Destinos Partilhados escrita por shamps_e_washu


Capítulo 3
Janelas


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo contém cenas lemon.O início e o final delas estão indicadas com um XXX do lado esquerdo da tela.

Origada a todos que leram, comentaram e voltaram!Chegamos ao capítulo 3, esperamos que se divirtam. Boa leitura!



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Janelas

Raito se virou na cama, encontrando os olhos negros e penetrantes de sempre.

- Se seu hálito é doce, me pergunto se o beijo também é.

- Quer experimentar?

- Eu quero.

Sem dizer nada, o dono dos olhos negros se aproximou e, segurando os cabelos castanhos do outro, deu-lhe um longo beijo.

- Então? – sussurrou, o nariz encostado ao dele – É doce?

- Bem doce...quente e gentil também. Melhor do que eu esperava.

- Você quer mais?

- Eu quero.

Dessa vez o beijo foi longo e intenso, acendendo o desejo de ambos. L se inclinou, subindo em cima de Raito e o beijando com fervor.

- Seu beijo é muito bom, Ryuuzaki... –murmurava de olhos fechados, enquanto o detetive descia os beijos pelo pescoço.

- É que seu gosto é muito bom. Tenho vontade de te beijar inteiro.

- Mas eu nem sou doce...

-É claro que é. Como um caramelo deve ser. – lambeu o rosto dele – É o caramelo mais puro que já provei.

- Caramelo...entendo...então é isso. – olhou para as próprias mãos, feliz por ser um caramelo de primeira qualidade.

XXX

- E ao que parece, você já está pronto. – Raito deslizou a mão para o membro de L, confirmando as suspeitas. Ambos sorriram.

- Eu estou sempre pronto para você, Raito, mesmo que você não perceba. Eu te amo.

Um aperto repentinamente transpassou o coração do garoto, mistura de surpresa, emoção e insegurança. Um pensamento se sobrepujou aos demais.

- Mesmo se eu fosse o Kira?

- Ainda que você fosse Kira, meu sentimento não mudaria.

Um sorriso largo se formou naturalmente no rosto de Raito, e ele olhou profundamente para Ryuuzaki.

- Mas...você não é, certo? – deixou transparecer um pouco de súplica na voz.

- Não. Eu não poderia ser, pois eu te amo também. E se eu fosse Kira, isso seria impossível. Seria doloroso.

- Então está tudo bem... – se aproximou, beijando-o novamente.

Raito deslizava as mãos pelas costas nuas de L, apreciando o toque macio daquela pele branca. Podia ouvir o coração dele batendo, acelerado, junto ao próprio. Já respirava pesadamente, desejando que aquele momento não tivesse fim.

Com se adivinhasse os pensamentos do garoto, L levantou as pernas dele até os ombros, deixando-o na posição adequada.

- Vem. – Raito arfava, ansioso. Queria aquela pessoa há muito tempo, e só percebia agora. Ryuuzaki agradou-lhe o rosto com dois dedos, como que a tranqüilizá-lo.

- Eu vou com calma, tá?

- Eu sou forte, pode mandar ver! – Raito sorriu, cheio de autoconfiança.

L entrelaçou as mãos nas dele e se inclinou, sussurrando palavras doces enquanto penetrava a intimidade de Raito. Podia sentir a medida das dores do ato pelo modo com que o garoto apertava os dedos nos seus, e por seus gemidos abafados. Inclinou-se mais para perto, olhando nos olhos dele.

- Só mais um pouco, meu amor...

Começou a se movimentar com firmeza, mas gentilmente, estimulando Raito a acompanhá-lo no ritmo. Em pouco tempo, a expressão de dor deu lugar a um sorriso de prazer e ambos relaxaram, permitindo que seus corpos se entendessem da melhor forma possível. Raito pedia por mais, agarrado ao parceiro, e L aproveitava para também acariciar-lhe o membro e morder-lhe os mamilos enquanto estocava cada vez mais forte.

Raito murmurava o nome de Ryuuzaki entre os gemidos trêmulos, um nome diferente que nem ele mesmo compreendia, mas isso não importava. A única coisa que importava era o calor do corpo dele o preenchendo de vida. Podia perceber quase inconscientemente que o momento do clímax se aproximava e cravou as unhas nas costas de L, que soltou um longo e rouco gemido final.

