A Volta de Rose Weasley escrita por Vitória M


Capítulo 18
Próximo passo




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POV Hugo

Meus olhos se arregalaram ao ver minha irmã sair da Floresta Proibida entre Al e Malfoy, rindo como se acabasse de voltar de um piquenique. E eu aqui, completamente agoniado, com medo do que minha irmã poderia estar passando lá dentro, e ela me aparece feliz da vida? A enfermeira até me dera uma poção para me acalmar quando o aluno de Durmstrang apareceu.

Claro que meu medo não era apenas que ela se machucasse. Eu simplesmente não poderia imaginar ela me abandonando de novo. Minha chata e (ir)responsável irmã mais velha, por quem passei anos de sofrimento pelo seu desaparecimento. E se algo sério acontecesse em uma tarefa? E se dessa vez ela me deixasse, sem nenhuma chance de voltar?

Mas não. Ela saiu gargalhando do lugar em que correra risco de morte. Gargalhando! Eu queria de todo coração correr até ela e ver se não estava machucada, mas meu choque ao vê-la tão alegre me paralisou. Quero dizer, era o Torneio Tribruxo, não? Os vencedores não sofriam com as provas, para no final a única recompensa ser os galeões de ouro e o reconhecimento?

Claro que para minha irmã não era apenas isso. Senti uma pontada de orgulho ao constatar que ela era a que mais tinha chances de vencer, e se era isso o que ela queria, eu daria total apoio a ela. Mesmo que isso me angustiasse.

– Eles não estão rindo, estão? – ouvi o outro garoto, Boris, da escola de Durmstrang, sussurrar para o diretor Viktor Krum, que estava ao meu lado. O mesmo tinha um sorriso no canto dos lábios, como se a cena dos três saindo da floresta o divertisse – apesar de parecer um tanto contrariado.

– Só podia ser filha da Hermione. – resmungou Krum, revirando os olhos. No mesmo instante quis tirar satisfações, mas me distraí com Rose balançando os braços e me chamando para ir até ela. Foi o que fiz, conseguindo, finalmente, dar o comando às minhas pernas.

– Rose, você está bem? – perguntei ainda distante, quando me aproximei mais pude perceber uma gosma amarela grudada em sua roupa.

– Estou ótima, Hugo. – disse sorrindo animadamente para mim.

– E, hum… Como foi a prova? – perguntei hesitante, enquanto observava o Malfoy passar os braços pela sua cintura. No mesmo instante ela se desvencilhou, lançado um olhar irritado a ele, mas voltando a sorrir pra mim.

– Foi ótima. No início complicou um pouco, mas depois deu tudo certo.

– E o que é essa gosma em você?

– Ah, fizemos uma guerra de gosma de aranha. Longa história. – completou, quando arqueei as sobrancelhas duvidosamente. – Depois eu conto tudo a você. Prometo. – e seu olhar tinha um pouco de culpa que imediatamente me fez querer saber o que acontecera, mas não seria possível ali, já que mais pessoas se aproximavam dos três para parabenizá-los.

A diversão dos três e a facilidade que pareciam ter levado para finalizar a prova acabara deixando-os sob os holofotes, mesmo que Boris tivesse sido o primeiro a terminar a prova. Logo os juízes deram suas notas.

Boris, com 45 pontos, ficou em primeiro lugar. Obvio que ele recebeu a maior pontuação, já que concluiu a prova com quarenta e sete minutos de diferença dos outros três. Rose, com 34 pontos, teria que batalhar muito na próxima prova. Quero dizer, para vencer o Torneio a partir de agora, ela precisava vencer as duas provas seguintes. Sem empates.


POV Rose


Foi adorável. Não, melhor, foi incrível ouvir todas aquelas pessoas nos aplaudindo quando saímos da Floresta, não como sempre pensei que sairia, toda molenga de cansaço. Mas rindo, me divertindo, e esfregando na cara de Boris que ele podia ter vencido daquele jeito terrível a prova, mas eu, eu, Albus e Scorpius havíamos ganhado mais fãs que ele.

– Estão vendo isso? - gritei com um sorriso de lado a lado, acenando freneticamente para Hugo, que estava no térreo da arquibancada montada em frente a Floresta Proibida. Ele começou a correr em minha direção. - Eles nos amam. - olhei para Albus e Scorpius, que também não escondiam a própria felicidade.

– Rose, você está bem? – Hugo perguntou enérgico quando se aproximou o bastante da gente, nos olhando com nojo ao ver a gosma nos cobrindo.

– Estou ótima, Hugo. – respondi sorrindo. Não me aguentava de felicidade.

