Pov. Jacob

 Estava sentado na minha cadeira em meu escritório olhando fotos de Renesmee e Emma. Eu não era feliz e a culpa era minha. Eu tinha dois anos de casado e era tudo falso, eu tinha sido obrigado a me casar com uma mulher que havia ganhado uma linda filha pelo meu pai, na época eu amava outra e perdi todas as minhas chances porque meu pai obrigou-me a me casar. Eu achava que era culpa da minha mulher por isso transformei sua vida em um inferno, mesmo a desejando eu tinha ódio por motivos errados. Emma era sua... Nossa... Filha, a única coisa maravilhosa desse casamento, minha bebê pela qual eu tinha amor incondicional.

-Senhor Black – disse Viviane, minha secretária feia entrando na sala.

-Sim Viviane – dei pausa em uma foto na qual Renesmee e Emma gargalhavam caídas na areia da praia.

- A creste da sua filha ligou e ela se machucou e querem que o senhor vá buscá-la.

-O que houve com ela? – perguntei já desligando o computador e pegando minha pasta.

-Ela ralou o joelinho e está chamando pelo senhor e pela senhora Black.

-Obrigado Viviane, eu vou lá e depois vou direto para casa ficar com minha filha – eu disse já saindo da sala.

 Desci até o estacionamento praticamente correndo, entrei no carro e dirigi apresado até a creste que não ficava muito longe dali. Amava aquela menina demais que morria de medo que algo lhe acontecesse, amava mimá-la, dar carinho e leves brincas quando ela aprontava. Parei enfrente a creste e fui até a salinha dela. Meus olhos encheram de água ao ver minha menininha chorando e chamando “papa” no colo da professora.

-Shiiii meu bebê, papai ta aqui – eu a peguei no colo a ninando. Ela encostou a cabecinha em meu peito e encostou sua mãozinha ali também.

- Senhor ela estava brincando no parquinho e acabou caindo ralando seu joelinho – disse a mulher ruiva me olhando de cima a baixo com um olhar malicioso.

-Cadê a minha filha? – gritou uma loira gostosa em sua causa de couro e sua blusinha branca, ela estava de costas para nós e seu cabelo loiro caia pelas suas costas como seda.

Uma mulher apontou para nós e quando ela se virou me deparei com a visão do paraíso. A loira gostosa era minha mulher Renesmee totalmente diferente e sem duvidas alguma mais bonita. Ela veio até nós, a olhei de cima abaixo a vendo caminhar sensualmente até nós. Ela chegou perto de nós e acaricio as costinhas do nosso bebê parecendo mais aliviada.

- Escuta aqui, a minha vontade e te matar por ter deixado uma criança de dois anos brincando sozinha no parquinho, mas a minha filha passou por traumas demais hoje – Renesmee falava baixo, mas com muita raiva na voz – Porque você não para de olhar o belo corpo do meu marido e vai cuidar das outras crianças porque para cá minha filha não volta mais.

-Senhora... Des... Desculpe-me – ela tentava se justificar super envergonhada por minha mulher ver que ela me olhava desejosa.

-Vamos Renesmee, a Emma deve ta cansadinha e eu acho melhor agente ir embora – eu disse e ela me olhou surpresa pela delicadeza.

-Você tem razão, vamos Jacob? – ela perguntou e eu apenas acenei com a cabeça para a professora e logo saímos do colégio.

 Renesmee pegou Emma no colo que agora cochilava tranquilamente toda suadinha e com o rostinho molhado pelas lagrimas. Entramos no carro e comecei a dirigir para casa que ficava um pouco longe. Eu sempre tratei a Renesmee muito mal e me arrependia sempre depois, mas eu era cabeça dura demais para voltar atrás, eu a culpava por um erro meu e não dela. Eu era fraco e deixei Tânia, a mulher por quem eu era louco quando me casei, hoje estava morta e morreu sem nunca saber que eu a desejava. Olhei para ela que olhava nossa filha com pura adoração e sorri sem que ela percebesse. No radio relógio marcavam cinco horas da tarde e no radio aquela musica que sempre costumava tocar quando nós estávamos juntos.

-Você está muito bonita – eu disse ainda olhando para a estrada.

