Accio Love escrita por TheMagicWorks_


Capítulo 5
Confissões


Notas iniciais do capítulo

Acho que os capitulos vão ser um pouquinho maiores agora hahahahahha



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Depois da primeira prova do Torneio Tribruxo ser concluída com sucesso, fomos comemorar no salão comunal.
Harry pegou o ovo dourado do dragão e pareceu empolgado.
– Vocês querem que eu abra? – gritou, sendo carregado por dois outros meninos.
– Sim! – Todos nós gritamos em coro.
Eu realmente gostaria muito de saber o que tinha dentro do ovo. Seria uma nova pista para a próxima prova?
– Vocês querem que eu abra? – Perguntou de novo.

– Sim! – Respondemos ainda mais animados.
Harry abriu o ovo devagar.
Um barulho horrível saiu lá de dentro.
– Mas que porra está acontecendo aqui? – Ronald perguntou, parado na porta.
Harry fechou o ovo e o silêncio tomou conta do lugar.

– Muito bem pessoal! Voltem para seus afazeres! – Disse Fred.
– Já vai ser bem desagradável sem ter um bando de xeretas ouvindo. – Falou George.
Fiquei feliz por Ronald ter falado com Harry depois de todo esse desentendimento.
Os dois são se falavam desde que Harry foi escolhido para o campeonato. De certo, Ron ficará magoado, pois queria ter participado e tinha dito para Harry.
– Eu já volto. – Disse Lizz, com mais um daqueles risinhos abafados.
Fred a puxou pela mão.
Eles não haviam dito para ninguém, mas estava claro que Fred sempre pertenceu à Lizz. E Lizz? Ora, Lizz sempre pertenceu à Fred.
Queria eu ter tal sorte com George.
Nós sentamos em um sofá no centro do Salão Comunal.
– Finalmente os dois se acertaram, não? – George disse.
– Exatamente! – Eu sorri, sem graça.
Eu, realmente, não aguentava mais ficar sem graça na presença de George. E o meu coração batia tão forte, parecia que ele poderia explodir em qualquer momento.
Deitei no sofá e coloquei meus pés em cima das pernas de George.
Ele arqueou a sobrancelha.
– Já te disse que você é folgada? – Ele olhou pra mim.
– Não sou! – Falei, rindo.
– Vamos procurar os dois? Daqui à pouco fica tarde. – Ele empurrou minhas pernas e estendeu a mão pra que eu levantasse do sofá.
Saímos da Sala Comunal e corremos para o jardim.
– Clear, posso te fazer uma pergunta? – George perguntou enquanto caminhávamos pelo corredor escuro, iluminado apenas por algumas tochas presas à parede.
Senti meu coração parar e voltar à bater mais rápido ainda.
– É claro! – Respondi, com a voz falhando no final da frase.
– Tem uma menina, eu gosto muito dela. – Ele riu sem graça, quase corando – mas ela nunca demonstrou gostar de mim. – Seu olhar agora era distante.
Será que era de mim que ele estava falando?
Obvio que não.
É claro que não.
– Mas e se ela gostar de você também? Eu conheço uma menina que gosta de um garoto, ama talvez, ela ainda não tem certeza dos seus sentimentos, mas ela nunca demonstrou nada mais que amizade. – Respirei fundo.
Pedi aos céus para que ele não percebesse que eu estava falando de mim mesma.
Não entendo. Quando a gente gosta de alguém, o certo é demonstrar, não é?
Exatamente. Mas deixe-me fazer uma pergunta... Você disse à ela o que sente? Suponho que não, assim como você tem medo de perder a amizade da tal garota, ela se sente da mesma forma. Ou, seja só amizade que ela sente por ti mesmo. É bom tomar cuidado pra não confundir as coisas.
Clear, eu gosto tando dela. Pelas barbas de Merlin, será que um dia ela irá perceber? Eu sou um tolo por não ter coragem de dizer isso à ela.
Eu parei de andar e sentei no chão.
Tô cansada de andar, senta um pouco também. Puxei a mão dele pra baixo.
Ele deitou a cabeça no meu colo e deitou no chão, que estava até quente para a estação. Era inverno.
George, se eu souber que alguma idiota está machucando você, eu juro que mato, entendeu? Passei os dedos nos cabelos dele que tinham crescido um pouquinho.
Eu digo o mesmo, senhorita Padalecki. Seus olhos verdes me encaravam.
Por que eu não conseguia dizer quatro palavras? Eu só precisava dizer “Eu gosto de você”, e assim ele ficaria sabendo. Assim, ele poderia perceber que a tal menina que ele gosta não deve gostar dele como eu gosto e que ele podia me dar uma chance.
– O que vocês estão fazendo aí? – Perguntou Fred, quase não conseguindo enxergar a gente.
Realmente fazia muito escuro.
– Fred, tenho que tomar a Lizz até amanhã. Você me empresta? – Pedi, quase implorando.
Ele olhou pra ela confuso e se despediram com um selinho.
Eu a puxei direto para o dormitório da Gryffindor.
Agradeci por todas as meninas estarem na Sala Comunal e não ter ninguém pra ouvir o que eu iria dizer para Lizz.
Ela sentou na cama dela e eu sentei na minha, que ficava em frente.
– Tenho que confessar algo...
– Desembucha! – Ela me olhava já assustada.
– Eu gosto do George, e agora?
Confesso que doeu um pouco confessar isso. Senti uma pequena pontada no meu coração.
Afinal, eu gostava mesmo dele? O conhecia não tinha nem duas semanas. E, bom, eu nunca gostei de um menino antes pra saber como é a sensação.
– Mas isso não é maravilhoso? – Disse Lizz, sorrindo.
Até seria, se ele gostasse de mim.
– Ele não gosta de mim, Lizz. – Senti a mesma pontada no meu coração, só que um pouquinho mais forte. – Ele me disse, agora, que estava gostando de uma menina. E o pior – olhei pra baixo – ela não gosta dele.
– Mas não é possível! – Lizz deu um pulo. – Também tenho que confessar algo... – Sua voz agora tinha mudado. – Só peço que não fique chateada comigo, nem George sabe de tal plano.
Plano? O que Lizz tinha armado? Por que ela não teria me contado?
– Me conte logo, Lizz Longbottom!
– George gosta de você, Clear. Eu e Fred somos amigos desde o primeiro ano. E bom, Fred me contou que George te olha diferente desde o nosso segundo ano, mas nunca falou nada e antes de entrar pra escola confessou ter uma queda... – Ela riu – uma queda não, um tombo por você. – Ela fez uma pausa – Mas o meu plano e de Fred era aproximar vocês dois. George também não sabia que Fred me conhecia. E lembra quando eu te falei que gostava do Ron Weasley? Era mais uma parte do plano, sempre gostei de Fred. De noite, quando eu tinha insônia... Geralmente era pra encontrar Fred, e em uma dessas noites, nós tivemos a idéia desse plano.
– Pelas barbas de Merlin! Vocês... Como... – Perdi a fala.
Como Lizz tramou isso tudo e eu nunca desconfiei? Como? George... Gostar... De mim? Isso era algo fora do padrão.
– Clear, preciso dormir. Amanhã eu prometo que podemos conversar. Fazer o que você quiser, mas vamos descansar antes que alguém chegue e escute nossa conversa.
– Durma, mas não esqueça que você me deve explicações!
Trocamos nossas vestes por pijamas e fomos dormir.
Eu pensei que não pegaria no sono, afinal, o meu ruivo predileto gosta de mim também.
Mas eu gostava mesmo dele?
Como poderia saber?

