A Garota da Casa ao Lado escrita por changeantD-avis


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, eu aqui de novo :D
Primeiro: AA, QUASE 200 REVIEWS! UAU! Não tenho como agradecer isso.
Finalmente consegui terminar de escrever esse capítulo :s... Espero que gostem e não queiram me matar.
Aposto que ficaram com ódio da lucy, mas vcs vão entender agora!
Vou anunciar uma coisa no final, para saber a opinião de vcs.
Então, espero que gostem!
ps: desculpa qualquer erro de português.



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SANTANA`S FLASHBACK

– Posso te ajudar? – Lancei um olhar atrevido na direção da garota á minha frente.

– Uh... Er, sim. Desculpe, mas a Quinn está? – ela inclinou um pouco o corpo para frente, olhando em volta.

– Quem gostaria?

– Lucy... Somos amigas. Eu sou a secretária do pai dela.

Eu queria entender onde Quinn arranjava essas amigas tão... gostosas. Sério, era muito suspeito. Mas aquele rosto... Não me era estranho, assim como o rosto de Mel. Aliás, eu sabia o nome da Mel na primeira vez que eu vi ela porque... Espera! Claro que eu sei quem é essa garota! Da mesma forma que eu descobri quem era a Mel.

A garota pigarreou e meu sorriso aumentou de uma forma intimidadora.

– Entre, por favor. – A empurrei, sem esperar uma resposta. Ela tentou argumentar mas eu apenas fiz um sinal de silencio para ela.

– O que você quer com a Quinn?

– Acho que me sentiria mais a vontade se eu falasse com ela...

– Santana.

– Sim, Santana. Prefiro falar com ela.

Me sentei no sofá de pernas cruzadas, meu sorriso poderia ser visto do outro lado da rua. Eu era um gênio, mais do que isso, eu era provavelmente a melhor advogada do mundo.

– Eu acho que você vai querer falar comigo sim. – Ergui uma sobrancelha, a olhando nos olhos.

– Por quê? – ela permaneceu em pé, na defensiva.

– Eu adoraria saber o porque de a secretária e amiga de Quinn ter ido ao apartamento de Tracy e ficado conversando com ela por – parei, fingindo pensar – exatamente 42 minutos e 32 segundos.

Ela arregalou os olhos e ficou quieta por um tempo, continuei a encarando, sem medo.

– O que... Eu... Eu não sei do que está falando garota! Eu não conheço nenhuma Tracy! – Ela esfregou as mãos no jeans, nervosa.

Levantei e fiquei a centímetros de distancia, ainda a encarando.

– O que você quer com a Quinn?

– Não te interessa! Você é maluca. – ela se virou e foi em direção à porta. A segurei com força pelo braço.

– Eu vou te dar duas opções – ergui dois dedos, enumerando – Primeira: Você para de fingir estar ofendida e senta nesse sofá, me contando cada detalhe e me ajudando no meu plano. Segunda: Eu te deixo sair por essa porta, mas se eu fosse você fugiria para outro país. Melhor. Para outro planeta – sorri.

Lucy abaixou a cabeça e foi até o sofá.

– Me desculpe. – Uma lágrima escorreu pelo seu rosto – Eu não queria machucar ninguém, e nem quero! Eu só pretendia ganhar um dinheiro fácil, algo que me ajudasse com meu futuro, eu... eu... eu gosto da Quinn... e da Rachel. Eu vim aqui contar a verdade para Quinn, pedir perdão. Não aguentava mais fingir, mentir para ela. Me entenda! Eu preciso de dinheiro, preciso pensar no meu futuro, nunca tive a oportunidade de ter alguém pagando minhas contas, minha faculdade, sempre me virei sozinha e aguentei muita merda, principalmente daquele velho nojento, pai de Quinn! – Ela se exaltou. Cerrando os punhos.

Não me abalei nem um pouco com aquela cena, meu olhar era frio, sem demonstrar nenhum sentimento de pena.

– Eu posso te ajudar.

– Como? – seus olhos vermelhos se ergueram na minha direção.

– Você vai ser minha “espiã”. – fiz aspas no ar.

– Como assim?

