Como Deixar de Ser Idiota em 30 Dias escrita por Lie-chan


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/15303/chapter/1

Como deixar de ser idiota em 30 dias.

 

Capítulo 1:

 

Pois é... Esse livro vai contar a história de um cara muito idiota... Eu!

 

Eu sei o que vocês devem estar pensando: Que tipo de pessoa se alto denomina de “um cara muito idiota”?

 

Bem, não estou tirando essa idéia do meio do nada, tem várias evidências que provam isso.

 

As pessoas lêem em média, dois livros por ano. Eu li 53 livros no ano passado, simplesmente porque tive a “brilhante” idéia de mudar esse índice sozinho. Obviamente, eu não consegui. Tudo que isso me rendeu foi uma ulcera na córnea no olho esquerdo de tanto ler no escuro.

 

Quase todas as pessoas fazem ou já fizeram coleção de alguma coisa; de selos, de moedas antigas, ou algo assim. Eu também tenho uma coleção, mas o que eu coleciono são aqueles rolinhos de papelão que tem dentro dos rolos de papel higiênico.

 

Agora vocês devem estar se perguntando o que eu faço com tantos rolinhos de papel higiênico. Bem, absolutamente nada. Isso mesmo, é completamente inútil, mas mesmo assim eles continuam a abarrotar meu armário.

 

Uma vez minha irmã mais velha, que já se mudou para fazer faculdade, foi me visitar e descobriu minha coleção. Ela cismou em querer usar eles como bob’s no meu cabelo, que é meio comprido (bate mais ou menos na minha orelha).

 

Para falar a verdade, eu gostei do resultado – os cachos do meu cabelo ficaram mais bem definidos e eu acho que ficou até mais brilhante. Mas é claro que ela acha que eu fiquei com raiva dela e odiei a idéia – e não que depois daquilo eu passei a fazer isso umas duas vezes por semana.

 

Todo mundo já andou de ônibus pelo menos uma vez. Na maioria das vezes, quando os pais finalmente deixam os filhos andarem de ônibus sozinho, no começo acha o máximo – era um sinal de liberdade – mas depois de algumas semanas, não agüenta mais ficar esperando em pé no ponto de ônibus, com o fedor do suor de todo mundo e aquele empurra-empurra.

 

Eu não. Em todos os cinco anos em que já andei de ônibus, sempre adorei. Não sei por que, mas acho toda aquela chaqualhação extremamente relaxante.

 

Quando o ônibus freia e alguém da um super tombo no chão, morro de rir, inclusive quando quem cai sou eu – o que, cá entre nós, acontece muito.

 

O próximo fato acho que é um dos mais ridículos de todos: Eu tenho medo do escuro. Geralmente as pessoas perdem esse medo com até oito anos, mas até hoje eu durmo de luz acesa abraçando um ursinho de pelúcia.

 

Maldito o dia no qual eu fui assistir “A sétima vítima”. Na capa tinha escrito “Depois disso, você vai voltar a ter medo do escuro”.  Eu não dei atenção a isso e assisti mesmo assim. Nunca mais assisti nem trailer de filme de terror.

 

Poderia continuar a listar várias outras coisas para vocês não quererem ser meus amigos, mas acho que vocês já entenderam o quão idiota eu sou.

 

Bem, me empolguei com o começo da história e acabei nem me apresentando. Meu nome é Jesse, tenho 17 anos e estou no terceiro grau do Colégio Pax. Na verdade, esse colégio só tem gente da “elite”, mas meu pai era da diretoria, e todo mundo o adorava, acho que é por isso que ainda não fui expulso.

 

– Oi Jesse! – Esse é meu melhor amigo, Max. Ele não é idiota que nem eu, mas o que o torna o chiclete grudado no meu sapato é o fato dele ser completamente indiferente a quase tudo que eu falo, em vês de rir até ficar vermelho como todo mundo. E, de vez em quando, ele até me ajuda em minhas idéias malucas, tipo quando a gente tentou comprar cigarros com uma identidade falsa, só para ver se isso dava certo ou se nós íamos ser presos.

