Sobre Metal e Sangue escrita por JojoKaestle, LudMagroski


Capítulo 17
Uma, duas, três, quatro, cinco vezes




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A noite foi preenchida de frio e pesadelos. Já não sabia dizer se os calafrios e tremores que percorriam meu corpo eram uma tentativa vã de me esquentar ou medo do que estava por vir. Um sonho particularmente ruim me fez acordar chorando apenas para perceber que não havia lágrimas. Fechei os olhos. Durma, me obriguei, mas não sei se dormi. Alucinações, sonhos e realidade se pareciam demais para que eu pudesse distingui-los. Acordei sentindo os grãos de areia sob meu rosto e a boca seca como as rochas vermelhas no horizonte. Já era dia e minhas bochechas ardiam como fogo - o chefe fizera questão de arrancar meu capuz para que eu não pudesse usá-lo, mas me deixara com o casaco e as botas, fazendo com que queimaduras no corpo não me preocupassem. Não que fizesse grande diferença. A desidratação era o suficiente: sentia-me tonta e tão fraca que erguer o corpo para me sentar fez meus músculos tremerem, reclamando do esforço. Ao menos devo parecer inofensiva, tentei me enganar, ignorando que talvez não só parecesse. Olhei ao redor. O trabalho já havia iniciado e o sol estava absurdamente quente, devíamos estar perto do meio dia. Bom, eu pensei, os guardas devem estar entediados e ansiosos pela troca de turno. Não tão ansiosos como eu para sair daquele buraco, ainda assim.

– Me tirem daqui! Eu imploro – gritei para o nada e todos me ignoraram – Eu conto! Conto tudo que quiserem, só me deixem sair daqui!

Um dos guardas olhou desconfiado para mim e disse algo ao seu companheiro de posto, que saiu correndo para dentro da construção. Senti meu coração bater descontrolado no peito quando o guarda voltou trazendo consigo Robert. Baixei o rosto, deixando que meus cabelos sujos e desarrumados cobrissem qualquer expressão que pudesse me denunciar. Ele se aproximou sozinho, para meu alívio, me empurrando com força pro lado e pressionou seu coturno contra minha bochecha quando caí.

– Me desculpe. – ele sussurrou, com a testa franzida – Mas eles precisam acreditar.

– É verdade, eu juro! Sem gracinhas dessa vez – gritei de volta para que quem pudesse ouvir ouvisse.

Ele se agachou atrás de mim e começou a desatar as cordas que me prendiam ao poste. Enquanto cortava as cordas presas aos meus pulsos, algo deslizou para dentro da manga do meu casaco.

– É um canivete. Todos estão prontos, esperando você.

Murmurei em resposta, massageando os pulsos em carne viva.

– Tem certeza que quer fazer isso? – sua voz era preocupada, e eu sabia que veria o mesmo em seu rosto se me virasse. Para nossa sorte, à nossa frente as únicas testemunhas eram as cercas retorcidas e as rochas nuas do deserto.

– Absoluta. – me levantei, sentindo os joelhos tremerem. Apoiei-me no poste e minha cabeça girou. Apertei o chip de Rhes com força antes de começar a caminhar. – Vamos logo com isso.

Robert pôs a mão no meu ombro e deu sinal para que o guarda mais novo nos acompanhasse. Entramos no prédio, caminhamos por um longo corredor e subimos quatro lances de escadas até alcançarmos um corredor menor e mais escuro, com uma lâmpada fraca auxiliando a pouca luz que atravessava as janelas sujas. Havia um guarda entediado em uma das portas, arrancando a sujeira de sua arma com as unhas. O guarda jovem me empurrou para o lado quando nos aproximamos.

– Avise a Gerald que a pirralha decidiu cooperar.

O companheiro sorriu para mim. Faltava-lhe boa parte dos dentes.

– Essa se parece com a primeira. – fungou – Vai ter que revistá-la.

– É só uma menina. – Robert argumentou.