-Obrigada, resolvi mudar o visual – ela disse desconcertada e surpresa pelas coisas que eu estava dizendo- Jacob, eu to pensando em arrumar um namorado.

Freie o carro quando aquilo saiu da boca dela e ela me olhou com arregalados. Namorado?Ela queria arrumar um namorado? Meu peito doía e eu tinha vontade de chorar. A culpa era minha, toda minha, por maltratar ela, tratar ela como um nada, mas eu ia reverter essa situação. Minha “esposa” queria arrumar um namorado, ELA QUERIA UM NAMORADO. O que essa louca tava pensando? Eu não ia deixar ela me fazer de corno, não mesmo, mesmo nunca a tocando e sendo grosso idiota e burro. 

-Ta maluco Jacob? Quer nos matar? – ela gritou comigo fazendo Emma acordar e começar a chorar.

-Você que só pode estar ficando louca, onde já se viu arrumar um namorado – eu gritei também pela raiva que estava sentindo.

-Nosso casamento é falso, será que você não entende, eu quero alguém para amar – ela gritava também tentando ninar Emma.

-Eu posso fazer isso e você não precisa arrumar ninguém – eu disse encostando o carro no encostamento e pegando Emma e chorava sem parar no colo.

-Você não é capaz de amar ninguém Jacob, você só me maltrata, me trata como lixo – ela tinha lagrimas nos olhos e mexia em seu cabeço loiro varias vezes.

-Talvez esse tenha sido o pior erro – eu disse baixinho e abracei forte Emma que já tinha parado de chorar.

-É tarde demais Jacob, já está decidido – ela disse olhando para a janela

-Tudo bem - eu disse olhando para frente. Entreguei Emma para Renesmee que parecia distante com tudo isso.

  Dirigi até em casa puto com essa merda de noticia que a louca da Renesmee tinha inventado. Em minha cabeça suas palavras borbulhavam. E se ela fosse embora? Ela deixaria eu ver Emma depois disso? Ela seria mais feliz? Isso sem duvidas ela seria. Parei o carro enfrente a garagem e entreguei as chaves para Alfredo que apenas sorriu temido como sempre, entrei em casa logo depois de Renesmee e Emma que agora era repousada no divã preto que tinha na sala.

-Eu vou mudar de quarto, vai ser melhor para sua privacidade - eu disse deixando as coisas em cima do sofá e subindo as escadas até o quarto.

 Se ela queria arrumar um namorado que arruma-se, eu não iria mais me importar com isso, afinal ela merecia ser feliz né?! JACOB você está virando um verdade marica, você não era assim há alguns meses atrás. Entrei no quarto e peguei algumas roupas no closet as levando para o quarto ao fim do corredor que antigamente era o quarto de hospedes.

-Menino, está tudo bem?A senhora Renesmee se trancou no quarto - perguntou Nora entrando no quarto com uma expressão preocupada e o cenho franzido.

-Traga minhas coisas para este quarto Nora, apartir de hoje eu e a Renesmee não dormimos mais no mesmo quarto - Disse entrando no closet para guardar as coisas que eu tinha trago e quando eu saio ela não está mais lá.

  O quarto não era tão grande como o antigo, mas era bem bonito e iluminado coisa que eu adorava. Tirei minha camisa social e o cinto da calça e caminhei até a varanda olhando a pouca movimentação do lugar, Alfredo lavava o carro distraidamente enquanto algumas crianças brincavam na rua animadamente aproveitando o dia final da tarde.

-Senhor, quer que eu arrume as roupas no closet ou o senhor mesmo faz isso? – perguntou Nora com varias malas nos braços. A ajudei a levar tudo para o meu closet prometendo eu mesmo o arrumar e assim ela se foi com a desculpa de que faria o jantar, mas eu sabia que ela iria ver como Renesmee estava.

Sempre a maltratei porque sempre a desejei como nunca desejei mulher alguma, eu achava que estava traindo a memória de Tânia já que prometi a mim mesmo nunca desejar outra a não ser ela. Eu era um belo idiota afinal descobri que ela se deitou com a metade da faculdade e me achava um idiota como sua amiga Sophia havia dito. Agora como fazer para conquistar o amor de uma pessoa que te odeia com todo o coração? Eu não sabia.