Alugando Hermione Granger escrita por da_ni_ribeiro, thysss


Capítulo 15
Capítulo Quinze




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Draco abriu a porta da suntuosa Suíte Master do Hotel 41. A reação de Hermione, de primeiro momento, foi de descrença. Ela entrou a passos lentos, absorvendo cada detalhe da enorme suíte a sua frente. Todos os detalhes remetiam aquela Londres antiga que tanto fascinava. Era íntimo, aconchegante e tranquilo. Tudo o que Draco e Hermione estavam precisando naquele momento.

- Tem um jardim de inverno, a sua direita – comentou Draco tirando a parte de cima da farda.

- Você já esteve aqui? – perguntou Hermione, sentindo-se envergonhada logo em seguida pela pergunta boba que acabara de fazer.

- Algumas vezes.

- Se importa se eu tirar os sapatos? – perguntou Hermione tímida.

- Fique a vontade, por favor. – disse ele sorrindo. – Vou ao banheiro.

                Hermione tirou os sapatos e os deixou em um canto. Podia jurar que em algum momento seus pés iriam acabar explodindo. Sentou-se em um divã e se esticou. Estava absurdamente cansada, e sequer percebeu quando acabou cedendo ao sono.

                Ao voltar do banheiro, Draco se deparou com Hermione dormindo de mal jeito no divã. Ela iria acordar com dor caso não fosse levada para a cama. Com cuidado, ele a pegou no colo. Por um momento a cabeça da castanha pendeu, mas logo achou um lugar confortável: o vão entre o pescoço e os ombros de Draco. Ele sorriu ao sentir a respiração tranquila dela batendo contra sua pele. Quando fora a última vez que havia feito algo assim por uma mulher? Draco jamais havia feito aquilo por qualquer mulher no mundo. Nem por Kate ele havia feito...

                Com todo o cuidado que conseguiu reunir, Draco colocou Hermione sobre a cama. Ouviu-a resmungar por breves momentos até finalmente conseguir se aconchegar. Olhou para o relógio. Teriam aproximadamente 4 horas até o jantar. Não poderia deixar Hermione dormir por muito tempo. Abriu um dos armários, e lá encontrou tudo o que precisava: seu notebook e seu iPod.

                Entrou em um tabloide qualquer, precisava ver as notícias. Estava ansioso por isso. Queria ler as notícias, ver o que haviam comentado do casamento e dele ter aparecido na cerimônia, e posteriormente na recepção oferecida pela Rainha.

“Convidados Ilustres comparecem no Casamento do Século”

“O vestido da Duquesa de Cambrigde é elogiado por todos. Veja-o por todos os ângulos.”

“Conheça os principais convidados do Casamento do Século”

“Confira as fotos do casamento de Real”

                Draco olhou rapidamente cada uma das reportagens. Seu nome aparecia em quase todas elas, mas o nome de Hermione ainda não, mas era apenas uma questão de tempo. Quando as fofocas realmente começassem a sair, seria uma festa. E com certeza, em breve, ele e Hermione estariam na capa de algum tabloide sensacionalista.

                Ficou mais um tempo fuçando na internet a procura de alguma coisa que lhe chamasse atenção. Mas não havia nada. Estava por demais agitado para pensar em qualquer coisa. Olhou o relógio. Iria entrar no banho e depois acordaria Hermione.

                Largou o notebook e o iPod em cima da poltrona onde estava sentado, e foi até o guarda-roupa. Tudo estava estendido como deveria. Essa era uma das mordomias que o luxo poderia pagar. Sua outra farda de gala fora passada e engomada como deveria ser. Pegou apenas a calça da farda e seguiu para o banheiro.

                Um pouco menos de uma hora depois, Draco saiu do banheiro devidamente enxugado e apenas com a calça da farda.

- Hermione, acorde – disse ele sentando-se ao lado da castanha que ainda dormia. – Não podemos nos atrasar.

- Só mais cinco minutinhos... – disse ela sonolenta.