– Não se afaste de Tracy, pelo contrário, finja que está apoiando ela o tempo todo. Eu vou te dando as coordenadas na hora certa.

– E se eu recusar?

– Sinto te dizer que a comida da cadeia é muito ruim. E espero sinceramente que Tracy não fique na mesma cela que você.

Lucy fungou, acenando afirmativamente. Se levantou e apertou minha mão, selando uma parceria.

Fiz um sinal para que ela saísse dali mas antes eu disse:

– Nem uma palavra sobre isso com Quinn, entendeu?

Mais uma vez ela afirmou com a cabeça e saiu dali soltando o ar.

FIM SANTANA`S FLASHBACK


Rachel abriu a porta lentamente, procurando sua namorada. Ela estava vestida para mais uma entrevista, com um vestido preto e saltos da mesma cor. Uma maquiagem mais leve, realçando os olhos e um coque bagunçado. Sua surpresa tinha chegado antes da hora e ela não podia mais esperar. Não tinha ninguém na sala e ela concluiu que Santana não estava lá, “graças a deus”, pensou. Entrou no quarto de Quinn e ela estava deitada, com uma roupa velha, os cabelos presos de uma forma engraçada, o braço engessado apoiado em uma almofada e o rosto sujo de tinta. Ela analisava o desenho a sua frente com uma expressão indecifrável. Rachel se aproximou e bagunçou os cabelos da mais alta, o que fez ela finalmente acordar de seus pensamentos. Ela abriu um sorriso safado quando olhou para frente e seu rosto estava na altura das pernas da morena.

– Eu vi isso Quinn! – Rachel fez uma cara indignada – não acredito que vou ter que falar do mesmo jeito que falo com homem: “Meus olhos estão aqui em cima” – Ela gesticulava muito e Quinn apenas continuou observando, sorrindo. Em um segundo ela já tinha mudado de posição, se sentando em cima das pernas na cama.

– Ei, espera ai! Isso não tem acontecido recentemente não né? Não tem nenhum homem olhando pro que é meu né? – ela fez uma cara emburrada – Aquele seu namoradinho falso, aposto que é ele...

Rachel revirou os olhos e se sentou ao lado de Quinn.

– Quinn... amor, eu não posso fazer nada se sou irresistível – a morena direcionou o olhar para o desenho, ouvindo uma Quinn ciumenta bufando. Ela ignorou e continuou – Esse é o desenho que vai abrir a galeria?

– Sim – ela deu um pulinho na cama, se aproximando mais, fazendo um gesto de que ia abraçar a morena, mas ela negou.

– Você vai sujar minha roupa, sua mendiga – ela empurrou Quinn com um dos dedos. – Tem certeza que quer o meu rosto estampando sua primeira exposição?

– Primeiro: Eu to super limpa. Segundo: Cala a boca Rachel Berry. É óbvio que quero, definitivamente o melhor desenho que eu já fiz. E o rosto mais bonito – ela deu um selinho na morena que sorriu, envergonhada.

– Limpa igual a uma criança brincando no parquinho... – Rachel ergueu as sobrancelhas – Falando nisso... Lembra da sua surpresa?

– Sim! – Quinn olhou alegremente.

– Espera ai, eu vou buscar.

Quinn continuou olhando a silhueta da garota enquanto ela saia do apartamento. Minutos depois ela veio ainda de mãos vazias e Quinn estranhou.

– Fecha os olhos.

– AAA NÃO! Me mostra logo Rach! – ela fez bico.

– Fecha os olhos Fabray.

Quinn fechou os olhos, contrariada, e deve ter se passado uns 2 minutos que pareceram intermináveis para a loira. Quando ela ia abrir a boca para protestar sentiu um cheiro familiar e dois bracinhos a envolvendo fortemente. Sorriu, porque ela sabia exatamente quem era.

QUINN’S POV

Eu não podia acreditar naquilo. Quando abri meus olhos as lágrimas caíram involuntariamente. Minha garotinha, minha filha estava ali na minha frente, me abraçando. Os cabelos loiros estavam gigantes, com muitos cachos, os olhos eram mais claros que os meus. Ela usava um vestidinho roxo com sapatilhas pretas e uma meia.

