'Enquanto você não se der valor, não valorizará seu tempo. Enquanto não der valor ao tempo, não fará nada de importante.'

"Scott Peck".

Semanas haviam passado, mas naquela manhã, parecia que tudo estava sendo uma grande surpresa.

Realmente Carlisle tinha razão, menos preocupações mais doces, eu já podia sentir os bebês se mechando. E foi uma grande surpresa pra mim.

Logo depois de sairmos do hospital naquele dia em que descobrimos o sexo dos bebês fomos direto pra facul, com Alice não parando de falar um minuto se quer. Chegamos a Faculdade e fomos direto falar com o Reitor. Fui falar com a Ang, e dizer que não iria mais pra faculdade, mas que ela poderia ir lá pra casa quando ela quisesse. Fui falar com o Nicholas – o único além de Ang que sabe de mim – amigo meu que foi muito importante nesses últimos tempos.

Depois fomos ao shopping e direto para as lojas de decoração para crianças e bebês. Alice fez questão de encomendar antes, fez questão também de pedir logo quatro berços. Falou que era bom ter dois no andar de baixo, e dois no quarto de cima. Eu tive que concordar né? Às vezes Alice tinha razão, realmente as vezes ela tinha.  Chegamos à loja e ela foi logo vendo os modelos de berços, eu fiquei encantada, mas eu não queria nada exagerado então escolhi modelos simples, todos os berços que escolhi eram brancos.

 Outra grande surpresa, Alice me disse que Rosie estava já providenciando uma reforma na cobertura pro meu quarto e das crianças. Disse que era pra quando eu fosse pra lá.

Já que eu iria arrumar o quarto de cima decidi por algo mais elegante, fofo até. Alice queria algo mais a cara dela. Então escolhi berços médios – não queria berços pequenos – as cômodas, cortinas, almofadas, mandei fazer quadros com os nomes dos bebes – qual o que Alice ainda não sabia – e encomendei as tintas, queria tudo entre a cor lilás e verde. E branco é claro. Tive que ainda presenciar Alice gastar horrores com roupas e muitos sapatinhos.

Alice pediu também berços brancos, maiores é claro e mais enfeites pra ele também. Os delas eram mais altos enquanto os meus mais espaçosos. Escolheu as cores rosa e azul e o branco, muito a cara dela e as cortinas também com o mesmo tom de branco. Azul e rosa clarinhos. Mandou fazer também quadros com miniaturas de tudo que for fofo, com coisas para garotos e coisas para meninas, rosa e azul.

    Muitas roupinhas fofas, sapatinhos nem se falam. Sem contar que ela me deu mais um par de sapatinhos com linho de ouro, só que dessa vez masculino. Quando Alice fala que vai ser uma coisa, realmente é. Igual de quando ela disse que ira ser uma menina. Ela acertou só se esqueceu de avisar que vinha um menino também.

Quando terminamos de escolher as roupinhas daquela semana – sim próxima semana Alice iria me levar de novo no shopping atrás de novas novidades – fomos às lojas, para o próprio bem estar de Alice e meu conforto na gravidez. Entramos primeiro na Prada, compramos lindas bolsas, vestidos pra mim, blusões de frios, regatas, botas e na minha maioria sapatilhas baixinhas pra mim. Alice passou por uma loja Armani e me fez entrar nela, quando eu queria mesmo era estar em casa.

 Ela fez questão de ainda ver o catalogo na DKNY, na Versace, perfumes na Dior e tudo isso pra próxima estação. Alice, sempre será Alice.

Depois de mais ou menos 2 horas andando pelo shopping, percebi que estava no oitavo lanche, teve uma loja que Alice fez um maior escândalo porque a moça não deixou – ou não ia – porque eu estava comendo:

 “Desculpe senhorita, não é permitido a entrada de comida na loja” – a garota me olhou feio. Alice logo se meteu.

“Porque não? Ela ta com fome, se eu quiser até eu entro aqui comendo...”

“Mas não é permitido, pode sujar algo e...”

“E o que? Querida eu compro aqui, antes de você decidir se iria mesmo ser mulher...”

“Alice, por favor. A gente pode ir à outra loja, mas, por favor, sem chamar atenção” – falei pra ela.

“BELLA” – ela gritou. “Eu quero entrar nessa loja, ou não me chamo Alice. ’’ – E por um momento pedir que ela não se chamasse de fato Alice.

“Quero falar com a gerente” – ela birrou. “A gente não pode nem mais sair e comprar roupas descentes, hello! Grávidas sentem fome e desejo sabia?”

“Ah, me desculpe senhorita. Não sabia que estava grávida – sussurrei um tudo bem, e fiquei até feliz – Mas são ordens da casa. Desculpem-me.” – e foi chamar a gerente.

Enquanto esperávamos, com Alice reclamando de que não se faziam mais empregados competentes eu terminava de comer o meu ‘lanchinho’ a gerente, que por sinal era linda chegou. Perguntou pra atendente o que aconteceu e ela a explicou. Então ela se virou pra Alice e...