- Não posso deixar você dormir mais cinco minutinhos. Estamos em cima do horário.

                Hermione abriu os olhos preguiçosamente e se assustou com o estado de Draco. Não era todo dia em que um homem, como Draco Malfoy iria lhe acordar. Era fácil se perder nos olhos de Draco, e ainda mais fácil se perder no corpo fabuloso dele.

- O banheiro é todo seu, tudo o que você precisa está lá. Inclusive um roupão – disse ele sorrindo ao vê-la ficando encabulada. – E acostume-se, irá me ver muito apenas de calça – disse ele ao vê-la quase que correr para o banheiro.

- Ora, Draco... Não... Não me encha a paciência – disse Hermione antes de bater a porta do banheiro.

- Não demore muito, Hermione! – gritou Draco. – Não podemos chegar atrasados, de maneira nenhuma.

- Vou precisar de uma cabeleireira então – Zombou ela.

- Não seja por isso, em trinta minutos aparecerá uma cabeleireira para arrumar o seu cabelo.

- Eu não falei sério – respondeu ela do banheiro.

- Mas eu falei. E não enrole.

- Não mande em mim, Malfoy! – gritou ela irritada do outro lado.

                Draco apenas riu enquanto fazia um telefonema. Pegou a camisa que iria usar por baixo da farda, e levou para um ambiente adjacente que havia naquela suíte. Enquanto Hermione ficava no quarto se arrumando, ele ficaria ali. Mexendo em seu notebook, e ouvindo música.

                Após vinte minutos, Draco escutou a porta do banheiro se abrir com um leve rangido.

- Posso entrar?

- Claro.

                Por um momento, Draco desejou poder encontrar Hermione em uma situação um pouco mais... A vontade. Porém, o roupão cobria exatamente o que deveria ser coberto e um pouco mais, a única coisa que dava para ver era um pedaço das pernas bem delineadas de Hermione.

- Enquanto você se arruma, eu vou ficar aqui na sala ao lado. A cabeleireira deve chegar em questão de instantes.

- Sem problemas.

- Espero que você goste do vestido – disse ele sorrindo.

- Eu confio em você, sei que tem um bom gosto – respondeu Hermione com um sorriso sincero que desarmou Draco. – Bem, preciso me arrumar.

- Certo, estarei aqui ao lado. Qualquer coisa é só me chamar.

                Assim que Draco fechou a porta, Hermione correu para o grande guarda-roupa que havia ali. O vestido deveria estar em uma das portas. A primeira porta que abriu, encontrou parte da farda de Draco, na segunda porta não havia nada...

                Hermione abriu a última porta do guarda-roupa e perdeu a fala. O vestido parecia ter saído de um conto de fadas moderno. Com todo cuidado, Hermione tirou do cabide onde estava pendurado e o estendeu em cima da enorme cama de casal. Não havia como descrevê-lo, não havia palavras para dizer o quanto ele era bonito. O vestido todo em tule de seda, na cor azul bebê, era estruturado na parte de cima, deixando parte do colo amostra de maneira charmosa. A graça ficava por conta da parte de baixo, levemente bufante. Parte da saia havia sido costurada em um unico lado, dando um movimento gracioso a parte plissada do vestido, enquanto do outro lado, era liso, ressaltando o tecido todo trabalhado. A pequena cauda, de pouco menos de um metro, arrematava o vestido com elegância e classe.

                Batidas fortes na porta tiraram Hermione do torpor em que se encontrava. Ao abrir a porta, uma mulher morena, que carregava uma mala enorme e aparentemente pesada, esperava para ser atendida. 

- Meu nome é Jena – disse a mulher com um sotaque carregado, entrando no quarto. – Sou a cabeleireira. 

- Prazer, Jena. Fique a vontade.

- Obrigada.

- Onde posso me sentar?

                A mulher analisou o quarto rapidamente. Pegou uma das poltronas que couro que estavam espalhadas estrategicamente no quarto e a posicionou em frente a um enorme espelho que havia em uma das paredes.

