Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 14
Capítulo 14 - Tobi


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^^



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O resto do grupo tinha chegado algumas horas depois e encontravam-se agora, à volta da mesa da cozinha. No entanto, só Hidan e comia como um lobo esfaimado.

Sasori tinha morrido nas mãos de Sakura e Chiyou, tal como Deidara…presumivelmente. Mas não era por isso que eles não comiam. Na verdade, estavam todos a olhar para Maiko.

- Isto é delicioso. – comentou Hidan, que continuava a comer alegremente.

- Não acham que devemos discutir outra coisa antes? – perguntou Kakuzo, chateado por ter um parceiro tão idiota.

- Eu acho que deviam comer primeiro. – sugeriu Maiko. Apesar de estar triste por Deidara e Sasori já não estarem ali, não o demonstrava – Afinal, devem estar cansados depois da missão.

Apesar de ela não o demonstrar, Itachi sabia como ela se sentia. Mas não dizia nada, tal como não parava de olhar para ela, para ter a certeza que ela estava mesmo ali.

- Bem, ela ainda tem o quarto dela. – disse Hidan, com a boca cheia – Não há razão para não a deixarmos voltar. Mesmo que ela não tivesse o quarto dela, agora há dois quartos livres.

- Não brinque com isso, Hidan-san. – pediu Kisame – A morte do Deidara-san e do Sasori-san não tem graça.

- Tu é que não tens graça. – protestou Hidan – Se não querem que a Maiko vá em missões, ela pode ficar aqui a servir de cozinheira.

- Ela não vai ser a nossa criada. – disse Itachi, imediatamente.

- Para começar, nem sabemos onde é que ela esteve nestes últimos dois anos. – lembrou Kakuzo – Pelo que sabemos, ela até pode-se ter tornado uma espiã para outra vila.

- Eu posso contar-vos tudo. – disse Maiko – Mas garanto-vos que não sou espiã nenhuma.

- O Pain-sama deve aparecer amanhã. – disse Kisame – Porque é que não esperamos até lá para tomar uma decisão sobre a Maiko-san?

- Ele tem razão. – concordou Hidan, já com o prato limpo – Entretanto, posso repetir?

Maiko sorriu, pegou no prato vazio de Hidan e serviu-lhe outra porção de comida.

- Fiz bastante. – informou Maiko – Espero que comam bastante.

Amuado por ter perdido, Kakuzo pegou no prato mas, no final, acabou por comer tudo e ainda pedir mais, tal como os outros membros. Até mesmo Itachi.

Depois de eles saírem da mesa, Maiko ficou a lavar os pratos, contente por estar de volta. Para adicionar à sua felicidade, Itachi ainda a tinha defendido.

Maiko estava a sorrir quando Itachi entrou e sentou-se na mesa.

- Eu pensei que estavas morta. – começou Itachi, surpreendendo Maiko – Depois de teres deixado Konoha, não havia muito mais que eu pudesse imaginar.

- O sitio onde me deixou, Itachi-san, era o seu lar, certo? – perguntou Maiko, sem olhar para ele – Eu vi uma fotografia do seu irmão.

- E salvaste-o mesmo depois de eu te ter deixado sozinha. – mencionou Itachi.

- Bem, eu…

- Não adianta negares. – avisou Itachi – Afinal, o meu irmão acordou miraculosamente na manhã depois de eu te deixar lá. Não é preciso ser um génio para adivinhar o que tinha acontecido.

- Disseram-me que tinha sido o Itachi-san a fazer aquilo. – revelou Maiko – Claro que não acreditei…

- Fui eu. – interrompeu Itachi – Fui eu que fiz aquilo ao meu irmão, fui eu que matei o meu clã e só poupei o meu irmão porque quero os olhos dele.

- Isso é mentira. – disse Maiko, sem hesitar – Não precisa de me mentir, Itachi-san. Eu sei que nunca faria mal à sua família se tivesse outra opção.

- Pareces saber muita coisa. – replicou Itachi.

- Isso é porque eu consigo ver. – Maiko virou-se e foi-se sentar também, em frente a Itachi – Vi na fotografia que consigo ver agora nos seus olhos.

Itachi olhou-a nos olhos. Apesar de ele tentar parecer frio, Maiko só conseguia ver dor e tristeza. A solidão também estava lá, pensou Maiko. Mesmo estando rodeado por tanta gente.

- Sabe, se algum dia precisar de alguém com quem conversar, eu estou aqui. – disse Maiko.