“Alice Cullen?” – ela disse

“Sim, sim sou eu. Por favor, minha amiga está grávida – valeu Alice por espalhar a noticia – ela sente fome – obrigado também por me chamar de baleia e morta de fome – e a gente precisa muito entrar aqui, eu já compro aqui, desde que cheguei a NY, desde que minha mãe me gerou e ...”

“Tudo bem, Eva. Qualquer Cullen é totalmente bem vindo aqui.” – a gerente sorriu pra Alice. A fazendo quase, isso mesmo quase chorar só de emoção. Exageros da Alice.

“Por favor, Alice. Rápido meus tornozelos estão me matando.” – eu disse. E quando o assunto era eu relacionada à minha gravidez, realmente era tudo eficiente. E foi cerca de meia hora depois saímos finalmente do shopping, Alice às vezes parecia preocupada de mais comigo. Só faltou me carregar nas costas.

No caminho de casa, olhei a trás não via nada de tantas sacolas de compras, tava me sentindo bem essa semana, bem até de mais. Era sempre assim, uma semana ótima a outra, ahh nem tanto. Conversava todo dia com as meninas, que eram minha distração por algumas horas a mais, pensando assim, me faz pensar no que meu futuro pode ser. Se for mesmo aquilo que eu queria.  Mas é obvio que sim. Que pergunta mais sem cabimento. Eu os queria, eu os amava e nem os conhecia ainda. Oh céus como é possível, amar algo sem nem ao menos ver? Mas eu posso sentir, eu sei que estão aqui. E é tão...

_O que você tem Bella? – Alice interrompeu meus pensamentos. Não tinha nem percebido que já estávamos em casa.

_Ham? Eu?

_Não minha mãe. – ela usou o sarcasmo.

_Nada Alice, não podemos mais nem pensar em como vai ficar o quarto dos bebês? – menti

_Ouw Bellinha, vão ser tão lindos. Já sei  mais ou menos como vai ficar o de lá da cobertura, Rosie só deixou escapar poucas coisa, tão encantador e lindo. Sei que a Rosie fez uma escolha muito boa, e achei bacana porque nenhum deles ficou com a mesma cor. – ela entrou na conversa.

_Também achei muito bem, fugiu da mesmice de uma cor só. – falei.

_Aham, tão fofo, tão fofo – ela começou a dançar – e eu me levantei e fui subindo as escadas.

_Vai aonde Bella? – ela perguntou meio receosa.

_Meu quarto Alice, meus pés estão me matando, minhas costas também.

_Vou com você, precisamos conversar sobre como vai ser agora. E você tem mesmo que se manter em repouso.

_Ahh cama, doce cama. – falei me deitando.

_Lar, doce lar... né Bella?

_Né Bella o quê? – perguntei.

_Repito novamente, dona distraída. Vamos hoje pra cobertura vê Rosálie né Bella?

_Claro, por que não?

_Sabe de uma coisa, acho melhor chama eles aqui. Papai mandou você descansar. Der-me seu celular ai, o meu ta lá embaixo e eu não quero descer. – falou.

Passei meu celular pra ela, e na mesma hora ouvir Rosálie atender.

Algum problema?  - ela gritou. – ahhh, claro que ela ia pensar que era algum problema comigo, é claro – sussurrei e me deitei um pouco, realmente meus pés estavam doloridos.

_Não - Alice me olhou – Queremos que venham pra cá, ah e traga alguns chocolates e doces. Isabella está de repouso, então achei melhor que vocês viessem pra cá. Então posso mostrar o que compramos, são todos tão lindos Rosie.

Certo, quando os meninos chegarem vamos todos pra ir. Beijos, diz que mandei um beijo pra Bella também - e desligou.

_Rosie mandou...

_Um beijo, eu sei. Pessoal eu to ótima, cansada só. – falei.

_Ta com fome? – Alice perguntou.

_Ham, na verdade to sim – eu estava mesmo.

_O que quer comer?

_Um sanduíche natural, trás suco pra mim também – falei.

_Certo, escolhas saudáveis hem! – Alice falou.

Enquanto esperava, tirei meus sapatos e comecei a vê as roupinhas que tinha comprado. E decidindo quando iria contar pra Alice e Rosie os nomes. Eu sei que é maldade, mas é como eu precisasse fazer aquilo. Rir internamente.

  Quando me deitei, o celular tocou. Atendi era Rosálie:

Chocolate branco ou preto?  ela perguntou.

_Preto, tem menos corantes e trás muitos ok?

 Certo, estamos quase chegando...  - e desligou.

Rosálie se fosse inteligente saberia qual que eu gosto. Novamente meu celular toca, só que dessa vez é uma mensagem:

Você ainda gosta daquelas trufas de avelã?

 Passei hoje por uma loja e pensei em ti enviar...

                   Com amor...

Ahhh droga, agora eu e Edward somos espécie de que, alienígenas interligados? – pensei. Nesse momento Alice entra na sala com uma bandeja com muitos sanduíches e tortinhas, sucos e muito mais coisas. Nossa Alice exagerada.

