Melhores Amigas... ou será que Não? escrita por ChrisAguiar


Capítulo 23
XXIII.


Notas iniciais do capítulo

E vamos que vamos!!! o/
Tá, eu nem demorei muito gente xD
Vamos ao cap o////

Mas antes, eu quero dedicar esse cap para minha leitora que está aniversariando hoje, Karina! =D Palmas gente, palmas!

Eu: Parabéns pra vc...

#corta a cena

Enfim xD Karina, parabéns, que Deus lhe dê muitos anos de vida e blablabla... Essas coisas ;D
Taki meu presente pra vc, um cap dedicado! =D (eu sei que não é lá grande coisa, mas...) --'

>>> Narradora: Dani



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- Da-dani... U-uma o-onça! - não amor, não era uma onça, e sim, duas! Provavelmente mãe e filho, o que seria uma coisa linda de se ver, se não fosse por um pequeno detalhe: seríamos o jantar da família.

Ana estava com cara de quem iria gritar como uma doida a qualquer momento, o que não seria nada bom, pois o mínimo de movimento faria com que aquelas onças acordassem... Por isso, eu sussurrei baixinho para ela:

- Vamos andar devagar para trás, sem fazer barulho.

Ela fez que sim com a cabeça e começamos a fazer a proeza de pisar em cima das folhas caídas sem fazer barulho. Quando achamos que estávamos em uma distância segura, trocamos olhares rápidos e começamos a correr como se não houvesse amanhã.

Corremos pelo que pareciam ser horas, pois já estava anoitecendo, mas na realidade acho que não se passaram nem meia hora. Mas era o suficiente para a gente ficar cansadas e perdidas. E, como se não bastasse tudo isso, ainda tinha começado a chover.

- Eu. Não. Aguento. Mais! - Ana parou de correr e caiu de joelhos no chão lamacento, ofegante. Eu fiquei desesperada, afinal, minha mulher estava quase morrendo! Tá, eu sei que estou exagerando mas... Foi isso que eu senti na hora.

- Vem, amor. - eu disse, pegando sua mão e a ajudando se levantar. Mas suas pernas não respondiam, de tão cansada que ela estava.

- Eu... Não consigo! - ela me olhou com uma cara tão penosa que eu não pensei duas vezes: coloquei ela em meus braços e comecei a andar. A chuva tinha ficado mais forte. - Espera...! Não precisa me carregar, eu...

- Cala a boca. - o som de um trovão ecoou pela floresta. Ela ficou calada, espantada. - Eu não vou deixar minha mulher andar assim se eu estiver aqui para carregá-la.

-Ela olhou para o lado e disse, com vergonha:

- Certo...

Passaram-se alguns minutos, e nada da chuva passar. Ana tentava sem sucesso fazer com que eu a largasse:

- Dani... Eu estou bem, já posso andar, eu...

- Não. - minha voz saiu firme e grave. Nem eu sabia de onde vinha tamanha confiança... - Eu te carrego. E fim de papo.

 Ela olhou envergonhada para o lado, se calando. Por fora eu permanecia séria, mas por dentro eu estava festejando. É isso aí, Daniela, continue assim e...!

Novamente, o som de um trovão ecoou pela floresta.

- Isso não é nada bom. - eu disse, olhando preocupada para o céu. - Temos que nos abrigar. Se pelo menos tivesse cavernas por aqui...!

- Olha! Tem uma coisa ali! - Ana estava apontando para o que parecia ser uma oca abandonada. Ela estava quase em pedaços, mas provavelmente a gente ia conseguir se abrigar da chuva lá...

- Boa, amor. - dei uma arrancada e comecei a correr até lá, tentando não derrubar Ana. Com a velocidade, ela se agarrou em mim, o que me fez corar um pouco...

Eu sorri. Quase lá...

- Atchim! - Ana espirrava ao mesmo tempo em que tremia muito. Eu também estava tremendo, afinal, estávamos completamente molhadas...

- Acho melhor a gente tirar a roupa. - eu sugeri, séria.

- O… Quê?! - Ana se assustou tanto com aquela pergunta que derrubou um vaso que estava ali, fazendo com que ele se quebrasse. Mas ela não se importou com isso. - Eu... Eu não vou tirar a roupa!

- Idiota, você prefere morrer de frio do que ficar pelada perto de mim, é isso? - eu já estava começando a ficar com raiva. E de repente fiquei triste. - Você me acha tão repugnante assim...?

- Nã-não... - ela olhou para fora da oca, que cheirava muito mal por sinal. A chuva caía fortemente.

- Então olhe para mim! - eu disse gritando. Aquilo doía muito. Ela não podia me tratar assim...!

Ela continuava me ignorando.

- ANA! - eu gritei, já com lágrimas nos olhos. Eu... Não podia segurar mais.

Outro som de trovão ecoou pela floresta, e o clarão de um relâmpago invadiu a oca no momento em que ela me olhou. Ela também estava chorando.

- Eu... Eu vou embora!

Ela se levantou rápido e tentou sair do local, mas eu a segurei pelo braço e a abracei por trás.

- Sua... Doida! - eu disse, preocupada – Você quer morrer?

Ela me olhou, ainda chorando. Seus olhos encontraram os meus e, por alguns segundos, ficamos olhando uma para a outra. Então, de repente, ela me beijou.

Imaginem a minha felicidade no momento em que seus lábios tocaram os meus. E dessa vez, não era forçado. Ela realmente tinha me beijado!

