Youre My Soul escrita por BiiaahOShea, CaahOShea


Capítulo 24
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, tudo bom? Aqui quem fala é a Caah.
A Bia não pôde postar o capítulo hoje, ela foi viajar, então ela pediu que eu postasse o capítulo de YMS fresquinho para vocês.
Peço desculpas pela demora, por que o capítulo estava pronto a alguns dias, mas eu demorei a betar por que estou doente essa semana, quem tem sinusite ai vai saber do que eu estou falando, rsrsrsrs, nesse frio de SP ela ataca nós pobres humanos indefesos com força total kkkk
Mas depois da demora, aqui estou com o capítulo, espero que gostem!
Sem mais, boa leitura!
Beijos da Caah e da Bia
*-*



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Capítulo 24 – lembranças

No capítulo anterior...

POV Cristais Flamenjantes

Lucas estava desconfiado. Ele sabia que Fernanda estava aprontando alguma coisa, e queria saber o que. Por um momento achei que tivesse concluído meu trabalho ao saber da querida Krista, mas depois do comportamento excessivamente protetor de Fernanda em relação a mim, comecei a duvidar.

Há algo mais.

E eu vou conseguir essa lembrança hoje.

POV IAN

O tempo parecia estar correndo cada vez mais devagar. Eu não tinha nada para fazer senão esperar. Queria ter noticias de Peg, mas Cal ate agora não veio. Eu deveria achar isso preocupante ou apenas aguardar?

Meu estoque de água já estava quase no final, e eu tentava poupar o resto no caso de alguma emergência. Queria poder sair, respirar um pouco de ar fresco, mas eu não tinha certeza se ainda era de noite. Eu não tinha certeza de mais nada.

De repente, ouço uma batida discreta nas portas do furgão.

- Ian, sou eu. – Cal diz.

Abro as portas e cal entra, dando uma ultima olhada ao redor.

- Trouxe isso para você – Ele me oferece uma marmita e uma garrafa d’água. Pego-as e me sento.

- Obrigado. E então, alguma novidade? Como ela está?

- A Curandeira veio falar comigo. Doc acertou em cheio no diagnostico. Ela está mesmo com uma mutação. É grave, mas ela disse que com um pouco de esforço poderá reverter a situação de Peg. Ela ficará internada enquanto isso.

- Por quanto tempo?

- Não sei. Mas não crie esperanças quanto a dois dias uma semana. Talvez precisemos de mais.

- Não importa, eu posso esperar. – Digo. Sinto um enorme alivio ao saber que ela ficará bem. – E onde ela está agora? Você já foi vê-la?

- Não me deixaram visita-la. Os Curandeiros a levaram para fazer uma serie de exames no momento em que entramos no hospital. A propósito, eu sou o namorado dela.

- O que? – Isso é curioso.

- Tive de inventar uma história! Ia ser muito estranho dizer que o amigo dela, como você sugeriu, sabia de tanta coisa.

Ri e dei de ombros.

- OK.

- Eu preciso ir. A Curandeira me ofereceu um quarto nos domínios do hospital onde costumam ficar os acompanhantes.

Assenti.

- Alias, por que você não vem? Ao invés de ficar dormindo aqui, podemos dividir o quarto. Não parece ser muito pequeno. Pode ser que tenha um sofá ou alguma coisa assim.

- Não, obrigado cal, mas acho perigoso. Certamente terá alguma arrumadeira, e isso não daria certo. Prefiro ficar aqui, eu me ajeito.

- Está certo. Boa noite então.

- Boa noite.

POV FERNANDA

Eu estava sentada na cadeira do escritório, ao lado da parede de vidro que cobre toda a lateral do 7° andar. Daqui dava para ver os carros, as pessoas passeando, crianças andando de bicicleta. Uma vontade súbita de me juntar a elas me assola de repente. Mas duas coisas me limitam a fazer isso. A primeira: O mundo não mais me pertence. A segunda: Eu não sou mais dona do meu próprio corpo.

A porta do escritório se abre e Lucas entra vestido de um jeito bem diferente do normal. Ele estava com uma calça social preta e uma camisa azul, parecendo um executivo. Assim que o vejo, sinto meu corpo se levantando.

- Então Cristais, o que há de novo?

- Consegui algumas informações que podem lhe interessar.

- Prossiga.

- Há pouco tempo descobri que Fernanda tem uma irmã mais velha, Krista, que está escondida. Fernanda foi ao seu encontro e lhe contou sobre você e que ela corria grande perigo, que precisava fugir e se esconder. Ela deu a mulher um mapa, que eu não entendi direito, pois eram apenas linhas.

- Pode ter certeza de que eu entendi. Continue, por favor.

- Ao que parece, as duas não se viam há muito tempo, e a reação de Krista não foi uma das melhores. Ela se negou a fugir daquele lugar e as duas tiveram uma briga. Como eu disse, Fernanda contou sobre você, como se conheceram e o que aconteceu depois. O que houve em seguida não consegui ver.

- Está ótimo, querida. Você fez um excelente trabalho. Mas e você, Fernandinha. Como se não bastasse ter matado a irmã caçula, quer que a mais velha tenha o mesmo fim? – Ele riu amargamente.

Minha vontade era de enfiar minha mão na cara dele, de bater com toda minha força, mas eu estava inútil, presa dentro do meu corpo.

- Como ela é, Cristais? – Perguntou.