_Nem me olhe assim, D. Margor que me fez trazer isso tudo. – ta vou fingir que acredito.

_Então, Rosálie ligou – falei começando o assunto.

_E...?

_Ela não foi a única que se lembrou de mim – disse.

_E quem mais lembrou? – ela perguntou desconfiada

_Na verdade, foi uma mensagem...

_Quem se importa Bella? Quem era? – ela perguntou.

_Alice... Por favor, não fica assim ok? Foi seu irmão. – disse.

_Ah droga, porque Edward é tão assim ham? Você parece tão bem ai ele só resolve ti ligar? – Alice começou a entrar em histeria.

_ALICE! Por favor, menos. Ainda me consulto né? E próximas semanas ainda vou me consultar com o McGregor, eu to bem é serio. Só foi engraçado, é serio – tentei persuadir ela.

_Se você diz, mas eu vou estar aqui de olho em tudo – ela disse. Esses dias vão pegar, pensei.

Parecia uma coisa, toda vez que eu me sentia mais mal, recebia uma mensagem e no outro dia recebia algo. O que será que Edward tem na cabeça? Me fazer sofrer? Mesmo quando o não o quero mais pra isso... Ele nem ao menos se importa...

   Ganhei chocolates, trufas até mesmo uma pedra (affê), eu não gostava daquilo. Eu não o queria mais interferindo assim na minha vida. Principalmente quando eu estava começando a suturar o meu coração. Alice achava aquilo tudo cômico, e se dependesse dela matava o próprio irmão.

Eu não o culpava por nada, mas eu sofria. Ele brincava com o que eu sentia e tudo aquilo não era passado muito bem para os bebês e eu tinha medo.

Eu saia pouco, estava restrita a sair somente pela manha e pela tardizinha quando o sol já estava frio – como Alice dizia.

Ia a sorveteria, lanchonetes. Passeava no park, mas Carlisle acabou dizendo que tinha que ser repouso absoluto quando disse pra ele que ainda não sentia os bebes. E como eu tinha uma família muito protetora eu tive realmente que ficar de repouso. Me levantava quando Alice ou Rosie entravam no meu quarto para o café da manhã, logo depois ia pra área da piscina sentadinha conversando besteira com as meninas e tinha que ficar sempre quieta...

 Assim a semana passou e numa manhã aonde Alice chegou pra mim e trouxe todo e um monte de coisa dizendo que íamos passar o dia na cobertura e achava melhor eu comer e obedecer ela e como eu queria preserva a minha boa capacidade mental obedeci, ela foi pegar o carro enquanto eu pegava roupas pra nos duas podermos banhar lá, eu ainda tinha roupas do tempo que eu morava lá, mas não cabiam mais em mim infelizmente.

Quando saia do meu quarto parei no quarto ao lado e destranquei, estava quase pronto o quarto dos meus filhos, meus bebês. Nasceu assim um pequeno sorriso no meu rosto, Alice andava louca arrumando também a parte dela e doida pra ver a minha. Tive que explicar a ela que tudo tem seu tempo. – eu ri e ela ficou com cara emburrada, eu sabia mesmo que ela queria era ver os nomes. Eu ainda não tinha contado.

Desci as escadas e Alice já estava no carro, aproveitei, pois sabia que iria passar o dia fora e dispensei Margor por hoje. Aliás, ela não faria mesmo nada sem a gente ali pra atormenta-lá.

_Já to indo Alice – gritei pra baixinha histérica que não parava de buzinar.

_Affê Bella, quanta demora – ela reclamou enquanto eu colocava as nossas coisas no banco de trás e arrumava meu cinto.

_Alice foi só 15 minutos, nem foi tanto assim – disse

_Nem foi tanto assim – ela repetiu e acelerou o carro.

10 minutos depois ela parou o carro e saiu:

_Alice, vai aonde? – gritei pra ela.

_Comprar doces...

_Não acredito que ela vai fazer isso – murmurei.

Enquanto ela ia lá comprar os doces eu liguei o carro e fiquei passando as musicas até achar uma agradável pro meu gosto e bem “parecida” comigo:

Since You're Gone

Since you hide, since you steal

Since you hate everything I feel

Since you cheat, since you lie

Since you don't wanna try things I wanna try

Since you been gone

My life has moved along quite nicely actually…

Desde Que Você Se Foi

Já que você se esconde, já que você rouba

Já que você odeia tudo o que eu sinto

Já que você engana, já que você mente

Já que você não quer tentar coisas, eu quero tentar

Desde que você se foi

Minha vida tem seguido em frente muito bem, na verdade

Alice entrou no carro com um café, doce – muitos doces – rosquinhas e muitas outras coisas, desliguei o som e a olhei.

_Pra quê tuudo isso Alice?

_Você acha que se a gente chegar lá sem nada pra eles, com a gente comendo o Emmett não vai falar?