– Filha... Oh meu deus – Olhei para Rachel, que nos observava sorridente.

– Mamãe! Eu senti sua falta! – Ela se agarrou mais a mim e eu comecei a fazer cosquinhas nela enquanto beijava todo seu rosto. Beth riu e me empurrava. – O que aconteceu com seu braço mamãe? –

– Não foi nada B, já já sara. - A joguei na cama e ficamos brincando por alguns minutos até que o celular de Rachel tocou. Ela fez um gesto com a mão e saiu para atender.

– Mamãe, por que você nunca me falou que conhecia a garota dos musicais?

– Depois conversamos sobre isso ok? – ela afirmou com a cabeça – E eu posso saber por que seu vestido ta sujo Beth? – apertei seu nariz e ela abaixou a cabeça com uma cara travessa.

– A Rach me deu chocolate e me deixou colorir, eu fui pegar um lápis rosa e meu chocolate caiu no meu vestidinho – ela ergueu uma sobrancelha e eu tive que rir com aquele gesto.

– Rach? Uhn... Filha, espera ai que eu já volto. Não vai aprontar nada hein!

– eu não apronto mamãe! – ela fez bico e eu revirei os olhos.

Sai do quarto e fui procurar Rachel, encontrei ela no banheiro, encostada na pia e falando ao celular. Ela sorriu quando me viu na frente dela e eu fiquei a observando.

– Que foi? – ela sussurrou, ainda ouvindo a pessoa do outro lado da linha.

Segurei sua cintura e comecei a dar leves beijos no pescoço dela. Ela tentava me empurrar, mas não fazia força.

– Quinn, eu to no telefone e sua filha ta ali do lado – ela sussurrou mais baixo ainda.

Não respondi nada e encostei a porta do banheiro com o pé.

– Sim, sim, é minha última entrevista... entendo – ela voltou a atenção na conversa, tentando se concentrar enquanto eu mordia e lambia todo seu pescoço, Empurrei um pouco a alça do vestido e mordi sua clavícula com força – si... Sim... Oh, meu deus. – dei uma risada, lambendo o lugar que tinha deixado a marca – Estou bem, eu só... eu só bati a perna na quina da mesa. Depois nos falamos, tchau.

Levantei o olhar para ela, que estava me olhando emburrada.

– Quinn Fabray, dá pra você controlar todo esse fogo?

Sorri de lado – Não. Você está muito gostosa hoje amor, mais do que o normal... esse vestido é tão curto – deslizei minhas mãos pelos lados de suas coxas, apertando sua bunda e beijando sua boca com delicadeza.

Ela correspondeu o beijo mas só por alguns segundos, antes de me empurrar.

– Quinn, você está me desarrumando toda e eu não resisto a você. Isso não vale. – ela fez bico, se virando de frente para a pia e se arrumando no espelho.

Não ia desistir tão fácil, então colei meu corpo com força no seu e sussurrei em seu ouvido:

– rach, sinto falta de ficar um pouco com você, só um pouquinho vai. – passei meu nariz pelo seu pescoço, chegando até sua orelha e chupando o lóbulo. Ela gemeu mas se desvencilhou dos meus braços, indo em direção até a porta. Bufei e encostei na pia, achando que ela ia sair. Mas do nada ela trancou a porta e me atacou.

Sua boca se encaixou na minha com força e sua língua invadiu minha boca, explorando cada parte. Eu soltei um gemido e ela me empurrou para cima da pia com uma força que eu desconhecia. Suas mãos foram descendo pelas minhas costas, chegando ao meu quadril e apertando. Gemi de novo, indo para frente para ter mais contato com ela. Ela grudou seu corpo no meu e voltou suas mãos para cima, desfazendo meu coque e parando um pouco para me observar.

– Seu cabelo está crescendo de novo... Eu gosto dos cachos. – sorri e antes que pudesse falar alguma coisa ela puxou minha camiseta para cima, apertando meus seios por cima do sutiã. Sua boca voltou para a minha e ela estava totalmente no comando, sério, quando a Rachel queria ela deixava qualquer um sem poder pensar direito. Ela foi diminuindo o ritmo do beijo, ainda com as mãos massageando meus seios. Eu queria mais, então comecei a levantar seu vestido, mas ela foi indo para trás e terminando o beijo. Depois soltou meus seios e puxou minha camiseta para baixo de novo, se afastando totalmente.

