-Luna, Luna. –Chamava uma voz distante.

- Quem está ai? – Perguntou a loira, se dando conta de onde estava: Um corredor escuro e úmido, estava descalça e com o pijama, de repente o medo veio a tona, principalmente quando ninguém respondeu, ela resolveu perguntar de novo. – Alguém? Quem está ai.

 Ela esperou um pouco e nada, porem pouco depois ela ouviu de novo:

- Luna,venha,venha...

A loira mesmo que com medo resolveu seguir a voz, algo dentro dela dizia que seria bom, algo bom trazia aquela voz. Os passos mesmo descalços pareciam ecoar e de novo a voz.

- Venha rápido, venha.

 Dessa vez ela foi um pouco mais rápida, e de repente o corredor acabou, a luz invadiu seus olhos e ela logo viu uma torre alta feita de tijolos escurecidos, e cercada por arvores retorcidas e no topo da torre um Dragão negro, ossudo e com os olhos brancos rodeava a torre como se estivesse a protegendo. Quando ela o viu tomou um susto tão grande que se jogou no chão se escondendo atrás de um arbusto, com as mãos na boca para abafar o grito que sairia estridente. Com razão aquele dragão representava o pior mal de todos os males: O narguilés, era ele que dava pesadelos por onde passava, era ele que podia diminuir de forma e roubar as pessoas. Ela continuou escondida, mas ao se encolher um galho se partiu e o dragão desceu rapidamente cortando algumas arvores e quebrando muitas quando pousou.

- Eu não devia ter vindo, O narguilés maravilha. – Pensou ironizando-se.

- Venha se aproxime. - Repetiu a voz.

- Será que...? Não,acho que não,será que a voz é dele? Do narguilés? – Continuou pensando, mas por um breve momento quando a curiosidade bateu mais forte, ela se levantou e se aproximou tremendo do local onde ele havia pousado. – Ai! O que eu estou fazendo?- Perguntou a si mesma.

- Não tenha medo venha. – Disse a voz agora um pouco mais forte e um forte clarão cortou o narguilés.

 - Mãe?! – Perguntou Luna ao ver o clarão tomar forma.

- Sim querida, sou eu. – Disse Abbey sorrindo.

- Você está viva? – Disse Luna ao tentar abraçar a mar, mas passando reto e fechando os braços em nada.

- Minha Lua, não pode me abraçar, sou apenas uma imagem. – Abbey, tentou  passar a mão da cabeça de Luna, mas se conteve.

- Mãe, isso é apenas um sonho? Ou está sendo real? Sabe, a senhora está viva? E Caspian? Onde ele está?

- Calma filha, olhe eu sei que você deve estar cheia de perguntas, mas tem algumas que eu não posso responder desculpe-me.

- Tudo bem, mas, por favor, me responda o que você pode, por favor!

- Sim minha pequena, eu estou viva mas estou fraca demais, nem mesmo sei quanto tempo aguentarei manter essa visão, seu irmão também está vivo. – Realmente a imagem dourada começou a se dissipar, deixando Luna desesperada.

- Não mãe eu não posso perde-la de novo.

-Minha querida, eu estou fraca, eu não estou aguentando terei que voltar a minha forma atual.- E ela começou a dissipar ainda mais rápido, sobrando só a sua voz novamente. – Lembre-se meu amor, nem sempre tudo aquilo que pensamos nos assustar é realmente assustador! Eu te amo minha pequena Lua. Nós voltaremos a nos encontrar, eu prometo. – E sumiu.

- EU TAMBÉM MÃE. –Gritou Luna

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- Luna, Luna. – Cutucava Rolf.

-Ah! – Luna se sentou exaltada olhou em volta e viu Penélope, Angélica e Rolf  sentados em sua cama a olhando preocupados. – O que aconteceu?

- Somos nós quem perguntamos! O que aconteceu? Nós estávamos dormindo e ouvimos você gritando! – Falou Penélope.

- Não sei, eu estava tendo um sonho e ...

- Sonho?! Isso tá mais pra um pesadelo do jeito que você estava gritando. – Disse Angélica.

“Na verdade foi o melhor sonho da minha vida” – Pensou Luna, enquanto Rolf se aproximava e colocava a mão da sua testa.

- Você,provavelmente não estava sonhando e sim delirando, você está pelando em febre.- Disse ele retirando a mão.

- Vou fazer uma compressa de  água fria, já volto. – Angélica se levantou e foi saindo.

- Eu vou junto. – Penélope repetiu o ato.

- Você está bem Lúh?- Perguntou Rolf pegando sua mão.

