Melhores Amigas... ou será que Não? escrita por ChrisAguiar


Capítulo 21
XXI.


Notas iniciais do capítulo

E AI GENTE!!!!!! O/
Sentiram minha falta?

Leitores: MORRA
Eu: #seesconde

Hahahaha eu sei q demorei demais, mas o cap de hj vai reconpensar esses torturosos momentos de espera (...)

Enfim, vamos ao cap!

>>> Narradora: Fernanda



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- Ei! Vocês viram só?

- Tá falando daquela garota né?

- Aquela esquisitona? A que ficou bêbada ontem à noite?

- Sim, ela mesma! Parece que a diretora botou ela de detenção!

- Ah, nada mais que merecido! Fica se embebedando por aí.

- Falando nisso, como ela fica bêbada com vinho?

- Sei lá. Eu sabia que ela era doida!

- Hahahahahaha!

- Hahahahahaha!

Bando de hipócritas.

Há pouco tempo atrás elas se faziam de boazinha e diziam que eram amiga dela, só para pegar suas anotações da prova. Agora, falam como se ela fosse a drogada do colégio.

E eu ainda me pergunto porque eu não matei essas pessoas ainda.

Não me entendam mal. Não é que eu vá sair por aí matando pessoas. Não que eu não queira, é que... Eu não posso. Eu tenho que cuidar da minha avó doente, e se eu for presa, quem cuidará dela? Não. Eu não posso me deixar levar assim.

Mas tem horas que é difícil se controlar.

Eu odeio as pessoas. Elas são cínicas, hipócritas, te pisam e brincam com você. Te usam, e logo depois te jogam fora. Todas as pessoas são iguais. Todas...

Pelo menos, era o que eu pensava. Até conhecer ela.

Ela era o contrário de tudo o que eu achava das pessoas. Ela era honesta, estudiosa, amiga... Ela era um anjo.

- Bom dia, classe! Essa é a nossa nova aluna, Fernanda Martins!

Todos me olhavam como se eu fosse uma nova atração de circo, alguns sorrindo com cara de idiota, outros pensando maliciosamente ao meu respeito... Aquilo me dava raiva, não, me dava ódio... Todos eram uns idiotas, todos... Menos ela.

Ela não olhava para mim, em vez disso, observava a janela, pensativa. Parecia não ter se dado conta que a professora tinha chegado, e muito menos que a classe tinha uma aluna nova. Ela estava presa em seus próprios pensamentos, e aquilo me encantou de uma forma... Incrível. Eu só conseguia olhar para ela...

Pisquei. Fora por isso que eu tinha... Esse sentimento... Por ela? Não... Não era só por isso, Tinha mais... Muito mais. Mas isso não é importante. Minha vida não é importante... Mas a dela era. Sua vida era muito importante, por isso... Por isso eu tinha que ajudá-la.

Mesmo que isso fosse contra esse sentimento que está em mim.

Eu nunca pensei que... Fosse me apaixonar. Eu achava que só idiotas se apaixonavam, pois eles nunca iriam ter a pessoa que gostassem. Nunca. Então, de repente, esse sentimento idiota começou a fazer parte da minha vida. Talvez eu seja uma idiota também... Uma completa idiota.

E era por ser uma idiota total que eu fui até seu quarto.

Todos os outros alunos estavam tomando seu café da manhã, menos ela, pois estava de detenção. Eu não achava isso certo, por isso eu, como idiota que sou, levei o meu café da manhã para ela escondido. Sim, eu iria deixar de comer minha parte. Algum problema com isso? Por ela, eu faria qualquer coisa. Qualquer coisa...

Mas isso não mudava o fato de eu ser uma idiota total. Parei em frente à porta de seu quarto, pensando se deveria bater ou não. Fiquei me decidindo por muito tempo, até que desisti e me virei para ir embora.

- Fernanda?

Parei de andar na mesma hora, quase derrubando o café. Aquela voz... Aquela linda voz...

- O que você está fazendo aqui? Você deveria estar no restaurante agora.

Virei-me lentamente, sem dar uma palavra. Ela... Era linda...

- Eu... Estava pensando em comer no meu quarto. – eu disse, desviando meus olhos dela. Mas que desculpa idiota, Fernanda! Ir comer no quarto, que besteira...

