até que a Fama nos Separe. escrita por bieberpizzabr
Notas iniciais do capítulo
me desculpem de novo por não ter postado antes... mas é que as vezes a criatividade foge e me deixa na mão, e eu prefiro não escrever nada do que escrever alguma coisa ruim. Enfim, espero que gostem, e não se esqueçam dos reviews. :)
- Espero ver você na semana que vem já praticando os exercícios que deixei. – A treinadora da voz de Justin nos deu a mão e acompanhou até a porta enquanto mais um artista chegava para uma sessão. Eu, particularmente ainda atordoada pela mensagem, não percebi quando Scooter nos chamou para o seu carro.
- Suzzie? Justin? – ele nos chamou enquanto eu lia a mensagem repetidas vezes. A chuva já havia parado, e do chão do estacionamento evaporava os últimos vestígios. – O meu carro finalmente saiu do concerto.
- Ei, você não me disse que tinha um conversível. – Justin riu e pulou para dentro. – Você vem, Suzzie, ou vai só ficar aí parada?
Eu despertei e olhei para frente, onde a porta do banco de trás estava aberta.
- É claro que eu vou. – eu disse, entrando e fechando-a. O interior do carro era em couro; um cheiro de limpo tomava conta do veículo.
- Pelo menos eu não dependo mais de táxi. – Scooter bufou, e mudou de assunto. – Se divertiu na aula? Saiba que a Jan não é sempre assim. É muito difícil ela admitir alunos novos no ramo musical.
- Ela me ensinou umas coisas legais. E no estúdio também foi maneiro. – Justin parecia satisfeito enquanto pegava um boné de aba larga de um dos compartimentos do carro. – cara, até parece que você usa isso.
- Não uso. Pode pegar pra você. – Biebs colocou o boné, rindo e olhando no espelho. – até que não ficou ruim.
Nós percorríamos o caminho de volta enquanto o sol tornava-se cada vez mais intenso. Eram 16:30 da tarde, mas parecia 12:00, e ainda assim superava o auge do verão no Canadá.
- Tenho algo sério para falar com você, Justin. – o garoto começou a escutar atentamente enquanto eu me debruçava no banco de trás. – arrumei alguns convites para o Grammy do ano que vem. É realizado em fevereiro, você deve saber, mas mesmo assim quero que até lá o mundo saiba quem é você.
- Você tem certeza que arrumou convites pro Grammy? – eu disse, impressionada. – caramba, é tipo um sonho, e ainda sim...
- Quer dizer que eu vou ser famoso até lá? É como se... em tão pouco tempo... – Justin pensou alto.
- É por isso que nós vamos começar a trabalhar duro mesmo. Desde já. O caminho não é fácil... muito tortuoso e corrido. Mas eu tenho certeza que consegue. Era disso que eu falava tanto com sua mãe. – ele direcionou a frase a Biebs. – Tudo o que você tem que fazer é se esforçar e, principalmente, manter a cabeça no lugar.
O carro estacionou na calçada em frente ao nosso apartamento enquanto eu ainda prestando atenção no torpedo cambaleava para fora do veículo, tropeçando no cinto de segurança. Justin veio e me segurou, como se eu tivesse 2 anos e ainda estivesse aprendendo a andar.
- Ultimamente você anda com a cabeça nas nuvens. O que aconteceu agora? – ele suspirou, passando os braços ao redor de mim enquanto andávamos para o hall do prédio.
- Eu... não é nada. – forcei um sorriso enquanto guardava o celular. – Ta bom, a quem eu quero enganar? Não consigo tirar da cabeça a idéia de que minha mãe pode estar simplesmente na mesma cidade que eu. E eu tenho um irmão!
- Não deve ser tão ruim ter irmãos. Aliás, eu tenho uma, sabia? – ele sorriu e continuou subindo as escadas enquanto segurava minha mão. – meu pai ligou dizendo que Jazmyn nasceu ontem.
- É. Não é ruim. A questão é a de que eu não sei simplesmente nada sobre o meu passado. Eu tenho que descobrir isso, entende? – tirei novamente o celular do bolso e mostrei para Justin a mensagem. – o que eu faço em relação a isso?
Nós chegamos ao topo e abrimos a porta com a chave reserva. Pattie estava sentada na mesa com várias pastas ao seu redor, e Justin parecia ainda chocado com o que eu havia mostrado. Assumindo um tom mais baixo, ele pegou o celular da minha mão e foi até o quarto.
- Isso é sério? Quer dizer, você vai nesse encontro? Suzzie, pode ser qualquer assaltante, ou seqüestrador...
- Que seqüestrador iria saber o número do meu celular sendo que eu me mudei para a cidade fazem 2 dias? – eu olhei para ele tentando passar seriedade.
- Não acho certo você ir sozinha. É só que... eu tenho medo que você se machuque. E se você for, é melhor se apressar. A mensagem diz 18:30 e daqui a 5 minutos serão 18:00.
Eu fui até o banheiro pretendendo tomar um banho rápido antes de sair a procura da rua marcada no lembrete. Peguei minha roupa e toalha, não permanecendo ao menos 10 minutos debaixo do chuveiro; nervosa demais para pensar em quanto tempo ainda faltava. Me arrumei e passei pela sala, enquanto ia abrindo a porta.
- Aonde vai, Suzzie? Estava pretendendo sair hoje com vocês.
- Eu não to muito bem. Vou tomar um ar, só isso. – disse, despreocupada. – volto já.
Saí, descendo as escadas e percebendo que a chuva tinha se transformado em frio. A blusa fina que eu havia colocado agora me deixava tremendo enquanto o vento se tornava cada vez mais violento.
Fui andando pela rua principal até que vi o nome da avenida que eu procurava em uma placa desgastada. Era de se esperar que quem quer que fosse o anônimo escolheria um lugar escuro, mas na verdade esse não era tanto. Era um beco, mas não um beco imundo.
- Eu sabia que você viria. Você não mudou nada, mesmo. – Uma voz feminina chegou até os meus ouvidos enquanto eu andava até a metade da rua. Eu me virei, mas não consegui ver de onde ela vinha, apenas sua sombra.
- M-mãe? – eu procurava, quando a sombra que eu havia visto agora ficava menor enquanto os sons de passos se aproximavam. Uma mulher de meia idade finalmente surgiu na esquina.
- Oi, filha. Quantas saudades de você.
Me deixei continuar paralisada enquanto olhava finalmente para a mulher que havia me abandonado a 10 anos atrás.
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