Uma Prova de Amor escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 7
Capítulo 5 - Promessas




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Capitulo 05 - Promessas

Bella

- Você não ficou com a gente, o que você tem? – Madison perguntou-me, quando nos encontramos ao meio dia, na saída do campus.

- Eu... Talvez eu não seja tão sociável assim, Madison. – Respondi. – Desculpe.

- Não a culpe! – Alice alfinetou. – Todos temos os nossos motivos.

- Ok, ok! Relaxem. Eu e os meninos vamos ao Burn’s mais tarde. Querem ir?

- Não posso. Eu trabalho agora. – Respondi logo em seguida, não dando tempo para ela responder.

- Tenho que ir. – Alice acenou.

Burn’s era um barzinho ao estilo anos cinqüenta muito freqüentado numa das avenidas principais de Londres. Fui apenas uma vez lá e, tinha que admitir, o lugar era realmente bom. Mas não fazia o meu tipo, eu havia me tornado alguém quase sem vida social, além de uma amiga próxima, do trabalho e, eventualmente, uma ou outra pessoa; além da falta de vida social, eu também não tinha outros planos, além de ir à faculdade, trabalhar e voltar para casa; e algumas vezes visitar o cemitério e as crianças do orfanato.

- Você realmente não consegue, não é?

- Não, Allie. Não adianta. – Murmurei.

- Hey, esqueça isso. Ninguém te culpa. – Alice deu de ombros e apoiou-me. – Vamos almoçar, depois preciso ir para a loja dar um jeito naquela víbora da ex-gerente.

Eu assenti e nós duas fomos andando pela rua principal até um restaurante localizado há duas quadras da faculdade. O lugar era pequeno, com um quê de um restaurante de uma vilazinha italiana, com garrafinhas de vinho em todas as mesas e garçonetes esperando para nos atender. Havia pequenos vasinhos de planta espalhados em alguns pontos e a iluminação era indireta. Aconchegante, conclui.

Depois de um almoço tranqüilo, regado aos planos malignos de Alice em relação à ex-gerente, que, de todas as formas, tentava prejudicar sua carreira que começava a deslanchar.

Desde pequena, Alice sempre quis fazer alguma coisa relacionada a moda. Quando estávamos no orfanato, sua diversão preferida era vestir as bonecas e arranjar retalhos de tecidos que as costureiras usavam. Com eles, ela fazia novas roupinhas. Mas, assim como eu, Alice não falava do seu passado.

Foi em torno de uma e meia que eu cheguei ao hospital. Encontrei Ângela no saguão principal, subindo para o vestiário geral. Cumprimentei-a e perguntei como tinha sido sua manhã. Ela dissera que conseguira assistir uma palestra de um médico importante, vindo da região de Los Angeles; ele também era cardiologista.

Depois de tomar uma ducha rápida e vestir meu jaleco, acompanhado de uma calça branca e sapatilhas da mesma cor, dirigi-me ao elevador que levaria ao andar da oncologia. Havia enfermeiras correndo por todos os lados nos andares relativos às cirurgias e maternidade. Em cerca de cinco minutos, eu já adentrava o escritório do Dr. Cullen, acompanhada da minha fiel agenda e canetas.

Ele sorriu ao ver-me.

- Boa tarde, Isabella. – Ele disse-me.

- Boa tarde, Dr. Como tem passado?

- Muito bem. Encontrou com Edward na faculdade hoje? – Ele perguntou sorrindo.

- Nos vimos de relance durante o intervalo. Nada mais. Ele tem seus amigos. E eu os meus. – Sibilei.

- Fico feliz que estejam se dando um pouco melhor. – Ele sorriu novamente. – Por favor, verifique os prontuários do Sr. Smith e da Mandy. E você tem uma nova paciente. Vou deixá-la em suas mãos. Quarto 920.

- Tudo bem. Vou apenas dar uma lida no último prontuário e finalizarei o que o Sr. Já iniciou.

- Perfeito. Tenho de lidar com alguns problemas do hospital agora, então não estarei em circulação. Ficarei nesta sala. – Ele anunciou.

