Ao Seu Lado. escrita por Adhara Merovíngio


Capítulo 6
Capítulo 6: Hogwarts e Ruiva


Notas iniciais do capítulo

Leitores do meus coração, me desculpem a demora. Eu estava lotada esses dias. Eu posso demorar, mas não deixo de postar. Abraços e boa leitura.



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(Narrado por James Potter)


Eu estava disperso em meus devaneios quando percebi a locomotiva diminuindo a velocidade até parar num tranco. Lá fora via-se um céu escuro. Além da lua, lamparinas emanavam um brilho amarelada que iluminava a plataforma de Hogsmead. Antes dos alunos começarem a
sair do trem, só escutava-se o pio de corujas pousadas nas arvores fazendo companhia ao meu amigo meio-gigante Hagrid, que esperava novos alunos.


- Pode deixar que eu leve seu malão. – Sirius disse ajudando Dorcas.


- Eu não vou incomodar?


- Muito. – Pads falou sério e continuou. – Claro que não.


- Obrigada. – ela agradeceu sorrindo.


Saímos da cabine com calma, já que o corredor estava lotado de alunos com seus respectivos uniformes. Remus tinha saído antes de nós para ajudar minha ruiva. Ela estava cada vez mais bonita com seus cabelos que reluziam chamas e o sorriso angelical.


Senti a friagem que essa noite exalava ao descer da locomotiva e, assim, percebi que os estudantes abraçavam o próprio corpo numa tentativa de se aquecerem.


- Lá estão elas! – Sirius disse apontando duas meninas que estavam mais a frente. Era a Marlene e a Lily.


- Vamos lá. – falei voltando a caminhar.


- Isso é normal? – perguntou Dorcas.


- Isso o que? – eu e o cachorro dissemos em uníssono.


- Isso! Como se as pessoas abrissem caminho para nós passarmos. – Dorcas falou olhando estranhamente para nós dois.


- Nós somos os Marotos, Dorc. Conseguimos tudo. – Padfoof disse piscando para ela.


- Okay! Não vou perguntar mais nada, você são tão misteriosos. – troquei um olhar suspeito com Sirius, após ela ter dito isto.


- Sirius! – Marlene, minha prima, vinha correndo em nossa direção.


- E ai, Lene? – Pads perguntou abraçando-a


- Estou bem e com você?


- Bem melhor agora.


- Ah, eu também estou ótimo. - falei fingindo estar com ciúme.


- Own, Jay! Você sabe que eu te amo, né? – ela brincou.


- Eu não sei, não. Você nunca me falou isso.


- Ah, eu te amo, Jay! – ela falou me abraçando.


- Beleza! Acabou a brincadeira. – o cachorro começou a nos afastar.


- Ciúmes? – perguntei numa tentativa de descobrir se ele sente algo por ela.


- Claro. Cuido do que é meu. – ele falou passando um braço pelo ombro dela.


- Eu? Sua? É mais fácil falar que você é de todas as mulheres de Hogwarts.


-Mas você tem exclusividade, Lene. – ele disse dando um sorriso malicioso.


- Eca, Sirius. Eu não preciso escutar isso. Meus ouvidos são puros.


- Puros, Prongs? Não sei aonde.


- Quanto tempo, ruiva. Estava morrendo de saudade. – falei teatralmente como se fazia séculos que não tivesse visto a Lily.


- Está louco, Potter? Você me viu no início da viagem. – ela disse se postando ao lado da Marlene.


- Alguns minutos se torna uma eternidade sem você. – falei poeticamente fazendo Dorcas e Marlene darem risinhos.


- Own, Jamizito. Nós sabemos o quanto você é fofo. – Sirius disse imitando uma mulher fazendo todos rirem exceto o meu lírio.


- Meninas, essa é Dorcas Meadowes. Ela foi transferida para Hogwarts. – Remus, aparecendo do nada, apresentou Dorcas.


- Transferida? Não se faz transferência em Hogwarts. E nunca ouvi falar. – Marlene falou em dúvida. Às vezes tinha medo da educação da minha prima.


- Não liga para ela. Prazer, sou Lily Evans e monitora da Gryffindor junto com o Remus. Se precisar de ajuda, é só me chamar. – eu já disse que amo essa menina.