- Acho que sim, só não sei se foi um sonho, um delírio, foi tão real, tão bonito e assustador ao mesmo tempo. – A loira falava se lembrando de tudo.

- Com o que você sonhou? – Perguntou Rolf curioso.

- Com a minha mãe. – Respondeu baixinho.

- Voltamos! – Disse Penélope segurando um pano branco e jogando em cima de Luna.

- Nossa! – Brincou ela. – Tentem dormir vocês devem estar cansados , desculpem-me não irei incomodar de novo.

 - Nada fofa, mas tem razão eu to acabada. Boa noite! – Disse Angélica rindo.

- Boa noite. – Disseram Penélope e Rolf e também foram dormir pegando no sono pouco tempo depois.

Luna ficou algum tempo com a compressa de água fria na cabeça  e quando viu que a febre tinha passado ela tirou, e colocou ao lado da cama , e tentou dormir um pouco mas não conseguiu, então ela resolveu esperar na cozinha até que todos acordassem. Ela saiu devagar e foi até lá, quando estava quase na porta da cozinha ouviu:

- É ela Juh, é a nossa princesa, a nossa Lua. – Disse Angel.

- Eu disse antes, mas vocês não acreditaram.- Riu Julie.

- De quem vocês estão falando? – Perguntou Luna baixinho entrando na cozinha.

- De quem mais princesa? – Disse Julie se levantando e abraçando Luna, que resmungou. – Que foi?

- Que foi? Eu apertei muito?

- Na verdade, é que você me apertou no braço, mas deixa o que vocês estão falando a essa hora?

- Era a única hora que eu podia sair sem ser vista pelos guardas. – Explicou Julie.

- Alias que horas são? – Perguntou Luna.

- São 3h45mins, está cedo, o que você está fazendo aqui em vez de estar dormindo?- Perguntou Yuka.

- Perdi meu sono. É tão bom vê-las aqui, é tão bom estar aqui! Mas mesmo assim me sinto péssima, está tudo tão triste, tão sem vida. Sinto que isso é culpa minha!

- Princesa, por favor não fale isso, não é sua! – Disse Angel.

- Pode até não ser Angel, mas mesmo assim eu me sinto culpada, pesada, sabem? – Disse ela cabisbaixa por uns instantes , até que se sentiu abraçada por três pares de braços e levantou a cabeça.

- Para, hein, pode para.  –Falou Julie em tom de bronca.

-Parei. – Disse Luna e as quatro começaram a rir.

- Julie, na verdade te chamamos aqui por que eles: Luna e o resto precisam chegar ao castelo por causa do antídoto para Luna. – Disse Yuka.

- Ah! Claro, posso levá-los até lá e conversar com Mercúrio para que fiquem em por lá. – Respondeu a ruiva.

-  Não sei se seria pertinente irmos todos entende?São muito e isso poderia nos atrasar.  –Disse Luna.

- Eu também acho e a princesa não poderia ir, porque se ela for pode ser reconhecida. –Concordou Angel.

- Isso é verdade, mas a princesa precisa do antídoto rápido, por causa do ferimento. – Disse Julie pensativa.

- Sim, mas e se me reconhecerem? – Perguntou Luna.

- Fugimos! – Exclamou Julie.

- Ótimos fugiríamos, ai Mercúrio manda exércitos atrás dela, nos seriamos desmascaradas, ai nossa honra cairia... – Yuka falava desesperada.

- Yuka! Calma garota, nada disso vai acontecer, agora fique quieta, vai acabar acordando eles, ainda é muito cedo. –Bronqueou Angel.

-Tá!

- Garotas,acho melhor terminarmos essa conversa depois, quando todos do grupo estiverem aqui, mas uma coisa é certa: A Luna vai ter que ir.- Disse Julie encerrando o assunto.

Elas passaram um tempo conversando sobre Solarie e outros assuntos, até que cerca de uma hora mais tarde, resolveram fazer o café da manhã. Pouco tempo depois de elas terem terminado o grupo foi acordando aos poucos e aparecendo:

- Mas que coisa Rolf, por que não nos deixou dormir? Ainda está de madrugada. –Reclamou Penélope descabelada.

- Com certeza, olha só o sol nem saiu ainda. – A outra gêmea bocejou.

- De madrugada 5h30min da manhã, e ainda tá de madrugada? – Perguntou Rolf inconformado com a preguiça das gêmeas.

- É, de madrugada SIM! Que ser idiota acorda, em sã consciência as 5h30min da manhã? – Perguntou Angélica.

- Eu,eu acordo esse horário praticamente todo o dia. – Respondeu Rolf

- Coitado! – Penélope bocejou.

