Youre My Soul escrita por BiiaahOShea, CaahOShea


Capítulo 8
Surpreendidos


Notas iniciais do capítulo

Oii amooooores!! Tudo bem com vcs? =D
Gentee, me desculpa novamente. Eu sei que de novo eu pisei na bola com o cap. atrasado, mas é que aconteceu tanta coisa nesse espaço de tempo que não consegui acabar o cap. antes.
Bom, mas agora falando de coisas booas, esse cap. será massa! hasuahuas
E o ''prólogo'' para muitas coisas que eu estou planejando junto com a Caah! hehehehe
Bom, na vdd a minha beta linda (*-*) ainda não sabe, mas logo logo ela ficará sabendo dos meus planos malignos! MUAHAHAHAAHA =P
Geente, eu queria agradecer de coração a paulatays, Paulinha OShea, Rachelg e Flávia pelos reviews LINDOS! Amoo muiiito vcs viu! kkkk
E um SUPEEEER AGRADECIMENTO a Flávia, que deixou uma recomendação INCRIVEL! A nossa primeiira!!
Muito obrigada flooor!! Vc não sabe o tamanho da felicidade que eu tive ao saber que logo no começo da história vc deixou uma recomendação tão Lindaa!!!
E muito obrigada a todos tbm que leem, comentam e aos nossos leitorezinhos fantasmas, que embora eu não saiba quem são, ocupam um cantinho no meu coração! Eu e Caah gostariamos mto de conhecer vcs, apareçam!
Bom, chega de falatório, né? hahahaa
Esse cap. promete, como diz a Caah! Bora ler, moçada!



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Capítulo 8 - Surpreendidos

E eu estava certa. Aquela era Arrepiada, a amiga de Pet.

Eu não conseguia pronunciar uma palavra. Minha única reação era fitar com olhos assustados a garota loira de dezessete anos.

Um sorriso brotou em seus lábios cheios no momento em que correu para me abraçar. Eu quase me esqueci de Lucas enquanto retribuía ao súbito abraço.

Ela me afastou de si, estudando meu rosto apavorado. Seu sorriso foi morrendo gradativamente ao notar que seu afeto não era recíproco.

-Pet? O que foi, você não se lembra de mim? Sou eu, Arrepiada.

-Le-lembro – Gaguejei.

-Então qual é o problema? O que aconteceu? Você sumiu do nada naquele dia!

-Peg, precisamos ir. – Sussurrou Lucas em meu ouvido - As coisas estão se acalmando no mercado, essa é a nossa ultima chance de fugir!

Virei-me para trás. Tudo estava mais tranquilo; se descobrissem que fomos nós ao dar o alarme falso com certeza ficariam desconfiados.

Meus olhos iam de Lucas à Arrepiada. Nossa ultima chance era aquela. Não podia botar tudo a perder. E a sirene do carro dos buscadores começava a ecoar na região.

Era tudo ou nada.

-Pet, você me deve uma explicação!

-Olhe Repy – disse usando o apelido dado por Pet – eu não posso falar com você agora. Eu realmente preciso ir. Desculpe – murmurei.

Lucas saiu andando na minha frente, apressado. Quando fiz menção de me juntar a ele, senti uma mão agarrando meu braço, impedindo-me de andar.

-Pet! O que está acontecendo com você? – Perguntou exasperada.

Eu não tinha resposta.

Como contaria a Repy que sua melhor amiga não habitava mais o corpo antigo? E se ela se revoltasse e provocasse algum escândalo; não conseguiríamos sair dali.

E ainda tinha Ian. Ele seria capaz de fazer qualquer ato impensado na intenção de me proteger.

Eu estava em um beco sem saída.

-Arrepiada, eu não posso te contar o que está acontecendo. Por favor, confie em mim. – Implorei.

Seus olhos me fitavam querendo – demandando – uma explicação. Mas eu simplesmente não tinha escolha.

Olhei para trás. A sirene estava ficando mais alta a cada segundo que se passava.

Repy ainda segurava meu braço firmemente.

-Olhe, eu não sou a Pet. Não é mais ela que habita esse corpo. Eu sinto muito.

A garota arregalou os olhos e soltou meu braço automaticamente com o choque.

Olhei para Arrepiada uma ultima vez, lançando-lhe um pedido de desculpas silencioso e saí correndo.

Eu seguia Lucas. Sabia que não estávamos longe, mas o barulho ensurdecedor me aterrorizava. Temia que não chegássemos a tempo.

Forcei meu diminuto corpo a ir mais rápido. Minhas pernas imploravam uma pausa e meu pulmão um descanso, mas não era hora.

Finalmente, avistei o caminhão. Havíamos parado numa ruela escura e totalmente isolada, o que eu não sabia se era bom ou ruim.