- Ah, você deve ser a ruiva que o James me falou. – oh meu Merlin. Ela não falou isso.


- Não liga para o que ele... – Lily foi interrompida pelas gargalhadas de Sirius e Marlene.


- Cara, você está vermelho. – Padfoot disse após cessar os risos.


-Cala a boca, cachorro. – murmurei e, emburrado, fui em direção a uma carruagem – Vamos logo, estou morrendo de fome.


- Eu também estou. – Peter falou.


- É mais fácil você falar quando não está com fome. – brincou Remus fazendo Wortmail ficar vermelho.


Eu estava a caminho da carruagem mais próxima, porem de repente eu estaquei. O coche não estava mais sozinho, mas sim com um animal estranho de couro muito negro colado ao esqueleto que eu nunca tinha visto.


- James, aconteceu alguma coisa? - Sirius perguntou.


- O que é isso?


- Isso o que? Não estou vendo nada.


Não respondei. Só fiquei observando a criatura peculiar que parecia um cavalo alado com cabeça semelhante à de um dragão e asas de morcegos.


- Você é tão normal quanto eu, James. Não se assuste. – falou uma voz calma.


Sabia muito bem de onde vinha essa tranquila voz. Era Luna Leighton, uma colega de infancia. Os pais dela trabalham no Departamento de Mistérios no Ministério da Magia.


- Luna, isso é um testrálio? – perguntei ainda olhando para o animal.


- Sim, James. Ou você acharia que a carruagem era movida por magia? – falou sorrindo.


- Não. Meu pai falou sobre os testrálios, mas não pensei que eles eram assim. – expliquei.


- Normal, sempre ficamos meio assustados quando vimos um pela primeira vez. Porque vocês não me acompanham?


- Claro, Luna. Obrigado. – Remus agradeceu.


Tentei ajudar a Lily subir, mas ela não quis. Ela foi para o lado do Sirius. Era incrível como minha ruiva acreditava no cachorro e não a mim. E além disso, Padfoot sempre foi pior que eu.


- Oi, Luna. Como você está? – meu lírio cumprimentou a Luna.


- Olá, Lily. Estou bem e com você? – ela falou olhando para o céu.


- Bem, obrigada. – a ruiva agradeceu sorrindo. Depois disso, todos a cumprimentaram e, também, apresentei Dorcas a ela.


- Que colar bonito, Lu. – Sirius comentou marotamente. Ele sempre gostou de brincar com ela, mas não por maldade.


- É um amuleto. – disse olhando para o pingente e se inclinou para Peter para falar – Ele afasta os Nargules.


- O que são Nargules? – Dorcas perguntou sussurrando.


- Não tenho a minima ideia. Ela é assim, no mundo da lua desde criança, mas é a pessoa mais calma que já conheci. E por causa de suas... “loucuras” que ela é motivo de chacota. – expliquei.


- Nossa, coitada.


- Luna nunca ligou para essas pessoas. Eu e os marotos sempre a defendemos. Lu é uma grande amiga.


- Que legal, James!


A cada passado do testrálio, a paisagem ficava mais detalhada com um fundo de tom azul marinho salpicado de estrelas que junto de uma lua nova iluminava nosso caminho até o imenso castelo que se destacava de toda essa pintura natural.


Estava tão fundo nos meus pensamentos que nem percebi quando a carruagem parou. Nós descemos no pátio que nos levava até o Saguão de Entrada.


- Caramba. Que lindo é esse castelo. – olhei para o lado e vi uma Dorcas extasiada.


- Você não viu nada. – Remus falou sorrindo. Eu acho que começou um clima entre os dois desde que ela entrou na nossa cabine.


- Ah, lar doce lar. – Sirius comentou entrando no Hall de Entrada.


Esperamos alguns minutos até a porta do Salão Principal abrir.


- Meu Merlin! Parece o céu mesmo. – Dorcas se impressionou com o teto do Salão.


- O teto foi enfeitiçado para similar a abobada celeste lá fora. Esse feitiço foi lançado em 1890 pelo professor Jacques Mckenso. Ele adorava astronomia. – expliquei.


Após a explicação, sentei-me à mesa da Gryffindor de frente para a minha ruiva que estava espantada.


- Como você sabe disso, Potter? – Lily me perguntou.


