Alugando Hermione Granger escrita por da_ni_ribeiro, thysss


Capítulo 20
Capítulo Dois




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- Você o quê? – a voz de Gina Weasley saiu de forma aguda, fazendo Hermione se encolher sentada no pequeno sofá de seu pequeno apartamento.

- Eu almocei com o Draco – resmungou Hermione e logo abaixou a cabeça enquanto via Gina manear a sua em negação.

- Você é louca ou o quê? – resmungou a ruiva ainda sem acreditar no que sua melhor amiga acabava de lhe contar.

- Sabia que não devia ter dito nada – sussurrou Hermione para si mesma, e, por sorte, Gina não ouviu.

- Tenho que te lembrar das semanas infernais que você tem tido justamente por causa desse homem? – Gina sentou-se ao seu lado, abraçando sua melhor amiga de forma carinhosa. – Onde isso vai dar Mione? – perguntou em voz baixa.

- Eu não sei – murmurou dando de ombros. – Mas se eu não aceitasse seria ainda pior! E você sabe que eu só estou em Cambridge por causa do Draco e da influência da família dele...

- Ele te chantageou? – sua amiga definitivamente poderia ser descrita como intensa e histérica, e era exatamente assim que Gina Weasley se encontrava naquele momento, fazendo Hermione se encolher no sofá.

- Óbvio que não! – apressou-se em dizer. – Que tipo de homem você acha que ele é? – mentiu descaradamente, sua amiga já não havia simpatizado com Draco Malfoy quando se conheceram pela primeira vez, se lhe dissesse que era exatamente isso que acontecia, era bem provável que Gina desse um jeito de ir atrás dele para tirar satisfações com perguntas do tipo “quem você pensa que é para fazer isso?”. E a resposta era bem simples: Draco Malfoy. Ele poderia fazer o que quisesse com quem quisesse e na hora que quisesse.

Essa era a realidade que nos últimos meses Hermione havia ignorado, iludindo-se de que Draco Malfoy não era esse tipo de homem, mas pelo visto não era bem assim.

- Eu só não me sinto bem fazendo tudo as custas dele – resmungou. – Além do mais, todos os paparazzi’s têm especulado se nós terminamos ou não, e é muito pior do que quando estávamos juntos.

- E no que isso vai acabar? Vocês vão se destruindo... Acha que ninguém percebeu como você anda abatida? E não é de hoje que saem reportagens especulando sobre o fim do relacionamento principalmente porque Draco não está diferente de você.

- No que isso vai acabar eu não sei, mas era pra ter sido assim desde o início – respondeu.

Agora a situação seria como desde o início Draco havia proposto, ele estaria realmente “alugando-a” por um tempo, para fazer suas aparições e o que mais fosse preciso. Nada mais do que isso. Se recusava a deixar Draco voltar para sua vida de forma mais sentimental que essa, e se negava terminantemente a voltar a dividir uma cama com ele.

Não podia dizer que não sentia falta, pois realmente gostava de passar o tempo com ele, Draco a fazia se sentir bem e a tratava como mulher, isso fazia bem para sua auto estima e ela adorava os elogios e o modo como ele a tratava. Mas fora ingênua demais, não notando que ele a tratava de tal forma para que não desconfiasse da traição. Agora seria diferente.

- Você vai se machucar – alertou Gina abraçando a amiga carinhosamente.

Tratavam-se como irmãs, assim que Gina sentia que deveria alertá-la. Mas Hermione não parecia disposta a ouvi-la.

Draco encheu mais uma vez o copo com uma dose generosa de uísque e se sentou no sofá, encarando Vincent, seu primo de primeiro grau, mas que o considerava como um irmão.

- Você está acabado – disse Vincent maneando a cabeça. – E tudo por causa de uma mulher – riu baixinho. – Quem diria que Draco Malfoy acabaria amarrado a uma mulher e tão cedo – negou com a cabeça em tom de zombaria.

- Cale a boca – respondeu mal humorado e jogou uma almofada contra o primo, que riu agarrando a mesma antes que o acertasse. – E quanto a Hermione, não estou assim por culpa dela, e, de todos os modos ela vai voltar a ser minha.

- Como não está assim por ela? – riu. – Se fosse por qualquer outro motivo você estaria descontando em bebidas e outras mulheres, Draco. Não negue, Hermione o cativou.