– Ah não Rachel, por favor, não faz isso comigo! Não me deixa na vontade... – tentei beijar ela de novo, que apenas riu do meu desespero e arrumou seu vestido.

– Quinn, sua filha está ali do lado! E não podemos deixar ela sozinha... Eu também já tenho que ir, vamos.

Ela abriu a porta do banheiro depois de se arrumar e me arrastou para fora, segurando minha mão. Eu continuava emburrada.

– Você me sujou de tinta Q – ela olhou pro braço. – Viu, por isso que eu não queria ceder.

Bufei e não disse nada. Ela olhou para trás e viu minha carranca, e começou a rir.

Revirei os olhos e disse:

– minha filha já ta te chamando de Rach... – ergui uma sobrancelha.

– Ta com ciúmes Fabray? – Rach entrou no quarto, sorrindo para a Beth.

Ignorei e disse:

– Posso saber quem te deixou dar chocolate para minha filha no meio da tarde Berry?

– Eu... Eu achei que... – Rach ruborizou um pouco.

– Eu to brincando tampinha – dei um beijo em sua bochecha. Ela tentou se esquivar, apontando pra maquiagem e eu ignorei, sussurrando no seu ouvido – Eu te amo, obrigado por isso, mesmo.

Ela sorriu e tirou alguns fios de cabelo do meu rosto.

– Rach? – Beth que estava observando o desenho se levantou da cama com dificuldade, bufando porque teve que dar um pulo para alcançar o chão. – Você é linda! – a garotinha loira abraçou a cintura de Rachel e eu sorri, olhando para minha namorada, que parecia perdida em alguma nuvem de fofura que era minha filha.

Rach se agachou na frente de Beth e disse:

– Não, você é linda – e depositou um beijo na testa dela.

– Eu gostei muito do desenho, será que um dia vou conseguir desenhar assim mamãe? Eu quero desenhar a Rach, ela é linda! – a garotinha repetiu e rach parecia maravilhada.

– Pelo menos sabemos que ela tem bom gosto – pisquei para Rachel, sussurrando no seu ouvido. Ela parecia muito envergonhada e eu soltei uma risada. – Desde quando você gosta de desenhar hein senhorita Beth? Vou te ensinar tudinho, e ai você vai desenhar várias coisas!

– Ebaa! – ela deu pulinhos e eu a peguei no colo, tentando me equilibrar com um braço só. – Mamãe eu já sou muito grande para você me pegar no colo, não sou mais criança – ela cruzou os braços.

Sorri e a apertei mais sobre meu corpo – você vai ser para sempre minha bebezinha – apertei suas bochechas, debochando e ela continuava emburrada.

– Ela tem o seu temperamento – Rachel disse, me implicando.

– Ei filha, que tal a gente dar uma volta no central park? O tempo nem está mais frio que nem antes...

– Eba! Vamos... mas a rach vai também? – Beth me olhou implorando que sim.

– Oh amor, eu não posso ir com vocês – Rach sorriu, passando a mão nos cabelos de Beth. – Eu tenho que trabalhar, mas quando eu voltar, prometo que vou passear com vocês, ta bom?

Beth fez bico mas fez que sim com a cabeça.

– Eu preciso ir, minha quinta entrevista da semana, estou exausta – Rachel fez um bico maior que o de Beth.

– Meu deus, assim não dá, vocês duas... – bufei enquanto trancava a porta atrás de nós.

Coloquei Beth no carro com o cinto e dei a volta, onde Rachel me esperava.

– Ei – chamei sua atenção, segurando sua cintura – Você tá tão linda. – sorri

– Beth está olhando Q...

– Algum problema?

– Não, mas você já vai ter que explicar que sou irmã dela, imagina a confusão naquela cabecinha se você tentar explicar nosso relacionamento...

– Sim, você tem razão – dei de ombros – Como você fez isso?

– O que?

– Trazer minha filha aqui... Achei que você não falava mais com shelby.