- Eu estou bem, sozinho. – mentiu Itachi, levantou-se – Estive sozinho durante estes anos todos e não é agora que isso vai mudar.

- Ninguém gosta de estar sozinho. – disse Maiko, antes de Itachi sair.

No dia seguinte, Pain não apareceu, mas Konan entrou no esconderijo acompanhada, logo depois de o sol nascer.

No entanto, não estava ninguém na sala nem nos quartos. Os barulhos que Konan ouviu vinham da cozinha, tal como o cheiro de alguma coisa boa. Quando entrou, viu uma mesa cheia de comida e os membros à volta dela, como se estivessem a festejar o facto de haver pequeno-almoço.

O que a surpreendeu mais foi a presença de Maiko.

- O que é que se passa aqui? – perguntou Konan, obtendo a atenção do grupo, menos de Hidan, que se mantinha concentrado na comida.

- Ah! Konan-san, sente-se por favor. – pediu Kisame – Há comida que chegue para todos.

- Essa não é a minha prioridade, agora. – disse Konan, cruzando os braços – Porque é que a Maiko está aqui?

- Bem-vinda, Kanon-san. – Maiko levantou-se e fez uma vénia.

- Ela apareceu ontem. – informou Kakuzo – Estávamos à espera do Pain para decidir o que fazer com ela.

- Bem, têm sorte que ele não veio. Provavelmente ele matava-a mal a visse. – disse Konan – Nós não sabemos se ela é uma espiã.

- Foi o que eu disse. – queixou-se Kakuzo, pousando os pauzinhos.

- Vamos esquecer isso por um momento. – pediu Kanon, suspirando – Venham comigo até à sala. Quero apresentar-vos uma pessoa.

- Mas eu estou a comer. – choramingou Hidan que já ia na terceira porção – Sabes há quanto tempo é que eu não como uma refeição assim.

- Desde de ontem. – lembrou Kakuzo, levantando-se – Agora, vamos.

- Tu também. – disse Kanon, referindo-se a Maiko – Se vais fazer parte do grupo, também tens que conhecer esta pessoa.

Contente por ser incluída, Maiko levantou-se e só faltava saltitar até à sala. Infelizmente, desde a noite, Itachi não falava com ela. Nem um “bom dia”.

Quando chegaram à sala, um homem com uma máscara cor-de-laranja e capa da Akatsuki estava sentado no sofá.

- O nome dele é Tobi. – informou Kanon – Ele vai substituir o Sasori até encontrarmos alguém mais apropriado.

- O que é que está a dizer, Kanon-san. – Tobi levantou-se e agarrou-se a Kanon – Eu sou apropriado. Eu sou forte.

- E quanto ao substituto do Deidara-san? – perguntou Kisame.

- Ainda não confirmamos que o Deidara está morto. – disse Kanon – Até lá, o Tobi vai ser o único membro a ser adicionado. Como devem imaginar, não existem muitas pessoas que estejam dispostas ou sejam apropriadas para se juntarem à Akatsuki.

- E quanto à Maiko? – perguntou Kakuzo.

Pensativa, Kanon ficou a olhar para Maiko durante alguns segundos, em silêncio, ignorando Tobi que ainda estava agarrado a ela.

- Tenho que falar com o Pain antes de tomar uma decisão. – disse Kanon, finalmente – Entretanto, o Kisame, o Kakuzo e o Hidan vão procurar informações dos passos dela nos últimos dois anos e meio.

- Porque é que eu não posso ir com o Kisame? – perguntou Itachi.

- Tu estás comprometido, Itachi. – respondeu Kanon, que já tinha conhecimento do que ele sentia por Maiko. Mesmo que ele próprio não soubesse – Tu e a Maiko vão ficar aqui a explicar ao Tobi como tudo funciona.

- Nós temos que extrair os outros bijus. – lembrou Kakuzo – Porque é que não podemos matá-la e acabar com isto de uma vez.

- Temos de considerar que os poderes dela são únicos e bastante prestáveis. – disse Kanon – Não é com facilidade que encontramos alguém que se pareça com ela. Já não aprendemos essa lição com o anterior substituído da Maiko?

Sem mais argumentos, Kakuzo juntou o que precisava para a viajem e saiu com os seus dois companheiros, pronto para uma missão que provavelmente duraria mais do que um dia.

- Agora, eu vou falar com o Pain. – disse Kanon, virando costas.

Mas, antes que ela conseguisse sair, Itachi parou-a.

- Podes dizer ao Nagato que é um favor pessoal? – perguntou Itachi, murmurando.