Assim que saí da sala, fui em direção ao primeiro quarto, o do Sr. Smith. De acordo com o prontuário que a enfermeira da noite havia deixado, o paciente manteve seu estado estável, apesar de ainda ficar em observação por mais alguns dias, antes de poder entrar num estágio de controle da leucemia, através de comprimidos. Aparentemente, o Sr. Smith, de nome Jason, estava melhorando. Ele já tinha uma certa idade, seus quase cinqüenta anos, mas era um empreendedor, dono de uma empresa de sucesso em vendas, que agora estava preso a essa cama. Sua esposa e filhos vinham vê-lo todos os dias.

Quando entrei em seu quarto, ele olhava-se no espelho.

- Nunca imaginei ficar careca. – Ele disse-me.

- Oh, mas não ficou tão ruim. – Eu respondi. – Logo ele volta a crescer.

- Eu espero. – Ele ponderou. – Então, hoje eu pude almoçar direito. Comi um grande bife com batatas e suco de laranja, estava bom, não é?

- As nutricionistas estão fazendo um ótimo trabalho, e o senhor também. – Eu lhe falei, minutos antes de sua esposa, acompanhada de um jovem de cabelos negros e olhos claros, entrarem no recinto.

A esposa cumprimentou-me com um sorriso e um par de olheiras no rosto, às vezes ela passava noites em claro aqui, quando seu marido tinha crises. Seu filho cumprimentou-me de forma mais polida e eu logo dei meu parecer.

- Esta noite não houve crises. Então, de acordo com este prontuário, já podemos começar, a partir de agora, com os medicamentos de controle. – Fiz algumas anotações. – Se tudo ocorrer bem, e vai correr, o senhor poderá voltar para casa em menos de um mês.

- Um mês? – Disse o rapaz.

- Desculpe-me. Não posso lhes dizer que ele voltará tão cedo. Este tratamento, apesar de eficiente, é lento e precisamos observá-lo por um certo número de dias, para ter certeza de que ele estará em condições físicas, tanto externas quanto internas, de voltar para casa.

- Mas isso, de qualquer forma, é muito bom, não é Jason? – A esposa abraçou-o.

- Oh, sim. Bella aqui tem cuidado muito bem de mim e vai cuidar. Vou sair daqui rapidinho. – Ele riu.

Depois de verificar todos os monitores, as sondas – de alimentação e respiração – e então pedir as enfermeiras que agora prestassem atenção ao novo prontuário, pude sair da sala. Dentro de mim, algo se alegrou ao ver o Sr. Smith, que a tanto tempo tem estado nessa cama, melhorar um pouco e ter esperanças de ir embora para sua casa.

Logo que saí, fui ao quarto de Mandy, a garotinha, para ver como ela estava. Na noite passada, ela havia tido uma crise respiratória, causada pela baixa imunidade de seu sistema de defesa. Infelizmente, ela ainda tinha muito a lutar. Porém, assim que entrei pude observar que ela não havia ficado tão abatida com a crise, ou, melhorou bruscamente. Seus cabelos, de cor louro escuro, estavam ligeiramente bagunçados, porém não haviam as mesmas marcas roxas abaixo de seus olhos, agora, não passavam apenas de borrões de um tom um pouco mais escuro que sua pele pálida. Seus olhos cintilaram ao ver-me.

- Bella! – Ela exclamou.

- Olá, Dra. – A mãe de Mandy cumprimentou-me.

- Bom dia. Vejamos. - Examinei com mais atenção seu prontuário. – Soube da sua crise ontem à noite. Como se sente?

- Melhor agora. Mas eu gostaria de ir embora logo. – Ela reclamou. – Me fala, Bella... Nunca me disseram o que eu tenho. Nem a mamãe. Ela só fala que é uma doença que me deixa fraca.

Eu arregalei os olhos. Então, um turbilhão de lembranças invadiu minha cabeça e eu quase me perdi, mas lembrei que havia Mandy para consolar, e que com meus problemas, eu lidava depois.