– Uma pirralha que liderou um bando de R.E.S. até aqui para nos roubar. Vá logo, se quiser entrar.

Robert resmungou e me aproximou com um puxão. Apalpou-me da maneira mais convincente que pôde antes de me empurrar em direção à porta.

– Nada. Mande-a pra dentro de uma vez.

O guarda desdentado abriu a porta, enfiando a cabeça pelo vão e resmungando qualquer coisa lá dentro. Em seguida me empurrou com tanta força apoiando a arma em minhas costas que caí de joelhos dentro de sala. O piso estava frio, melhor, a sala estava. O cômodo funcionava como uma espécie de quarto-escritório: no centro havia uma mesa grande de metal, coberta por pranchetas digitais e um computador, e encostada no canto uma cama velha e desarrumada, ao lado de estantes vazias onde descansava uma pistola. À direita havia uma porta que concluí dar no banheiro. O chefe se ergueu de sua cadeira com um sorriso satisfeito no rosto. Tinha a camisa aberta e notei que deixava um prato vazio sobre a mesa. Atrás de si as paredes eram transparentes, nos dando uma visão ampla de toda a parte leste do pátio.

– Parece que o calor e a sede a domaram, finalmente. – ouvir sua voz fez minhas mãos começarem a tremer. Não tenho medo, tentei me convencer. Mordi os lábios secos e feridos e me levantei com dificuldade. Queria olhá-lo nos olhos, mas não tive forças. Em vez disso fitei o chão.

– Hughes disse que você queria me contar alguma coisa?

– Sim. – fechei as mãos em punhos, tentando fazer com que parassem de tremer, mas isso só tornou seu chacoalhar mais evidente.

O chefe puxou sua cadeira e sentou-se, fazendo sinal para que eu me aproximasse.

– Está com medo? – segurou meu rosto com delicadeza e forçou-me a encará-lo.

– N-Não – a palavra saiu trêmula.

Ele sorriu e intensificou o aperto em meu rosto.

– Vocês são todas iguais, no final. A outra vadia, a que se parecia com você, foi do mesmo jeito. Toda coragem, mas quando a joguei naquela cama chorava como uma criança.

Com as mãos às costas, retirei o canivete de dentro da manga. Tinha que ser rápida e certeira, ou o destino não seria gentil comigo, mas me sentia tão fraca e assustada que ficar ali de pé, encarando aqueles olhos cruéis, já era mais do que eu poderia suportar.

– Quanto tempo levará até começar a chorar? – o homem deslizou os olhos por mim e senti repulsa. Já estaria, se tivesse lágrimas. Apertava minha mandíbula com tanta força que achava que poderia quebrá-la.

– Está me machucando. – reclamei. O canivete vacilava às minhas costas em meus dedos suados e trêmulos.

Ele riu uma gargalhada seca e asquerosa. Aproximou o rosto do meu até que eu podia sentir seu bafo como se fosse o meu próprio. Meu estômago girou.

– Irei machucá-la tantas vezes e de tantas formas diferentes que vai chorar até não haja mais lágrimas nesses olhos remelentos.

– Não. – respondi, afundado o canivete em seu estômago.

Seus olhos se arregalaram quando percebeu. Enterrou os dedos com força em meu rosto, ao que lhe respondi girando a lâmina e a enterrando mais profundamente. O chefe urrou, vendo o sangue jorrar, e eu segurei seus cabelos, puxando-os para trás, mas seus braços ainda tinham mais força do que uma garota franzina e desidratada. Sentia a unhas cortando minha pele, mas não sentia dor. Puxei o canivete de seu corpo e senti o sangue quente molhar minha mão. Vacilei e ele aproveitou a chance para me empurrar. A cadeira rodopiou antes de cair derrubando nós dois, entrelaçados. Meus dedos se mantinham fechados com tanta força em torno do cabo do canivete que se pudesse vê-los certamente os veria brancos. O homem ao meu lado se erguia, respirando pesadamente, e eu me atirei sobre ele. Meu peso não lhe seria grande obstáculo, por isso pus toda força que consegui reunir e afundei a lâmina sobre sua garganta o mais rápido que pude. Uma, duas, três, quatro, cinco vezes.