- Itachi, eu sei que o Nagato recrutou-te pessoalmente. – disse Kanon – Mas não podes pedir favores tão facilmente. Dependentemente do que sentes, é aquilo que eles vão encontrar que importa.

- Diz-lhe. – reforçou Itachi.

- Eu vou dizer-lhe. – suspirou Kanon – Mas não esperes muita coisa.

Kanon saiu e deixou os três sozinhos. Itachi voltou para o sofá.

- O que é que eles vão descobrir sobre ti? – perguntou Itachi, sem olhar diretamente para Maiko.

- Vão descobrir que passei os últimos dois anos e meio em Suna, que fui treinada pessoalmente pelo Kazekage e pelos irmãos dele e que fui uma ninja ao seu serviço nos últimos seis meses. – informou Maiko – Mas não sou uma espiã.

Isso não importaria, pensou Itachi. Por muito que ela jurasse que não era uma espiã, quando eles descobrissem que ela servira Gaara, a sua morte estaria decidida em menos de um segundo.

- Eu vou para o meu quarto. – disse Maiko, cabisbaixa – Quando os outros chegarem vão precisar que eu os cure, por isso vou descansar.

Itachi seguiu-a com os olhos até ela fechar a porta e depois levou as mãos à cara.

O que podia fazer numa situação daquelas.

Três dias tinham passado desde que Kakuzo, Hidan e Kisame tinham partido em missão.

Desde então, Maiko não cozinhara mais e só saía do quarto quando Itachi não estava em casa.

Não estava chateada pela sua morte iminente. Aliás, estava contente por ter voltado ali, mesmo que tenha cavado a sua própria sepultura. O que a incomodava era ter sido substituída durante a sua ausência. Era lógico que assim tivesse sido, já que eles precisavam de um curandeiro.

Mas incomodava-a o facto de aquele quarto não ser só seu. Por causa disso, não dormia na cama desde aquele dia.

Itachi também estava ciente desse facto. Isso porque um dia tinha entrado no quarto dela e visto que ela estava a dormir no chão, com alguns cobertores que tinha trazido de Suna a separá-la do chão frio.

No fim do terceiro dia, enquanto estava deitado na sua cama, Itachi ouviu a porta a abrir-se e pensou que o grupo já tinha chegado. Por isso, foi com surpresa que viu o grupo entrar na manhã seguinte.

- Onde é que foram? – perguntou Itachi, que se encontrava sentado no sofá.

- Como assim? Acabamos de chegar, Itachi-san. – disse Kisame, sentando-se em frente a Itachi.

- Mas eu ouvi-vos ontem… - apercebendo-se do que tinha acontecido. Levantou-se, dirigiu-se até ao quarto de Maiko e, tal como temia, este estava vazio.

- Ela fugiu outra vez? – perguntou Hidan – E o nosso comer?

- Estás preocupado com isso depois do que descobrimos? – perguntou Kakuzo – Ela deve ter ido até Suna para informá-los da nossa localização! Temos que informar o Pain!

- Não há necessidade. – disse Kanon que tinha entrado há alguns segundos – A Maiko está connosco.

- O quê!?

- Sim, Itachi. Ontem à noite, ela veio ter connosco e contou-nos o que tinha acontecido nos últimos dois anos. Até nos certificarmos que ela não é uma espiã, vai ficar sobre nossa custódia. É claro que ela vai continuar a servir-vos se precisarem. – Kanon olhou para Itachi – O Pain quer falar contigo.

Mesmo desconfiado, Itachi seguiu-a. Quando estavam fora do esconderijo, Konan parou e virou-se para Itachi.

- Foi a Maiko que veio até nós e foi ela que pediu para ficar na torre. – garantiu Kanon – Foi ela que nos contou a história toda e, agora, o Nagato quer falar contigo. Ele disse para estares lá em cinco minutos.

Itachi anuiu e começou a correr. Não demorou cinco minutos a chegar à torre.

Nagato encontrava-se nos confins da torre, dentro de uma sala fechada a sete chaves. Só Konan tinha as chaves mas, quando ele chegou lá, a porta estava aberta

Itachi entrou e deparou-se com Nagato preso à máquina que o mantinha vivo.

- Eu posso explicar, Nagato. – começou Itachi sem esperar um segundo – Ela não representava perigo, por isso…

- Eu não quero falar sobre a Maiko, Itachi. – disse Nagato – Quero falar sobre o novo membro da Akatsuki.

- Tobi…


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Notas finais do capítulo

Eheheh :D o Tobi chegou
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