Sem dizer nada, fiz um leve aceno para a Sra. Pembrose. Quando ela saiu do quarto, fechei a porta atrás dela e então a encarei, duramente.

- Não lhe disseram nada? Nada? – Falei bruscamente.

- Não queria vê-la sofrer. É minha filha.

- Sim, mas agora ela também é minha paciente. Ela tem o direito de saber. – Respondi.

- Mandy é sensível, Dra. Ela não pode passar por nada grave. Vai ficar fraca, entrar em depressão. – Ela murmurou.

- Seria melhor que ela entrasse em depressão do que ficar no escuro, como está. Se ela, por acaso, entrar em depressão, nós podemos ajudá-la. E então, quando tudo passar, ela vai saber que viveu aquilo e que não foi uma mera doença. Se a doença ressurgir e você não estiver ao lado dela, ela saberá o que fazer. – Tentei ser o mais diplomática possível. Eu sabia que não estava errada.

Ela ponderou.

- Você tem razão. Conte a ela.

Nós duas entramos novamente. A mãe de Mandy tinha o rosto ligeiramente avermelhado, por causa de uma quase discussão. A filha esperava, silenciosa, na cama. Eu fui ao seu lado, tomando coragem para fazer algo que eu já sabia que resultaria num tumulto. Engoli seco.

- Então? – A garota encarou-me.

- Sua mãe não mentiu. – Eu lhe disse. – Mas não lhe disse tudo.

- O. Que. Eu. Tenho? – Ela teimou.

- Mandy, você tem uma doença chamada Leucemia. É o câncer, que você ouve falar. – Em momento algum, ela me interrompeu. – Essa doença ataca de várias formas. Em seu corpo, elas atacaram as células que protegem seu organismo. Então você fica doente com mais freqüência que outras crianças.

- E como sara? – Ela perguntou.

- Demora. Por enquanto você está tomando alguns remédios direto no seu sangue, mas se não funcionar você terá que fazer um outro tratamento. – Eu hesitei, pois eu sabia que Mandy teria que fazê-lo.

- Querida. – A mãe dela sibilou. – Eu não te contei porque havia achado que era o melhor, mas a Dra. Achou que seria melhor para você, se você soube.

- E eu vou ficar aqui por muito tempo? – Mandy perguntou, com os olhos já cheio de lágrimas.

- Mandy, tem mais uma coisa. Sua doença está um pouco avançada e eu não tenho certeza de quando você sairá daqui. – Disse a ela. – Pode ser que o novo tratamento deixe você um pouco fraca, você vai passar mal e perder o cabelo.

Mandy desatou a chorar, mas sua mãe abraçou-a com toda força que tinha, na esperança de confortá-la. Eu as deixei a sós e fiquei na dúvida do que fazer; chamar o Dr. Cullen para conversar com elas, ou, terminar meus afazeres, já que ele estava em uma reunião. Eu, mais do que ninguém, sabia como Mandy se sentia, porque eu já havia vivenciado tudo aquilo.

Correndo pelos corredores, voltei ao escritório e bati a porta. Ouvi um entre.

- O que houve, Bella?

- A Sra. Pembrose, mãe de Mandy, pediu que eu contasse à filha o que ela tinha. Pois a menina perguntou. – Desabafei. – Não sei se fiz o correto, mas tentei explicar da forma mais clara que uma criança podia entender. Mas... Mas eu encorajei-a a contar, porque, bem, Mandy não podia ficar sem saber...

Eu deixei minha cabeça pesar sobre minhas mãos, que estavam sobre os joelhos. Eu não queria lembrar. Não, eu não podia. Seria doloroso demais.

- Oh, merda. – soltei, quando uma turba de imagens, em flashes, vieram à tona, do lado mais fundo das minhas memórias. – Ela ficou sem saber. Foi doloroso. Está sendo.

Eu sabia que estava sendo insana, mas quando as coisas chegavam àquele ponto, eu não conseguia me conter.

- Bella. Bella, olhe para mim. – Ele pediu. – Você fez o certo. Mandy é só uma criança, mas mesmo uma criança deve saber o que acontece com seu corpo.