- Isso é bem típico de você. – ela falou, sorrindo. Aquele sorriso... Era como se fosse meu sol. Espera aí, ela acreditou mesmo que eu iria comer no quarto?

- Bem, é. – eu disse, ainda evitando olhá-la.

Eu realmente não sabia me comportar perto dela, aliás, de pessoa alguma. Então eu sempre tento parecer que não tenho nenhuma emoção, mas na realidade eu...

- Se você quiser, pode comer aqui. É claro que eu não vou comer, já que estou de detenção, mas... Eu posso te fazer companhia. – ela sorria ainda mais.

Eu... Estava sem palavras. Finalmente a encarei, com total surpresa. Ela não estava com medo de mim, ou me olhava com nojo, como as outras pessoas faziam. Ela realmente... Me tratava bem. Ela...

Então, eu fiz uma coisa que eu não tinha feito há muito tempo: eu sorri.

E ela pareceu muito surpresa com isso, pois disse:

- “Você... Fica mais bonita assim.” Foi isso que você me disse antes não é? Pois eu digo isso pra você agora. Vem, deixa de besteira. Vem comer aqui dentro.

Eu não acreditava... No que estava ouvindo.

- Por quê? – perguntei com a voz fraca.

-“Por que” o quê? – ela pareceu bem surpresa.

- Por quê... Você me trata assim? Por que você...

“É tão linda e perfeita”, eu queria completar, mas não tive coragem.

- Por quê? Oras... – ela sorriu. – Porque eu gosto de você!

Eu estava suando frio.

Quando ela disse aquilo, por um instante eu pensei que tivesse sido “naquele” sentido da palavra, mas aí eu entendi... Ela queria dizer como amiga.

Aquilo fez meu coração doer muito. Fiquei com um bolo na garganta, e não conseguia dizer nada. Eu queria ir embora dali... O que teria feito, se ela não tivesse pegado meu braço e me arrastado para dentro do quarto.

Então, agora eu estou aqui, sentada na cama, com cara de idiota sem saber o que fazer. Ela olhava sorrindo para mim, esperando eu começar a comer. Mas é lógico que eu não ia fazer isso sozinha, pelo contrário, o meu propósito era que ela comesse...

- Toma. – eu estendi a comida para ela, enquanto olhava sem jeito para o lado. Eu não era muito delicada, então eu fazia as coisas assim, de um jeito bruto.

Ela pareceu ficar bastante surpresa, e disse que eu não queria, mas eu insisti tanto que ela acabou aceitando.

Enquanto ela comia, envergonhada, eu olhava para tudo, menos ela. Eu estava muito nervosa. Eu nunca tinha ficado tão perto dela antes... E aquela frase não saía da minha cabeça.

Suspirei. Desencana, Fernanda. Ela ama a amiga dela. E ela nunca será sua.

Nunca.

- Obrigada.

Ela falou aquilo tão inesperadamente que eu a olhei bastante assustada. Ela estava sorrindo, e nem ligava mais para a comida. Seus lindos olhos estavam de encontro as meus, o que fazia um arrepio percorrer pela minha espinha.

- Tu-tudo bem... Eu não acho justo você ser impedida de comer só porque tomou muito vinho ontem...

- Não foi por causa disso. O verdadeiro motivo foi porque meus pais deixaram de pagar uma parcela da viagem.

- O quê?! – eu estava indignada. Aquele colégio... Aquele maldito colégio...

- Tudo bem. – ela disse enquanto sorria. – Eu não vou poder ir à exploração hoje, mas eu posso aproveitar o resto da semana aqui...

- Que... Que bom. – eu olhava para o lado, evitando encará-la. Eu podia fazer alguma besteira...

- Vai ser chato ficar sozinha aqui, claro... Mas eu supero.

- Eu posso... Ficar aqui com você. – meu Deus. Eu não queria ter dito isso, juro que...

- Ah, Fernanda... – ela colocou sua mão em cima da minha, o que me fez ter borboletas no estômago. Eu fiquei muito vermelha, e mesmo sem querer, olhei para ela... O que foi um erro total.

Assim que eu fiz isso, eu automaticamente não consegui pensar em mais nada. Sua forma, seu sorriso, tudo nela... Era só nisso que a minha mente pensava. E, de uma hora para outra, nada mais importava. Nem as pessoas, nem a vida. Só o que me importava... Era ela.