XXX

Raito ouviu a si mesmo gemendo e, ofegante, abriu os olhos. Só encontrou o teto. Piscou, olhando em volta, vendo Ryuuzaki dormindo na mesma posição em que tinham se dado boa noite e as algemas intocadas, assim como seus pijamas e cobertas. Raciocinou o restante rapidamente.

- Sonho??????????????

Percebeu então onde sua mão estava, o que estivera fazendo até aquele momento e o resultado disso. Após um instante com a expressão paralisada, um sorriso nervoso formou-se em seu rosto.

-Quando você pensa que não pode ficar pior... desta vez eu não vou chamar você, L.Não mesmo.

Feliz por aquela cena confusa de há pouco ter servido para revelar onde diabos Ryuuzaki escondia a maldita chave das algemas, Raito esticou o braço livre para o lado dele. Suave como uma pena, encostou o dedo na algema e deslizou a mão.

Suspirou de alívio quando o compartimento secreto se abriu, e pôde pegar a pequena chave. Soltou-se rápida e silenciosamente e se apressou em ir ao banheiro.

- Espero que ninguém esteja monitorando o quarto agora...principalmente o pai.

Até sair do chuveiro e lavar as mãos e o rosto, que se encontrava suado e vermelho, conseguiu seguir frio e calculista. Mas, ao se olhar no espelho, teve vontade de sumir.

- Com o que você estava sonhando, Yagami Raito??? - colocou as duas mãos na cabeça, apertando os cabelos. Ainda não podia acreditar que havia tido um sonho erótico com o Ryuuzaki, e até mesmo tido um orgasmo com isso. Mal tinha sonhos assim com meninas, e jamais algo tão intenso.

- Estarei louco...isso só pode ser estresse combinado com puberdade e a presença constante acontece com os presidiários de muitos anos, sim, só pode ser isso.É tudo culpa daquele lunático!!!! - apertou os dentes, sentindo raiva, muita raiva de Ryuuzaki. Mas também muita raiva de si mesmo por tamanha fraqueza.

Respirou fundo tentando manter o controle, mas os flashes do sonho ainda martelavam em sua cabeça. Olhou na direção da porta, sabendo que ali pertinho estava o dono daquela voz suave e do beijo doce que o fizeram delirar em sonho.

- Idiota!Não pense nisso!!! -Apertou os olhos, indignado, mas era tarde demais. O corpo de Raito não aceitava que tudo aquilo havia acontecido apenas no subconsciente, e reagia à altura.

- Acho que só posso fazer uma coisa...

Saiu do quarto, determinado a se purificar da melhor maneira possível.E só havia uma pessoa a quem podia instante seguinte, ele batia à porta do quarto de Misa- Misa.

-Talvez eu me arrependa, mas como está não pode ficar...

- Raitoooo!!!! Que bom te ver!!! – a expressão sonolenta da moça se evaporou ao ver o namorado, a quem recebeu com um caloroso abraço. Raito suspirou e deu um sorriso amarelo.

- Também...é bom te ver, Misa...eu...preciso...preciso de você agora!!!

Isso não era mesmo mentira, e os olhos de Misa brilharam feito dois faróis verdes.

- Misa faz tudo o que Raito quiser!!! –sem demora, o puxou para dentro do quarto e fechou a porta à chave. Na penumbra, o olhou com o canto dos olhos.

- Raito ficou com saudades de Misa, não é...? Então... o que Misa pode fazer por Raito agora, no meio da madrugada..? – aproximou-se, as alças da camisola já caídas – Melhor dizendo...por onde Misa começa...?

Sem dizer nada, Raito afundou-se em um beijo que jamais sonhara que pudesse dar em Misa, mas aquele era um momento de auto-afirmação – e tomaria o remédio de uma vez só.

Sem demora, a apaixonada modelo o jogou na cama e, para o alívio do menino, ele não estava tendo problemas em responder aos estímulos dela.

-Eu NÃO sou gay!!!!

E, mesmo que tenha sido sob circunstâncias incomuns, Misa teve o que estava querendo há muito tempo.