 

Por falar nisso, passamos uma noite na delegacia. Foi o maior tédio, sem falar que o policial que prendeu a gente era muito sem educação. A comida de lá até que é boa, mas, comparada com a da minha mãe, que é a que eu como todo dia, até o boneco Chuck deve saber cozinhar bem.

 

Pelo menos isso prova que a fiscalização dessa cidade é realmente boa. Ou isso ou tenho realmente muito azar.

 

– Oi! – Respondi sorrindo como sempre.

 

– Ei, vamos logo para a sala de aula, aquela turma já está chagando. – “Aquela turma” é o termo que Max usa para se referir ao pessoal popular. Quando eles chegam na escola, é melhor já estar na sala, porque se você ainda estiver no corredor, vai ser atropelado por eles ou coisa do tipo.

 

– Ah, eu quero ver a Zoey... – Zoey é a garota mais bonita e mais popular da escola. Por acaso também é o amor da minha vida.

 

Ela não é da mesma sala que eu, então de vez em quando eu espero um pouco na frente da minha sala antes de entrar, para poder vê-la passando pelo corredor.

 

Hoje ela estava realmente linda, com seus cabelos ruivos soltos, quase sem maquiagem, dando uma aparência bem natural, exceto por um pouco de rímel, que realçava seus perfeitos olhos azuis.

 

Já sei, é realmente patético, um homem, saber quando uma pessoa está ou não usando rímel. Todavia, minha mãe é vendedora de cosméticos, então é meio difícil não saber tudo sobre eles.

 

– Você ainda gosta daquela patricinha? Desista. Você sabe que ela tem uma queda pelo Charlie. – Charlie é o cara mais popular da escola, uma verdadeira lenda. Todas as meninas são apaixonadas por ele, mas ele não liga muito para isso; está sempre na dele, quase não conversa com ninguém. Porém esse jeito frio só o faz ficar ainda mais atraente aos olhos das garotas.

 

Devo admitir que ele é o cara mais bonito que eu já vi. Seu cabelo é loiro e liso, nem muito curto nem muito comprido. Não como o meu, que embola com facilidade e fica em pé por qualquer brisa, mais de um jeito esvoaçante, que minha irmã mais nova (que também é apaixonada pó ele) costuma definir como sexy.

 

Seus olhos são completamente penetrantes, de uma cor que é impossível saber se são castanhos ou verdes, e... Espera aí! Porque eu perco tanto tempo descrevendo o meu maior rival? Eu deveria estar admirando a Zoey... AhmeuDeus! Ela está vindo para cá! Ela está andando em minha direção! Ela está... Ela vai falar com o Max?

 

– Ei, o seu amigo está bem? Ele está babando... – Foi aí que eu me dei conta de que, realmente, havia um fio de saliva escorrendo pelo meu queixo. É impressionante como sempre que ela chega perto de mim eu faço algo como tropeçar no meu próprio pé ou engasgar com meu próprio cuspe. Ou, aparentemente, babar.

 

– Está tudo bem, ele é assim mesmo. – Respondeu Max com um largo sorriso. Dava para ver o quanto aquele desgraçado sem coração estava achando a minha situação hilariante. Com certeza ele estava se segurando para não começar a rir.

 

– Bem, eu vou dar uma festa daqui a um mês para o meu aniversario e estava pensando se você não gostaria de ir. – Aquilo me acertou como uma facada no coração, eu quase podia sentir o sangue escorrer.  Até o Max tinha sido convidado e eu não!

 

– Claro, eu adoraria. – Respondeu ele com uma voz calma apesar da surpresa.

 

– Ótimo, mais tarde eu te entrego um papel com o endereço. – E depois o sinal tocou e ela saiu correndo para a sua sala.

 

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oie! Essa é a maior fic que eu já comecei a escrever, acho que vai ter uns 10 capítulos... Só espero que fique boa!
Peço que deixem reviews, mesmo que você não tenha gostado, deixe sua opnião e eu posso melhorar