Rachel estremeceu com o nome pronunciado em voz alta.

– Eu não falo, mas meus pais sim... Eu conversei com eles e pedi esse favor. Puck está aqui... Ele veio trazer ela.

Abracei ela – Obrigado, eu sei o quanto é difícil lidar com seu relacionamento com ela... E eu não acredito! Puck está aqui? Que saudades dele, preciso ligar e combinar alguma coisa...

– Tudo bem, qualquer coisa por você – ela sorriu fraco – E nada de gracinhas com o puck, ele é um pervertido ainda! – ela me olhou de lado e eu ri do seu ciúmes - Tchau Q

Beijei sua bochecha – Tchau tampinha.

Entrei no carro e fiquei observando um grande carro preto entrar no estacionamento. Dei uma ultima olhada para o motorista abrindo a porta para ela e segui meu caminho. Fiquei assustada quando sai e tinha vários fotógrafos se “escondendo” muito mal. Nenhum deles me reconheceu, ainda bem.

–-x –

Cheguei ao parque com Beth e ela estava muito animada, segurando minha mão e apontando para todos os lados. Eu não podia acreditar naquilo, estava muito feliz mesmo.

– Filha, sua mãe está ensinando você a escrever direito?

– Você é minha mãe! – ela bufou

– Beth... Não fale assim, sou sua mãe biológica, mas você tem que ter muita gratidão pela Shelby.

– Mas eu quero que só você seja minha mãe! Ela não me deixa te ligar... – aquela diabinha batia o pé no chão, emburrada.

– Olha, eu prometo que vou te trazer de volta para mim, o que acha? Quer morar comigo? – Comprei um balão de um senhor que vendia e agachei na frente dela, a entregando.

– Rach vai morar com a gente? – ela segurou o balão com uma das mãozinhas.

– Sim, vamos morar eu, você e Rachel, só a gente.

Ela sorriu e me abraçou com força. – Sim mamãe, eu quero muto

– não se esqueça do i Beth, muito.

– Foi o que eu falei! Muto.

Soltei uma risada, revirando os olhos por causa da teimosia.

– Tem uma coisa que preciso te contar...

A baixinha me olhou com aqueles grandes olhos verdes.

– O que você acharia se tivesse uma irmã?

– Você vai me dar uma irmãzinha mamãe? Eu adoraria!

– Uh, na verdade... Você já tem uma irmã! Mas ela tem a minha idade.

– Porque eu não conheço minha irmã?

– Você conhece... Acabou de conhecer...

– Quem? – ela franziu o rosto.

– Rachel é sua irmã Beth. – sorri – O que acha?

A garota abriu e fechou a boca várias vezes.

– A garota dos musicais é minha irmã?

– Sim – acenei, afirmando.

– Não acredito! A minha irmã é linda e ainda tem a voz mais bonita que a da balba stailsend

– Quem? – Soltei uma risada.

– A balba stailsend

Filha, é Barbra Streisand.

– Foi o que eu disse!

Dei um tapa na minha própria testa, não adiantava tentar corrigir aquela garota!

– Eu quero cantar igual a balba stailsend.

Eu ia responder mas ela levantou o dedo na minha direção.

– Não! Eu quero cantar igual a Rach! – ela dava pulinhos – Eu vou pedir pra ela me ensinar tudo, e vou ser tão famosa e bonita que nem ela. Você acha que ela me ensina a cantar mamãe?

– Claro filha, vamos perguntar para ela depois? – a peguei no colo de novo e continuamos ali, conversando coisas simples. Só eu e minha filha, sem ninguém para atrapalhar. Em algum momento eu senti um flash vindo em minha direção, achei estranho mas aquilo era um parque, todos levavam câmeras então desencanei.

FIM QUINN’S POV

O resto da semana foi passando e Quinn aproveitava cada segundo ao lado da filha, e de Rachel também, já que estava bem difícil conseguir um tempo a sós com a morena. Era sábado e seria a inauguração da galeria com o trabalho de Quinn, a loira estava eufórica e mal podia aguentar o dia passar. Também era a última entrevista de Rachel, elas se encontrariam na galeria logo depois.