- Sente-se, temos muito que fazer – Hermione se sentou na cadeira, de costas para Jena. – Você prefere colocar o vestido agora?

- O vestido é colocado por baixo. Não há necessidade de colocá-lo agora.

- Então vamos começar. Temos muito que fazer.

                A pontualidade inglesa impedia que qualquer convidado para aquele jantar, dançante chegasse atrasado. Os noivos já estavam no local algum tempo, apenas recepcionando os convidados, que aos poucos iam preenchendo os salões do Palácio de Buckingham. Seria apenas trezentos convidados, um jantar apenas com as famílias.

- Draco chegou – disse Annelise se levantando ao escutar o nome do irmão ser anunciado.

- Annelise, sente-se – ordenou Narcisa. – Ele que venha até nós com aquela... Quem é...?

                Não havia palavras para descrever a beleza da mulher que acompanhava Draco Malfoy. Mesmo de longe, a elegância e a sutileza dos movimentos dela podiam ser percebidos. Hermione Granger não era nobre por berço, mas aprendera em muito pouco tempo, a ser tão elegante quanto uma lady. Os cabelos presos, em um coque elegante, davam um tom sensual ingênuo.

- Draco – disse William sorrindo ao ver o amigo. – Temos muito que conversar – o tom sério de William deixava claro que não iria ter escapatória.

- Sim, temos muito que conversar – respondeu Draco o mais cordial possivel. – Gostaria de apresentar a você, e a Duquesa, agora com mais calma, minha acompanhante e namorada, Hermione Granger.

- Seja muito bem vinda, Srta. Granger – disse William estendendo as mãos para cumprimentar Hermione. – Espero que aproveite a noite.

- Tenho certeza que a noite será muito agradável, Vossa Alteza.

- Sejam muito bem vindos – disse Catherine de maneira mecânica. – Espero que vocês se divirtam.

- Agradeço a preocupação – respondeu Draco sem ao menos olhar para a Duquesa. – Nos vemos depois.

                Apesar de estar no Palácio de Buckingham pela segunda vez no dia, era impossível não se admirar com a decoração, com as obras de artes espalhadas por cada canto. Draco guiou Hermione até a mesa onde seus pais estavam sentados, juntamente com Annelise.

- Boa noite – disse Draco formal.

- Boa noite – respondeu Narcisa e Lucius uníssono. – Achei que não viesse.

- Não estamos tão atrasados assim – Draco puxou uma cadeira para que Hermione pudesse se sentar. – Vocês não irão cumprimentar Hermione?

- Oh sim... Boa noite, Hermione – disse Narcisa em seu tom mais dissimulado. – Espero que esteja gostando do seu novo status social.

- Não fale assim com ela, mãe – retrucou Draco áspero. – Temos um acordo, caso você realmente cumpra o que fala, então, por favor.

- Contenha-se, Narcisa – disse Lucius encarando Draco. – Nós mantemos a nossa palavra, mas...

- Anne, me faz um favor? – perguntou Draco virando-se repentinamente para sua irmã.

- Claro.

- Leve Hermione para conhecer essa parte do palácio.

                Por um momento, Hermione pensou em discutir, mas de nada resolveria. Draco havia lhe avisado que seria assim, e ele pedira para confiar nele. Hermione respirou profundamente, e levantou-se quase ao mesmo tempo em que Annelise.

- Você vai adorar – disse a garota.

- Eu tenho certeza que sim.

                Ao saírem de perto, Hermione deu-se ao direito de relaxar um pouco. Lucius e Narcisa eram muito piores do que qualquer coisa. Seu verdadeiro pesadelo. Ao olhar para o lado, pode ver o vestido de Annelise com mais clareza. Era um vestido clássico de princesa, na cor champagne, com o corpete estruturado, que marcava a cintura de Annelise com graça e feminilidade. O charme ficava por conta do tulo e dos micro paetês que faziam o vestido brilhar. Atrás do vestido, o detalhe era pequeno laço, em cetim, da mesma cor do vestido.

