Na sala comunal, Luna saiu correndo, tropeçando em tudo; passou rapidinho pelo dormitório, pegou uma bolsa e foi direto para a sala da professora McGonagall, parando em frente à gárgula e dizendo:

— Pirulito de sangue.

Ela subiu as escadas mágicas rapidamente e encontrou a diretora sentada em sua mesa. Essa só levantou a cabeça e disse:

— Esperava por você, Srta. Lovegood.

— Professora, como eu vou voltar para lá? Eu não posso, a Senhora sabe que não! Por que criou aquela prova? — Desesperada, a loira falava enquanto mexia a cabeça, fazendo com que suas lágrimas voassem.

— Senhorita. Por favor, se acalme. Eu não queria que essa prova ocorresse; na verdade, foi um mandato do Ministério da Magia.

— Mas, Senhora, eu não posso voltar, vão me matar e, além do mais, eu não conseguiria voltar, as lembranças ainda são muito fortes... a Senhora me entende?

— Sim, querida, eu entendo; poém não posso fazer nada, estou de mãos atadas, porque se eu fizer com que a srta. não vá, todos ficarão curiosos. E se eu mandá0la para Solarie, não sei o que pode lhe acontecer.

— O que também complica é o grupo em que eu estarei; se os guardas me avistarem, será o fim deles também.

— Eu sei, porém não posso fazer nada, srta. Lovegood, eu só quero que a senhora seja forte!

— Vou tentar, diretora! Obrigada por sua atenção. — Luna se levantou e seguiu para a sua sala comunal.

Ela parecia triste, não olhava nem ouvia as pessoas ao seu redor, até que ela esbarrou em alguém.

— Ai! Sua tonta, não enxerga por onde anda, não? — disse uma aluna da Sonserina, com o cabelo meio longo e com luzes loiras. 

— Me desculpe, eu não estava prestando atenção! — Luna levantou a cabeça e logo esperou para ouvir a menina falar, mas ela foi interrompida por Draco Malfoy.

— Vamos, Sabrina. Deixa essa coisinha pra lá, amor! Vamos!

— Tá, lindo! Pena lunática se livrou se livrou de mim hoje, até.  — Sabrina mostrou a língua e saiu junto a Draco.

— Nunca pensei que diria isso, mas... Obrigada, Malfoy! E obrigada coefinha (N/A: é um bicho relacionado à sorte, totalmente criado por mim)! — Luna sorriu tristemente para o canto e continuou andando.

— Oi, Luh! Tudo bem? Parece triste! — Harry, que estava junto a Rony, Hermione e Gina, perguntou.

— É, amiga, você tá com uma aparência acabadinha. O que aconteceu? — Dessa vez quem perguntou foi a Hermione.

— Nada, só estou cansada! Foi um dia longo. Boa-noite! — A loira saiu correndo de novo e todos, inclusive Rony que era o mais lento, perceberam que tinha algo errado.

— Vocês acreditam nisso? — Perguntou Rony.

— Nem um pouco! — Harry disse convicto.

— Se até o Rony percebeu é porque tem coisa aí! — Disse Gina.

— É... — Rony concordou, e depois se tocou: — Ei, o que você disse?

— Eu? Nada! — Gina se fez de inocente.

— Ah! Eu pensei que você... Deixa pra lá, vamos? — Ele caiu na inocência da irmã e foi na frente.

— Eu não disse que ele era lento? — Sussurrou Gina para Hermione e Harry.

Os dois deram risadas altas e seguiram Rony até a Sala Comunal.

A semana passou rápido e todos continuaram a estranhar o comportamento de Luna, quer dizer, alguns achavam que era alguma esquisitice dela, mas quem a conhecia sabia que não era nada disso e que algo bizarro estava acontecendo.

— Bem, acho que todos sabem por que estamos aqui, não é? Vou dizer com que grupo vocês estarão! Prestem atenção, o primeiro grupo é:

"Sabrina Snakes

Draco Malfoy

Blásio Zabini

Pansy Parkinson

Ana Abott

Ernesto McMillan

Zacarias Smith

Susana Bones

Luna Lovegood

Penélope Fing

Angelica Spice

Rolf Scamander

Gina Weasley

Rony Weasley

Hermione Granger

Harry Potter.

O segundo grupo é..." — Minerva continuou a falar os grupos e, quando terminou, mandou que as pessoas nos grupos se sentassem juntas.

Todos se levantaram, fazendo um barulho infernal, já que procuravam os grupos de casas diferentes. A diretora fez um pequeno movimento com a varinha, transformando as grandes mesas do Salão Principal em mesas menores com dezesseis lugares em cada, tendo mais ou menos dez mesas onde os grupos foram se acomodando.

— Que sorte a nossa, não? Cair junto com o Testa-Rachada Potter e o trio de ouro, a Lunática excêntrica, os Lufa-Lufas! Queria sabem quem organizou esses grupos ridículos! — Comentou Malfoy com os sonserinos.

— Nossa, Malfoy, devemos ser bem importantes para você nos inventar apelidos, não é mesmo? — Luna falou debochadamente, chamando a atenção da mesa para ela.

— Olha aqui, quem você... — Sabrina e Pansy foram responder rudemente, porém foram interrompidas pela professora Minerva:

— Bom, como os grupos já estão juntos, posso chamar os guardiões de Solarie para explicar as regras.

Entraram atrás dela dois homens altos e com ternos pretos; um era moreno com os olhos negros e o outro era ruivo com os olhos igualmente escuros, porém os dois possuíam feições sérias que dariam medo a qualquer um que os visse.

— Bom-dia! Somos guardiões de Solarie, como a diretora acabou de dizer! Eu me chamo Eric Frint e este é Alexander Grinton — Disse o moreno com a voz seca.

— Vamos explicar o que terão que fazer! Primeiro vamos entregar a cada grupo uma enciclopédia com a fauna e a flora de Solarie, para que caso algum acidente aconteça a vocês, saibam o que fazer. Cada grupo também receberá um mapa mágico com a localização das sete chaves, que estão espalhadas por Solarie. — Disse agora o ruivo com o mesmo tom seco.

— Mas para conseguir cada chave, vocês terão que enfrentar criaturas perigosas e enigmas difíceis. — Eric continuou.

— As chaves são pequenas e preciosas coisas. Não será fácil encontrá-las. O objetivo de vocês será juntá-las formando uma peça maior que os trará de volta a Hogwarts. Quem conseguir completar essa prova, terá como recompensa muitos privilégios não só em Solarie, mas também aqui! Essa pessoa ou grupo de pessoas que não desistirem ganhará ou ganharão a Glória Eterna. — Alexander terminou de falar e abriu um sorriso debochado.