Estava arfante. Lucas corria ao meu lado, embora soubesse que ele era muito mais veloz do que eu. Agarrei a maçaneta da porta. Estava prestes a abrir quando uma voz grossa e autoritária bradou:

-Parados aí! Não se mexam!

Meu sangue congelou nas veias. Tínhamos fracassado.

-Agora, lentamente, quero que todos saiam do carro, um por um.

Eu tinha de fazer alguma coisa, pensei.

Minhas mãos estavam erguidas em sinal de rendição, e com cautela, virei-me na direção do buscador, querendo que ele notasse meus olhos.

-Abaixe a arma – Pedi – Não há nenhum humano aqui.

O buscador sinalizou para que eu fosse até ele. Engoli em seco, obedecendo-o.

Os outros dois tinham os olhos fixados no nosso caminhão. As armas pareciam apontar para todos os lugares, e estremeci ao pensar no que aconteceria caso alguém tomasse uma decisão precipitada.

Então, eu um movimento rápido o buscador me deu uma chave de braço, colando o cano da arma na minha cabeça.

Gritei em protesto, minha respiração acelerando-se de medo.

Não tínhamos mais chances, gritou a voz negativa em minha cabeça.

-Saiam! – Gritou o homem – Ou então a amiguinha de vocês já era.

Eu sabia que nada aconteceria comigo. Não imaginava que pudesse atirar em alguém de sua espécie. Era apenas uma forma de persuasão. Mas eu era a única que pensava dessa maneira. Sabia que todos os outros acreditariam nele. 

Então, a porta do caminhão foi aberta. Balancei a cabeça inutilmente, tentando fazer com que quem quer que estivesse ali não saísse.

Não adiantou. Ian, Melanie e Jared puseram-se diante de nós.

-Solta ela. Agora. – Ian ordenou serio. 

O homem soltou uma gargalhada estrondosa.

-Vocês humanos não tem idéia de quem nós somos. Em breve não existirão mais.

-Deixe-os em paz – implorei – leve-me se quiser.

-Traíra. Você terá o que merece também. Verifiquem o furgão.

De repente, Jared sacou a arma de seu bolso, atirando nos dois capachos do buscador, dirigindo-se em seguida na direção daquele que me segurava.

Fui arremessada para longe, caindo nos braços de Ian quase acertando o chão, e antes que o buscador pudesse ser atingido, atirou duas vezes antes de, misteriosamente, desabar no asfalto.

Minha atenção foi desviada com um grito agudo, vindo de Melanie. Sua blusa estava ensopada por sangue, que fazia uma poça embaixo de si. Corri até ela ao mesmo tempo em que os outros, a cena anterior esquecida.

Sua mão cobria o tiro na barriga, no lugar onde a bala estava alojada.  

-Mel! – Gritei – Ah, não!

Todos estavam a sua volta. Podia ver o pavor nos olhos de Jared.

Ian levantou a camiseta que Melanie estava usando até a metade da barriga, onde o sangue corria ininterruptamente. Jared tirou sua própria camisa, fazendo um torniquete para tentar estancar o líquido vermelho vivo.

-Calma, Mel – implorei. Lagrimas quentes desciam pelo meu rosto – Você vai ficar bem, agüenta firme, minha irmã.

-Vamos! Temos de levá-la para Doc o mais rápido possível! – Gritou Jared.

Olhei para trás num relance e me assustei com o que vi.

Detrás de nós Arrepiada segurava firmemente um revólver, titubeante.

-Você. Foi você matou o buscador! – Constatei perplexa.

Ela assentiu num misto de descrença e pavor.

Eu não sabia o que fazer. Aquela não era a hora para um dialogo.

-Vamos – disse simplesmente, apressada.

Ian ficou ao volante, com Lucas ao seu lado e eu fui para o furgão, junto com Fernanda e  Jared que tinha Melanie em seu colo.

Tudo ao meu redor parecia acontecer rápido demais. Eu estava em estado letárgico, nada parecia ter sentido. Talvez porque de repente tudo aconteceu no mesmo minuto.

-Melanie – Chorei.

Ela tentou balbuciar algo, mas estava fraca demais para isso.

-Anda logo, Ian. Pelo amor de Deus! – Gritou Jared, à beira do pânico.

O caminhão acelerou mais e rezei para que não fossemos surpreendidos por mais nenhum buscador.

Jared mantinha uma mão apertada à cintura de Melanie, onde a bala atingiu. Seu rosto estava suado e pálido, mas mesmo assim ela estava consciente.

Tudo o que eu mais queria naquele momento era poder acabar com isso, mas nada podia ser feito até chegarmos à caverna.