– Ei Quinn, o programa vai ser ao vivo, você vai conseguir assistir? – Rachel a abraçava por trás.

– Sim! Tem uma televisão lá na galeria e vou assistir tudo – ela sorriu, tentando inverter as posições, Rachel era muito baixa e ela não conseguia olhar pro rosto da garota. A morena a segurou mais forte, rindo.

Beth entrou saltitando na casa de Rachel e viu a cena, sorriu de orelha a orelha. A garotinha tinha se acostumado a ver esse tipo de coisa e não achava estranho, pelo contrário, ela torcia para que as duas estivessem juntas. Ela era pequena, mas já entendia muito bem sobre casais.

Ela continuou observando e as duas notaram sua presença.

– O que foi pequena? – Rachel disse.

– Encontrou alguém mais baixa que você Rach, olha ai – Quinn sorriu de lado, irônica.

– Cale a boca fabray – deu um tapa no ombro da namorada.

Beth olhou de uma para outra, parecendo perdida. Fitou seus sapatinhos e corou um pouco.

– Eu não sei se chamo a Rach de irmã ou mamãe...

Rachel engasgou e Quinn riu descontroladamente.

– Voc... Você pode me chamar do que quiser Beth. Do que você quer me chamar?

– Eu queria que você fosse minha outra mamãe... – ela continuou olhando pro chão.

Rachel sorriu – Então a partir de agora você me chama de mamãe também – Rachel apertou o nariz da mais baixa e teve que segurar as lágrimas. Sim, ela era uma pessoa muito dramática. – Que tal você ir trabalhar comigo hoje?

– Eu vou aparecer na TV mamãe? – Rach teve que sorrir quando ouviu a garota se referindo a ela pela primeira vez assim.

– Infelizmente não amor – Rachel pegou ela no colo enquanto a garota fazia um bico – maaaas... Você pode conhecer como é lá dentro, tem muitos brinquedos legais.

– Sério? – os olhinhos brilharam.

– Sim. Vamos? – Rachel olhou para Quinn – Tudo bem?

– Sim, claro. Acho até melhor, a galeria está uma bagunça e cheia de pó. Também não quero deixar ela sozinha com Santana. Ontem as duas pareciam amigas de outra vida ou algo assim, sério. A Sant é maluca.

– Eu gosto da tia Sant! Ela me fala coisas legais e me ensina umas palavras diferentes!

– Viu?? Ela está corrompendo minha filha.

Rachel riu e se despediu de Quinn, que entrou no seu carro e seguiu até a galeria.

–-x---

– Ei Quinn! Vai começar o programa, deixa que eu termino esses detalhes...

Erik Salles era o nome do dono da galeria. Ele era diferente, um artista, tanto na aparência quanto nos desenhos. Apesar da aparência que poderia intimidar muita gente, ele era um amor de pessoa e Quinn já tinha se apegado ao garoto.

Quinn pegou uma cadeira e colocou na frente da pequena TV. Ela já tinha terminado de se arrumar, faltava poucas horas para a abertura da galeria e Rachel iria encontrar ela lá depois da entrevista.

– Valeu erik, tem certeza que não precisa de ajuda?

– Claro que não Fabray, só fique sentada ai e veja o amor da sua vida na TV – ele piscou, brincando – acho que só por ter você na minha galeria já vou atrair muitos clientes.

Quinn riu, jogando uma almofada que tinha ali do lado no amigo. Se virou para televisão, prestando atenção.

Rachel estava linda, a entrevista foi se passando normalmente, com perguntas que Rachel rapidamente sabia como responder... Quinn suspirava toda vez que a morena sorria, ou dava uma risada, deixando alguns fios do cabelo caindo no rosto. A loira saiu de seu mundinho quando ouviu a apresentadora questionando Rachel sobre Tracy. Aquele assunto já estava a irritando, a garota se segurava para não falar sobre isso com sua namorada, e começar uma briga. Se focou na TV.

Os boatos já eram grandes na época que você estava na Broadway, só não teve mais repercussão pelo fato de você não ser uma atriz internacional... O que você tem a dizer sobre isso?

Realmente já existiam boatos. Mas não há nada além de amizade entre nós duas.

Rachel parecia nervosa... Quinn estava nervosa também.