- Não estou com bebidas nem outras mulheres porque fiz um pacto com meus pais – respondeu rispidamente. – Nada mais de vida boêmia para mim – revirou os olhos – ou então me caso imediatamente com Pansy Parkinson – fez uma careta ao pronunciar o nome da garota.

- Então quais outros motivos seriam? – perguntou com uma sobrancelha arqueada.

- Os de sempre. Meus pais. Os trâmites para assumir meu posto no parlamento, e digo que aqueles velhos não estão ajudando nem facilitando – bufou. – Ficam dizendo que meu pai não pode simplesmente abrir mão do cargo.

- Ele não está doente? – perguntou com o cenho franzido.

- Mas não está morto – revirou os olhos. – E a ausência de Hermione no último jantar que teve, onde estavam todos com suas famílias, só fez eles me olharem ainda mais torto.

- Mas você deu um jeito nisso – riu baixinho.

- Óbvio. Hermione vai comigo a partida de polo oficial.

Com os olhos arregalados pela surpresa, Vincent encarou o primo sem acreditar no que ouvia. Sabia que Draco era capaz de qualquer coisa para ter o que queria, mas algo lhe dizia que os modos de seu primo nessa situação específica estavam sendo ainda mais baixos.

- O que você fez? – perguntou com uma sobrancelha arqueada.

- Eu a convenci a continuar comigo – deu de ombros.

- Como se com alguém como aquela garota fosse ser simples assim – maneou a cabeça. – Aposto que você jogou baixo!

- Foi só para trazê-la de volta para mim. Se tudo seguir com o que eu tenho planejado, muito em breve Hermione estará comigo por opção própria, e não só por causa de Cambridge.

- Você não percebe que ela não faz parte desse nosso mundo? – perguntou sentando-se mais ereto na poltrona. – Ela estava muito bem até você aparecer.

- Falando assim até parece que você a conhecia – resmungou. – E você sabe como eu melhorei a vida dela, eu estou permitindo que ela viva o sonho que sempre quis: Ir para Cambridge e cursar direito. E nós dois sabemos que por conta própria ela não chegaria lá, não nessa vida pelo menos.

Não falava com descaso, não estava subjugando o emprego que Hermione tinha antes de se conhecerem, simplesmente ambos sabiam que uma faculdade como Cambridge não conseguiria ser paga por um mero emprego de garçonete.

- Em troca vai trancá-la numa casa grande em Londres, obrigá-la a frequentar chás e mais um monte de eventos tediosos, e aposto que não contou a ela que provavelmente nunca vai conseguir exercer a profissão de advogada se estiver com você – apontou Vincent. – Sua mãe enfartaria se tivesse uma nora que trabalha.

- Pois minha mãe que enfarte – Draco resmungou revirando os olhos. – A verdade é que estou cansado de seguir tudo de acordo com o que os meus pais querem, e Hermione me ajudou muito nisso. Se ela quiser trabalhar, não vou impedi-la. Reconheço que não será tão simples assim, provavelmente o máximo que ela poderá fazer será trabalhar em alguns processos para a embaixada ou algo assim, nunca em um escritório conceituado, afinal como mulher de um parlamentar em muitos casos ela vai ser impedida de atuar. Mas não vou obrigá-la a ficar em casa como as mulheres dos idiotas que estão no parlamento.

- Uma dessas mulheres é sua própria mãe – disse Vincent.

- Que cedeu aos desejos do meu pai e nunca fez nada da vida – resmungou. – Escolhi Hermione justamente por ser o oposto de todas as garotinhas mimadas que queriam tanto se casar comigo, Hermione é trabalhadora, não desiste facilmente... Esse é o grande encanto dela.

- E a beleza – disse Vincent com um risinho. Quando Draco não respondeu, Vincent soltou uma sonora gargalhada. – Você está totalmente afim dela!

- Não estou – respondeu rapidamente de forma categórica.

A última vez que se apaixonara por uma mulher, só havia se dado mal. Isso não aconteceria novamente.

- Nós só vamos retomar nosso pequeno acordo de onde começou – deu de ombros.

E ele sabia que não seria fácil, Hermione estava com as barreiras ainda mais reforçadas para mantê-lo afastado, e seria difícil fazê-la ceder, o que o deixava transtornado considerando que isso era parte fundamental para que seu plano desse certo.

