A Garota da Casa ao Lado escrita por changeantD-avis


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oii gente :D. Como eu fiquei décadas sem postar e vi nos reviews que voces queriam até me enforcar resolvi postar mais um capítulo logo HASUASHIUASHIUSHIASUH
Fiquei meio chocada com tantos reviews de uma vez *-*, continuem mandando porque é muito bom saber que tem gente acompanhando a fic e gostando!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/153319/chapter/6

QUIINN POV`S

 - Alô? - atendi o mais grossa possível.

- Sra. Fabray? Aqui quem fala é a Lucy, secretária de seu pai.
         - OH! Desculpe-me Lucy, eu vi o telefone do escritório do meu pai e imaginei que fosse ele. E por favor, quando você vai começar a me chamar só de Quinn?
    - Desculpe Sra. Fab... Quinn. Ordens de seu pai.
    - E por acaso ele tem um papel assinado pedindo para ser chamado de Senhor Fabray? - eu disse zombando e rindo.
    - uh... Na verdade tem sim - meu sorriso morreu - ele nos mandou assinar documentos e as regras continham essa condição...
    - Não se preocupe Lucy, não a nada melhor do que fazer una faxina e jogar coisas desnecessárias fora, tipo documentos sem importância.
A ouvi soltando uma risadinha mas ficou séria ao dizer:
    - Acho que o Sr. Fabray não ficaria muito feliz com isso Quinn.
    - Eu não fico muito feliz por ter sido gerada pelo espermatozóide dele e não é por isso que eu saio por aí reclamando! - Lucy agora gargalhava alto e eu não pude deixar de rir também, gostava de manter esse relacionamento amigável com todos os funcionários, apesar de meu pai dizer para fazer ao contrário, mas eu já havia passado por cima de muitas pessoas, e posso lhes garantir isso não trás vantagem alguma na vida, pelo contrário, te faz ficar solitário.

 - Afinal, o que ele quer?
        - Ele me pediu para te ligar e perguntar por que não veio imediatamente para o escritório ao chegar a Nova York, e ontem nada de nos conceber sua bela presença também? - ela dizia com uma voz grossa, tentando imitá-lo, eu achei muito engraçado - Quinn, venha aqui hoje, antes que seu pai vá até aí te buscar, por favor - ela agora tinha voltado a sua voz normal e ela parecia preocupada.


Me espreguicei no sofá e soltei um pequeno gemido enquanto suspirava
    - Eu não tenho opção né? – não esperei ela responder, já sabia a resposta - já estou indo... e Lucy?
    - Sim?
   - Café muito forte ou mais fraco?
   - Que?
   - Como você gosta do seu café?
   - Ah! Eu gosto dele bem forte mas não se preocupe com isso Sra. Fabray
   - QUINN!- Disse em tom de brincadeira antes de desligar e me rastejar até o quarto para colocar alguma roupa.


Ao sair do apartamento devidamente vestida com uma roupa preta social e cabelos presos em um coque avistei uma cena no mínimo cômica. Rachel parada em frente ao elevador, olhando para os lados como se estivesse esperando algum tipo de ataque alienígena, e o que mais me fez rir: ela usava um casaco que ia ate seus pés e possuía uma gola muito maior que seu pescoço delicado, seus cabelos estavam escondidos em um chapéu que cobria toda sua cara, tudo isso "combinado" com um óculos de sol gigantesco.

Me aproximei lentamente já que ela parecia ocupada demais com o... Nada?
Fiz a voz mais séria e misteriosa que eu conseguia naquela situação:


   - Com licença minha senhora, mas acabei de bater na porta da minha vizinha e percebi que nenhum som saiu de lá, também pude notar que você veio da mesma direção e estou me perguntando se você não é algum tipo de assassina em série ou a escondeu nesse seu super casaco e agora está a seqüestrando. Considerando que Rachel é bem pequena isso não seria muito difícil - parei, rindo tanto que lágrimas caiam dos meus olhos.
 
Ela estremeceu ao sentir minha voz perto de seu ouvido como um sussurro e soltou uma risada que fez meu coração parar de bater por alguns segundos:
 
   - QUINN! - ela tirou os óculos e agora dava tapinhas no meu braço, ela era tão fofa fazendo isso, céus, daqui a pouco vou falar que é fofa só por respirar, não que ela já não seja, enfim...
 
Fingi surpresa e disse:
   - OH MEU DEUS - coloquei a mão na boca, falsamente surpresa - RACHEL BARBRA BERRY, NÃO ACREDITO, EU PRECISO DE UM AUTÓGRAFO!
 
