuou beijando-a, abafando seus gemidos cada vez mais notáveis. 

Roy - Goza para mim. - Falou no pé no ouvido da mulher, enterrou-se nos cabelos loiros. 

Riza - Eu não posso. - Sussurrou, alucinada. Aquela voz lhe fez recobrar o juízo, embora seu corpo estivesse preste a explodir de prazer. Não conseguia sequer tirar as mãos da nuca do homem, agarrada nele como se estivesse pedindo desesperada para que não parasse. 

Roy - Goza gostoso para mim, Primeira Tenente. - As palavras provocativas fizeram a mulher delirar, explodindo em mil pedacinhos de prazer sob a mão experiente do homem. 

Hawkeye gozava de forma ininterrupta, agarrando-se sobre os ombros do homem, que continuava freneticamente aquele movimento torturante. Mesmo depois do ápice, ela tentou o parar, mas ele lhe impediu até ser acometida com outra onda forte de prazer, fazendo-a gemer ardentemente, em orgasmos consecutivos. 

Aquelas mãos sabiam o que estavam fazendo, onde fazer e com qual ritmo fazer. Suas pernas fraquejaram, mas foram seguradas pelo homem. 

Roy - Porra, Riza. - Arfou, ofegante, delirando de tesão no corpo daquela mulher que se derreteu em seus braços e mãos ligeiras.

Ainda inebriada com os tremores dos orgasmos, não se deu conta que o homem a colocara sobre a escrivaninha vazia que havia no quarto. Ao encostar suas costas sobre a madeira fria, saiu de sua espiral de prazer. Suas pernas tremiam incontroláveis. Nunca havia sentido nada igual, nem ao menos perto. O que foram aquelas mãos absurdamente habilidosas? 

Assim que conseguiu abrir os olhos, depois de todas as sensações arrebatadoras, viu-se com o vestido levantado, com a calcinha no chão e as pernas suspensas sobre a cintura de Roy, exposta ao homem que a devorava com os olhos. Ele abriu o zíper, descendo a calça rapidamente. 

Tudo era tão arrebatador e surpreendente que não houve tempo da mulher pensar. Estava pulsando de desejo e prazer em seu sexo, enquanto viu o objeto de suas noites mal dormidas nu a sua frente, com o membro mais excitado e grande que ela já tinha visto. Era muito maior do que imaginava, e ele, definitivamente, era muito mais habilidoso do que ela havia cogitado. Aquelas tantas mulheres em sua volta estavam explicadas. Buscavam as mãos ridiculamente perfeitas e pecaminosas do moreno. Pelo menos até onde ela sabia. Aquele membro pulsante ela não teria coragem de enfrentar. 

Antes que Riza pudesse balbuciar um pedido de afastamento, ele puxou a mão da loira e depositou sem cerimônias em seu membro. Guiou a mão da mulher em movimentos de vai e vem e soltou um grunhido de tesão como ela nunca havia ouvido. Não tinha como parar aquele homem queimando em chamas em sua frente. 

Roy - Não me peça para parar. - Parecia ler o pensamento da mulher, puxou-a bruscamente para si, fazendo-a se apoiar na mesa. - É tarde demais. 

O membro encostou em seu sexo, produzindo uma fagulha de prazer por todo o seu corpo. Era quente, pulsante, cheio de veias e irracionalmente duro. Era realmente tarde demais, a militar só queria que ele continuasse a fazê-la gozar como nunca antes ela havia conseguido. 

Seus lábios foram tomados rispidamente pelo homem, que invadiu sua boca com uma língua insensata e envolvente. Roçou o membro sobre seus clitóris e entrada, olhando-a uma última vez sem antes tomar seu corpo e alma. Puxou seu cabelo, inclinando sua cabeça para olhá-lo. Seu semblante era selvagem e másculo. Queimava-a como se estivesse no inferno do prazer.

Ele a olhava e a invadia de forma lenta. Penetrou-a vagarosamente, quase a enlouquecendo com aquele membro pulsante e grande o suficiente para fazê-la fechar as pernas de incômodo. No entanto, ela estava tão molhada e excitada, que seu sexo abriu caminho e engoliu toda aquela magnitude. Ele arfou e grunhiu entre suas pernas. Riza sentiu o homem a invadir até o fundo, até estarem totalmente conectados. Ainda a prendia pelo cabelo para que ela o olhasse enquanto aquele membro a torturava de prazer. 

Roy - Me olha. - Ele mandava. - Você vai gozar como nunca antes na sua vida, Primeira Tenente. - Puxou ainda mais seu cabelo. - Quero ver você ficar de perna bamba. - Sussurrou em seu ouvido. 

“Como ele pode dizer essas palavras tão sujas?”, pensava ela, com a respiração descompassada. Uma ansiedade por aquilo lhe tomou, fazendo-a apertar mais contra ele. Sabia que o alquimista não estava brincando. 

Roy - Puta merda. - Vociferou ele, apoiando as duas mãos sobre a escrivaninha, nas laterais de sua cintura. - Se você me apertar desse jeito, vou gozar rapidinho. 