- Eu li em Hogwarts, Uma História. – respondi com um sorriso.


- Você? Leu um livro? – ela perguntou ironicamente.


- Ele leu sim, Lily. Eu presenteei ele com este livro no nosso primeiro ano, mas eu não sabia que o Jay tinha o primeiro manuscrito de Hogwarts, Uma História. – Remus me defendeu fazendo meu lírio ficar com os olhos arregalados de surpresa por saber que eu leio ou por saber que eu tenho o primeiro manuscrito do livro.


- Você tem o primeiro manuscrito de Hogwarts, Uma História? – ela perguntou interessada.


- Sim, lírio. Se você quiser, qualquer dia desses eu te empresto.


- Ah, não Potter. Muito obrigada, mas eu não quero nada seu. –bradou após lembrar que ela estava falando comigo.


Eu ia contradizer sua ideia, porem o diretor de Hogwarts, Dumbledore, levantou para dar o discurso inicial:


- Boa noite a todos os alunos e professores. É muito bom revê-los este ano. Antes de começar com os avisos e com a seleção de novos alunos, faremos a seleção de três alunas transferidas. Minerva, por favor.


Tia Mini, nossa querida professora de transfiguração e vice- diretora, levantou da mesa dos professores, foi até uma sala que fica logo atrás dessa mesa e voltou com um banquinho e o chapéu seletor. Após arruma-los, Tia Mini tirou de dentro da capa escocesa um pergaminho.


- Quando eu disser o nome, vocês deveram vir até aqui. Graphons, Fiona.


Sirius apontou para a menina de longos cabelos negros que tinha acabado de se levantar da mesa da Slytherin.


- É ela que você me falou?


- Na verdade, essa é a irmã. A Viollet é que eu conversei e está ali. – ele explicou e, depois, me mostrou. Ela esta sentada na mesa da Slytherin, mas não estava nada contente.


- Parece que ela está adorando a companhia dos babuínos. – brinquei


- Você a conhece, Sirius? – perguntou Lene.


- Sim. Conheci-a naquele baile.


- Slytherin. – falou, ou melhor, gritou o chapéu seletor fazendo levantar um alvoroço na mesa dos babuínos.


- Graphons, Viollet.- chamou Minerva.


A menina levantou apressada da mesa e foi se sentar no banquinho colocando o chapéu que cobriu não somente a cabeça, mas os olhos também.


- Uh, seu sangue vem de uma família puro-sangue, mas de nada se parece com eles. Coragem você tem. Entretanto sua inteligência está embrenhada nas suas células. Então, será Ravenclaw. – ela tirou o chapéu e caminho sorridente na mesa que ficava ao nosso lado esquerdo.


- Meadowes, Dorcas.


Nesse momento, nossa nova colega ficou vermelha que nem uma fênix.


- Calma Dorcas, vai dar tudo certo. – tentamos acalmá-la.


Ela se encaminhou e, chegando lá, fez o mesmo procedimento que as Graphons fez.


- Interessante. Sim, isso é interessante. Apresenta um intelecto bem caracterizado pela sua personalidade de tem sempre uma ideia a mais. Mas esse diferencial faz você ter uma coragem de ir além do seu alcance. Difícil, mas já estou decidido. Será Gryffindor. - a nossa mesa levantou uma algazarra e eu e Sirius gritávamos “Dorcas para Ministra da Magia”.


Depois de parabeniza-la, sentamos para começar a seleção dos alunos do primeiro ano que demorou uns vinte minutos. Dumbledore fez seu discurso de início de ano letivo avisando a todos, principalmente aos Marotos, para se mantiver longe da Floresta Proibida. E assim, foi dado o inicio do jantar.


- Meu Merlin! Estou morrendo de fome. – comentei.


- Onde está a pirralha? – Sirius perguntou. Quando Pads dizia pirralha, ele estava querendo se referir a nossa amiga Alice Owstranger. Ele colocou esse apelido “carinhoso” nela, porque ela é a menor de todos nós.


- Ela está nos trocando pelo Frank, Six. Vê se pode uma coisa dessas. – Marlene respondeu fazendo biquinho.


- Frank Longbottom? – perguntei sendo respondido por um aceno da Lene. – Ele é gente boa e o melhor goleiro que o nosso time teve.