   - Quinn! Para! - ela sorria tão perfeitamente que eu só sentia vontade de continuar fazendo qualquer brincadeira idiota para ela não parar nunca.
 
Segurei suas mãos que ainda me batiam delicadamente e a encarei
   - Eu poderia te processar por agressão física Berry - sorri de lado - sorte sua que sou rica e não preciso de sua fortuna. Maaaas, o que eu queria mesmo agora é entender porque você estava aqui parada como se tivesse um maníaco te perseguindo?
   - Você não vai acreditar! - ela disse se aproximando e antes de sussurrar olhou pros lados de novo - fotógrafos! Me acharam!

Como ela conseguia isso? Eu estava com um mau humor tão grande por ter que olhar para a cara do meu pai hoje e só foi eu ver ela que minha carranca se transformou em um sorriso e minhas piadas surgiam instantaneamente.
 
-Jesse foi abrir a janela da sala hoje e...

- Jesse – Ergui uma sobrancelha.

- Sim – Ela pareceu não perceber meu desgosto e continuou – Jesse foi abrir a janela da sala e a primeira coisa que viu foram flashes. Sabe ser famosa não é tão bom assim! E eu nem sou muito, sou conhecida na Broadway, mas não é como se tivesse milhares de fãs adolescentes querendo arrancar um pedaço de mim.

- Ainda não – sorri

Ela devolveu meu sorriso e seus olhos brilharam

- Você acha que algum dia vou ter tantos fãs assim?

- Claro que sim Rach. É só uma questão de tempo antes de você se tornar a próxima Barbra.

Ela me agarrou, literalmente, envolvendo seus bracinhos na minha cintura e apertando. Ela estava chorando? Como assim? O que eu fiz?

- O que foi Rachel? O que eu disse? – tentei não abraçar de volta mas minhas mãos acabaram indo parar em seus cabelos e ficaram por ali fazendo carinho.

- Você não disse nada. Quer dizer, nada que me faça ficar triste. Mas ninguém nunca disse isso pra mim e você sabe como eu sou!

- Intensa? Dramática? – Beijei sua testa enquanto ela se separava ao ver que o elevador finalmente tinha chegado, e Jesse estava lá com aquela cara de convencido dele.

Pude ver seu sorriso presunçoso de longe e logo depois ele soltou:

- Ora, quem diria que algum dia eu veria essa cena! – Se virou para Rachel – Vamos meu amorzinho? – Esticou a mão para ela que  rapidamente se agarrou nele, com um sorriso brincando nos lábios – Eu já despistei os fotógrafos.

- Sério? – Ela parecia muito feliz ao lado dele, aquilo me embrulhava o estomago. O que ele estava fazendo no apartamento dela afinal? Oh Fabray, o que você acha? – Obrigada Jesse! – Ela passou o braço em volta da cintura dele e continuou – Como você fez isso? Eles são bem insistentes...

 - Sabe como é, foi fácil, eu só desci lá e joguei todo meu charme para eles.

Rachel revirou os olhos e eu fiz o mesmo. Como ele era convencido.

- O que foi Fabray? Vai dizer que não sente nenhuma atração por mim? Eu sou charmoso, sou engraçado e além de tudo tenho uma voz que qualquer um gostaria de ter.

Rachel me observava agora.

- Descobriu meu pequeno segredinho hein Jesse? Sou completamente apaixonada por você e todas suas qualidades, Como descobriu? – Disse, passando no meio dos dois que estavam na frente do elevador e fazendo eles se separarem.

Eles entraram logo atrás de mim, Jesse estava com aquele olhar, se preparando para zombar de mim, mas o cortei antes mesmo dele começar – O que você estava fazendo no apartamento da rach afinal? – Eu não devia ter perguntando, não é problema meu!

- Transando com ela, óbvio. – Ele disse sério.

Engasguei com minha própria saliva e tenho certeza que Rachel estava mais vermelha que um tomate.

- JESSE! – Ela bateu nele, bem mais forte do que na primeira vez.

- O  que eu fiz? – Ele fingiu surpresa.

- Nós não estávamos... Uh... Transando – Ela enfiou o rosto no pescoço de Jesse, com vergonha – É que você sabe que sou perfeccionista e achei que Jesse não estava dando tudo de si em uma cena e acabou ficando tarde, por isso ele dormiu em casa. No OUTRO quarto – ela deu ênfase nessa frase, lançando um olhar reprovador para ele.

Eu estava ardendo de ciúmes, apesar de Rachel parecer estar sendo sincera e já ter me falado que eles não tinham um relacionamento, mas não pude deixar de soltar uma piada:

- Que cena? A que vocês fazem sexo? – Dei um sorriso muito sarcástico enquanto nós três saiamos do elevador. Jesse gargalhou e estendeu a mão no ar para eu bater.