-Mel – Jared pranteou – agüenta firme, amor. Já estamos chegando.

Eu o conhecia bem demais para saber que se culpava do acontecido. Não era preciso ter uma bola de cristal para adivinhar.

Com tudo o que estava acontecendo, Arrepiada ficou em um canto do caminhão esquecida. Uma parte minha perguntava-se por que ela havia feito aquilo, mas esse questionamento foi logo sobrepujado por outras coisas mais importantes que tomavam todo o espaço da minha mente.

Chegamos à caverna e Ian parou o carro de qualquer jeito, saindo apressado.

Jared correu com Melanie nos braços em direção ao hospital e eu fui logo atrás dele.

Todos que vieram ao nosso encontro deram passagem, murmurando entre si.

Um rostinho angustiado abriu caminho por entre as outras pessoas, correndo em direção a Melanie.

Jamie era a ultima pessoa que eu queria encarar naquele momento. Seria difícil explicar tudo que aconteceu, ainda mais com o embaraço que minha cabeça se encontrava. Eu precisava pensar para encontrar as palavras certas.

Parei-o no meio do caminho.

-Peg, o que aconteceu? – Perguntou histérico. Todos os murmúrios foram sobrepujados por altas vozes, querendo saber o que estava acontecendo.

-Vá para o quarto, Jamie. Depois eu te explico diretinho, está bem?

-Não! Diz-me agora Peg, por favor!

-Jamie, a Mel precisa de Doc. Ela está consciente, mas foi baleada. Está tudo bem, não se preocupe, ok? Descanse um pouco, meu amor.

-Não Peg! Eu quero ir junto! Cadê a Mel?

Olhei para Ian em um pedido silencioso.

Ele prometeu a Jamie que ia responder a tudo que perguntasse. Com muita dificuldade, os dois foram para o quarto e corri em direção ao hospital.

Doc concentrava-se em tratar dos ferimentos de Melanie, que dormia por causa do remédio.

-Como ela está? – Perguntei arfante.

-Doc está cuidando dela. Melanie vai ficar bem – Respondeu Jared.

Ficamos esperando impacientes enquanto Doc realizava seu trabalho.

-Eu já volto – Jared disse de repente e saiu apressado.

Corri atrás dele.

Cheguei à cozinha a tempo de ver um prato ser arremessado contra a parede.

O rosto de Jared estava tomado pela fúria.

Esperei pacientemente ele se acalmar e coloquei uma mão em seu braço.

-Não foi culpa sua.

-Como não foi, Peg? É claro que foi! Se eu não tivesse sacado aquela arma nada disso teria acontecido.

-Tem razão, teria acontecido muito pior. À essa altura estaríamos todos mortos.

-Eu devia ter sido baleado, não ela! Mas que droga!

-A Melanie vai ficar bem. Ela é forte, Jared. Não se culpe pelo o que aconteceu. Acho que ninguém conseguiria esperar pelo momento certo e ter a calma que você teve. Jared, foi horrível o que aconteceu. Mas conseguimos chegar a tempo de salva-la.

Ele ficou em silencio.

-Melhor? – Perguntei.

Jared assentiu.

-Vamos, a Mel precisa de nós.

Chegamos ao hospital no momento em que Ian corria em nossa direção.

-Está começando a chover. Temos que tirar tudo dos quartos antes que fique molhado demais. – Avisou.

Dei um beijo na testa de Melanie e fui em direção ao nosso quarto.

Todos corriam com seus pertences em direção à sala de jogos – o lugar onde nunca chovia.

Ri e tratei de pegar os lençóis da cama enquanto Ian levantava o colchonete.

A chuva ficava mais forte a cada instante, até que a simples garoa transformou-se em um aguaceiro.

-Quer ver quem chega mais rápido? – Perguntou Ian e saiu em disparada na minha frente.

Corri o máximo possível para alcançá-lo. A água nos molhava por completo, pingando desde o nosso rosto até as roupas encharcadas.

Eu estava o alcançando. Sabia que Ian não atingia a velocidade que seu corpo permitia – ele já teria sumido da minha vista se o fizesse.

Estávamos muito perto da porta do quarto. Ele parou de repente e virou-se com um sorriso brincando em seus lábios, como se achasse que eu estava bem atrás.

Mas não. Aproveitei sua distração e segui em frente, ultrapassando-o.

Ouvi Ian pronunciar um ‘’o que?’’ e ri alto.

Ele agarrou meu braço e entramos no quarto praticamente juntos.

-Eu ganhei – Ele proclamou, agarrando minha cintura.

-Nada disso, eu cheguei primeiro. – Contrariei. Estávamos arfantes, rindo.