- Céus, Emma, me perdoe. – Eu sibilei.

- Bella, levante-se. Lave seu rosto. Emma está bem, o que quer que tenha acontecido, ela te perdoou.

Ao ouvir aquelas palavras, eu despertei.

- Me desculpe. – Murmurei.

- Está pedindo desculpa por fazer a coisa certa? – Ele sorriu tão gentilmente, que senti que minha culpa sumira em segundos.

- Não. Por isso agora. – Murmurei. – Passaram-se cinco anos, mas parece que foi ontem.
- Eu sei como é. – Ele limitou-se a dizer.

- Eu não superei. – Levantei-me. – Me desculpe por interrompê-lo. Vou voltar ao meu trabalho.

- Bella. – Ele chamou-me. – Não se preocupe, você fez o certo. Deixe-as a sós e só volte lá quando for preciso. Se você já fez as anotações no prontuário, passe-as a enfermeira chefe e deixe-o aqui.

- Ok.

Eu sai do escritório, após alguns minutos. Em teoria eu estava em frangalhos, por dentro. Mas me sentia bem de uma certa forma. Eu sabia que depois de algum tempo Mandy iria se conformar e fazer o que fosse preciso para ajudar a si mesma. E foi pensando nisso que segui para o último quarto, onde eu veria meu novo paciente, já iniciado pelo Dr. Cullen.

Quando cheguei ao quarto, encontrei a porta entreaberta. Primeiramente bati, ouvindo um “entre” baixo, eu a abri completamente e adentrei no quarto. Na cama, ligado a um litro de soro, jazia uma garota. Ela estava sozinha, não havia porta-retratos, só uma mala e uma agenda, junto a um estojo e um caderno de desenhos. Ela estava distraída, olhando para a televisão.

- Bom dia. – Eu disse-lhe.

- Oi. Você é a Dra. Bella, não é? – Ela perguntou, só então, pude reparar em sua fisionomia.

- Sim, mas me chame de Bella. Como se chama? – Perguntei, embora eu tivesse o prontuário.

- Você tem meu nome aí.

- Desculpe, estava querendo ser cordial. – Limitei-me a dizer. Corri os olhos sobre o topo da página e vislumbrei seu nome. – Jane. Sem sobrenome.

- O médico loiro disse-me que é você quem vai me falar o que eu tenho.

- Sim, irei, assim que eu sair para pegar os exames. – Respondi. – Agora precisamos conversar, Jane.

Ela assentiu.

Jane não tinha sobrenome, junto a ela, apenas alguns pertences. Seus cabelos eram longos, loiros. Seus olhos azuis, quase brancos; era possível ver suas veias azuladas por baixo da pele. Teríamos alguns problemas ali.

- Quem lhe trouxe aqui? – Perguntei-lhe.

- Não sei. Acordei aqui. A última coisa que me lembro era que eu estava em casa, sozinha, então desmaiei.

- Parentes?

- Meu pai morreu quando eu era pequena e minha mãe desapareceu. Eu vivia com um tutor, mas ele tomou tudo o que eu tinha, que não era muito... E quando eu ia sair de casa ou... Não sei... Eu só sei que desmaiei. – Ela contou, passando os dedos pelo cabelo louro e fino. – Eu não sei o que fazer.

- Quantos anos tem?

- Dezesseis.

- Bem, que tal cuidarmos da sua saúde primeiro? – Eu lhe disse, achando que estava tratando com alguém jovem demais, mas eu me enganara. – Eu volto em alguns minutos. – Disse-lhe.

Saí do quarto e encontrei-me com a enfermeira chefe, que já trazia os resultados dos exames de Jane. Eu precisava descobrir mais sobre a garota, porém, antes eu tinha que cuidar de um pequeno aglomerado de células que insistiam em aparecer em um de seus exames. Voltei ao quarto trazendo uma bandeja com algo que ela pudesse comer, sem ser a gelatina esquisita que serviam naquele lugar.