 - E o que a sua mãe acha de voltar a ter Hermione na família? – perguntou de maneira debochada. - Pelo que minha mãe me disse, ela parecia bastante satisfeita por “ter-se livrado de uma nora tão sem classe” – negou com a cabeça.

- Ela logo vai descobrir – Draco deu de ombros. Iria ser uma surpresa e tanto para Narcisa Malfoy quando seu filho aparecesse acompanhado de Hermione Granger na partida de polo oficial, que dava abertura para a temporada que viria, e onde só pessoas realmente importantes apareciam, membros do parlamento e seus familiares mais próximos, assim como membros da coroa real.

Isso o lembrava de que William e Catherine estariam lá.

Maneando a cabeça deixou esse assunto de lado, Hermione certamente já havia chegado a essa mesma conclusão, e sabia que tocar no nome de Catherine seria o mesmo que jogar sal em uma ferida aberta, só complicaria ainda mais a situação entre eles.

Não era certo chantagear Hermione para que ela o acompanhasse. Mas fora o único modo em que pensara, sabia que ela não cederia tão facilmente, e ele não deixaria que as coisas dessem errado dessa vez. Desta vez levaria Hermione Granger para o altar!

Assim que, duas semanas depois Draco se encontrava novamente parado na pequena sala do apartamento de Hermione, tinha as mãos no bolso, e vestia uma calça social, camisa clara e sapatos formais. Não era exigido terno nem gravata, mas muitos gostavam de usar. Ele não, a gravata o fazia se sentir sufocado, e o clima estava agradável, mas de todo modo seu terno muito bem passado se encontrava no banco traseiro do carro, só por garantia.

Hermione entrou na sala, o barulho do salto de seus sapatos anunciando sua chegada, e Draco sorriu ao vê-la tão bem arrumada. Sabia que sua irmã havia ajudado com o vestido, afinal, mesmo que a situação entre os dois não andasse as mil maravilhas, Annelise e Hermione pareciam ter se tornado boas amigas, e ele ficava contente com isso, já bastava que seus pais tratassem Hermione com descaso. O vestido claro que ela usava chegava pouco acima dos joelhos, um vestido elegante e respeitável, exatamente como a mulher de um parlamentar deveria se vestir.

Parecia que Annelise a havia ensinado muito bem.

- Você está muito bonita – ele disse tentando amenizar o clima pesado entre eles.

Há dois dias vinha tentando falar com Hermione, e quando finalmente conseguiu para que pudessem marcar o horário que ele deveria pegá-la, a conversa fora tão rápida e fria, que Draco por um segundo se perguntou com quem estivera falando. Hermione não era assim, que diabos havia feito?

- Obrigada – ela disse mordendo a língua antes que pudesse dizer que ele também estava muito bonito.

- Vamos? – perguntou lhe estendendo a mão, já estavam em cima da hora e ainda havia um bom caminho a percorrer. Esse era o inconveniente de estar morando em Cambridge regularmente, algumas horas de estrada os esperavam.

Hermione assentiu, mas sem aceitar a mão que Draco lhe estendia. Maneando a cabeça, ela o viu sair do apartamento sem dizer nada, e esperar enquanto ela trancava a porta. Um arrepio percorreu seu corpo quando ele se aproximou, mas se manteve firme e fria, como havia treinado nas últimas duas semanas. Não cederia novamente aos encantos de Draco Malfoy. Nem uma única vez.

- Você está mesmo muito bonita – ele disse de forma galanteadora e ela teve de respirar fundo para não se virar e beijá-lo de uma vez, exatamente como vinha sentindo vontade desde que ele tocara a campainha.

Os lábios rosados e carnudos de Draco pareciam cada vez mais convidativos, assim que ela se apressou em passar por ele, descendo as escadas de uma forma muito mais rápida que seus sapatos permitiam, tudo para se manter afastada dele.

Draco soltou uma sonora risada antes de descer atrás dela, aquilo era tudo que precisava saber: Hermione poderia odiá-lo como pessoa, mas ainda o desejava como homem. Respirando fundo ele a seguiu, era só questão de tempo para que tudo desse certo, e ele podia ser um homem bem paciente quando a situação era para seu próprio proveito.

E pelo que vira da reação de Hermione perto dele, talvez nem demorasse tanto tempo assim.

E era com isso que ele estava contando.