Assim que respirou de maneira profunda, o moreno iniciou um tortuoso movimento de vai e vem. De começo, lentamente passou a mão sobre o clitóris sensível, fazendo pequenos círculos. Toda vez que aquele membro quente entrava de novo em seu canal, uma onda de prazer crescia de forma avassaladora. Aqueles dedos habilidosos facilmente estavam-na fazendo gozar de novo. Tentou fechar a perna, de maneira involuntária, tremia de prazer, mas ele segurou seus joelhos impedindo que fugisse. 

A mulher escorou uma das mãos sobre o rosto, o qual pegava fogo de vergonha e tesão. Não podia mais fugir, ela queria literalmente ser invadida por ele de novo, e de novo, e de novo. Mordeu os lábios de desespero quando os movimentos ficaram mais rápidos e o membro mais duro e maior entre suas pernas. 

Aquele membro todo dentro dela deveria doer, mas estava tão molhada e excitada que só sentia um prazer e pressão descomunal em seu ventre. Investia seu quadril em busca daquela sensação que entrava e saia de si. 

Roy - Quer mais fundo? - Aquela pergunta fez-lá quase sucumbir à vergonha, mas o prazer que estava perto de obter lhe tirou a órbita. 

Mustang diminuiu o ritmo e a loira agarrou em seus braços, fazendo-o entrar ainda mais fundo. 

Riza - Não pare! - Sussurrou exasperada, agarrando-se sobre ele.

Aquilo lhe tirou um sorriso satisfeito do rosto, a mulher estava se desmanchando embaixo dele. O moreno apenas diminuiu o ritmo para trocar de posição, mas ouví-la suplicar para que ele se enterrasse dentro dela fez seu membro quase fica roxo de tesão. 

Saiu de dentro da loira e, de forma rápida, deitou-a de costas, deixando a mostra sua tatuagem e seu bumbum redondo e perfeito, pronto para receber apertões. Hawkeye estava passivamente entregue, o que lhe deixava transtornado de desejo. Era dominador na cama e gostava de mandar. 

Lubrificou o membro novamente, chutando as laterais dos pés da mulher, para que ela ficasse ainda mais aberta para ele. Sabia que era grande e Riza uma mulher pequena. Roy puxou os cabelos lisos e loiros, invadindo devagar e tortuosamente aquele corpo. 

A militar sentiu um leve incômodo, arqueando seu corpo para frente. Antes de o homem afastar seu corpo, preenchendo-a de novo, sua mão ávida foi certeira em seu clítoris, fazendo-a dar um gemido sôfrego. Já sentia aquela onda de prazer lhe invadir o ventre. 

Roy - Isso, goza pra mim de novo, dentro de você. - Deu-lhe um tapa forte e firme na bunda. - Diz que você é minha. Diz! 

Inclinou-se sobre a mulher, puxando seu cabelo. Beijo-lhe o pescoço e o lóbulo da orelha. 

Roy - Diz que você é minha que te faço gozar, Primeira Tenente.  - Sussurrou com uma voz rouca e tensionada de desejo. 

Riza não acreditava que estava sendo tomada, de forma bruta e absolutamente irresistível por seu chefe. Alguém que lutou com todas as suas forças para resistir. Estava sendo passiva, derretendo-se por sobre seus braços, ávida por um longo orgasmo desesperador. 

Riza - Eu sou sua, Coronel. - Disse, com a voz entrecortada, insana e enlouquecida. 

Aquele homem estava a devorando de forma lasciva e suja como ela nunca imaginou. 

O alquimista das chamas soltou um gemido forte, inclinou-a ainda mais na posição de quatro que estava, acariciou suas costas queimadas com sua tatuagem e a penetrou sem dó. Fortemente, duramente, até a mulher gemer angustiada. O clitóris rígido em seu dedo sabia que ela gozava indolente. Percebeu que a primeira onda estava diminuindo e continuou o desencaixe incessante, mesmo a militar se estremecendo embaixo dele. Sabia que se continuasse, o orgasmo seria ainda mais potente, embora estivesse quase em seu limite. 

Roy - Goza comigo, vamos, garota, só mais um pouco. 

Enquanto estimulava seu ponto mais sensível, com a outra mão alisava a bunda da mulher, umedecendo um dedo e delicadamente deslizando até adentrar em seu outro orifício. Não houve resistência da parte dela, que se contorcia em prazer sobre ele. Ela estava entregue e o alquimista não brincava em serviço. Aprofundou ainda mais seu dedo, ouvindo um forte gemido de prazer sair dos lábios macios e carnudos da loira. Ele a estava possuindo de todos os modos possíveis e ela gozava várias vezes sobre seus membro e seus dedos. 

Os gritos ficaram ainda mais altos quando o homem deu a última estocada, tirando o dedo da mulher, sendo tomado com um forte e absurdo orgasmo. Um prazer tão forte que lhe fez ficar zonzo. Assim que conseguiu conter os gemidos, segurou a cintura descontrolada da loira, que ainda tremia desregradamente sobre Mustang. 

Um silêncio pairou sobre o ambiente, até que a loira sentiu as pernas bambearem, escorregando para o chão ao lado do homem que a possuiu e a sujeitou aos orgasmos mais poderosos de sua vida. Penetrou-a de todas as formas sem que houvesse tempo para ela entender. Não só de corpo, mas de alma. 

Como ela iria superar Roy Mustang depois de toda aquela invasão sem cerimônias?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido!



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