_Realmente, não vou poder comer todos esses doces – falei pensativa

_Nem ti conheço mais Bella, ah e esses doces são toodos seus – ela disse, e deu a ré do estacionamento indo pra cobertura.

_Ta louca?

_Bellinha você não precisa comer todos hoje – ela disse com carinha angelical, mas eu bem sabia a verdadeira face de Alice. Ela era totalmente poker face.

_Tá certo – dei um olhar pra ela...

_Então Bella, como se sente?

_Bem por quê? – Tava tudo muito suspeito pra mim.

_Por nada, você sempre desconfia de mim – ela fez cara de cachorro abandonado na rua e no frio e com fome.

_Não to desconfiando de nada, só é estranho isso tudo. Porque que dia é hoje? – perguntei.

_Ah olha Bella, chegamos – ela disse já buzinando enquanto o portão já garagem abria.

O porteiro o seu Marc, estava lá. Fazia tanto tempo que eu não o via. Todas as poucas – graças ao senhor – pessoas que conheciam pensavam que eu e Edward estávamos meio que vivendo juntos, e harmoniosamente.

_Isabella querida, quanto tempo? – Seu Marc falou.

_Ah só alguns meses, eu sempre apareço quando dar. – disse.

_Então quantos semanas você esta?

_Aah to com 18 semanas e alguma coisa - falei sorrindo pra ele, sempre é bom deixar a impressão de que estar tudo ótimo na minha vida.

_Nossa serio? Pensei que já estava pra saí daí – ele disse fazendo graça.

_E estão – disse – são gêmeos então, vamos ver...

_Nossa, nem sabia dessa – ele disse surpreso.

_Eu sei a conversa ta boa, é sempre bom se reencontrar, mas precisamos mesmo ir Bellzita – Alice disse me puxando pro elevador. Dei tchau ao seu Marc e fui em direção a Alice.

Estava quase terminando de tomar meu cappuccino de chocolate é claro, quando Alice fala:

_Será que Rosie, deixa a gente ver o quarto que ela ta arrumando aqui para os bebes? – até os olhos dela brilharam é serio.

_Acho que não – disse e o seu sorriso morreu na mesma hora – porra Bells, você que devia ta mais animada e acaba assim com a minha.

_Só pensei na lógica, você e nem eu deixou ela ainda ver o quarto. Porque ela deixaria? Só se você convencer meesmo ela. – disse e me arrependi, coitada de Rosie.

O elevador abriu e Alice foi logo entrando. Uma loira deslumbrante vinha em nossa direção de uma maneira tão graciosa que chegava a da inveja.

_Rosie amor...

_Meu Deus, como eu estava com saudades – Rosie disse.

_De mim? – Alice perguntou, com olhinhos piscando constantemente.

_Nam, de você sinto nunca. To falando dos meus sobrinhos. – ela veio pra mim, me deu um beijo e se ajoelhou - como aquilo era humilhante, já pensou se ela faz isso no meio da rua?

_Cadê os bebes da titia? – ela falou com vozinha fininha.

_Estão ai dentro Rosie – falei querendo que ela se levantasse e parasse de pegar e beijar minha barriga como se os bebes tivesses ali, sorrindo pra ela.

_Bella estraga prazeres – falou – então algum sinal deles? – ela piscou os olhos e eu já sabia do que ela falava.

_Nem me fala, eu já to começando a ficar paranóica com isso Rosie, mas não nenhum chute. Nem mesmo uma mexidinha, Alice sempre pergunta pra Carlisle se isso é normal! É frustrante. E ele sempre diz que vai acontecer só não sei quando.

_Ah, ok

_Então pessoal, a conversa ta boa. Que tal a gente ir assistir o filme, deixar a Bellinha deitadinha porque você ainda está de repouso viu? – Alice falou.

_Claro Alie, como quiser... – disse. E Rosie foi logo arrumar o sofá pra mim. Ela fez questão de colocar varias almofadas e uma fronha de quando eu era pequena pra eu deitar com ela.

Enquanto isso Alice ia chamar o seu Jazz, mandar os garotos fazerem as pipocas enquanto eu achava injusto, todo mundo fazendo algo e eu deitada comendo balas e doces.

Ainda me lembrava como se fosse ontem todos vivendo ali, sem preocupações todas as coisas que passamos:

Quando o Emmett acordava de mau humor, e todo mundo pagava o pato.

Quando a Alice atrasava todos por não achar que a roupa estava boa

Quando Rosie falava que o seu cabelo tava péssimo. Ou

Quando eu e Edward discutíamos pelas infantilidades dele ou pelas minhas

Edward. Sempre ele.

_Então Bella... Doce ou salgada?  - Alice perguntou

_O que? – falei desentendida.

_A pipoca Dãaã. – com cara de ‘é tão obvio’

_Haaa sim, salgada – já chega de doce, ainda vou comer milhares. Pensei.

_Qual o filme Rosie? – Alice gritou

_Ham, acho que é Jogo de amor em Las Vegas. Emmett que escolheu ele é péssimo pra essas coisas.

