Os Filhos da Aurora. escrita por Dan Rodrigues


Capítulo 2
A terra de Aurors.


Notas iniciais do capítulo

Depois você vai acabar entendendo quem são Salgueiro e Temosnozes. Eles vão ser muito importantes para a fic. Espero que gostem. E deixem comentários.



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O lugar a que chegaram era o mais alucinógeno possível. Ricoh logo observou o céu, ah, que lindo céu, que pairava sobre suas cabeças. Não chegava a ser nem um pouco parecido com o céu que as crianças costumavam ver todo dia. Um céu sem estrelas, mas com algo como arco-íris que pareciam dançar. Era intensamente luminoso, e vibrante, as cores surgiam do nada, também desaparecendo no nada. Em toda sua vida, Ricoh não tinha visto nada parecido com aquilo.

            Eles estavam passando por um caminho com várias plantas lindas, Sarah observou uma que parecia flutuar no ar, sem estar sustentada por nada, ela girava, mostrando toda sua beleza, as pétalas esvoaçando, vermelhas. Sarah só se assustou quando um inseto posou na planta e ela o engoliu rapidamente.

            Ricoh ficou encantando com o lugar. Nunca tinha visto algo mais brilhante, aquilo para ele parecia um sonho, mas as criaturas que os guiavam entre as plantas estranhas eram muito, muito, muito reais. “talvez se trate de um paraíso”, pensou Ricoh, mas um paraíso estaria longe daquilo. Ricoh sentia uma estranha felicidade, do tipo que ele nunca tinha sentido, algo dentro dele parecia pegar fogo, de tanta excitação. Ele viu que Sarah estava estranhando as lindas planas que comiam estranhos insetos, e começou a rir-se da sua cara de assustada.

            - É aqui. – Disse uma das criaturas que guiavam eles, apontando para uma estranha construção bem no meio da floresta.

            Sarah observou a construção. Algo parecido com um castelo, mas com uma arquitetura muito mais avançada. Imensas torres que pareciam flutuar diante de seus olhos, e uma cor estranha, diferente de todas as que eles pudessem imaginar. Ricoh não conseguia se lembrar de algo parecido com aquilo. Pareciam ser uns cinco castelos, mais ou menos, e tinham imensas pontes, que ligavam um castelo a outro. Eles observaram que tinha um lago, com uma vegetação verde, mas um verde fluorescente, outra coisa que eles nunca tinham visto. E algo mais estranho do que o lago embaixo da gigantesca construção, é que os “sub-castelos”, assim chamados depois por Ricoh e Sarah, pareciam mover-se diante de seus olhos. As torres flutuavam no vento, e os sub-castelos, ou as sub-partes da construção que de longe se parecia com um castelo, movia-se na água, como grandes barcos-casa. A construção que se encontrava na frente deles, no momento, era ligada a terra, por uma das pontes.

            - Se chama “Magnamovens”. Magna: Grande. Movens: Movedor, ou seja, algo que se move. – Disse o senhor salgueiro, apontando para a construção.

            Sarah, mais convencida de que aquilo tudo não se tratava de um simples sonho, disse:

            - E por que nos trouxeram até aqui? O que querem conosco? – Falou a menina, parecendo muito séria e nem um pouco assustada, o que era quase impossível diante daquela paisagem.

            O senhor Salgueiro não se moveu. Ele, que morava ali, parecia ligeiramente encantado com a paisagem. Agora, na forma de homem, os garotos tinham mais confiança neles, e no fundo sabiam que nada de mal podia acontecer com eles.

            - Não percebem, crianças? – Disse a Srta. Temosnozes, com aquela voz doce e inconfundivelmente atraente, que acalentava as crianças sem tocar. – Aqui é o seu lugar. Foi daqui que nasceram, e nós, eu e Salgueiro estamos reunindo todos para que reaprendam tudo que está em seu sangue. Por que o grande mal se aproxima.

            - Espera. Que mal é esse, e eu não me lembro nem um pouquinho de ter estado aqui. – Disse Ricoh com uma mescla de preocupação e medo no rosto. - Só nos... agora eu sei que conheço este lugar. Sonho quase todas as noites com isso tudo. – Ele apontou para o castelo principal, o que ficava no meio de todos os sub-castelos do Magnamoves. – Aquele... Chama-se Primo major. E as pontes... Moving, por que estão sempre em movimento. Mas qual o nome deste lugar?

            - O que você disse, está certo. Agora compreende que a aqui pertence, não é mesmo? Sei que estão confusos, garotos, eu sei. E este lugar, se chama Aurors. – Disse o Senhor Salgueiro, parecendo hipnotizado com as plantas, e criaturas.

            - Somos os filhos da Aurora. – Falou a Srta. Temosnozes, parecendo muito feliz com isso. – Vocês irão entender isto. – Ela abriu a mão, e mostrou às crianças, dois colares de ouro branco, e no pingente, o desenho da Aurora Boreal. O pingente era grosso, parecia ter duas partes. Ricoh guardou o colar no bolso.

            - E não se esqueçam crianças. Olhem para a aurora. Ela revelará seus poderes, e ao nosso lado poderão lutar. – Disse Salgueiro.

            De repente, Ricoh e Sarah começaram a ficar com sono, a linda paisagem, de cores vivas e brilhantes flores, foi desaparecendo, sendo substituída por uma luz branca, e logo depois a escuridão. Temosnozes e Salgueiro foram ficando para trás, se perguntando se eles entenderiam alguma coisa, e de repente os dois estavam cada um em sua casa, dormindo como se nunca tivessem acordado, e mesmo assim todas as lembranças daquela noite estranha e impressionante na cabeça, e uma emoção inexplicável, como um bebê que é acalentado por sua mãe, foi o mesmo que Ricoh e Sarah sentiram por terem ido ao seu verdadeiro lar: Aurors. Por que Sarah e Ricoh eram Filhos da Aurora. Os Astranos.


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Notas finais do capítulo

Prometo que o próximo capítulo ainda é melhor. Juro juro juradinho. Até mais....



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