Nós temos uma foto exclusiva aqui, que irá ser mostrada pela primeira vez, algo confidencial mandado por um fotógrafo anônimo.

Rachel empalideceu pelo fato de não saber do que se tratava aquilo, olhou em volta, tentando segurar o nervosismo e soltou uma risada forçada.

Foi então que Quinn se inclinou melhor na frente da televisão para ver aquela foto que surgiu... Rachel no banheiro, no dia da premiere do filme, com a boca de Tracy encostando levemente na da morena.

As lágrimas caiam sem parar dos olhos de Quinn. Ela não podia acreditar naquilo. Minutos depois elas duas tinham se encontrando, e Rachel não lhe disse nada... Rachel estava traindo ela? Depois de tudo que ela tinha feito para ganhar a confiança da baixinha? Ela chorava sem conseguir se controlar. Erik apareceu mas não disse nada, apenas a abraçou de lado e ficou observando o programa para entender.

E então Rachel, o que você tem a dizer sobre isso?

Rachel permaneceu muda, sem palavras para aquilo. Como explicar aquilo? Não, não! Ela amava Quinn, aquilo era um erro... Mas não é como se ela pudesse falar isso. Olhou para Samantha que já gritava nos bastidores pedindo para passarem para a propaganda.

A apresentadora parecia orgulhosa de si mesma, viu que os produtores pediam para anunciar a propaganda.

E voltamos já com a entrevista e futuras revelações da nova e talentosa atriz e cantora mundial, Rachel Berry.

Rachel não disse nada, não se despediu, apenas levantou da poltrona e saiu andando sem olhar para trás. A única coisa que passava em sua cabeça era Quinn, o que Quinn estava pensando, o que Quinn diria. Ela não se virou na direção de Samantha, apenas murmurou:

– Leve Beth para a galeria quando sair daqui - e jogou as chaves do carro na mão da amiga.

E continuou andando. Algumas lágrimas começaram a cair de seu rosto e pessoas gritavam com Samantha, a mandando impedir a morena de sair mas nada aconteceu. Ela pegou um taxi e disse o endereço da galeria. Depois de entrar no carro seu choro já tinha se tornado soluços, que não foi questionado pelo senhor que dirigia.

Ao chegar em frente a galeria procurou sua bolsa, mas não estava lá. Engoliu em seco e olhou na direção do senhor que pareceu entender. Ele acenou com a cabeça:

– vá querida, não se preocupe com isso.

A morena desceu correndo, ao entrar na galeria ela subiu uma escada que parecia interminável. Correu na direção da silhueta loira, encostada na janela.

RACHEL’S POV

– Quinn, por favor, olhe para mim.

A loira nem se mexeu, nada. Eu precisava que ela me olhasse, eu precisava explicar que aquilo não era real, eu a amava.

– Quinn, me deixe explicar, aquilo que você viu não é o que está pensando – as lágrimas caiam do meu rosto.

A loira finalmente se virou, com um olhar frio na minha direção, e os olhos borrados de maquiagem.

– Não Rachel? Não mesmo? Porque parecia que você estava muito feliz beijando aquela vadia cinco minutos antes de me beijar! Eu interrompi o momento de vocês aquele dia? – ela falava sarcástica. Me olhando com ódio, dentro dos meus olhos. – Eu só queria poder esquecer que você existe. Eu queria MUITO isso. Maldita hora que você foi aparecer de novo na minha vida, me fazer eu me apaixonar mais ainda por você. Pra que Rachel? Me diz... Pra que? Para você me tratar como sua amiga na frente dos outros, ter vergonha de se expor comigo, mas sair se agarrando com outra? Aceitar namorar comigo mas não confiar em mim? Você nunca demonstrou seu amor tanto quanto eu, você nem consegue me dizer “eu te amo” depois daquela primeira briga... Eu não posso continuar com isso Rachel. – ela finalmente desviou o olhar.

Era isso, Quinn estava terminando comigo? Coloquei a mão na boca tentando controlar meus soluços e o enjoo repentino. Tentei me aproximar e colocar minha mão em seu braço mas ela o empurrou.

– Por favor Rachel, me deixe sozinha.