------------

Para evitar constrangimentos, Raito deixou Misa tão logo ela dormiu e acordou algemado a Ryuuzaki na manhã seguinte, como sempre. Ou nem tanto, pois, mal o despertador tocou, o sonolento Yagami foi puxado da cama abruptamente.

- Ei, Ryuuzaki! Cuidado aí, quase desloca meu ombro...ai! – sem nem prestar atenção nas reclamações às suas costas, L se dirigiu aos afazeres matinais e depois à sala principal, como se Raito não estivesse ali.

E, desde que começaram a andar algemados, ele nunca havia desejado tanto que ele realmente não estivesse ali. Sentia que, se olhasse seu principal suspeito nesse momento, seria capaz de esmurrá-lo.

Não estava dormindo. Sabia o que Raito havia feito de madrugada. Soube quando ele roubou a chave e correu até o banheiro. Normal, até esse momento, para uma situação delicada de adolescente.

-Mas ele não voltou para a cama.

L não acreditou quando, ao acompanhar através das câmeras os passos do fujão, testemunhou uma cena daquelas. Jamaisimaginaria isso de Raito.

-E depois ele diz que não é ‘nada sério’. Francamente. Que decepção, Yagami-kun. Poderia ao menos ter colaborado quando lhe pedi para sondá-la, mas você disse que não era íntimo de Amane...o que foi aquilo, então?

- Não, Matsuda. Tire essa bobagem da minha frente. Agora. – era a terceira vez em uma hora que L agia rispidamente com Matsuda, Raito notava. Isso fez os detetives se ajeitarem nos seus próprios afazeres, se afastando ao máximo do chefe e desejando boa sorte a Raito.

- Apesar dos avanços na investigação, o humor dele está pior do que nunca. Ryuuzaki.

O detetive se limitou a olhá-lo com o canto do olho. Ao invés de intimidá-lo, a reação só deixou o garoto mais indignado, e ele decidiu ser direto.

- O que há com você hoje? Está insuportável.

- Já você parece ótimo. – e virou-se novamente para os doces que devorava sem parar.

- Achei que, com a suspeita sobre a Yotsuba e um novo rumo para a investigação, seu humor estivesse melhor.

O silêncio pesado de L foi deixando Raito cada vez mais irritado, até que ele não agüentou mais. O máximo que aconteceria poderia ser uma nova troca de socos e chutes, o que, sinceramente, costumava funcionar.

-Que seja, então. – e puxou a corrente com vontade, derrubando um indefeso e estupefato L da cadeira. Ainda no chão, ele encarou Raito com olhos estreitos.

- Você quer brigar, Yagami? – a voz de Ryuuzaki nunca havia sido tão séria, desprovida do tom debochado das outras vezes, Raito percebeu. Mas não arredaria até descobrir o que perturbava tanto o detetive, e o encarou seriamente.

- Não. Quero que você pare de infantilidades e de descontar nas pessoas à sua volta suas frustrações. Não é assim que adultos resolvem as coisas.

- Ah, entendo. Você só está preocupado comigo. – disse, em tom de chacota, enquanto se levantava – Lamento se o incomodei...estou estragando a sua perfeita manhã, não é mesmo? Após uma noite agradável e produtiva.

- Do que você está falando, seu maluco?

- Esqueça. Deve estar se sentindo bem adulto hoje mesmo, não é?

- Mais do que você e seus acessos, com certeza. Ora, se quer mesmo brigar, venha!

Raito não deveria ter dito isso nesse dia, não com a raiva irracional que perturbava os sentimentos de Ryuuzaki. O que vira à noite lhe causara uma estranha mistura de raiva, asco e decepção.

Só de pensar em Raito e Amane juntos, tinha vontade de vomitar e de expulsar a moça suspeita de vez do QG, ou deixá-la trancada em regime fechado. Talvez não devesse tê-la libertado da camisa de força...resumindo, todas aquelas idéias desaprovadas pelos Direitos Humanos repentinamente cairiam muito bem na pele de Misa.

Por outro lado, para Raito, bater em Ryuuzaki nesta manhã seria uma ótima maneira de expurgar de vez o sonho esdrúxulo que tivera, e foi nesse espírito que partiram um para cima do outro.