_Não sou não. – ele veio com um bico pra sala com a Rosie. Logo ele me viu e:

_Hey, Madame Isabella. Como você está? – sabia que ele ia tirar uma com o jeito que eu estava deitada pra frente pra TV e com dois potes – um com doces e chocolates o outro com pipoca – e ainda um copão com refrigerante o que era bem controlado por Alice, já que dava celulite. Ela só me deixava tomar refrigerante uma vez por cada duas semanas ou mais, um copo só e sem repetir. O que me deixou muito triste, já que era viciada.

_To ótima Emm – tentei tirar sarro com ele. – e você? – falei.

_To indo né? – ele revirou os olhos – Já que não tem mais ninguém com quem eu atormentar de manhã. – ele levantou a sombracelha pra mim.

_Haaa Emm, deixa de ser chato e vem da um abraço aqui na pessoa que você mais ama – eu disse caçoando dele.

_Eu vou mesmo – ele ameaçou. Eu olhei pra ele e mostrei a língua. Ta bom né gente eu sou ainda uma adolescente!. Ele me olhou e veio correndo pra onde eu estava.

Me levantou do sofá e começou a me beijar no rosto, e a girar e a girar...

_Emmett menos, grávida e enjoada aqui – eu disse.

_Ah esqueci – ele disse todo bobo.

Me colocou novamente no sofá e foi me dando bala na boca, brincando de aviãozinho. Então ele parou me encarou e depois olhou pra minha pequena, não tão menor protuberância que se encontrava abaixo do vestido que eu usava. Pegou as suas duas mãos e colocou uma de cada lado da minha barriga. E começou a falar com uma vozinha irritante. Céus por isso Rosie gosta dele, eles são tão parecidos.

_Ouw bebês, dêem um sinal de vida pro titio aqui – ele falou.

Alice, Rosie e agora Jazz riam da demonstração de Emm, enquanto eu só revirava os olhos.

_Tio Emm está aqui, esperando vocês chegarem só pra ver se saiu bonitos igual a mãe ou feios igual o pai – ele disse, e dessa eu tive que rir.

_Falem com o titio – não agüentei e rir mesmo.

_Emm, eles não falam ainda – eu disse. Ele me ignorou.

_Vocês nem sabem o que os pais de vocês faziam – ele cochichou e...

_Ô céus. – eu gritei.

_O quê? - todo mundo me olhou como se eu tivesse sentindo dor. Eu os ignorei e falei:

_Você sentiu isso Emm?

_Isso o que? – ele perguntou.

_Continua falando suas mongolisses Emm vai continua! – incentivei.

_NÃO PARO TUDO! – Alice gritou. – Se explique Bella – ela terminou calmamente.

_Eu, seilá. Eu, eu – gaguejei. – Acho que talvez, não sei. Mais ô céus Alice – eu disse.

_Bella respire amor, e fale calmamente – Alice chegou mais perto.

Eu respirei e quando achei que estava mais calma disse:

_Acho que um deles, ou talvez ou dois se mexeram Alie. – eu disse sorrindo.

_O que? Como? Onde? Ahh eu quero sentir – ela veio pra cima de mim e começou a passar a mão na minha barriga.

_Nao to sentindo nada – Alice disse.

_Por isso que mandei o Emm continuar, acho que foi por causa dele que eles se mexeram – eu sussurrei pra ela.

_EMMETT FALA COM OS BEBES AGORA – Alice gritou, enquanto Rosie e Jazz ficavam sem entender nada. – GENTE MAIS ANIMAÇÃO – Alice gritou para os dois – BELLA ACABA DE SENTIR OS BEBÊS E VOCES FICAM ASSIM? – ela olhou com uma cara pra eles.

Logo Rosie veio correndo pra perto de mim, também querendo sentir. E começou uma confusão.

_GENTE SE ACALMEM, EU QUERO QUE O EMMETT FALE COM OS BEBÊS PORQUE A BELLA ACHA QUE ELE TEM ALGO A VER COM ISSO – Alice gritou quase fazendo meus ouvidos sangrarem.

_Verdade Bella? – Emmett perguntou

_Foi Emmett, eu sentir umas cócegas enquanto você falava suas coisas mongóis. – respondi.

_Ouw que meigo – ele disse, e eu sentir de novo.

_Sentir de novo gente – falei.

_Agora Emmett, faz favor que eu quero muuuito sentir meus sobrinhos – Alice disse meiga mais autoritária.

_Vou ganhar quanto? – Emmett quis da uma de esperto.

_Uma bela de umas porradas se não obedecer a Alice – Rosie disse. – E anda logo com isso – ela terminou.

_Então – ele começou, e todo mundo bem pertinho de mim. – Como vocês estão bebezinhos? – falou com a vozinha de boiola. E não deu resultado. – Então Bella? – ele sussurrou – Algum progresso? – eu neguei.

_Emm, porque você não finge que não tem ninguém aqui? – eu propus – Só eu você, os bebes e só?

_Certo – ele disse. – Porque vocês não repetem os chutinho pro tio sentir? – e colocou as mãos na minha barriga como antes, uma de cada lado.

