O Testamento escrita por Ovo com miojo, Stefany Alves


Capítulo 16
O Passado Não é mais como o futuro


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dedicado as 5 divas que recomendaram!
Obrigado



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 Pov. Thalia

Meu mundo girava, por que eu estava ali? Por que ELAS estavam ali?

-Você esta diferente- Silena comentou se sentando em uma cadeira ao lado da cama.

Nico e o garoto que estava junto deles decidiram que tinha que fazer algumas coisas como desculpa para sair do quarto e nos deixar a sós.

-As pessoas mudam – falei com ironia.

Eu não queria agir assim, mas por que agora? Se Ava não tivesse me arrastado para lá elas simplesmente nunca iriam atrás de mim, eu nunca havia significado nada pra elas e elas eram apenas parte do meu passado.

-Como o carro bateu? – Annabeth sentou-se no pé da cama.

-Batendo, sabe Ava nunca dirigiu bem-resmunguei pegando o controle e mudando de cana a TV.

-Conversei com sua medica ela disse que em breve terá alta- Annabeth comentou.

-Eu sei, vou voltar pra New York.

-Eu queria que ficasse... Sabe pelo menos por um tempo...

Encarei Annabeth, ela usava jeans e camiseta, Silena já era completamente diferente usava um short jeans curto, uma blusa com babado e salto alto.

-Porque agora? Por que nunca me procuraram?

Annabeth olhou para janela. Silena segurou minha mão.

-Pelos mesmos motivos que você não nos procurou- Silena tinha uma voz melancólica, como se já houvesse imaginado aquele momento muitas vezes e não estava sendo como planejado.

PDV Percy.

Nico e eu resolvemos ir almoçar, afinal o dia havia sido cheio, meu nariz havia parado de sangrar, mas ainda doía.

-Quer disser que você e a Thalia se conhecem de outros carnavais né?- falei

Nico sorriu.

-Fui advogado dela uma vez.

-Ela é encrenqueira então?

-Não eu acho apenas que ela precisa de ajuda.

-Que tipo de ajuda?- entrei em um restaurante.

-de uma família- Nico me seguiu- a comida aqui é boa?

-Se for como eu me lembro, sim muito boa eu e Annabeth costumávamos... – paralisei imagens do passado voltaram a minha mente.

-Foi aqui que se conheceram?- Nico perguntou sorrindo.

Meu celular começou a tocar.

-Foi aqui que terminamos- murmurei e atendi o celular.

-Alô?- ouvi vozes barulho de carros, mas nenhuma resposta.

-Percy?- a voz de Rachel surgiu do outro lado da linha.

-Rachel, oque você quer?- perguntei.

Nico ergueu as sobrancelhas, sorri e me afastei um pouco dali.

-Você não me ligou – ela resmungou.

-Estou meio ocupado- retruquei.

-Como está seu pai? Conseguiu provar a inocência dele?- ela perguntou.

-Eu estou em uma reunião agora, depois te ligo- desliguei antes que ela pudesse retrucar.

Minha consciência pensou no mesmo instante, eu não queria mentir para Rachel, afinal ela era uma boa pessoa, ela me ajudava sempre que eu precisava... Ela me amava e eu simplesmente a iludia.

Eu iria me casar em menos de um ano e eu não conseguia ficar feliz com isso.

-Tudo bem cara?- Nico perguntou percebendo minha expressão.

PDV. Thalia

-Então depois de 10 anos acho que vocês devem ter muitas novidades para contar não é mesmo?- Silena sorria, seu sorriso era fofo e belo igual há anos atrás.

-Não terminei a faculdade- Annabeth comentou

-Bati o carro de nossa tia há dois anos- Silena sorriu novamente

-Já fui presa nove vezes – comentei seria.

Annabeth e Silena ficaram em silencio por um tempo, então começaram a rir como loucas.

-Sempre a ovelha negra- Annabeth comentou.

-Já roubei uma loja de roupas- Silena falou rindo.

-Já pinchei à casa de um politico- respondi.

Eu e Silena olhamos para Annabeth esperando que ela falasse algo ruim que ela já havia feito.

-Eu já fui suspensa...

Eu e Silena bufamos.

-Já coloquei fogo na escola que eu estudava- Silena e Annabeth me olharam assustada.

Annabeth ia disser algo quando a porta se abriu e a medica entrou:

-Desculpe, mas Ava acordou e ela pediu para ver Annabeth Chase.

Annabeth ficou pálida, como se a ideia de falar com a própria mãe a assustava, ela se levantou.

-Eu já volto- ela avisou e saiu junto da medica.

Olhei para Silena.

-Gosto dos seus filmes- comentei- Você conseguiu realizar seu sonho.

Silena me encarou e respondeu olhando para janela.

-Às vezes nossos sonhos não são como a gente esperava.

-Annabeth não sabe né?- perguntei.

-Não e eu queria que você também não soubesse, sabe todos os escanda-los e fofocas nem tudo é verdade-Silena ainda olhava para a janela.

Imaginei do que ela estava se referindo, ultimamente a cara dela era oque mais saia nas revistas, seu namorado havia sido visto beijando o produtor do filme que ela estava trabalhando, ela estava sendo acusada de homofobia por um cara e ainda por cima haviam inventado que ela estava gravida só por que havia engordado...

-Eu sei Barbie- falei.

-Cara de pinheiro- ela falou sorrindo.

Sorri, havia anos que ninguém me chamava assim.

-Lembra quando Frederick te chamava assim?- Silena perguntou sorrindo.

-Só por que eu bati a cara no pinheiro- falei indignada.

Lembrei-me de meu pai e percebi que não o havia visto ainda.

-Onde ele está?- perguntei

O Sorriso de Silena se desfez.

PDV. Annabeth

Abri a porta lentamente e logo avistei Ava sentada na cama olhando para o nada.

-Annabeth?- ela perguntou

Sua voz era rouca e fria, diferente de como eu me lembrava, antes era doce e meiga.

-Sim – respondi me aproximando.

-Não se lembra da sua mãe?- ela me perguntou olhando.

Seu rosto era cheio de rugas e murcho, ela aparentava ser uns vinte anos mais velha do que deveria.

-Deveria me lembrar?- perguntei

-É esta certa- ela voltou seu olhar para o nada.

Ela estava diferente, era quase impossível imaginar ela sorrindo...

-Por que está aqui?- perguntei.

-Frederick morreu, tenho direito a herança dele.

Senti o sangue ferver em minhas veias, por um momento eu havia pensado que ela estava ai para pedi perdão, para mudar seus erros, mas ela estava ali por um motivo, por um simples fato... Dinheiro...

-Você não vai conseguir um centavo dele!-gritei.

-Annabeth, minha filha não seja ignorante você sabe que precisa de mim ou então o dinheiro de seu pai suas terras e tudo pelo oque eu ele lutou será transformado em um parque.

Lembrei-me das palavras de Quiron ela estava certa...

-Você devia ter morrido- murmurei e sai correndo dali.

Sentei-me no chão do lado de fora do hospital, olhei para o céu, era um dia lindo, fechei meus olhos para conter as lagrimas.

-Pai- falei para o céu- Não sei se pode me ouvir, mas porque isso agora? Por que o senhor me deixou na hora que eu mais precisava de você? Porque não está aqui?

Abri os olhos, não havia nuvens no céu, apenas o sol e uma imensidão azul. Limpei as lagrimas que escorriam pelo meu rosto.

-Pai- chamei- o novamente- Por favor, me ajude.


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Notas finais do capítulo

eu estava meio sem criatividade por isso me desculpem galera.
espero que tenham gostado
e por favor comentem!