Silena e Luke andaram de mãos dadas em silencio até a casa de Frederick, e pela primeira vez ela não se sentiu sozinha, ela sentia como se pudesse contar com Luke, parecia que ela estava finalmente aprendendo a tomar decisões por si só.

Luke andava com um sorriso estampado no rosto, pois ele depois de muitos anos não ficou pensando em que novo lugar ele iria e não se passava em sua cabeça nenhuma forma de dizer adeus a Silena, afinal ele iria aonde ela fosse.

Eles entraram pela porta da frente e se depararam com Annabeth, Percy e Thalia e Nico com passaportes na mão e malas ao lado do sofá.

-Aonde vocês vão?- Silena perguntou.

Thalia sorriu e deu de ombros.

-Não sabemos exatamente, mas pra qualquer lugar longe daqui.

-Por quê? Mas e o testamento?-Luke questionou.

-Não acho que esse dinheiro ou propriedade vale nossas vidas- Percy falou entrelaçando os dedos nos de Annabeth.

-Mas e Frederick vamos o deixar ganhar?- Silena parecia assustada.

-Ganhar?- Thalia perguntou se levantando- Ele controlou nossas vidas a vida inteira até mesmo depois de sua morte.

-Não sabemos se ele está realmente morto- Luke murmurou.

Thalia assentiu.

-Não me importo se é ele ou não, mas quem quer que seja tentou matar Annabeth e matou Ava e na boa não quero ser a próxima.

-E a Annabeth oque ela vai fazer?- Silena quis saber.

-Sou maior de idade- Annabeth falou rindo.

-Mas... – Silena não encontrou algo para contradizer.

-Eu gostei da ideia, vamos para aonde?- Luke perguntou.

- o primeiro voo do aeroporto é para o Brasil – Percy informou com o celular na mão.

-Ótimo, vou arrumar minhas coisas- Luke falou.

Ele e Silena foram para seus quartos e juntaram tudo oque acharam que deviam levar e embora eu não leia pensamentos eu mesmo poderia jurar que aquelas três irmãs pensavam exatamente a mesma coisa.  

Elas esperaram a vida todas delas que algo acontecesse e mudasse tudo, mas no fim elas se escondiam das mudanças, uma se escondia em filmes e personagens na qual ela fingia ser embora para que ela não pudesse odiar ela mesma por não ser assim como todos ao seu redor queriam, outra procurava nas brigas encontrar a paz mental e segurança que ela jamais havia recebido de sua família e uma delas procurava ser forte e superar, mas no fim ela apenas revivia o mesmo dia a cada instante e enquanto seus pés tocavam o chão sua cabeça estava distante dali fora de um planeta ou de qualquer coisa que tivesse volume ou espaço que no caso seria o nada onde se encontra a imaginação e lá em suas profundas lembranças ela revivia o passado e tentava evitar pensar como seria o futuro por que ela tinha medo. Medo da vida e que ela pudesse mudar novamente e novamente. Medo de que talvez alguém soubesse sua historia, mas agora elas haviam descoberto sua fraqueza que foi sempre continuar parada aguentando tudo oque os outros lhe falavam, elas tinham sonhos, mas não eram os delas. No fim elas eram crianças que não tiveram infância e agora era a hora delas viveram essa fase.

Talvez fosse o pai delas o assassino ou talvez fosse seu tio ou primo, mas que sentido faria culpar alguém que elas nem conheciam.  Annabeth, Silena e Thalia jamais imaginaram que um dia isso aconteceria, mas se tivesse imaginado que sentido faria? Acontecer algo que elas mesmas esperariam?

Bom não importa vou deixar que vocês imaginem oque será que aconteceu com elas, mas minha historia eu escrevi para quem quiser ouvir e hoje eu sei que talvez eu vá morrer de verdade, mas não me importo, pois fiz minha parte.

Uma historia tão boa não deve deixar de ser contada. As vezes até assassinos contam historias.

                                                                 Com grande amor

                                                                                                     Sr. Chase.