Bem Real escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 4
De cara com o problema


Notas iniciais do capítulo

ALELUIA IRMÃOS!

É, foi mal a demora. Mas minha faculdade e professores estão com o "ius ferrandi" ligado e eu to tendo que sacrificar meus momentos de lazer para acompanhar e não me ferrar OO'.

Agradeço de mais o apoio de vocês meninas, de verdade. É isso que me faz sempre arranjar um jeitinho. Bom, acho que vai ser nos finais de semana que vou postar :) no mais, um capítulo dedicado a todas vocês suas lindas *o* amo cada review. Boa leitura.



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Há dois meses havíamos nos mudado de Forks para Andover, em Massachusetts. O clima e a cidade eram agradáveis. As casas ficavam há uma distância considerável uma da outra e todos preservavam a sua privacidade, o que facilitou muito para a nossa chegada. Os vizinhos raramente nos importunavam, geralmente apenas acenavam de longe. Todos eram ricos, e alguns até mesmo milionários, mas para isso trabalhavam bastante, sendo assim davam pouca importância em estabelecer um circulo social.

Aqui é tudo muito cinza, até mesmo a mata parece desbotada, o que deixa Renesmee extremamente frustrada. Ela gosta de ambientes coloridos. A floresta não é densa, o que faz com que tenhamos uma atenção dobrada na hora de caçar. Infelizmente não há leões da montanha; apenas cervos, alces, alguns perus e chacais e de vez enquando topávamos com um urso marrom. Isso deixou Emmett bastante frustrado e na maioria das vezes ele passava mais de três dias caçando. Ele não voltava para casa enquanto não achasse pelo menos um urso.

O clima aqui a maior parte do tempo era nublado. Não por causa de chuva, pelo contrário, aqui quase não chovia, simplesmente era sim. Um “clima depressivo” com diz Esme, e parece que isso estava nos afetando. Não havia mais aquela alegria na minha família, infelizmente. E, apesar de Esme tentar acusar o lugar, eu sabia que era toda aquela loucura com a saga a responsável por isso.

Não podíamos mais estudar, tentamos por uma semana no colégio de Andover e a todo momento éramos assediados. A única que ia ao colégio era Nessie, já que ela ainda não havia aparecido na saga ninguém a importunava. Nossos sobrenomes foram trocados, de Cullen para Corvin, de Hale para Hannegan. Odiamos, mas não havia escolha. Pelo menos os nomes continuavam os mesmos, menos o de Nessie. Seu nome chamava muita atenção e tivemos que trocar para Reneé, ela não gostou nem um pouco mas não contestou, sabia que era necessário.

Nunca ficamos com tanto tédio na vida. Eu finalmente via o quanto ir ao colégio ou a faculdade fazia a diferença na nossa rotina. Para fugir um pouco desse tédio eu passei a trabalhar com Carlisle no hospital juntamente com Bella. Rosalie, Alice e Esme abriram uma floricultura e uma loja de decoração. Jasper e Emmett eram projetistas de grandes empresas. Já Jacob foi para La Push terminar seus estudos. Ele teve que pará-los para ir viajar com a gente. Seu sobrenome também teve que ser trocado, ele era Jacob Miller agora. Aos finais de semana ele vinha nos visitar, ou melhor, visitar Renesmee. Eu admito que até estava gostando do tempo afastado que os dois estavam passando.

Antes de nos mudarmos eu havia tido uma conversa séria com a minha família e todos concordaram que Bella não estava bem e que não devíamos mais tocar nesse assunto. Até Emmett estava se policiando, mas ele ainda lia as tais fanfictions e quase perdia o controle nessas horas louco para fazer uma gracinha. Mas um rosnado meu era suficiente para ele se lembrar que isso não era uma boa ideia.

Nesse meio termo eu havia tido uma ideia que pensava em por em prática logo. O único problema é que Alice viu o que eu planejava e ficava me mostrando visões de que não valeria de nada minha tentativa. Mas eu estava decidido, eu iria tentar, e seria esta noite.