_Pequena Bell’s – ele disse. – e pequeno Edward. O tio Emm vai ensinar cada coisa pra vocês. – e sorriu.  – vou ensinar até destrancar portas sem precisar de chaves, como uma vez eu fiz com os pais de vocês. – ele continuou.

E logo eu me lembre do dia em que Emm, abriu a porta e quase pega Edward e eu fazendo coisas. No mesmo estante que a lembrança veio eu sentir: Eram como borboletas, dançando e rodando minha barriga. Pequenas cócegas, umas fortes e outras mais fracas. Comecei logo a derramar lagrimas – Não é Emmett, são as lembranças que o Emmett tem de todo mundo, de nós. – eu sussurrei.

_Você ta sentindo Bella? – Alice sussurrou pra mim e eu assenti. Ela ficou lá me olhando e o Emmett continuou a contar as suas historias, que eram praticamente as nossas historias.

_Céus Bellzinha – Emmett disse – Eles são tão animados – e continuou a falar do dia em que estávamos passando férias em Laguna Beach e tal’z.

_Bella? – Alice chamou minha atenção, enquanto eu secava as ultimas lágrimas. – Eu posso agora? – ela piscou os olhinhos.

_Claro Alice...

_Afasta um pouco Emm... ouw eu to sentindo Rosie, é tãao... Estranho – Ela terminou a frase e eu e Jazz começamos a rir.

_O coisa mais gotosa da tia – ela falou – não vejo a hora de vocês nascerem daqui a alguns meses, ô céus como é bom saber que vocês estão chegando – ela saiu e puxou Rosie colocando a mão onde a dela tava, pra Rosie sentir também.

_G-zuis Bella – Rosie disse – Parece ser tão mágico... E emocionante. – Ela saiu dando espaço para Jazz, ele ficou hesitante no começo, mas com um tempo ele começou a relaxar a mão e colocar bem calmamente na minha barriga. Foi quando um bebê deu um chute forte. Sorri para o Jazz e sussurrei:

_Ele ou ela, gosta muito de você também. – Jazz sorriu e foi pra cozinha com Rosie, enquanto Alice e Emm ficavam ainda bestificados ali comigo.

_Alice – chamei – agora talvez seja uma boa hora de você pedir a Rosie pra ver os quartos – sussurrei.

_Duvido que ela deixe – Emm disse.

_Pedi pra ela Emm – eu falei – ela faz qualquer coisa por você mesmo, pedi, por favor. Alice só faz ajudar com isso.

_Verdade Emm – Alice disse. – você deve saber né? Que quando uma mulher grávida pede algo à pessoa tem que fazer?

_Ah ta bom – ele saiu pisando o chão, e birrando muito. Eu e Alice rimos. Uma pessoa que ela não negaria era Emm, e eu agora nesse estado também é claro. Nos juntos com o acontecimento de hoje seria imbatível ela negar algo.

_Amorzinho a gente podia comemorar o acontecimento de hoje né? – escutei o Emm, falar pra Rosie. Claro que ele ia me usar pra isso, Emm quando queria era inteligente.

_Comemorar como? – Rosie perguntou. Veio ela e o Emm da cozinha enquanto o Jazz foi pegar bebidas pra eles comemorarem e um suco pra mim. Affê SUCO.

_E se a gente mostrar pra meninas como ta o quarto do bebês – ele falou sugestivamente.

_Eu não sei não – ela ficou pensativa – Acho melhor não.

_Mas amor, é pelos bebês... – ele tentou de novo.

Ela olhou pra mim e Alice no sofá.

_Por favor – falamos Alice e eu juntas.

_Só se a Alice me mostrar o dela – ela disse.

_Tá bom – Alice disse – Só quando eu quiser – ela sussurrou pra mim.

Rimos enquanto íamos pro quarto trancado ao lado do meu antigo, ele ficava entre o meu quarto e o do Edward e tinha uma plaquinha. “Os bebes da Titia Rosie” eu tive que rir dessa.

_Bem, pessoal não ta nem todo pronto, mas... Espera cadê o Jazz? – ela perguntou.

_Depois ele ver – eu disse.

_Nada disso, só mostro se ele tiver aqui – Rosie falou.

_Só um minutinho – Alice disse e meio minuto depois veio trazendo um Jasper pela gola da camisa.

_Pronto todos aqui? Vamos? Vamos. – ela mesma respondeu que louca. Pensei.

_Espera só – Rosie disse.

_O quê foi agora? – perguntou todos.

_Haha esqueci a chave – ela deu uma risada forçando olhando pra cara de assassina de Alice e foi correndo pegar a chave no quarto dela e do Emm e voltou muito cansada. – O que? Eu to se salto. – ela disse.

Ela pegou a sua chave, colocou na fechadura – não na testa dã – deu o primeiro giro. Olhou pra gente, dando suspense. Deu o segundo e a porta abriu. Rosie saiu da frente, alias todos saíram e fiquei só eu, acho que aquilo era um: Entre primeiro Bells.