– E, hum… Como foi a prova? – perguntou olhando curioso e surpreso Scorpius colocar a mão em minha cintura. Olhei para o loiro chateada me afastando e voltando minha atenção para meu irmão. Ainda não era o momento certo para Hugo saber sobre Scorpius e eu.

– Foi ótima. No início complicou um pouco, mas depois deu tudo certo.

– E o que é essa gosma em você?

– Ah, fizemos uma guerra de gosma de aranha. Longa história. – acrescentei achando graça da cara que ele fez. – Depois eu conto tudo a você. Prometo. – forcei um sorriso totalmente culposo, pra que ele soubesse que a história possuía suas gravidades.

Logo ele se afastou para dar espaço as várias outras pessoas que queriam nos cumprimentar. E eram muitas! Merlin, todas as pessoas de Beauxbatons e Hogwarts ao nosso redor gritando e aplaudindo, era incrivelmente louco! E gratificante, claro.

Após alguns minutos de euforia, os diretores de cada Escola juntamente com a senhora Rodrigues, declararam as notas. Reprimi uma xingamento quando vi a ótima pontuação que Boris ganhou. Refleti por um momento sobre entregar o que ele havia feito, mas eu não sabia com quem estava lidando e tinha absoluta certeza de que se fizesse isso, Durmstrang não deixaria barato.

Eu, Al e Scorp sabíamos que não receberíamos a melhor nota, claro, mas não posso dizer que não fiquei desapontada ao ficarmos empatados em segundo lugar, mesmo sabendo que era merecido.

Dei meu jeito de me afastar do amontoado de pessoas, deixando todos felizes ao erguer meu primo e meu... namorado(?) nos braços e carregá-los até a entrada da escola.

– E então, Rose? - eu e meus colegas ficamos para trás, e a rodinha se formou ao meu redor. Olhei cada rosto ansioso pelos meus comentários.

– Foi incrível! Assombroso... não sei, muitos adjetivos e nenhum se adéqua o suficiente para o que eu quero expressar. - ri levemente e eles me acompanharam. - Magia Negra... - completei e, com exceção de Friedrich e Aline, todos me olharam surpresos.

– Quem usou? - Louise, toda angelical e descrente, perguntou meio alterada.

Olhei em direção a bandeira de Durmstrang em um dos lados do campo. Ouvi algumas respirações pesadas como se fosse óbvio quem havia usado.

– Pensei que tivesse sido aquele garoto loirinho. - Luiza Camargo, uma garota baixinha, nerd e que conseguia ser mais irônica que Caterine quando queria, soltou essa pérola.

– É, vimos ele com a mão em sua cintura... tá sério? - Giulio pisando no calo dos outros! Não soube o que responder.

– Que sério o quê. - Friedrich foi um bom amigo me pegando no colo e me girando rapidamente antes de começar a caminhar comigo de volta para a entrada da escola. - Essa garota é minha. - gritou enquanto nos afastávamos.

Pisquei com um enorme sorriso no rosto para meus colegas que ficaram alguns metros distantes de nós dois. Encaixei minha cabeça no pescoço de Fred dando um suspiro agradecido.

– Obrigada. - murmurei baixinho.

Aquele obrigada queria dizer muitas coisas. Obrigada por ter sido meu amigo, antes de ser meu namorado; obrigada por me mostrar os prazeres da vida; obrigada por me perdoar, mesmo após eu ser uma grande vadia e tratar seus sentimentos como lixo... e obrigada por me conhecer tão bem, a ponto de saber quando eu estava perdida e precisava de socorro.

E também por me pegar no colo, mesmo eu estando totalmente melada de hemolinfa.

– Sempre que precisar.


(...)



Estava realmente cansada. Deitei minha cabeça no peito de Scorpius dando um suspiro.


– O que foi? – ele pediu baixinho, tirando uma mecha de meu cabelo que estava próxima da minha boca.

Éramos os últimos no Salão Comunal da Sonserina e passava de uma da manhã.

Balancei a cabeça.

– Fala Rose, o que está te perturbando? – ergui a cabeça e ele me encarava de forma compreensiva, meio que me incentivando a desabafar e como se soubesse o que me preocupava. Me sentei direito no sofá para poder olhá-lo.

– Kubrat… - murmurei e ele concordou, provavelmente sabendo o caminho da conversa. – Acho que ele pode ser um problema mim… pra gente nas próximas provas.

– Você acha? – ele arqueou a sobrancelha com um sorriso irônico. – Eu tenho que admitir que estou um pouco surpreso com aquela bagunça que ele fez.

– É. Hagrid chorou litros quando saímos da Floresta, você viu? Provavelmente soube que elas estavam mortas pelo estado que nós chegamos. – ele concordou rindo. – Não teve graça, Scorp.