– Edward, larga de ser cabeça dura. Eu vi, não vai funcionar. – Alice dizia me seguindo pela casa.

– Alice, eu quero pelo menos tentar. Não custa nada.

– A única coisa que isso vai render é uma bela entrevista.

– Que seja, pelo menos eu sei que tentei.

– Tentou o que? – Bella disse aparecendo na garagem.

– Seu marido que ir fazer uma visita para a autora do livro da sua vida. – Alice disse revirando os olhos. “Ridículo isso”.

– Por quê? – Bella me perguntou com uma expressão confusa.

– Para tentar por um fim nessa história maluca e tentar descobrir como ela sabe tanto sobre nós.

– Não vai funcionar! – Alice disse frustrada e batendo o pé.

Eu entrei no meu volvo e dei a partida, ignorando o piti de Alice.

– Volto amanhã antes do anoitecer amor. – disse para Bella e sai da garagem.

 Em uma hora e meia eu estava no aeroporto de Boston pegando o vôo doméstico para o Arizona. E vou te contar, eu odeio esses fans.

– REBECCA, REBECCA CORRE AQUI! – a atendente disse assim que pegou meu passaporte.

Infelizmente nem todos os nossos documentos deram para ser falsificados ainda, ficaram faltando os passaportes e as carteiras de motoristas.

– Que foi Blenda? – uma morena alta se aproximou da sua colega que estendeu meu passaporte par ela.

– Será que não poderíamos ir logo com isso? Eu realmente estou com pressa. – eu disse tentando me livrar da situação desagradável que viria a seguir, mas não adiantou.

– EDWARD CULLEN? EDWARD CULLEN! RITA, RITA VEM CÁ!

– Que foi Becca? – uma loira bastante baixinha apareceu com cara de poucos amigos.

– O NOME DELE É EDWARD CULLEN! E... –  a garota finalmente olhou para mim e sua respiração falhou. – OMG! OMG! OMG!

– O que foi sua louca? – A tal Rita falou.

– ELE É A CARA DO EDWARD! –  A menina de cabelos castanhos enrolados chamada Blenda disse, já que a única coisa que Rebecca conseguia dizer era OMG.

– AAAAAAH! – a tal Rita gritou e pulou sobre o balcão tentando me alcançar, mas graças a Deus eu sou um vampiro e meus reflexos são ótimos.

– Ok, isso já foi longe demais. Se vocês não me atenderem agora eu vou chamar o supervisor de vocês. – eu disse dando o meu melhor olhar ameaçador.

Alguns anos atrás eu poderia fazer a pessoa desmaiar de tanto medo só com esse meu olhar. Mas agora, isso não surtia nenhum efeito.

– OMG ELE FICA AINDA MAIS GOSTOSO AMEAÇADOR. – meu Deus, porque elas precisam berrar tanto?

Não demorou muito para todo esse escândalo chamar a atenção das outras pessoas no aeroporto. Não demorou muito e eu estava cercado de garotas histéricas.

– AAAH MEU DEUS, ELE É TÃO LINDO!

– ME DÁ UM AUTÓGRAFO?

– ROBERT! ASSINA A MINHA CALCINHA!

– ME MORDE GOSTOSO, SOU TODA SUA!

Eu me virei para uma das atendentes e peguei o passaporte que estava e sua mão. Saltei por cima do balcão e o mais rápido que pude sumi daquele lugar. Por incrível que pareça, os gritos aumentaram. Se eu não conseguia pelo jeito convencional, ia ser pelo modo clandestino mesmo.

Passei em velocidade vampírica por toda segurança e em segundos eu estava no avião para o Arizona. Bem, mais especificamente no compartimento de malas. Se eu fosse aonde os passageiros estão, correria o risco de ser descoberto.