Talvez nada tivesse mudado se não houvessem chegado tão perto de uma janela. Ninguém viu nem se lembra de como aconteceu, mas quando os dois se deram conta, o pior já estava feito. Em um chute particularmente bem impulsionado, L fez Raito voar o suficiente para bater com força na janela e quebrar o vidro com estardalhaço.

Isso no 39º andar.

Foi tudo muito rápido. Quando Raito, encarando os olhos exageradamente arregalados de Ryuuzaki, sentiu o chão sumir sob seus pés, imediatamente se viu pendurado pela corrente com a cidade inteira parecendo um formigueiro minúsculo lá embaixo.

-Vou morrer. Estupidamente.

Instintivamente gritou por socorro, olhando suplicante para cima. Deu com Ryuuzaki em pé no parapeito da janela, com os pés flexionados e as duas mãos segurando a corrente, também prestes a cair a qualquer momento.

- Ryuuzaki...SOCORRO!!!!!!!!!!!!!! – tentava alcançá-lo com a outra mão, sem sucesso, os pés batendo na parede buscando apoio. A vertigem o atingiu em cheio quando viu um dos sapatos escorregar e cair lentamente até sumir de vista.

- RAITO, NÃO DESMAIE!Segure a minha mão!

A voz de Ryuuzaki o chamou de volta. Ele se inclinava perigosamente na direção de Raito, tentando segurar sua mão, e havia enrolado o máximo possível da corrente no pulso, buscando firmeza.

- Ryuuzaki...eu não quero morrer assim, eu não quero! Me puxa!

- Estique a mão, Raito! Mais, mais impulso! Só mais um pouco!

- Não dá...se eu impulsionar mais, caímos os dois!!!O mais lógico...seria...

- Raito...se você cair, eu caio também.

Essa afirmação fez o coração de Raito pular. Não, ele não queria cair, e não queria que Ryuuzaki caísse também. Decidido, firmou o pé na parede e esticou a mão. L cambaleou, mas conseguiu alcançá-la.

- Peguei você, Raito! – segurou a mão dele o mais forte possível, e ambos esboçaram um sorriso. Raito escalou a corrente com o máximo de força, ainda escorregando perigosamente. O tempo parecia não passar.

- Não me solta, não me solta... – era tudo o que conseguia dizer enquanto subia.

- Não se preocupe, Raito. Eu não vou deixar você cair! – gritou e o puxou com toda a força, conseguindo agarrar as costas de Raito.

Os dois enfim caíram para dentro, suando. L continuava abraçado fortemente ao amigo, recuperando o fôlego. Raito segurava com força na camiseta branca, como se ainda estivesse pendurado. O coração de ambos palpitava.

- Não me deixa cair...

- Tudo bem...passou...passou.. – segurou o rosto dele, limpando o suor que escorria. Toda a raiva alimentada à noite e pela manhã se evaporou no alívio, e L se arrependeu de ter sido tão grosseiro. Como não conseguia pedir desculpas, continuava falando que havia passado. A voz dele acalmou a aflição de Raito aos poucos.

- Hum...Ryuuzaki...obrigado. Por não me soltar...o que seria o mais lógico. – levantou a cabeça, olhando-o nos olhos.

- Você acha que eu faria isso?

- Eu sinceramente não sei o que você faria ou não. Confesso que não me surpreenderia se o fizesse...

O abraço forte de L tomou Raito de surpresa. Não teve coragem de retribuir, mas aquilo o confortou demais.

- Eu não faria.

- Eu sei. Você não fez.

Uma eternidade pareceu se passar até que ouviram os gritos dos detetives se aproximando para socorrê-los. A situação da janela não durara mais do que um minuto, apesar de ter parecido infinita.

Watari recomendou que se dirigissem à enfermaria. Só então Raito percebeu as marcas roxas do próprio pulso, e, ao olhar pra Ryuuzaki, se espantou mais ainda. O pulso magro onde a corrente ficara enrolada estava roxo e até um pouco afundado, bastante ferido. Afinal, havia sustentado praticamente todo o peso de Raito.

- Ryuuzaki, seus pés! – Raito arregalou os olhos ao perceber os pés do amigo, que, por ter se firmado na janela quebrada, tinha alguns cacos de vidro enfiados nas duas solas. Obviamente sangrava consideravelmente, mas L não parecia se preocupar.