- Você pretende ficar em silêncio todo o trajeto? – perguntou ele com uma sobrancelha arqueada, mas sem olhá-la.

Fazia menos de quinze minutos que estavam dentro do carro, mas a expressão fechada e séria dela o estava incomodando seriamente.

- Não tenho nada para falar com você – ela deu de ombros.

- Pois eu acho que tem! – respondeu rapidamente.

- O que mais você quer de mim, Draco? – perguntou ela virando-se para analisá-lo de perfil. – Porque eu sinceramente não faço a menor ideia.

- A primeira vez que eu lhe propus esse acordo, eu lhe disse que precisava de alguém para me casar – ele respondeu. – Então, Hermione, é isso que eu quero de você, que se case comigo! – por um segundo ele se virou para admirar a expressão chocada de Hermione. – Mas não se preocupe, não estou lhe propondo nada agora.

- Como se eu tivesse remotamente pensado em aceitar – ela respondeu ríspida. – Continuo lhe dizendo, Draco Malfoy, que nunca precisei de um homem em minha vida, e não é agora que isso vai mudar.

- Diga que não aproveitou o tempo que estivemos juntos, que eu mudo de ideia – desafiou ele com um sorrisinho.

- Novamente com isso – ela revirou os olhos.

- Só vou propor a você, Hermione, que se case comigo quando eu tiver a certeza de que você vai aceitar.

Soltando uma sonora gargalhada ela o encarou fixamente.

- Então espere sentado, querido – disse com ironia. – Nem em sonhos eu diria sim a uma proposta de casamento vindo de você, nem por chantagem. Me tire de Cambridge, se quiser.

Isso o atingiu como se tivesse levado um soco no estômago. Hermione Granger preferia desistir do sonho de se formar em Cambridge a casar-se com ele, essa constatação feriu seu ego em maiores proporções do que ele jamais imaginaria ser possível.

Era possível que ela o odiasse tão seriamente assim?

Contava com o poder de sedução que ainda exercia sobre ela, mas a cada instante parecia descobrir que só esse charme sedutor não seria o suficiente. Hermione Granger era mesmo diferente das mulheres com quem já havia saído, imensamente diferente.

- Você tem tanto ódio assim de mim? – perguntou com a voz comedida.

- Você nem imagina – respondeu ela rapidamente.

- Por quê? – questionou ele, estavam em um carro devidamente trancado que se movia a bem mais que cem por hora. Era uma oportunidade única de falar com Hermione sem que ela tivesse para onde fugir, e ele iria aproveitar essa oportunidade. Nem que para isso tivesse de dobrar o tamanho do trajeto, pensou com um sorrisinho que logo se fechou.

- Você está realmente me perguntando isso? – ela o encarou parecendo abismada. Quando ele não lhe respondeu, ela deu de ombros. – Você me propõe um acordo absurdo, decide prorrogar esse acordo, tudo em troca da minha chance de cursar uma faculdade em Cambridge, ótimo – disse seriamente. – Sendo que a única coisa que lhe pedi em troca foi fidelidade, Draco. A única! Era a única coisa que eu tinha o direito de pedir, sendo que em tudo mais eu iria depender de você, para me manter, para seguir em frente, pelos próximos anos eu iria depender imensamente de você, e eu só queria que você fosse fiel. Pois adivinhe, você não foi!

- Eu...

- Não terminei ainda! – ela disse de forma ríspida, agora que começara a falar, não iria parar tão rapidamente nem ser interrompida. Nas últimas semanas essas palavras estiveram presas em sua garganta, agora era hora de despejar tudo sobre ele. – Eu confiei em você, confiei o suficiente para aceitar, o suficiente para me entregar a você, Draco! E você sabia disso, você me levou para cama sabendo que não era fiel, sabendo que antes havia se deitado com Catherine, na primeira oportunidade você esteve com ela.

- Eu não senti nada por ela! – respondeu não dando bola para o fato dela não querer ser interrompida.

- Assim como não sentia por mim – retrucou. – E justo com ela, com a mulher que mais o machucou na vida!

- Me arrependo todos os dias disso – ele respondeu.

- Arrependimento não é o bastante – ela disse de forma séria. – Você simplesmente não podia ter deixado acontecer.