****

Depois de duas horas de muito sufoco, eu finalmente estava em Cave Creek, em frente a casa de Stephenie Meyer. Passava das oito da noite, seu marido e filhos já haviam ido deitar, enquanto ela permanecia em seu escritório, que também era um quarto de visitas, tentando se lembrar do que devia escrever. “Deus, o que eu iria escrever mesmo? Estava tão claro como água, agora não lembro de nada. Mais duas páginas, mais duas páginas e eu termino o livro. Merda, o que era mesmo? Acho melhor preparar um café, acho que vou virar a noite aqui.” .  Ela se levantou e foi em direção à cozinha, enquanto isso eu entrava silenciosamente pela janela de seu escritório.

Estava repleto de rascunhos e anotações para todo o canto, alguns eram reflexos de sonhos que ela tinha e utilizava em seus livros. O mais incrível, era que esses sonhos era a minha história com a Bella. Olhei em seu notebook e vi que ela estava terminando um livro que se chama Amanhecer. Eu resolvi dar uma lida por auto enquanto ela não voltava, e pude ver que esse livro era a continuação de nossa história, e dessa vez Renesmee estava nela. Fiquei furioso ao perceber que o inferno em nossa vida não acabaria tão cedo, ainda mais com um novo livro prestes a sair. Fechei o arquivo e fui em seu pasta decidido a deletar tudo. “Mas o que?”

– Quem é você? Como entrou aqui? – A escritora disse surpresa e seu rosto cheio ficou tomado pela expressão de choque quando eu me virei e a encarei.

– Olá. Sou Edward Cullen, o verdadeiro. – a xícara de café em sua mão caiu e ela levou as mãos à sua boca.

– Eu sei, eu vi você em meus sonhos. O que faz aqui? – “eu estou sonhando? Deus, você é mais lindo do que imaginei”

– Não, isso não é um sonho. Eu vim te dizer que sua história é ridícula. – não, não era, mas eu tinha que assustá-la.

– Ridícula? O que quer dizer com isso? – ela disse totalmente ofendida.

– Acha mesmo que não nos alimentamos de humanos? A sua teoria de que somos “vegetarianos” é ridícula. Nenhum vampiro sobrevive a isso. Não vivemos sem o prazer do sangue humano, sem o prazer de matar e do seu desespero quando nos aproximamos e os apresentamos a morte, vocês não são nada além de gado.

– O quê? Mas você não é assim Edward...

– O quê? Achou mesmo que eu sou o ser romântico que você tanto idealiza? O seu personagem não serve para nada além de iludir garotinhas. Mas devo agradecê-la por uma coisa, nunca foi tão fácil caçar. Você as deixou bobas e as transformou em presas fáceis, obrigado por isso. Agora, por favor, de onde tirou que somos capazes de nos apaixonar por seres tão insignificantes como vocês?

– Eu... pensei...sonhei....

– Não foi nada além de um sonho bobo, minha cara. Está na hora de você acordar para a realidade e parar com toda essa babaquice. – eu disse a centímetros de seu rosto e deixando tonta e com medo.  

– O que você quer dizer? – “você vai me matar?”

– Não vou mata-la...agora.  Mas eu irei se você não por um fim nisso.

– Por um fim em que?

– Nessa sua fantasia ridícula. Não termine a história, esqueça ela. Esqueça a melodramática história de Edward e Bella. Esqueça a sua idealização de um amor impossível. Isso não existe, acabe com toda a saga. Tire seus livros de circulação, escreva sobre coisas reais, possíveis e que realmente tem algo a oferecer para as outras pessoas. Deixe-nos em paz. – ela ficou calada, me olhando atônita. “Por um fim, em todo meu trabalho?”

– Eu... não posso. É tudo o que tenho.

– Sim, você pode. Faça isso por sua vida, ou melhor, faça isso pela vida de seus filhos. – ela levou a mão a boca horrorizada.

– Não se atreva...

– Você tem 15 dias. – eu disse interrompendo-a e sumindo de vista.