- Até que horas vai esse tipo de jantar? – perguntou Hermione a Annelise que caminhava tranquilamente ao seu lado.

- Para mim e para os meus pais, até meia noite – disse a garota sem emoção. – Gostaria de ficar até o final.

- E por que voce não pode ficar?

- São regras. – respondeu ela ainda mais desanimada. – Assim que a Rainha se retirar, ficam apenas os adultos.

- Voce já é adulta.

- Quase adulta – corrigiu Annelise. – Faltam três anos para a minha maioridade. E meus pais não ficam, porque... Bem, porque eles não devem ficar. Eu acho que na realidade, eles já participaram muito dessas festas, e para eles, já não tem mais porque frequentá-las. 

- Estranho – comentou Hermione.

- Não é estranho, muito pelo contrário. E depois que a Rainha sai que a verdadeira festa começa – os olhos de Annelise brilharam. – Eu estou falando de uma FESTA – disse a garota enfatizando a última palavra.

- Ainda não entendi o motivo de voce não poder participar.

- Contam as lendas, que a “True Party”, como costumamos chamar, contém coisas que eu não estou apta a consumir: como álcool e outras coisas – Annelise riu da expressão confusa de Hermione. – Você vai entender na hora.

- Se você está dizendo! – sorriu Hermione.

- Bem, acredito que meu irmão não vá lhe explicar determinadas coisas... – Annelise parecia mais falar para si mesmo do que para Hermione. – Eu vou lhe explicar o que eu sei, caso ele lhe explique novamente, finja que você não sabe do que ele está falando, ok?

- Certo – as duas garotas sairam para uma das varandas do palacio.

- Primeiro eu preciso verificar uma coisa. – disse Annelise. – Me dê licença.

                A garota olhou atentamente para o vestido de Hermione e depois sorriu, parecendo realmente satisfeita.

- O que foi?

- Depois você irá descobrir. O importante é que está tudo certo.

- Agora preste atenção, Hermione. – disse a garota com um sorriso travesso no rosto. – A regra mais importante é: Tudo o que acontecer na “True Party”, fica na “True Party”. Você não deve contar a ninguém o que acontece ali dentro... como dizem nos Estados Unidos: O que acontece em Vegas, fica em Vegas.

- Você está me assustando, Annelise – disse Hermione dando um risinho forçado.

- Não é assustar, é a realidade. Nós, da nobreza, não podemos nos dar ao direito de “pirar” em público. Então... Nós nos damos o direito de pirar em festas privadas. Você conhecerá um lado que não é nem um pouco nobre, de nós.

- Seu irmão já comentou isso comigo.

- Essa é a minha dica para você – disse a garota sorrindo. – Fico triste por você ter entrado nesse mundo, Hermione – disse sincera.

- Por quê?

- Se eu tivesse opção, eu não seria quem eu sou – o sorriso de Annelise era triste. – As coisas são muito complicadas, as pessoas nunca são verdadeiras... Você vai entender o que eu falo com o tempo.

- Anne...

- Achei vocês – a voz de Draco chegou aos ouvidos de ambas. – Estou procurando pelas duas há algum tempo já.

- Viemos tomar um ar – disse Annelise sorrindo. – Lá dentro está muito abafado.

- Concordo. Além do que, a noite está bonita... Compensa ficar aqui fora. Não é todo dia, aqui em Londres, que conseguimos ver as estrelas.

- Bem, eu vou deixá-los sozinhos – disse Annelise piscando para o irmão. – Antes do jantar ser servido, eu venho chamar vocês.

                Ainda era estranho para Hermione ficar sozinha com Draco. Por mais que detestasse admitir, ele exercia um estranho poder sobre ela. Era fácil de mais ficar encabulada perto dele, fácil demais sentir-se atraída por ele. Draco era um verdadeiro perigo.

- Você ficou maravilhosa nesse vestido – disse Draco observando Hermione mais atentamente, agora à luz do luar.