- Você mais do que ninguém deveria entender que não podemos mudar o passado – ele disse. – Já aconteceu, eu sinto muito por isso, eu gostaria que tivesse sido diferente, mesmo que você não acredite em mim, é isso que eu sinto. Mas tudo que você faz é se negar a me ouvir, a ver somente o seu lado da história e ficar colocando o que já passou como um empecilho para o que pode acontecer daqui para frente.

- Não é um empecilho, simplesmente porque não vai haver nada entre nós daqui para frente, nada além desse acordo – ela respondeu ríspida. – Pelo simples fato de que eu não confio mais em você, Draco Malfoy. Não o suficiente para me envolver novamente.

Ele respirou fundo mantendo-se concentrado na direção, se estivesse em qualquer outro lugar poderia agarrá-la pelo braço e forçá-la a desconsiderar essa ideia. Mas não seria possível, ele sabia disso, não daria certo. Hermione tinha sua opinião formada.

- E o que você quis dizer com o fato de que eu deveria entender que não se pode mudar o passado? – perguntou com uma sobrancelha arqueada.

- Pelos seus pais – ele respondeu. – Você realmente acha que o seu pai não se arrepende de ter gasto todo o dinheiro da sua família? Que ele não se sente mal por você não ter podido ir para faculdade assim que se formou no colégio, mesmo tendo notas excelentes?

Pronto. Agora ele tinha sua total atenção.

- Como você poderia saber o que meu pai sente ou não?

- Eu não sei – suspirou. – Mas eu teria dado a ele a chance de se explicar. Você só fugiu de casa e se nega a voltar a vê-los, vai lá uma vez no mês, no máximo, almoça e logo vem embora. Você só permite que eles vejam que você está bem, nunca parou para ouvir o lado deles da história.

- Você, o homem mais orgulhoso que existe, faria isso? Ouviria tudo que eles têm a dizer?

- Ouviria – ele retrucou. – E não é só com eles que você faz isso, é exatamente o que você está fazendo agora. Eu estou falando e repetindo uma e outra vez que sinto muito, que gostaria que tivesse sido diferente, mas você só faz questão de me lembrar outra e outra vez o que aconteceu antes, quando nós mal havíamos nos envolvido. Você não consegue perdoar os seus pais, nem me perdoar. Por quê?

- Porque eu não quero me machucar novamente – ela retrucou rispidamente. – Era isso que você tanto queria ouvir, pois bem, Draco. Você me magoou, assim como meus pais me machucaram quando disseram que não teriam dinheiro nem para pagar a faculdade, um dinheiro que estava guardado desde que eu era criança e que, quando finalmente chegou a hora de usar, havia ido por água abaixo em uma mesa de jogo! Por que eu deveria aceitar as suas desculpas? Para me machucar novamente?

- Para que eu possa provar a você que não vai acontecer novamente! – retrucou ele elevando a voz. – Simples assim.

- Eu não conheço você, Draco – ela deu de ombros.

- Exatamente. Você não me conhece – encostando o carro no acostamento, Draco finalmente se virou para ela, vendo os olhos levemente avermelhados graças as lágrimas que ela insistia em prender. – Você estava começando a me conhecer, quando tudo saiu errado. Eu jamais iria chantageá-la se houvesse um outro meio de você me ouvir. Quando você terminou tudo eu disse que não queria seu dinheiro, que não iria tirá-la de Cambridge, mas no momento me pareceu o único modo de fazer você passar um tempo comigo, mesmo que seja obrigada.

- Nós já começamos de forma errada, Draco – ela murmurou o encarando. – Estávamos fadados ao erro desde o início.

- Eu não me importo de errar novamente – ele suspirou. – Droga Hermione, você sabe que os últimos meses foram incríveis, por que não nos dá a chance de voltar a ser como éramos?

- Eu adoraria Draco – ela suspirou. – Mas só quando eu estiver confiando em você novamente!


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Notas finais do capítulo

n/a: ficou decidido que a fic vai continuar nesse tópico mesmo, acho que foi unânime a votação hahahaa
mas realmente é mais prático!
desculpem a demora, mas o feriado tá sendo uma loucura :)
capítulo está ai para vocês, prontinho
os reviews eu já comecei a responder, prometo responder todos o mais rápido possível
o primeiro capítulo da segunda temporada foi o mais comentado *o* amei a participação de vocês! façam isso sempre, viu?
FELIZ PÁSCOA!!!
:*