- Eu gosto do jeito que você pensa fabray. – Olhou para Rachel – Eu gosto dela!

Rachel revirou os olhos de novo, cruzando os braços, emburrada.

- Eu odeio vocês.  – E entrou no carro, impaciente.

- Eu vejo vocês depois – eu disse, sorrindo para Jesse e ele acenou com a cabeça.

Depois de um trânsito nada agradável, que eu com certeza vou demorar para me acostumar, de comprar dois cafés e de me perder algumas vezes eu finalmente cheguei ao tal escritório do meu pai. Desci do carro, respirei fundo e entrei.  A primeira pessoa que vi foi Lucy. Ela era a secretária de segurança dele, que ele confiava para tudo, e por isso foi a escolhida para vir junto com ele para Nova York. Ela era linda e inteligente e eu ficava me perguntando por que ela perdia seu tempo com meu pai. Olhei mais atentamente para ela e sorri de lado, revirando meus olhos internamente. Óbvio que eu sabia o motivo. Pelos dois motivos que falei. Meu pai era um babaca mesmo, não duvido nada que tentasse se aproveitar da garota.

- Oi Lucy – disse, abrindo um sorriso e estendendo o café para ela.

- Oi Quinn! – Ela olhou para minha mão – Não precisava! Eu falei!  Quanto eu te devo?

- Lucy, não se preocupe com isso e até parece que vou deixar você me pagar. - Me virei para o outro lado ao ouvir vozes vindas de uma sala – Cadê ele?

- Já deve aparecer aqui logo, estava em uma reunião.

- Ok – Sentei – me na cadeira mais próxima e esperei. Alguns segundos depois a porta se abre e vejo aquela figura que tanto me atormentava. Meu pai. Ao qual eu nem me referia a esse nome. Era apenas Russell e para ele eu era apenas Quinn. Como se ambos fossemos apenas colegas de trabalho se respeitando.

Logo após se despedir sorridente de quem quer que fosse que estivesse naquela sala ele veio em minha direção:

- Quinn, gostaria mesmo de saber o porquê de você não ter aparecido esses dois dias para trabalhar. Eu te trouxe para essa cidade porque queria alguém que me ajudasse com os negócios, e não que faltasse no primeiro dia por ter se perdido no encanto desse lugar. Se você quer trabalhar comigo trate de cumprir horários.

- Eu não quero trabalhar, você está me obrigando, caso não lembre.

- Não vamos discutir, a sua sala fica ao final do corredor. E de agora em diante Lucy irá te seguir em todas as saídas, ou em reuniões com clientes.

- Sério mesmo Russell? Eu tenho quantos anos agora?- Eu disse, furiosa.

-  Tenho minhas dúvidas. Você é sempre muito infantil. Então vai ser tratada como uma criança.

Revirei os olhos, sério mesmo que eu estava tendo aquela conversa?

- Ok. Só me deixe em paz. – Sai batendo o pé, com Lucy carregando uma pilha de papéis atrás de mim.

Enquanto isso, longe dali, uma morena totalmente distraída descansava em seu camarim. A única coisa que estava em sua cabeça era uma loira de olhos esverdeados. Estava confusa demais, só fazia dois dias que Quinn tinha aparecido na sua porta, literalmente. E agora? Elas eram amigas? Sentia-se tão a vontade perto dela, era como se sempre tivessem sido amigas, apesar de todo o passado horrível que elas tinham.  Quinn já havia lhe passado seu celular, e a baixinha estava louca para arrumar qualquer desculpa para falar com ela. Suspirou e resolveu parar de se castigar:

Heey Quinn :), O que você vai fazer hoje à noite? – R

A loira, ao sentir seu celular vibrar e ver de quem era a mensagem se assustou. Seu coração acelerou e ela se sentia uma adolescente apaixonada. Lucy não havia parado de falar sobre assuntos muito chatos desde quando entrou na sala. E os pensamentos estavam longe. Mais precisamente em uma certa diva.