- Bom dia! – Cortou Luna.

- Bom dia, você melhorou? – Perguntou Rolf esquecendo-se das gêmeas.

- Um pouco melhor, obrigada. – Agradeceu Luna.

- Er...Oi! Eu sei que vocês tem muito que fazer mais eu tenho que me apresentar. – Interrompeu Julie.

-  Eu já te vi antes. – Afirmou Penélope.

- Eu também! – Comentou Angélica.

- É claro, eu estava no dia em que vocês chegaram. – Explicou Julie.

- Ih! É mesmo gêmea, foi ela que bateu no Mercúrio! – Falou Angélica.

- Verdade, gêmea! Querida dá licença, mas eu virei sua fã. – Disse Penélope, deixando Julie sem graça.

-É eu também, adorei o tapa, foi incrível. – Agora as duas falavam rápido, rápido demais para entender, sem respirar como se pontos e vírgulas não existissem.

- CHEGA! –Disse Rolf. – Credo,olha isso assustaram ela, é.... Julie, né?

- É sim.

- Desculpa senhor, mas você nos acordou cedo de mais e agora estamos nervosas. – Disse Penélope, ironizando a palavra senhor.

- E nós falamos quando estamos nervosas. – Terminou Angélica.

- Sem querer, interromper, mas eu ainda não sei o nome de vocês. – Falou Julie.

- Ah! Sou Penélope Fing.

- E eu sou Angélica Spice.

- Prazer. – Disseram juntas.

- Prazer. – Respondeu Julie.

- Eu sou Rolf Scamander, prazer.

- Prazer.

 E assim mais gente foi chegando: Suzana, Ernesto, Harry, Gina, Pansy, Draco, Ana, Sabrina, Zacarias , Hermione, Blásio e por ultimo Rony.

- Quem é esse? – Perguntou Julie, quando ele adentrou a cozinha.

- Eu? Eu sou Rony Weasley, e você?- Perguntou Rony se sentando no único lugar vago no meio de Julie e Hermione, e pegando seu ‘pequeno’ café da manhã.

- Julie Grinton. Prazer alias, muito, muito prazer. – Disse ela olhando fixamente para Rony, o que fez Angel cutucá-la, e Hermione ficar com cara feia.

- Que foi Mione? Tá com fome? Você tá com uma careta. – Disse Rony inocentemente.

-Fome? É fome, com certeza, Rony como você é idoita. – Disfarçou Hermione, sussurrando a ultima parte.

- Pegue uma dessas. – Estendeu uma broinha. – É uma delicia.

O resto do café foi tranquilo, depois disso eles seguiram para a sala e começaram a conversar sobre a ida até o castelo:

 - Então, como iremos até o castelo? – Perguntou Sabrina.

- Acho que poderíamos ir andando, mas a princ...- Julie parou um pouco.- Quero dizer, Luna, desculpem eu to falando tudo errado hoje.

- Então ela tem que ir por causa do veneno. – Interrompeu Yuka, antes que Julie falasse demais.

- Sim! Claro mais vão todos? – Perguntou Suzana.

- Acho que sim... – Disse Pansy.

- A entrada de Tir Na Goh? – Perguntou Hermione ainda com cara feia.

- Fica perto do castelo um pouco mais escondido é claro. – Falou Julie ainda encarando Rony.

- Então acho que não precisa ir todo mundo, não é? Se queremos algo que é proibido, precisaríamos ir escondido. – Falou Hermione.

- Concordo quem vai? – Perguntou Angel.

- Eu, Luna e quem mais? – Falou Rolf.

- Eu terei que ir junto de vocês, e sabe quem poderia ir junto? O Rony. –Disse Julie.

- NÃO.- Gritou Hermione e se dando conta do que ela havia feito, resolveu arrumar. – Quer dizer, o Rony? É capaz dele atrapanhar.

- Nossa, Mione é isso que você pensa de mim? – Perguntou Rony magoado.

- Não, Ron é só que você também pode se machucar. – Hermione deu uma desculpa, já que o que ela não queria é que Julie ficasse perto dele.

- Mione. – Sussurrou Rony.

- Eu acho que ele deveria ir. – Falou Julie.

- Por mim tudo bem. – Disse Rony.

- Então o grupo é esse? Eu, Julie, Rony e Luna? Tudo bem vamos até o castelo, pegamos o antídoto e depois vamos para Tir Na Goh? – Eles assentiram.

-Os outros ficam comigo e com a Angel esperando no portal para Tir Na Goh.- Falou Yuka.

- Isso. –Concordou Zacarias.

- Vamos hoje a noite. – Disse Julie