– Não vai. – respirei com dificuldade - Não vai machucar mais ninguém.

“Gerald, nós temos uma situação no refeitório, talvez seja bom dar uma passada aqui.” O recado chiado saiu de um rádio sobre a mesa. Houve um bip e uma voz diferente falou “Puta merda, os filhos da mãe estão armados! Alguém ative a segurança!”. Através da vidraça vi os guardas daquele lado da construção correrem para fora da minha visão.

– Chefe? – a voz veio do outro lado da porta. Com um olhar rápido percebi o símbolo vermelho que indicava estar bloqueada. Arranquei o sobretudo manchado de sangue e o prendi na cadeira, empurrando-a contra as paredes transparentes. Por favor, seja de vidro. A cadeira respondeu às minhas preces, acertando a parede, espalhando estilhaços e levando meu sobretudo junto na sua queda até o pátio. Corri para o banheiro e fechei a porta atrás de mim. Me sentando encolhida contra a parede, olhei minhas mãos pela primeira vez. Trêmulas, ensangüentadas. Quis chorar, mas tive medo que me ouvissem. Solucei, mas não havia lágrimas.

– Ele mereceu, Rhes. Ele mereceu.

Respirei fundo sentindo a adrenalina baixar e o cansaço tomar seu lugar. Meus olhos estavam pesados e era difícil focar em qualquer coisa. Minha pele ardia, meus cabelos ensopados de suor grudados em meu rosto. O som da torneira pingando fez minha boca parecer mais seca, mas fechei os olhos, desviando a atenção. As chances eram grandes de que água não tratada matasse não só minha sede.

O barulho do outro lado me indicou que os guardas haviam conseguido entrar na sala. Devia ter pego a pistola, estúpida. Duas vozes acaloradas discutiam, pareciam distraídos o bastante com a morte de seu chefe para procurarem por mim. Ou então o vidro quebrado e o casaco lá embaixo os convencera. Podia os ouvir caminhando pela sala, mas nunca se aproximavam muito do meu esconderijo. Uma explosão veio lá de fora e as caixas de som pareceram gritar por toda a construção “Alerta geral! Transtorno nas áreas C-3 e E-5! Repito, transtorno nas áreas C-3 e E-5!”. O estalar metálico das caixas me lembrou do comunicador em meu ouvido.

– Aydee? Armand?

Apenas a estática me respondeu.

– Eu consegui. – disse, e aquilo me deu uma sensação frágil de alívio – Agora precisam ajudar os trabalhadores, eles precisam de vocês.

Nada. Ouvi passos apressados deixarem a sala e duas novas vozes entrarem.

– Então é verdade que a menina matou Gerald? – uma mulher riu – Mas que estúpido. Jacques, vá avisar a Reinald, ele vai gostar de saber disso.

A porta abriu e fechou-se e a voz continuou.

– Onde ela está?

– Parece que caiu – a voz do guarda mais novo respondeu.

– Caiu? Desta altura e conseguiu se arrastar para longe?

– Ela matou Gerald, Diane.

– Ela o matou porque vocês são um bando de idiotas e ele o maior de todos. Aposto que não olhou a droga do banheiro.

Oh, não. Os passos se aproximaram da porta e a maçaneta girou sob minha cabeça. Quase pude ver o sorriso triunfante da mulher. A porta sacudiu às minhas costas quando ela a forçou atrás de mim, mas permaneceu trancada. Então veio o primeiro tiro e escutei o trinco se estilhaçando do outro lado. Olhei o canivete minúsculo e inútil em minha mão. Não era nada contra dois adultos armados. Respirei fundo, esperando a porta se abrir, mas em seu lugar veio o som da sala sendo invadida e uma troca de tiros se seguiu. O guarda mais novo gritou, algo foi atirado pelas vidraças, e então, silêncio. Me afastei no momento em que a porta se abria com uma puxada brusca, mas no lugar de uma guarda, Aydee estava diante de mim, com uma pistola fumegante em uma das mãos.