- Olha só pra você, precisa de cuidados!Não pode andar assim!

- Realmente, é um problema...mas está tudo bem. - L se levantou, e Raito flagrou a expressão dele se contorcendo por um instante.

- Teimoso. – franziu o cenho, bufando. No instante seguinte, sem dizer palavra, puxou Ryuuzaki pela manga da camisa e o levantou até as costas. Todos o olharam surpresos, mas ele permaneceu inabalável.

- Qual o problema? Essa magreza aqui não é nada pesada. Vamos à enfermaria.

- Deixe-me mostrar o caminho, Yagami-kun. – Watari apenas sorriu e tomou a dianteira, com Raito logo atrás de si. Os detetives fizeram menção de acompanhá-los, mas L se virou para eles e fez que não com a cabeça.

- Estaremos bem. Por favor, continuem com o bom trabalho, a equipe inteira não deve parar.

- Ao menos eu vou, já que o meu filho está envolvido – Soichiro tomou a dianteira – E, após vocês ficarem bem, gostaria de saber claramente o que aconteceu.

- Certamente, Sr. Yagami.

Durante o caminho para a enfermaria ninguém se manifestou, cada um ocupado com seus próprios pensamentos. Só quando eles já estavam instalados nas camas e recebendo os primeiros cuidados é que o silêncio foi quebrado.

- RAITOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Misa veio correndo da direção do banheiro e invadiu a enfermaria – tudo o que o já exausto Yagami não precisava, e que nenhum deles aprovava. Mesmo assim, ela se jogou no colo do amado.

- Raito tá bem? Foi um acidente? Misa ouviu gritos! AH!Raito tá machuca...

- MISA. Por favor. – colocou as duas mãos nos ombros dela – Eu estou bem. Controle-se. Ah, você não tem que ir trabalhar?

- Misa não vai trabalhar, tem que cuidar de Raito! – disse, resoluta. Diante disso, ele armou-se do seu melhor argumento.

- Ahhhnnn... Misa...Raito ficaria muito, muito triste se Misa perdesse o trabalho por causa disso...sinceramente, isso atrapalharia minha recuperação. – e fez sua melhor expressão de gatinho abandonado. Os olhos de Misa marejaram.

- Não! Misa não quer atrapalhar! De jeito nenhum! Mas é preocupante...

- Eu vou ficar bem...se você estiver bem.

- Ra...Raito... tudo bem, então. – totalmente comovida, Misa cedeu aos pedidos do rapaz. Antes de sair, ainda deu-lhe um beijo repentinamente, deixando-o completamente constrangido, e saiu saltitante.

- Por favor, esteja bem à noite! Estarei esperando... – e piscou, marota, antes de sair.

- Raito, você e Amane... – o pai dele ergueu as sobrancelhas, receoso. Raito engoliu em seco e deu um sorriso amarelo.

- Pai, o senhor sabe como a Misa é, não é...tão...imaginativa...

- Então ela está imaginando coisas, Raito-kun? – L se intrometeu na conversa – Não se preocupe, Sr. Yagami. Afinal, Raito está algemado a mim o tempo todo, logo, eu saberia se qualquer coisa acontecesse.

Ryuuzaki e Raito se encararam, e não foi preciso mais do que um olhar para fazer o estudante enrubescer completamente.

-Ele sabe. O Ryuuzaki sabe.

Mas L não sabia do verdadeiro motivo por trás disso, o qual envergonhava Raito sinceramente. E, sobre isso, ele não fazia idéia de como lidar dali para frente. Respirou fundo, levando a mão à testa.

- Minha cabeça realmente dói.


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Notas finais do capítulo

Notas Finais: então, primeiramente, desculpas!Esse capítulo realmente demorou, e a culpa é só da Ana-Washu...mas agora ele está aqui, e espero conseguir escrever mais rápido...

Mas olha só, finalmente o lemon, para quem estava esperando!Tudo bem, não foi na real, mas isso é questão de tempo...só pra adiantar, a cena já está escrita, só esperando o momento certo/evil/

No próximo capítulo: Um velho conhecido de olhos vermelhos retorna ao velho conhecido de olhos especiais dá adeus.