Acordei com barulhos parecidos com bombas dentro do quarto.

Também havia risadas.

Mas eu não sabia o que estava acontecendo.

Mesmo escutando parte do que se passava lá fora, eu ainda estava presa no mais belo sonho.

"BOOOOOM". Algo estorou perto de mim.

Lizz gritou.

Eu levantei assustada.

- Fred! George! - A luz do Sol que entrava pela janela era tão forte que tive que fechar os olhos. - Que horas são? - Deitei na cama de novo.

- Hora das senhoritas acordarem! - Fred tirou a coberta de cima de Lizz.

George ia fazer o mesmo, mas eu o impedi levantando antes.

- Ok, mas vão lá pra fora... Precisamos nos trocar, meninos! - Lizz disse, ainda sonolenta.

- É claro! - Os dois responderam, descendo.

- Esses meninos... - Eu falei, rindo.

Tomamos banho e nós arrumamos para encontrar os meninos.

Assim que descemos as escadas do dormintório, eles estavam lá.

- Agora sim, bom dia! - Lizz disse, selando os lábios de Fred.

- Vamos parar com a melação e vamos comer. - Coloquei a mão na barriga. - Eu tô morrendo de fome.

George se curvou.

- Sobe aí. - Falou.

- Não, você não vai me aguentar! - Falei.

A verdade, é que eu tinha medo de altura.

Fred me empurrou e eu cai em cima de George.

Ele me levou até o grande salão nas costas.

Sentamos perto de Angelina.

Havia algo nela que eu não gostava muito.
Ronald e Hermione estavam um pouco afastados.
Segurei a tentação para não perguntar se tudo estava bem entre Harry e Ron de novo.
Fred e Lizz nunca se desgrudavam. Eram como perfeitas almas-gêmeas.
Sim, eu acredito nisso. Apesar de ter certeza de ser uma bobagem completa!
Angelina sentada no lado aposto ao meu, me fuzilava com os olhos. Eu tinha até perdido a fome.
Ronald tinha recebido um embrulho, o que me fez prestar atenção na conversa do trio.

- Falei à ele que ia arrumar um autografo do Harry... - Disse Ron, abrindo o pacote que tinha recebido. - Minha mãe me mandou uma coisa!
Um tipo de casaco, com gola rosa e estranha saiu do pacote. Ron levantou e colocou junto ao corpo.
- Ela me mandou um... vestido! - Ele concluiu.
- Combina com seus olhos. - Disse Harry de boca cheia. - Tem um gorro! - Harry pegou mais alguma coisa dentro do pacote.
- Guarde isso, Harry! - Ron falou.
Ele caminhou até onde Gina estava sentada.
- Gina, eu acho que é pra você! - Olhou para ela e para o vestido.
- Eu não vou usar isso, é ridículo! - Ela disse, olhando com nojo para a peça de roupa.
Todos nós rimos.
Vestes a rigor. E, certamente, não era pra Gina.
- Por que estão rindo? - Ron perguntou.
- Não é para Gina. É pra você! - Disse Hermione, arrancando mais risadas. - Vestes a rigor.
- Vestes a rigor? Pra quê? - Perguntou, arregalando os olhos.
- Não faço idéia. - Hermione respondeu.



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Notas finais do capítulo

E eu tô lendo uma fanfic original linda! Quem quiser, pode dar uma olhada aqui http://www.fanfiction.com.br/historia/156360/Unidas_Pelo_Destino.