Ela ficou mais algumas horas em seu escritório sem realmente acreditar no que havia acontecido. Mas eu podia ver que ela estava com medo, o que era um bom sinal. Fiquei mais um tempo de olho nela e descobri que sua “inspiração” vem de seus sonhos. Todas as vezes em que dormia ou apenas tirava um cochilo ela sonhava com cenas que haviam acontecido em nossas vidas na visão da Bella. Ela sempre acordava achando que tinha tido ideias para o livro. Claramente dava para ver que ela tinha um dom, como o de Alice mas ao contrário, e, por algum motivo, seu dom havia escolhido Bella para ver o passado. Às vezes acontecia de ela ter esses “sonhos” acordada e ela achava que havia cochilado ou que estava com uma inspiração forte no dia. Mas ela não escreveu nenhuma linha sequer desde a noite anterior. Já eram cinco da tarde e eu havia me cansado de observá-la. Estava na hora de ir para casa.

Dessa vez ao comprar a passagem eu escolhi um atendente homem. Eu deveria ter feito isso antes, o cara simplesmente me ignorou o que foi um alivio. O meu voo para casa foi tranquilo, exceto pela aeromoça que não parava de dar em cima de mim achando que eu era o tal ator.

– Ocorreu tudo bem? – Bella perguntou assim que cheguei em casa e depois de me dar um beijo.

– Acho que sim, temos apenas que esperar agora.

***

–Eu te avisei. – Alice disse assim que teve oportunidade.

Já se passava mais de um mês e eu percebi que não houve nenhuma melhora. O novo livro Amanhecer havia sido lançado e a histeria estava maior do que nunca. E agora, a autora que arruinou nossas vidas estava dando uma entrevista que quebrou de vez as minhas pernas.

“...eu tive esse sonho, não sei o quanto foi só sonho ou o quanto foi o que eu estava pensando sobre isso, mas Edward realmente aparecia e me disse que eu entendi tudo errado. Tipo, ele existia e tudo mais, mas ele não podia viver de sangue animal e ele realmente era como qualquer outro vampiro.  Eu meio que tive a sensação de que ele iria me matar, foi realmente assustador. Foi muito diferente de qualquer outro jeito que eu pensei que seu personagem seria. E de certa forma foi legal também porque adicionou algo extra da minha visão sobre ele..." 

(n/a: essa entrevista realmente aconteceu, não está na íntegra pq eu a adequei a fic, inclusive a questão temporal)

– Sério mesmo que você achou que ia lá, assustar ela e ela iria fazer tudo o que você queria? Você é mesmo um mané maninho. – Emmett disse debochado.

– Como eu iria adivinhar que ela acharia que não passava de um sonho?

– Eu te avisei! – Alice disse nervosa. “Essa desculpa não cola”.

– Que seja. – eu disse simplesmente me jogando no sofá.

Minha ameaça provavelmente teria sido mais eficaz se eu tivesse matado pelo menos um de seus filhos. Será que...

– Ai meu Deus! – Alice disse de repente.

Uma visão aparecendo em sua mente. Os Volturi, estavam reunidos no grande salão de Volterra e falavam sobre nós.

“– Mestre, você realmente acha isso necessário? – Jane disse sem emoção para Aro.

– Jane querida, receio que não escolha. Isso está tomando uma proporção enorme e está nos expondo. Caius, convoque os vampiros que desejar. Iremos fazer uma visita aos Cullen.

– Sim meu irmão. Mas apenas vampiros? – Aro olhou para seu irmão e sorriu.

– Pode leva-los também. Poderão ser úteis. “

A visão acabou e Alice me olhou assustada.

– O ultimo filme teve partes feitas na Itália, provavelmente ganhou a atenção deles. – eu disse a ela que assentiu.

– Do que vocês estão falando? – Rosalie disse impaciente.

– Os Volturi, eles estão vindo. – Alice disse e todos se olharam alarmados.

Pelo visto, nossos problemas estavam só começando.


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Notas finais do capítulo

Reviews? *o* vai, me agradem, me motivem que eu recompenso!rs.