- E então? – Ela encarou-me.

- Você sabe em que ala está? – Perguntei.

- Não. Acordei aqui.

- Preciso te fazer mais algumas perguntas. Tente se lembrar... Você teve alguma dor de cabeça forte, enjôos, outros desmaios ou algum tipo de crise? – Listei alguns dos sintomas típicos de alguém que tinha um quadro anêmico/leucêmico.

- Não que- - Ela hesitou. – Bem, eu tinha dores de cabeça, mas a dona Mallon dizia que era apenas enxaqueca. Mas não me lembro dos enjôos. Vomitei apenas uma vez e desmaiei também.

- Jane, esta é a ala de oncologia do hospital. Quando você chegou, eles fizeram os exames padrão e, de acordo com os resultados, eles te encaminham para a ala certa.

Ela fitou-me.

- Oncologia. Câncer, certo? Estou muito doente?

- Você tem um quadro anêmico grave para alguém da sua idade. E seus glóbulos brancos estão altos demais, sua taxa de imunidade está muito baixa. – Informei-lhe. – Nós vamos tratar disso da melhor forma possível.

- Bem, é menos do que eu imaginava.

- Você tem sobrenome?

- Volturi. Meu nome é Jane Volturi.

O simples fato de se não ter um parente que pudesse estar ali para confortar o quem quer que fosse o enfermo, incomodava não só a mim, como médica, mas incomodava ao paciente e, neste caso, Jane. Eu sabia o que estava sentindo. Seus olhos cintilaram com algumas lágrimas que caíram silenciosas sobre suas bochechas levemente rosadas e, que em breve, se tornariam totalmente pálidas.

Quando me despedi dela, deixando o quarto e indo ao escritório, prometi a mim mesma que me dedicaria mais a ela, mesmo sendo uma completa desconhecida. Eu faria isso por ela, porque há anos, fizeram isso por mim. Essa seria minha promessa.

- Bella, já avaliou o caso do quarto da nova paciente?

- Sim, Dr. Cullen. – Assenti. – O caso dela é uma anemia bem grave e um aumento dos glóbulos brancos. Uma leucemia leve, digamos assim. O nome é Jane Volturi e não possui parente algum aqui. Eu gostaria de pedir ao senhor se poderia tomar conta do caso dela. Faço relatórios mais detalhados, se for preciso.

- Não vou lhe perguntar por que se interessou tanto por este caso, mas contanto que você mantenha um relatório semanal do caso dela e, venha falar comigo quando não estiver segura. Tudo bem? – Ele perguntou, com seus olhos dourados encarando-me profundamente, talvez buscando uma resposta para a sua pergunta.

- Perfeitamente. Deixe-me perguntar algo. – Pedi novamente. – Eu gostaria de fazer uma busca de parentesco, conhece alguém que poderia me ajudar? O sobrenome Volturi não me parece estranho, mas eu gostaria muito de poder achar algum parente para Jane. – Expliquei-lhe.

- Acho que posso lhe dar alguns nomes. Realmente não me é estranho o sobrenome Volturi. Talvez seja de origem italiana. Fale com Edward, ele poderá lhe ajudar muito bem. Diga a ele que quaisquer gastos serão debitados da minha conta.

- Com Edward? – Arregalei os olhos.

- Sim. Meu filho está trabalhando numa companhia de advocacia. Ele saberá como lhe ajudar.

- Obrigada, Dr.

- Agora, preciso que encerre seus serviços aqui e vá para a empresa de Esme. Ela precisa dos seus serviços. – Ele pediu-me, dizendo, em seguida, que pagaria uma quantia a mais enquanto eu prestasse alguns serviços a Esme.

Saí do escritório e fui ao vestiário. Troquei-me, passei o cartão e entrei no Mercedes que já estava a minha espera. Eu concordei em prestar serviços a Esme, não por causa de uma quantia a mais em minha conta no final do mês – o que não era de todo ruim, considerando a quantia que eles me pagavam -, mas somente por causa dela, da senhora Esme.

Essa seria mais uma de minhas promessas.


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