- Mesmo assim? Ela passou quase a viagem inteira com ele.


- Para de drama Marlene Mckinnon. Você sabe muito bem por que ela está com ele esse tempo. Tenho certeza que ela te apoiaria, se você com você. – Lily falou lançando um olhar significativo para ela.


- Eu sei Lily. Mas eu estou com saudade da pirralha.


- Pensa de um jeito diferente. Eu, Sirius Black, estou aqui. Tem melhor companhia do que essa? – o cachorro disse com o seu melhor sorriso fazendo duas meninas que estavam passando por nós suspirarem.


- O minha companhia é melhor que a sua. – falei.


- Esta louco! A minha é a melhor.


Depois de algumas discussões sobre a melhor companhia, conversamos sobre as férias, nossos futuros planos anti-slutherin, contamos piadas(eu e Sirius, é claro), brigamos(eu e meu lírio) e rimos. Depois veio a melhor parte, os doces.


-Pudim de Chocolate! Meu preferido. – Sirius falou com brilho nos olhos.


Após comer os doces, Remus e Lily tiveram que levar os novatos até o salão comunal da Gryffindor.


- Sirius!- falou que parecia ser a Viollet Graphons.


- Viollet. – Eles se abraçaram.


- Como você está?


- Bem e com você?


- Bem mais tranquila por saber que não estou na Slytherin. - brincou ela.


- Que bom, né. Eles são os meus amigos James Potter, Peter Pettigrew, Marlene Mckinnon e Dorcas Meadowes. O Remus e a Lily como são monitores levaram os piralhos para o Salão Comunal.


- Ah, prazer a todos. – ela nos cumprimentou.


- E ai? Gostou do colégio? – Marlene perguntou.


- Amei. É maravilhoso e muito grande. – Graphons respondeu sorrindo.


- Viollet, vamos. Vou mostrar o caminho para a nossa Salão Comunal.


- Vejo que você já conheceu a Luna. – falei.


- Sim, ela foi muito educada. Gente, eu já vou ter que ir. Amanhã poderemos conversa mais.


- Claro, Viollet. Boa noite e sonhe comigo. – Pads disse fazendo-a rir.


- Obrigada, Sirius. Boa noite a todos. – ela nos despediu.


- Boa noite, gente. – Luna falou calmamente e saiu levando Graphons para fora o Salão.


- Que bom que deu certo de ela não ter caído na Slytherin. -comentou Marlene enquanto íamos para o Salão Comunal.


- Verdade. Ela me pareceu ser uma pessoa boa desde que a conheci. – Padfoot complementou.


Entramos no salão da Gryffindor já com os novos alunos e alguns veteranos. Remus e Lily já tinham terminado as tarefas de monitores quando foram se sentar conosco.


Conversamos muito sobre nossas férias e a antiga escola de Dorcas. Não sei quanto tempo passou devido, segunda as meninas, “por o papo em dia”, mas quando fui ao dormitório, o Salão Comunal já estava vazio.


Subia as escadas e entre num quarto circular onde se encontrava cinco camas inglesas com as cobertas e cortinas vermelhas. Remus estava na cama lendo um livro e Frank e Peter já estavam num sono profundo. Aproveite que Sirius não estava no dormitório e fui tomar um banho. Em falar no cachorro, ele deve estar em algum nos corredores deste castelo com alguma menina.


O banho quente me deixou mais relaxado e sonolento. Depois coloquei meu pijama, ou melhor, somente o meu short e fui para a cama. Deitei de lado para olhar a fotografia da minha amada ruiva que estava em minha cômoda.


Ela estava andando na orla do lago Negro quando me escondi entre as copas das árvores e tirei uma foto dela. Lily estava com um sorriso nos lábios e seus longos cabelos caiam nos ombros como se fossem cascatas.


E foi assim que cabei dormindo e entrando num sono profundo que me levou a sonhar com meu lírio em meus braços. Eu amava tanto aquela ruiva e queria que ela me dê-se uma oportunidade de mostrar o quanto é grande esse sentimento por ela.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram da nova personagem? Esse capítulo foi um pouco dificil, porque eu queria fazer um James não tão maroto quanto o Sirius e não tão certinho como o Remus. Não final consegi ele assim. Gostaram? Super beijos.



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