– Deidre! – se atirou de joelhos, me abraçando – Perdemos a comunicação com você e acabamos tendo que entrar aqui às cegas, é claro que não foi difícil saber que algo já estava acontecendo com tanta gente correndo pelo pátio e coisas explodindo...

– Aydee... – vi Armand aparecer atrás dela.

– Além disso, Anselme conseguiu hackear o sistema deles e temos acesso a um mapa completo do interior construção. – se afastou, me segurando pelos ombros pra examinar meu rosto – Você está horrível, menina.

– Aydee. – a mão dele descansou sobre o ombro dela, afastando-a de mim.

– Está bem, está bem, vou ficar aqui enquanto você faz o seu trabalho. – levantou-se e se escorou contra o batente da porta, de olho na entrada da sala.

Armand sentou ao meu lado, sorrindo, e abriu uma pequena maleta que trazia consigo. Tirou de dentro uma pequena garrafa gelada, me estendendo.

– Beba devagar. – em seguida depositou quatro comprimidos em minha mão – E engula estes aqui junto.

Pus os comprimidos sobre a língua, desenrosquei a tampa e dei um gole profundo, gelado. Fechei os olhos, pensando que nunca um gole de água fora tão prazeroso em minha vida.

– Onde estão os outros? Os trabalhadores precisam da nossa ajuda.

– Nada disso, mocinha. Você não está em condições de nada além de ficar quietinha e fazer o que Armand lhe diz. Ele nem deveria estar aqui, a princípio, mas insistiu e Damien acabou concordando. – Aydee desviou o olhar de mim para a nuca de Armand - Eu fui contra. Definitivamente não quero estar por perto se Enzo encontrar um só arranhão em você quando voltarmos.

– Ele não vai encontrar nada. Você está aqui, não está? – comentou ao amarrar uma tira de borracha em meu antebraço e deslizar um algodão encharcado em álcool sobre a pele – Não se preocupe, Deidre, os robôs estão ajudando os trabalhadores.

Só então percebi a seringa cheia de líquido em suas mãos.

– O que está fazendo?

– Não se preocupe, é do kit de primeiros socorros do transportador. Para desidratação.

– Sim, mas... – olhei para veia em meu braço, tão fina que quase não conseguia enxergá-la sobre minha pele morena.

– Ajudei na enfermaria do acampamento por um tempo. Fadwa me ensinou a aplicar injeções, era enfermeira antes de tudo. Não sou bom como ela, mas é o que você tem agora. – sorriu, meio sem jeito.

– Tudo bem. Vá em frente. – bebi outro gole d’água sem tirar os olhos da agulha pontiaguda. No fim, Armand era melhor do que dizia ser, ou tivera sorte, pois acertou a veia de primeira.

– Qualquer outra coisa vai ter que esperar voltarmos, não aprendi muito além de como tratar de desidratações. – disse em tom de desculpa enquanto me ajudava a me levantar – Fadwa ficava com as feridas abertas e ossos quebrados.

Encarei meu rosto ferido na garrafa metálica. Minha cabeça latejava.

“Diane! Bzzt. Parece que Riva decidiu que agora seria a melhor hora pra tomar a liderança bzzt preciso de você aqui antes que ela acabe com bzztdos os meus homens! bzzzt tome cuidado porque bzzztrece que a porcaria dos robôs voltaram para resgabzzt sua vadiazinha.” um comunicador chiou aos pés de Aydee antes dela chutá-lo para longe.

Armand se ergueu e me ajudou a levantar.