Dei meu primeiro passa pra dentro...

O quarto não era grande, mas era muito estiloso. Rosie não usou o rosa, e escolheu pra substituir o laranja. Bem inovador e diferente. Ela usou o laranja nas paredes também. Mandou pintar as paredes como se fosse um céu, com um aviãozinho e uma menininha embaixo de uma arvore. As cortinas continham laranja e azul. Os berços lindos brancos decorados um de azul e o outro de laranja. Tinha um pequeno guarda-roupa e era tudo muito perfeito.

_Então? – Alice disse.

_Pode entrar Alice – eu disse.

_Como aqui é lindo – ela, Alice, gritou. Maravilhada.

Logo entrou, jazz e Emm com a Rosie logo atrás.

_Ainda falta coisas, como uns tapetes e puffs ali no canto e uns brinquedinho pro meu fofucho e fofucha. – Rosie disse.

_Pra mim ta perfeito – eu disse.

Eram 07h30min da noite e voltávamos pra casa. Lar doce lar. Alice quase que não saia de lá. Depois de chorarem litros pelos meus bebes terem chutado e depois de ter chorado litros pelo segundo filme que era drama, Alice ainda enrolou muito pra irmos pra casa. Ela tava me escondendo alguma coisa, talvez me distraindo.

Mas por quê? Também tem a alternativa de eu estar completamente louca e com mania de perseguição.

_Você não quer me contar, o que há com você? – perguntei já bem direta. Já estava me cansando ouvir Alice tamborilar os dedos no volante e ainda andar lento, coisa que ela não faz.

_Nada Bell’s – só to com pressa de chegar em casa logo. – ela disse sorrindo amarelo, uma prova de sua mentira.

_Pressa á 40 km/h? – perguntei.

_Esqueceu que ta grávida? – ela levantou a sobrancelha.

_Nunca foi motivo pra você andar lento antes. – rebati.

_Mas agora é diferente, agora eles se mechem Bella...

_E...? Não significa que eles estavam mortos não! – me indignei.

_Não foi isso que eu quis dizer...

_E foi o que? – eu quis saber, ela tava muito estranha.

_Nada...

_Mentirosa – me encostei com força no banco e fiz bico. – Cadê meu celular Alice?

_Não sei... - ela disse rápido de mais.

_Devolve meu celular Alice... – ameacei. – Porque você esta com ele? – perguntei desconfiada.

_Quem se importa. Ei eu não to com seu celular – Ela disse.

_E porque você disse: “quem se importa?”.  Me devolve agora meu celular Alice.

_Bella menos né? – ela disse.

_Porque você esta com meu celular? – perguntei de novo.

Havíamos chegado em casa, Alice me evitando saiu logo do carro, e dentro da garagem mesmo ela só me olhou de fora do carro e foi para sala.

_QUE ODIO ALICE, EU QUERO ELE AGORA – eu gritei enquanto tentava tirar o sinto de segurança. Assim que conseguir vi uma Alice despreocupada tomando água na cozinha.

_Agora você vai me ouvir?- ela perguntou.

_Vou.

_Que dia é hoje Bella?

_Quarta - feira? – eu perguntei.

_Não é isso que eu to falando.

_È junho Alice, não me importo estamos quase no inverno. O que é que você quer roupas? A gente vai comprar e pronto. O que isso tem haver com meu celular?

_Bella, se concentra que data é hoje? – Ela disse calmamente.

_Hm, vinte? – ela me olhou sugestivamente.

_De? – ela perguntou novamente.

_De junho? – eu perguntei. Ela me olhou e botou meu celular na bancada.

Espera.

_Hoje é vinte de junho Alice?- eu gritei pra ela.

_È Bella... - ela disse e saiu.

_Ò Ceus agora eu sei, o porquê disso. Vinte de junho. Vinte de Junho – repeti de novo. – Como eu pude esquecer? – falei.

Bem, era 20 de junho e alem de ser o dia em que os bebês deram sinal de vida. Era o dia do meu namorado, ex ou atual. Era aniversario de Edward Cullen, pai dos meus filhos.

Musica – E agora nós? (O que vale é a letra amores )

Quando você diz que vai embora,
Só pra chamar minha atenção...
Sabe meu coração, tá perto de você...

Quando digo que eu tô em crise
E já não tem mais nada a ver...
Sabe meu coração, tá longe de te esquecer...

Pare e pense um pouco que pra gente
A chama ainda está acesa...
O jogo não acabou e de repente
As cartas continuam sobre a mesa...

Mas o tempo tá querendo um tempo,
Pra arrumar as coisas do seu jeito...
A gente só precisa de bom senso
E tirar a mágoa aqui dentro do peito...

Meu coração pergunta o que é que eu fiz...
Eu já não sei ficar tão infeliz...
Qual é o amor que vive por um triz?
Se eu errei (se eu errei), não foi porque eu quis...

Meu coração só quer ouvir tua voz...
Mesmo que seja pra brigar, gritar e reclamar...
Só me responde de uma vez:
E agora nós?