Uh... O que você pretende me oferecer Berry? – Q

Jantar comigo, no meu apartamento hoje à noite e depois nós podíamos assistir um filme, não sei... – R

Porque será que sinto uma segunda intenção por trás disso? – Q

Rachel sorriu ao ler. Claro que tinha segundas intenções. Quinn, na minha cama. Essa era sua intenção. Depois de balançar a cabeça e ficar amedrontada com tais pensamentos, respondeu:

Ok, você me pegou. Jesse está me enchendo para ajudar ele a ensaiar aquela cena de novo. Os diretores brigaram com ele pela falta de concentração. E ele simplesmente se convidou para ir à minha casa, e eu não queria agüentar ele sozinha de novo. Por favoooor Quinn ): - R

Uh, você está implorando por minha companhia? Que honra, uma estrela da Broadway me bajulando. Eu aceito, com uma condição: Bacon. Eu preciso de muito bacon para agüentar Jesse por mais de meia hora no mesmo ambiente que eu – Q

Então você quer que eu sacrifique animais inocentes só para você se satisfazer? – R

É pegar ou largar anã – Q

Ok. Você venceu. Alguns animais vão ter que morrer por sua causa. - R

Quinn revirou os olhos ao ler aquilo. Antes que pudesse responder, chegou outra mensagem:

Sabe, eu nem tive a oportunidade de perguntar. Mas por acaso você estava saindo da jaula hoje de manha de  terninho e cabelo preso? Ok. Aquilo foi muito estranho. Sempre te imaginei indo trabalhar em algum lugar onde pudesse usar vestidos. E em falar nisso, você ainda não me explicou aonde trabalha. Você ainda não me contou quase nada. Hoje à noite arranco tudo de você fabray . Oito horas, na minha casa. Não gosto de atrasos, xoxo – R

Quinn deu um sorriso triste. Ainda tinha muita vergonha e ansiava contar aquilo para Rachel. Lucy percebeu que a loira não prestara a mínima atenção em todo seu discurso e resolveu ficar quieta, organizando os papéis.

Foi quando Quinn levantou o olhar e teve uma grande idéia. Lucy percebeu o   olhar em cima dela e ergueu as sobrancelhas, assustada:

- Quinn?

- Ei Lucy, o que você vai fazer hoje à noite? – Eu disse, sorrindo travessa.

- Uh... Nada. Vou para casa... Por quê? Tem alguma reunião que não estou sabendo?
- Na verdade não é bem uma reunião. O que você acha de jantar comigo? E com dois amigos?

Talvez vocês não entendam o porquê de eu estar chamando Lucy. Mas era uma forma de me aproximar um pouco e também. Além disso, eu iria empurrar ela para Jesse, deixando minha Rachel (sim, minha) em paz.

Ela parou por um momento e abriu e fechou a boca várias vezes, eu a interrompi:

- Nós vamos passar muito tempo junto, eu só quero te conhecer melhor. Eu sou a filha do chefe, mas diferente dele, eu não mordo – sorri.

Ela devolveu o sorriso, achando aquilo engraçado.  Reconsiderou o convite e resolveu aceitar

- Ok Quinn, eu vou com você. Que horas?

- Nós saímos daqui e já vamos direto lá. Essa pessoa é minha vizinha.

- E qual o nome dela? Só para eu não chegar lá perdida...

- Rachel. Rachel Berry.

Ela literalmente deu um gritinho. E eu tive certeza que minha audição tinha sido prejudicada.

- O que foi Lucy? Você esta bem?

- Rach... Ra...Rachel BERRY? A CANTORA?

Sorri de orelha a orelha. Então aparentemente eu era a única que não sabia que Rachel era tão conhecida?

- Sim Lucy, ela mesmo!  Eu sou a única que não sabia o quanto ela é famosa?

- Em que mundo você vive Quinn? – Ela parou e ficou vermelha – Desculpe.

- Ei, nada disso. Comece a me tratar como uma amiga ok? Pode me xingar, zombar e ser sarcástica. E sem desculpas. Mas e então, você vai?

- Claro que eu vou! Meu deus, eu vou conhecer ela. E ela é sua vizinha, eu mal posso acreditar nisso!

Eu estava começando a me arrepender. Eu queria empurrar Lucy para cima do Jesse e ela agora babava ao falar de Rach. Isso não era nada bom.

Eu estava com ciúmes. Ciúmes de uma garota que eu estava tentando conquistar a confiança aos poucos. Uma garota famosa, que tinha vários caras babando por ela. E pelo jeito garotas também.

Afastei esse pensamento e interrompi Lucy de seus monólogos sobre Berry

- Ei Lucy, aonde estão aqueles contratos que meu pai te fez assinar? Estou precisando mesmo me distrair, acho que queimair papéis é uma ótima distração.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei que to enrolando um pouco,mas é que eu queria desenvolver um pouco de história antes de me aprofundar nelas duas... além disso, a rachel não pode simplesmente começar a adorar a quinn assim do nada né!
Esse capítulo foi fraco mas prometo que o próximo vai ser muito bom!
Beijos,até a próxima ;)