– Claro que teve. Um gigante chorando por causa de umas aranhas? Me poupe. - dei-lhe um olhar raivoso. - Ah venha cá. - me puxou para si me beijando rapidamente. - Sem comentários sobre o gigante então.

– Concordo. - falei manhosa e ele puxou meu rosto em sua direção, me beijando delicadamente. - Mas temos que dar um jeito no Boris.

– Amanhã pensamos no que fazer com esse cara, no momento, eu quero apenas pensar e sentir sua boca e a minha se movendo juntas.

Ergui a cabeça rindo e olhei para ele.

– Isso funciona com alguma garota? - ele balançou os ombros.

– Você quem vai me dizer. - ri ainda mais não acreditando que estava dando trela para aquelas palavras idiotas e me inclinei em sua direção, o beijando delicadamente. - Só isso? - pediu em sussurro com os olhos fechados. Apreciei-o rapidamente.

– Por que? Acha que é só disso que eu sou capaz? - falei provocadora fazendo-o abrir os olhos e dar um sorriso sedutor.

– Me mostre do que é capaz, senhorita Weasley.

– Com prazer. - empurrei seu corpo bruscamente e ele se deitou, os olhos brilhando de excitação, a cabeça apoiada no braço do sofá. Empurrei sua perna para fora e ele a apoiou no chão, enquanto eu me aninhava sobre seu corpo. Levei minhas mãos a sua veste, meus olhos sobre os dele acompanhando calmamente sua reação quando meus dedos frios entraram em contato com a pele de seu abdómen. Em um ato rápido, sua mão veio parar em meu pescoço, puxando-me em sua direção. Aquele beijo foi diferente de todos que havíamos trocado; foi grosseiro, ríspido, urgente. Ele se sentou e me ajeitou sobre seu colo de modo que eu ficasse sentada de frente para ele, minhas pernas em volta de sua cintura e nossas partes intimas roçando uma na outra, fazendo com que soltássemos um gemido rouco.

Puxei rapidamente a camisa de sua veste para cima, e ele me ajudou levantando os braços, separando seus lábios dos meus por um momento. Assim que o pano inútil caiu no chão, ele voltou a me agarrar, dessa vez ainda mais urgente. Gemi sofregamente ao sentir algo duro cutucar minha parte íntima, sabendo muito bem do que se tratava. Inconscientemente, comecei a me esfregar nele, me movimentando para cima e para baixo, fazendo com que ambos ofegássemos.

Ele enfiou a mão afoita por debaixo de minha blusa, depois de meu soutien, alcançando meu seio, o que me arrancou um gemido baixo em seu ouvido. Minha mão fez um caminho do seu pescoço ao abdómen, arranhando por onde passava, e parando sobre sua cueca. Sorri, tocando levemente seus lábios ao sentir como ele me desejava. Iniciei movimentos lentos sobre seu membro, enquanto o apertava levemente. Meu desejo por ele crescia a cada segundo.

Enquanto uma de suas mãos acariciava meu seio, a outra foi fazendo um trajeto por minha barriga, descendo cada vez mais, até chegar em minha calcinha. Mordi meu lábio tentando evitar um grito quando ele a afastou para o lado e começou a fazer movimentos circulares sobre minha intimidade. Murmurei seu nome selando nossos lábios, tentando encobrir nossos gemidos, uma mão sua em meu seio, apertando-o tempo a tempo e a outra penetrando com um dedo minha intimidade, fazendo com que eu mordesse meus lábios para não gritar. Senti gosto de sangue, mas ignorei. Eu precisava de mais do que aquilo, eu queria tudo dele.

Queria ele dentro de mim!

Com um gemido conjunto de desaprovação, ergui me afastando de seu corpo, tentando tirar sua cueca. Ele ajudou também se erguendo do sofá e então quando voltou a posição inicial, me acomodei sobre ele. No exato momento em que eu ia senti-lo dentro de mim, ouvimos um barulho na escada, fazendo com que nós dois olhássemos paralisados em direção ao barulho. Esperamos por alguns segundos, com Scorpius segurando minha cintura com força, a ponta de seu membro próxima de minha entrada. Só mais um pouquinho... Ouvimos novamente o barulho, e dessa vez não ficamos parados em choque. Me levantei de seu colo bruscamente, procurando minhas vestes pelo chão, muito corada, enquanto ele fazia o mesmo. Assim que colocamos nossas roupas, ficamos nos encarando, eu completamente constrangida, e ele com um brilho estranho nos olhos.

– Scorpius, olha... - comecei, não aguentando mais aquele silêncio. Ele sorriu, e em três passadas rápidas foi em minha direção, erguendo meu queixo para que eu pudesse encará-lo nos olhos.

– Shiu... Eu te amo, Rose.


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