Eu imediatamente a abracei ainda mais forte e a encostei na parede de palha da oca, onde ficamos nos beijando pelo que pareciam se horas. Eu apertava seus lábios com força, desejo, e desespero. E ela respondia da mesma maneira. Ela passava suas mãos pelo meu cabelo molhado, e eu começava a tirar sua blusa também molhada. No entanto, de repente eu parei de fazer isso.

- O … Quê? Por que você...? - Ana perguntava, muito surpresa.

Eu sorri, passando minhas mãos pelo seus cabelos loiros molhados pela chuva.

- Vamos com calma, amor. Eu não quero estragar tudo outra vez.

Ela ficou me olhando por alguns segundos, então eu vi a coisa mais linda da minha vida: seu sorriso.

Ela sorria de uma forma incrível, provocando milhares de borboletas no meu estômago, e me fazendo sorrir também.

- Você realmente está diferente, Dani... - ela disse, me abraçando.

- Claro, meu amor. Eu não posso correr o risco de te perder de novo.

- E é bom mesmo, sua besta. - ela me bateu de leve, e comecei a rir. Eu também ri, e logo gargalhadas encheram aquela oca.

Olhamos felizes uma para a outra, e ficamos abraçadas até a chuva passar.

- Eu acho que nós realmente deveríamos tirar a roupa. - eu disse, com um sorriso maldoso.

-  Não. - ela disse com a voz firme, fingindo raiva. E depois me deu língua, o que eu fiz também. E logo recomeçamos a rir.

Eu poderia dizer que, naquele momento, mesmo sem ter transado com ela, eu... Eu era a mulher mais feliz do mundo.

E com certeza iria fazer ela a mulher mais feliz do mundo também.

- Dani!

- Huum? O que foi, amor?

- Dani!

- Eu não aguento mais, amor...

- Dani!

- Eu gastei todas as minhas energias com você ontem...

- DANI!

Abri meus olhos depressa, e me levantei num pulo. Ana me olhava, empolgada.

- O que foi...? - eu perguntava aborrecida, nem tinha amanhecido ainda.

- Eu ouvi vozes!

- Olha, amor, eu sei que podemos encontrar um bom psicólogo para isso, mas nesse momento nós...

- Não é isso, sua besta! Escute! - ela tapou minha boca com sua mão e eu não tinha escolha a não ser tentar ouvir alguma coisa...

Espera aí.

- Meu Deus, é...! - eu corri para fora da oca, assim como Ana.

- Sim, Dani! É o resgate!

Assim que tivemos certeza de que era realmente o resgate, gritamos que nem doidas e acenamos, fazendo o possível para que nos escutassem.

E ouvimos um sinal como resposta.

Gritamos de felicidade, e nos beijamos com paixão, festejando o ocorrido. Com certeza, era infinitas vezes melhor quando a gente é correspondida...

- Ana.

- O quê?

- Eu te amo.

- Ela sorriu e me abraçou forte.

- Eu também... Te amo.

Eu tinha mentido. Não foi daquela vez que eu tinha me sentido a mulher mais feliz do mundo.

Foi nesse momento, em que ela me disse essas duas palavras simples.

Eu a beijei com ainda mais paixão, no momento em que os homens do resgate chegaram. Nós sorrimos para eles, abraçadas.

Deus, se você existir mesmo, eu lhe digo com toda a sinceridade: obrigada!

Um vento forte passou por nós, eu juro que pude ouvir claramente...

“De nada.”

Chegamos exaustas no hotel, e a primeira coisa que a gente fez foi tomar um banho. Não pensem besteiras, não tomamos juntas, mesmo eu querendo. Ana disse que precisávamos ir com muita calma.

Eu concordei, mesmo à força. Então eu me lembrei que fui eu que tinha proposto isso...

Droga, seria muito difícil eu me controlar agora... Mas não importa. O mais importante eu já tinha conseguido.

Minha Ana.

Eu tinha que agradecer a Emanuela, aliás. O plano dela deu totalmente certo...

Assim que eu terminei de tomar banho falei à Ana que iria avisar às meninas que nós tínhamos chegado. Mas em vez disso, procurei aquela vaca por toda parte, mas não encontrei. Eu estava desistindo, quando vi a Carolina sentada em um banco, encarando o teto.

Que garota estranha.

- Ei, você. - ela me olhou com um ódio mortal – Onde está sua namorada? Eu preciso falar com ela.

Ela se levantou do banco e passou direto por mim, sem falar uma palavra. Aquilo me fez ficar com muita raiva, e eu ia atrás dela, se alguém não tivesse falado:

- Ora, Daniela, você não soube das novas? Aquele casalzinho repugnante de sapatões terminaram o namoro!

Como assim repugnante?! Espera aí... Como assim...?

Terminaram?!


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Notas finais do capítulo

Essa que é realmente uma notícia quente, não? >D

Enfim, eu tenho certeza que alguns de vcs ficaram meio que decepcionados, pois não teve cenas +18, mas foi proposital eu colocar assim. Eu quero passar a mensagem de que nem tudo é sexo, que o amor existe sim e que é mais importante. Espero que entendam... Eu não quero que vcs leiam a minha fic so por isso, sabe =/ E, ironicamente, hoje é o dia do sexo. Hum...

Eu não to dizendo q n vai ter cenas +18 nessa fic, eu to ate pensando e colocar. Mas isso não é o mais importante pra mim nessa fic, quero que vcs saibam disso =)

Ok, chega de lenga lenga. Provavelmente postarei sexta/sabado, entao, té lá ;D

Fuiz! o/