- Você realmente tem um bom gosto – ela comentou balançando a saia do vestido com as mãos. – Ele é realmente lindo.

                Ele se aproximou de Hermione até ficar apenas alguns centímetros do rosto da castanha. Era incrível o que o luar podia fazer com os olhos e com a pele de uma mulher. Quase que por instinto, uma das mãos de Draco acariciou a pele de Hermione. Era impossível se manter longe dela, e como já havia acontecido outras vezes, ele a puxou para um beijo calmo, mas que aos poucos começou a se tornar exigente e cheio de sensualidade.

- Vamos deixar isso para mais tarde – disse Draco interrompendo o beijo.

- Draco, eu...

- Por essa noite, vamos fingir que não existe contrato. Amanhã nós pensamos no que pode acontecer.

- Isso é perigoso – disse ela fitando os incríveis olhos cinza de Draco Malfoy.

- Está com medo, é isso, Srta. Granger? – provocou ele sorrindo apenas com o canto da boca. – Está com medo de não resistir a mim?

- Não estou com medo! – retrucou ela.

- Então aceite minha proposta.

                Ela pareceu relutar por um breve momento, mas a feição de vitória de Draco, por ela estar negando um desafio, a fez decidir.

- Eu aceito sua proposta, Draco.

                O jantar transcorria calmamente, os pratos sofisticados eram servidos aos convidados por garçons muito bem trajados, com suas roupas impecáveis. Hermione, ao lado de Draco, havia começado uma conversa amena com Charlene Wittstock, noiva do príncipe Albert de Mônaco, que se casaria apenas algumas semanas depois.

- Espero que Draco já tenha confirmado a presença no meu casamento com Albert – comentou Charlene. – Gostaria muito que você fosse com ele – disse a futura princesa de Mônaco.

- Fico muito feliz por seu convite, Charlene – disse Hermione sorrindo. – Mônaco deve ser um país encantador.

- Me encantei por Mônaco logo na primeira vez. – comentou Charlene. – É um país magico... Já o considero como lar.

- Isso é realmente muito bom.

- Gostaria que você e Draco ficassem no Palácio de Mônaco. Vocês seriam muito bem vindos.

- Oh... Muito obrigado pelo convite, Charlene. Mas não queremos atrapalhar – disse Hermione modesta.

- Vocês não irão atrapalhar de maneira alguma, faço questão que fiquem conosco. Não é Albert?

                Albert que conversava animadamente com Draco se virou para a amada com um sorriso alegre no rosto. Sorriso típico de quem estava apaixonado e que era totalmente correspondido.

- Claro. Ficaremos muito felizes se vocês se hospedarem em nossa casa.

- Se for assim, eu e Hermione nos hospedaremos lá, então.

                O jantar continuou transcorrendo sem nenhum problema, tudo havia sido milimetricamente planejado, nada havia saido fora do esperado. Quando a Rainha se levantou, junto com o Duque de Edimburgo, todos pararam de comer, como mandava a etiqueta e se levantaram. O que aconteceu a seguir, fora um mistério para Hermione.

                Repentinamente, Draco a puxou pela mão com um sorriso enigmático estampado no rosto. Hermione olhou assustada para os lados, mas ninguém parecia se incomodar com a quebra repentina de comportamento.

- Onde você está me levando, Draco? – perguntou ela tentando acompanhar os passos de Draco.

- True Party.

- O que?

- Você já vai entender.

                Como Draco conseguia se localizar em meio daqueles corredores, Hermione não tinha a menor ideia. Para ela, todos eram iguais, sem nenhuma excessão. Desceram três lances de escadas, quase correndo, até que finalmente ele parou.

- Voce não pode entrar com esse vestido.

- Como não? – perguntou assustada.

- Não pode ficar desse tamanho – disse ele.

- Eu não trouxe outro vestido. 

- Ninguém trouxe. Mas eu tomei o devido cuidado.