– Tem certeza que consegue andar? – Aydee ergueu uma sobrancelha. Quando eu afirmei pôs a mão sobre o ouvido. – Hey, Damien! Desativaram os robôs? Bom. Ótimo. Sim, ela está bem. – desviou os olhos para Armand – É, nem um arranhão nele, eu garanto. Nos encontramos no transportador então.

– E então?

– Vamos dar o fora daqui. – ela me atirou meu bastão antigo, sorrindo.

– Não saímos daqui sem os trabalhadores, Dee. – me apoiei na pia para disfarçar a falta de forças, mas Armand percebeu, prontamente puxando um dos meus braços sobre seus ombros - Eles se arriscaram por mim.

– Como você é teimosa, garota! – revirou os olhos – Nossos robôs queridos já estão cuidando disso, ok? Todo mundo está sendo escoltado até as garagens rápido e em segurança.

– Ela está certa, Deidre. Se tentasse ajudá-los agora só acabaria se machucando mais.

Fui obrigada a concordar com eles. Saímos da sala com cuidado, Armand me dando apoio com um dos braços e segurando uma pistola com a mão livre. Duvidava que soubesse realmente usá-la, mas preferi concentrar meus esforços em ficar de pé do que pôr em dúvida suas habilidades. Aydee ia à nossa frente, parecendo saída de um filme de agente secreto. Dava para ver que ela estava se divertindo com aquilo tudo. Muitas pessoas poderiam ficar ofendidas com esse comportamento, mas se tinha algo que Edda havia me ensinado – além de como atirar explosivos com perfeição – era a tentar tirar alegria do máximo de coisas que podíamos. Os corredores estavam todos vazios. Luzes de alerta piscavam em cada curva e havia fumaça saindo de uma das portas. Dava para ouvir tiros vindos das construções do outro lado do pátio e quando alcançamos a porta uma pequena caminhonete passou correndo em direção a parte de trás da construção. Tossi quando a poeira entrou na minha boca.

– Depressa. – ouvi Aydee dizer, mas não compreendi.

– Vou precisar que corra, Deidre. – Armand segurou minha mão com força e tropecei nos meus próprios pés quando ele começou a correr atrás da garota. Não sei como não tinha percebido a imensidão daquele pátio antes, porque parecia que nunca chegaria à cerca e nem sequer tinha entendido porque estávamos correndo. Foi quando o som do motor atrás de nós me fez compreender.

– Vão, vão! – Aydee gritou, deixando-se ficar para trás e tentando acertar os pneus enquanto corria. Tinhas as unhas enterradas nas costas das mãos de Armand em uma tentativa desesperada de não me deixar cair. Minhas pernas já haviam passado do estágio de dor, agora eu sequer as sentia, apenas as movia involuntariamente o mais rápido que podia. Tiros vinham da caminhonete, levantando a areia ao nosso redor, mas a abertura na cerca já parecia mais próxima e eu conseguia ver o mini-transportador brilhando contra o sol do outro lado. Armand gritou quando um tiro o atingiu, mas não diminuiu o passo. Um xingamento furioso vindo lá de trás me fez pensar que Aydee havia conseguido acertar alguns dos pneus. A cerca estava bem diante dos meus dedos quando senti o tiro atingir minha coxa. Caí como uma boneca de trapos, de cara na areia. Minha vista escureceu por um momento e percebi o que ia acontecer. Agora não. Levantei a cabeça, mal sentindo as mãos de Armand erguendo meu tronco. Minha coxa queimava dolorosamente. Não percebi como, mas tínhamos atravessado a abertura na cerca e Aydee estava bem atrás de nós. A caminhonete estava caída de lado na areia, mas ainda conseguia ouvir o som de tiros. Armand me colocou dentro do mini-transportador. Ele segurava minha mão e dizia algo. Não consegui entender o que era, mas me deixei deslizar para a escuridão.


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Notas finais do capítulo

vocês que estavam comentando e pararam, nós lembramos da sua existência, podem botar os comentários pra fora que não vai vir capítulo novo tão cedo

— lud



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