– Você... Você está terminando comigo?

– Estou te dando o tempo que quiser para colocar sua cabeça no lugar. Você está confusa e eu não posso continuar no meio dessa loucura, eu estou pirando com isso Rachel, eu também tenho sentimentos e estou me sentindo destruída agora.

– Não faça isso Quinn, não termine comigo... Eu te amo. – Olhei para ela, tentando passar a maior confiança em minha voz, procurei seu olhar, sem sucesso. Esperei alguns segundos e nada, ela permanecia fitando o nada. – Eu te amo Quinn, eu te amo demais. Por favor, não...

Nada. Minha resposta foi silêncio total. Eu não podia fazer mais nada, Quinn não tinha mais aquele olhar cheio de compaixão, agora estava frio e distante. Virei de costas e fui saindo dali sem olhar para trás.

FIM RACHEL’S POV

Quinn permaneceu estática por algum tempo. Mas logo depois algum tipo de choque de realidade caiu sobre ela. Correu até o final das escadas, mas parou na frente da porta. Olhando Rachel atravessando a rua, ela já estava na metade, parada e limpando o rosto.

A loira não sabia o que fazer, se ia atrás da garota ou ficava ali, só observando. Olhou em volta, os carros passando. E foi quando ela viu, um ônibus desgovernado vinha correndo na direção de Rachel, mas a morena parecia não perceber, parada no meio da rua, aonde tinha um pequeno espaço para os pedestres esperarem os carros passarem para atravessar.

A loira não viu mais nada, ela não podia deixar isso acontecer, então com uma velocidade e uma força que ela desconhecia, atravessou a rua em menos de alguns segundos, viu o ônibus muito próximo e a morena parecendo alheia a tudo aquilo. Tentava gritar mas sua voz não saia, ela suava frio , por um momento acho que não conseguiria alcançar sua garota. Sua. Ela não podia viver sem Rachel, o que ela estava fazendo? Puxou o corpo da morena para trás com força, mas quando fez isso a inércia fez com que seu corpo fosse para frente. E então ela não viu mais nada, sentiu uma forte pancada na cabeça e uma dor imensa nas costas. E tudo ficou preto.

Rachel estava jogada no chão, olhando atônita, sem reação. Ela tinha paralisado, e várias pessoas já se amontoavam em volta. Em pouco tempo a ambulância chegou, os policiais e os bombeiros. Rachel continuava paralisada, sem conseguir falar, chorar, gritar, qualquer coisa. Não podia ser. Quinn não podia ter se jogado na frente de um ônibus para salvar sua vida. Não mesmo.

Sentiu dois braços a envolverem e puxar para fora dali. Ninguém tinha notado a morena ainda, mas a latina notou. Puxou Rachel para fora daquele amontoado de gente, mas antes a mais baixa saiu de seu estado de choque e ouviu uma conversa dos bombeiros através de seus rádios:

– O acidente foi feio. A garota foi atropelada por um ônibus...

– Quais são as chances de sobrevivência?

– Pouca... Eu diria que menos de 10% de chance de sobrevivência...

Aquelas palavras ficaram ecoando na cabeça de Rachel, que permanecia paralisada nos braços da latina, que a apertou mais ainda para perto. E então a baixinha desabou, o choro começou com soluços e estavam se tornando gritos.

– NÃO, NÃO, ISSO NÃO PODE TER ACONTECIDO COM ELA SANTANA, NÃO COM A QUINN. ERA PRA SER EU, NÃO ELA – Rachel batia no peito de Santana, dando socos, mas a latina não fez nada para impedir. Apenas a segurou em seus braços, fazendo carinho em seus cabelos. Ela não sabia o que dizer. Deixou uma lágrima silenciosa escorrer.




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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Por favor, mandem reviews! :D. E o que eu tinha para falar:
Estou pensando em começar uma fic nova. Já sei como vai ser mais ou menos, o que vocês acham? começo?
Respondam nos reviews e comentem sobre esse capítulo trágico D:
Será que chego nos 200 reviews? haha se chegar posto o próximo capítulo rápido e o começo da próxima fic. Sim, eu faço chantagem haaha
bj bj,até o próximo.