E, de repente, eu me vi aproximando dela. Eu não conseguia parar, nem que quisesse. Seus lábios... Eram perfeitos. Eu... Queria... Aqueles... Lábios...

- Bia!

Me afastei dela tão rápido que quase caí no chão. Eu estava... Estava tentando beijá-la?!

Ela me olhava espantada, ao mesmo tempo em que a pessoa que tinha chamado seu nome derrubava um copo de suco no chão.

- O que diabos... Vocês estão fazendo? – Carolina perguntava, e sua voz estava baixa. e ela parecia estar com raiva.

Droga.

- Ora, ora... Parece que a Bia encontrou companhia, não é? – Emanuella disse enquanto entrava no quarto e abraçava a Carol, que continuava imóvel nos encarando. – Que pena, a gente trouxe essa comida por nada...

Essa garota... É uma cobra.

Eu nunca gostei dela. Acho que ela está tramando alguma coisa, e que isso vai prejudicar a Beatriz de certa forma. Mas eu não poderia deixar isso ocorrer. Eu... Tenho que ajudá-la a ficar com a pessoa que ela gosta.

Mesmo que isso faça minha vida perder seu sentido total.

- Não estávamos fazendo nada. – eu disse com minha voz fria, enquanto me levantava da cama. – Eu só estava dizendo a essa idiota que é bem merecido ela ter ficado de detenção. E que era melhor ela ficar aqui para não atrapalhar a nossa viagem.

A cada frase que eu dizia, mais vazio ficava meu coração. Dizer aquelas coisas dela me fazia sofrer muito... Mas eu tinha que fazer isso. Eu não podia deixar a Carolina suspeitar alguma coisa de mim. Logo agora quando elas finalmente se deram bem...

- Isso não é verdade.

Mas o quê?!

Beatriz tinha se levantado, e agora olhava sério para Carol.

- Ela veio aqui me ajudar, enquanto vocês tomavam café da manhã juntas, sem nem se importar comigo. Ela me animou, quando eu estava depressiva, ela...

- Cala a boca! – eu gritei, quase chorando. Por que ela fazia as coisas serem cada vez mais difíceis? Por que ela não podia simplesmente me odiar...?

- Não manda ela calar a boca! – Carolina estava com muita raiva, dava para ver.

Eu não conseguia dizer nada. Apenas olhei para a Beatriz, que estava me encarando como se perguntasse “o que há com você?!”, e virei o rosto.

- Estou saindo. – eu disse, enquanto abria a porta com força e saía rapidamente dali.

Na metade do corredor, eu comecei a correr.

Eu não tinha para onde correr. Aonde eu fosse sua imagem ainda estaria impregnada na minha mente. Aonde eu fosse sua linda face ainda...

Trombei com umas garotas que estavam no corredor, mas eu nem liguei e continuei correndo, enquanto as escutavam rindo de mim. Isso não me incomodava mais, pois era natural... O que me incomodava era... Era aquela expressão que ela fez ao olhar para mim.

Você quer saber o que está acontecendo comigo, é isso? Pois bem, eu vou lhe dizer!

Eu te amo Beatriz! De todos os jeitos que você possa imaginar. Mas você não pertence a mim. Você ama outra. E é porque eu te amo... Que eu vou te ajudar a ficar com ela.

Mesmo que isso acabe com minha vida.


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Notas finais do capítulo

Own, Nanda ='( Chora não, eu to aki!

Fernanda: Cala a boca e vai logo escrever o resto da fic em vez de vagabundar no tumblr. u.u
Eu: Tá bom, tá bom... #chora

Sim, gente eu tenho um tumblr: beissu.tumblr.com
Se vcs não sabem o que é um tumblr... Vcs vao descobrir XD Acessem msm assim... #carademal

Enfim! Postarei só domingo, já q sabado é o meu dia do ano em que se comemora o dia em que mais um gênio nasceu no mundo... EU o/ Muahahaha (...)

Ok, modéstias a parte, talvez eu poste sexta. Afinal, é muito tempo sem ler minha fic né! #nemseacha

Então *cofcof* muitissomo obrigada a quem está acompanhando minha fic e até sexta/domingo! Bjs ;D