- Ela tem por volta dos 24 anos, é branca, alta, aparentemente forte, com cabelos castanhos claros. Tem uma grande cicatriz do lado direito do rosto e anda armada com um facão.

- Certo – Lucas pegou um celular no bolso de sua calça e digitou um numero, colando o aparelho na orelha em seguida – Sou eu. Preciso que vocês se separem para caçar uma garota nas redondezas do deserto. Sim, é claro que é este deserto, seu idiota, qual outro seria? Qualquer novidade me avisem. Anote as características – Ele descreveu Krista e em seguida desligou. – Excelente. Meu grupo de Buscadores já estão em atividade. Em breve acharemos essa menina. Você fez um ótimo trabalho, Cristais.

- Não me parabenize ainda, Lucas. Não terminei meu trabalho. Eu sei que Fernanda está escondendo algo, uma lembrança muito importante. Consigo sentir sua muralha toda vez que tento me infiltrar. Preciso descobrir o que é.

- Então não terminou ainda, hum? E você sabe sobre o que pode se tratar?

- Não. Almas talvez? Pessoas que ela conhece que estão escondidas?

- Talvez... – Ele pensou – Ou então humanos. Quem sabe alguém que estava na caverna. Ainda se lembra do Ian, Fernanda?

Não! Não, ele não podia fazer isso! Ele sabia... ou no mínimo desconfiava sobre eu e Ian. E sabia que se continuasse a falar dele eu não conseguiria impedir que as lembranças ocupassem meus pensamentos. Ele não podia fazer isso!

- Ela está agitada – Cristais disse.

- Então deve se lembrar, não é mesmo? Fernanda, Fernanda, é feio desejar alguém comprometido. Mas provavelmente ele ficará solteiro em breve, graças a doença da Peg. Pode ser que ela não se recupere. Você e Ian conversavam muito nas horas vagas? Ele realmente odiava...

Lucas continuou falando. As imagens de Ian surgiam na minha cabeça com uma força incrível. Eu precisava me controlar! Tentei criar uma muralha, uma capa invisível para minhas lembranças, mas estava difícil. Eu não conseguia... Precisava me fechar. Uma dor latente em minha cabeça me atrapalhava. Cristais procurava, buscava um meio de passar por minha muralha, batendo, instigando, me fazendo lutar contra ela. Lucas continuava falando, mas eu já não compreendia suas palavras. Eu estava tentando fechar meus pensamentos, mas a dor me atrapalhava. Minha cabeça girava. Eu estava prestes a perder o controle. Fiz força para impedir as lembranças de seguirem seu rumo, tentei pensar em outra coisa. Mas como se fosse um pedaço de tecido, Cristais rasgou minha proteção e entrou em minhas memórias.

Tudo surgiu com uma força demasiadamente forte. Eu via Ian, Peregrina, Lucas e Jeb. Lembranças misturadas, fora de ordem tomaram conta de minha cabeça. Eu não conseguia distinguir os sons. Tudo era um eco muito alto de vozes, gritos e barulhos. Ian aparece e me prensa contra a parede, machucando meus braços. Peregrina entra no quarto. Nate ralha comigo. Eu puxo Ian para um lado e lhe conto meu plano. Peço ajuda. Uma imagem do deserto aparece de repente. Ian aceita me ajudar. Começamos a mover guerra contra Lucas. Minha irmã caçula grita em desespero. Tudo estava bagunçado demais! Eu sinto que vou enlouquecer! Perco o controle. Recupero o movimento das minhas mãos e grito para que isso pare enquanto caio no chão do escritório. Minha ultima tentativa de fechar minha mente provoca uma dor insuportável e eu agonizo. O som alto das vozes me tortura. Eu não consigo ver nada, apenas minhas próprias lembranças. Sei que Cristais conseguiu aquilo que ela queria, mas ainda assim não para de buscar mais informações sobre o plano contra Lucas, sobre nossa aliança. Eu não consigo mais suportar! Minha cabeça vai explodir. Eu grito de dor.

E de repente, tudo se acalma. Não há mais um barulho sequer, e eu recebo o silencio com ardor. Nenhum som, apenas o da minha rápida respiração. Abro os olhos, mas enxergo tudo embaçado. Pisco varias vezes para espantar as lágrimas até que vejo Lucas de pé, diante de mim, a expressão indecifrável.

- Está feito – Cristais fala.

Lucas se aproxima e se ajoelha. Antes que eu perceba o que vai acontecer, ele insere uma seringa em meu pescoço e tudo fica negro.

POV JEB

A garota me encarava desconfiada, ainda segurando firmemente o facão entre os dedos, mesmo depois de eu ter abaixado a arma. Dei um passo a frente e ela apontou a arma para mim.

- Quem são vocês? E onde está minha irmã. – Perguntou rispidamente.

- Como você pode ver somos humanos – respondi da maneira mais calma possível – Formamos uma célula rebelde. Por que não nos conta mais sobre sua irmã? Quem sabe ela esteja entre nós ou com um de nossos conhecidos.

- O nome dela é Fernanda. Ela estava aqui junto com um tal de Lucas.

Senti minha respiração presa no fundo da garganta. Virei-me para Kyle e disse:

- Por que não vai buscar um pouco de água para a garota? Pelo visto nós teremos uma longa conversa.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Espero que sim e não deixem e comentar bastante, tá? Por hoje é só, boa semana a todas, e até o próximo capítulos!
Até!
*-*