                As mãos dele foram agilmente para a cintura de Hermione.

- O que voce está fazendo? – perguntou atônita.

- Vão para um dos quartos! Aqui não é lugar! – uma pessoa que entrou disse isso aparentemente rindo.

- Quê?

- Pare de se mexer! – Draco aproximou-se da cintura da castanha e finalmente achou o que procurava. Seguiu a pequena linha e encontrou o minúsculo zíper. – Achei.

                Num movimento rápido, ele puxou o ziper e o vestido de antes se tornou um micro-vestido. Hermione olhou atônita.

- O quê...?

- Sem tempo para perguntas – disse Draco jogando a saia que estava em suas mãos no chão. – Uma única regra: “O que acontece em Vegas, fica em Vegas”.

                O ambiente que estava atrás daquela porta, era amplo, e levemente abafado. Havia muitas pessoas no lugar já, algumas aparentemente bêbadas, outras não estavam somente bêbadas. A música tocava alta, enquanto as pessoas dançavam sem nenhuma vergonha no meio da pista, iluminada apenas por um globo típico de discoteca.

                Hermione entendeu o que Annelise queria dizer agora. Nos sofás, que estavam espalhados pelo salão, havia pessoas se beijando, outras bebendo shots e shots de alguma bebida, e outras ainda só fumando e curtindo o som. De alguma maneira, a castanha se sentiu decente, havia meninas com vestidos muito mais curto que o dela. A desvantagem era que, o vestido de Hermione era de tule, o que deixava a saia armada e aquilo, para os homens era tentação.

- Draco, meu querido primo, há quanto tempo...

- Harry, nos vimos no casamento – disse Draco abraçando o irmão mais novo do Príncipe William.

- Ora, ora, e quem é você? – perguntou o ruivo olhando as pernas de Hermione, que agora estavam totalmente amostra.

- Minha namorada, Harry – respondeu Draco seco o suficiente para Harry entender o recado.

- Você sempre dividiu suas namoradas, Draco...

                Harry estava bêbado, mas Draco sabia que não era apenas isso. Será que havia sido realmente uma boa ideia levar Hermione? O pior era ela começar a descobrir que tipo de passado ele realmente tinha, não que aquilo realmente fosse um segredo. Mas ouvir da boca de pessoas que haviam convivido com ele, era muito pior do que ler em tabloides sensacionalistas.

- Harry, contenha-se, ok?

- Se você está pedindo...

- O que foi isso? – perguntou Hermione após o príncipe sair.

- Eu já lhe disse: O que acontece aqui, fica aqui – disse Draco. – Vamos beber alguma coisa.

- Eu não bebo...

- Aqui voce bebe – disse Draco ao pegar um shot de bebida da bandeja de um garçom que passava perto deles.

- Draco...

- De uma vez só, não pense!

                Quanto Hermione havia consumido, após o primeiro? Ela não se lembrava, também não fazia questão. Era bom se sentir daquela maneira, sentir-se livre. Olhou atentamente ao seu redor, ali estava Draco. Sua farda havia sido deixada em algum lugar, e agora ele estava apenas com a calça e com uma camisa que estava por baixo do pesado casaco da farda. E o que interessava o que ele estava vestindo? Hermione queria ele, queria Draco.

- Draco... – chamou ela ao aproximar-se do loiro.

- Era você quem eu estava procurando...

                Hermione, pela primeira vez, sentiu a força de Draco. Ele apenas a puxara pela cintura, mas foi o suficiente para mostrar o quão forte ele era. No momento seguinte, Hermione viu-se envolvida pelos braços de Draco, sua boca firme sobre a dela exigia o melhor. E ela queria dar o melhor de si para ele. 


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Notas finais do capítulo

n/a: mais uma vez estou aqui correndinho só pra postar pra vocês!
nossas quintas são sagradas, hein?
quanto aos reviews, já respondi bem mais que a metade! o// não demora e respondo todos hihi por isso bora gente, quero reviews para responder!
comentem ok?
beijos.