-Sabe, eu acho que devo parar de subestimar sua capacidade de me distrair. Eu ainda não esqueci daquele jogo de futebol. – Ian disse, fingindo estar bravo.

Ri.

Por um momento fiquei apenas apreciando a visão de seu rosto perfeito. O cabelo escuro gotejava e a pele branca estava rosada por causa da corrida. Ian não usava camiseta. A água escorria por seus músculos, fazendo com que seus braços, peito e costas ficassem mais pálidos do que de costume.

Nossos olhos se encontraram; não havia mais vestígios de escárnio em nossa expressão.

Ian aproximou lentamente nossos rostos e eu me entreguei ao beijo.

Nossos lábios moviam-se simultaneamente, numa dança lenta e profunda. Suas mãos envolviam firmemente minha cintura, e estremeci ao encostar meu corpo ao seu.

Minhas mãos enroscaram-se em seu cabelo e esqueci-me totalmente da chuva que caia sobre nós.

Meu coração estava disparado e minha respiração audível, assim como a dele.

Separamo-nos para buscar ar e finalmente tomamos consciência do local em que estávamos.

-Deixamos molhar tudo – Ian disse zombeteiro e atônico.

Eu ri.

-Agora não adianta mais. Vou colocar num canto do salão para secar, embora não de para usar mais hoje.

A chuva estava mais fraca. Pude distinguir – por intermédio das lembranças de Pet – que se tratava de uma chuva de verão. Começava com uma garoa para então descer com tudo, parando subitamente depois de alguns minutos.

Terminamos de levar o que faltava para a sala de jogos, onde todos se abrigavam. 

Melanie estava sentada numa maca, em um canto da sala, onde conversava com Aaron e Lucina, com jamie sentado ao seu lado.

Corri em sua direção, largando a pequena trouxa de roupas no chão. Abracei-a com força, demonstrando o quanto eu estava aliviada por vê-la bem. Melanie retribuiu ao abraço com igual entusiasmo.

-Ah, minha irmã, que bom que você está bem! Como se sente?

-Ótima, como se nada tivesse acontecido – Sorriu. 

Abracei-a novamente, dessa vez com mais leveza.

-Você não sabe o susto que nos meteu, Mel!

-Eu estou bem agora, juro. Doc cuidou de mim, junto com Jared.

Sorri.

-Peg! – Jeb chamou, rumando em minha direção.

-Oi Jeb!

-Eu fiquei sabendo o que aconteceu. Digo, á essa altura não há ninguém nessa caverna que não saiba o que houve, mas logo que vocês chegaram Lucas veio me procurar. Ele estava com... – Ele pensou – Arrepiada.

Ah, não! Eu tinha me esquecido completamente dela.

-Aconteceu alguma coisa? – Perguntei.

-Não, nada. Ele me contou tudo e depois eu conversei com a alma. Só queria te pedir pra que fique com ela durante esse tempo, para que se adapte. Ela ainda está muito assustada com o que aconteceu antes de te encontrar e agora vive numa casa cheia de humanos...

-Espera aí. Como? – Eu não estava entendendo.

-Peg, Peg. Creio que vocês duas precisam de uma boa conversa. Ela ainda não te contou sobre ter te seguido?

Meus olhos se arregalaram, o que fez Jeb rir.

-Ela nos seguiu?                                             

-Eu acho que já disse o bastante. Procure-a pela manhã ou hoje mesmo. Ela está no hospital. Doc gostou muito dela, o que Sharon não aprovou muito – Ele riu - Mas você ficará pasma com a história, sem sombra de duvida. – Jeb deu dois tapinhas em meu ombro e saiu balançando a cbeça.

Virei-me em direção à Melanie.

-Você sabe sobre o que ele está falando?

Ela deu de ombros, negando.

Eu precisava falar com Arrepiada, mas sabia que o cansaço não me permitiria fazer mais nada alem de deitar e dormir.

Assim que o sol raiasse, procuraria por ela.

Bocejei e despedi-me de Mel e Jamie, que me deu um abraço de boa noite.

Ian arrumou nossa pequena caminha com os lençóis que escaparam da água. Embora tivesse chovido, o tempo estava quente, e não precisaríamos de nada para nos cobrir.

Demos boa noite a todos os outros e deitamos.

Meus olhos estavam pesados. 

Ian envolveu-me em seus braços como de costume e fechei os olhos, sabendo que amanha seria um longo dia. 

***


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? xD
A Peg não tem ideia do quão longo será esse dia... tsk tsk
Muiiitas surpresas começaraam a surgiir!!
E eu estou falando serioo!!
Bom, amores, não esqueçam dos seus reviews lindoos que eu e minha beta AMAMOS!!
Até o proximo post!!
Beijooões!!