Fui tomar meu banho, derrotada, nem tive coragem de pegar no celular, como eu pude esquecer essa data? Eu sei que eu o estou evitando, mas pra mim isso era inaceitável...

Mas eu acho que aquilo não era necessário, sabe Alice não precisava roubar meu celular. Na verdade entendia sim, eu não sabia o que eu podia falar pra ele. E ela sabe que eu fico menos emotivo quando estou cansada, sem contar que eu me arrependeria bastante do que eu poderia falar pra ele, então provavelmente os outros ajudaram também com isso. Essa coisa de gravidez deixa você louca, e sensível.

Estava na minha cama, assistindo TV.

_Então Bella, no meu aniversario de 19 anos. Eu não quero nada de aniversário, surpresas ou festas ok? – ele disse pra mim.

_E quem disse, que a gente vai ainda ta junto? – eu brinquei.

_Nunca mais repita isso – ele disse serio, e depois começou a rir com a minha cara de medo. 

Parecia irônica que agora mesmo, depois de meses daquela conversa, não tivéssemos mais juntos. Estava quase dormindo quando me bateu uma fome, logo eu passei pelo quarto de Alice onde ela ainda falava com Jasper e fui descendo as escadas. De longe eu vi meu celular tocando, ah droga vou ter que atender.

Fui logo beber minha água e na volta ficava encarando meu celular em minhas mãos enquanto ele piscava. Me deitei na minha cama e apertei o teclado verde. Coloquei na orelha e contei mentalmente até três e disse:

_Sim?

_Bella? – ele perguntou parecia meio grogue.

_È sou eu – tentei ser a mais fria possível, ela não podia só ligar e ficar tudo bem. Não mesmo.

_Ta me evitando? – ele perguntou desconfiado.

_Porque não vai logo pra pergunta principal Edward? – falei grossa. Não iria me deixar levar por aquela voz grossa, mas macia e aveludada. Ele era tão sexy sem nem um mínimo de esforço.

_Eu ti liguei milhares de vezes, e você não me atendeu! Por que esta me evitando? – ele perguntou.

Eu fiquei calada.

_Me desculpa, pergunta errada. – ele sussurrou. Eu sabia que ele também se sentia mal. Um pouco culpado talvez.

_Continue Edward, eu preciso dormir estou cansada – falei.

_Só queria ouvir sua voz, saber como está... - Ah ótimo, ele se preocupa . Pensei.

_Eu estou bem Edward – falei já esgotada, só queria que ele desligasse e me ignorasse novamente. – Se são seus parabéns que você quer...

_Você lembrou – ele se alegrou, e eu me senti mal. Porque eu não tinha lembrado, Alice tinha lembrado.

Eu fiquei calada e ele também. Resolvi cortar o clima tenso.

_Se era só isso que você queria... Acho que tchau – eu falei, já com meu dedo no botão de desligar.

_NÃO – ele gritou.

_Então...? – falei já entediada.

_Euachoquevouvoltar – ele disse rápido de mais.

_O que? Repeti não estendi – eu disse.

_Acho... Que talvez, eu não sei. To resolvendo ainda – ele enrolou.

_Continua... – falei.

_Vou voltar...

E tudo ficou mudo de novo.

_Acho que eu ouvi errado, você disse que vai voltar? – falei.

_To tentando, pelo menos mudar meu curso pra NY. – ele desconversou.

_ESPERA – interrompi-o. – porque você quer voltar?

_Oras, mas que pergunta... Então você não quer? – ele perguntou. Como é que eu diria pra ele que queria, mas não o queria?

Fiquei em silencio.

_Porque você não quer?

_Não sei Edward, é tão confuso. Eu gosto de você, não significa que eu acho que mereça.

_Mas...

_Mas nada, você não liga pra mim. ISSO É MUITO EGOISTA – eu gritei no final.

_Desculpa... – ele disse.

_Desculpa nada, você só percebe o que perde depois quando acha que pode pegar de volta. Se você quiser volte, mas não quero você aqui comigo, ou se metendo nas nossas vidas.

_Nossas? – ele falou. Mas eu não agüentava mais e desliguei na sua cara.

Alice tinha razão, eu me arrependeria das verdades que eu acabava de lhe falar. Eu me sentia suja, até os bebes haviam ficado agitados com o som da sua voz. E me senti mal por isso, por saber que talvez eu nunca visse meus filhos e o pai juntos.

Os meus soluços angustiantes foram escutados por Alice – ela sabia que eu tinha falado com ele e me arrependido – então ela ficou ali me consolando enquanto eu chorava mais ainda, naquela noite Alice dormiu ali comigo, sempre com um olhar preocupado no seu rosto.

Foi a noite em que eu tive minhas maiores surpresas. Grandes delas. Mas também foi a noite em que eu tive que me precaver de tudo, até mesmo daquele que eu não queria, daquele que eu sentia falta.

Da pessoa que poderia me fazer feliz novamente.

A minha grande surpresa.